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1 Trajetória Hipotética de Aprendizagem Objetivos do professor para a aprendizagem dos alunos Plano do professor para atividades de ensino Hipóteses do professor sobre o processo de aprendizagem dos alunos MÓDULO 4 - TEXTO 6 O PLANEJAMENTO: A ELABORAÇÃO DE UMA TRAJETÓRIA DE APRENDIZAGEM PROFA. DRA. CÉLIA MARIA CAROLINO PIRES Usamos a expressão “TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM” tanto para fazer referência ao prognóstico do professor, como para o caminho que possibilitará o processamento da aprendizagem. É hipotética porque caracteriza a propensão a uma expectativa. Elaborar uma TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZAGEM (THA) dá ao professor a possibilidade de construir seu projeto de decisões, baseado em suas melhores suposições de como o conhecimento poderia ser processado. Uma THA é composta por três elementos como apresentados na figura a seguir: Figura 1: Trajetória Hipotética de Aprendizagem A definição de objetivos para a aprendizagem dos alunos é uma tarefa coletiva da equipe escolar e deve levar em consideração as orientações curriculares definidas no âmbito dos sistemas de ensino, tanto regionais como nacional. 2 Esses objetivos são orientadores das escolhas de atividades de ensino a serem organizadas, que também se apoiam nas hipóteses do professor sobre o processo de aprendizagem de seus alunos – conhecimentos prévios, contextos significativos etc. Mas além de suas hipóteses sobre o conhecimento dos alunos, outros diferentes saberes profissionais intervêm na elaboração das THA, como as contribuições de estudos e pesquisas sobre a construção de conhecimentos matemáticos, possíveis obstáculos cognitivos, saberes derivados da pesquisa e/ou da própria experiência docente. Muitas vezes, durante o desenvolvimento das atividades elaboradas pelo professor se torna necessário modificar ou adaptar um objetivo inicialmente definido, ou seja, ele precisa interagir com o que os alunos demonstram saber sobre o que está sendo ensinado e com o que dizem sobre o conteúdo que pretende ensinar. Assim, cabe ao professor propor a tarefa, verificando o modo pelo qual os alunos a realizam e suas experiências de interação com o conteúdo, para identificar o potencial de aprendizagem que eles manifestam. Se, por exemplo, um aluno der uma resposta a um problema e, no entendimento do professor não corresponder a uma compreensão adequada sobre conceitos ou procedimentos envolvidos, esse acontecimento deverá resultar em um novo objetivo de ensino sobre o assunto. Este objetivo recente, temporariamente, substituirá o original. O propósito é a construção de uma prática que habilite alunos a percorrerem o caminho da aprendizagem matemática da melhor forma possível. Este é o desafio fundamental que precisa fascinar os professores e que remete à necessidade de reconstruir meios para fazer conhecer a Matemática na escola e, deste modo, meios para ensinar Matemática. Simon (1995) destaca que na análise de uma THA é importante avaliar não apenas o que o professor desenvolve do seu planejamento de atividades de sala de aula, mas também identificar como ele interage com as observações dos alunos, coletivamente, constituindo uma experiência e construindo novos conhecimentos: Esta experiência pela essência da sua construção social é diferente das primeiras antecipações dos professores. Simultaneamente ocorre uma construção social de atividades em sala de aula e a modificação das ideias e conhecimento do professor, que ele vai construir em função do que está acontecendo ou do que aconteceu na sala de aula. (1995, p. 36). 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SÃO PAULO (Estado) Secretaria de educação. Orientações curriculares do estado de São Paulo – Anos Iniciais - Matemática. 2014. Disponível em: <http://lereescrever.fde.sp.gov.br/SysPublic/Home.aspx> Acesso em 12 ago. 2016. SIMON, Martin. Reconstructing mathematics pedagogy from a constructivist perspective. Journal for Research in Mathematics Education, v. 26, nº 2, p. 114-145, 1995.
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