Buscar

PLANO DE AULA 3 - DIREITO PENAL IV

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

SEMANA 3
Denunciação Caluniosa – art. 339
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente o elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de provocar a investigação policial, judicial, administrativa, civil ou de improbidade). 
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, qualquer pessoa pode praticar.
SUJEITO PASSIVO – o Estado e secundariamente a pessoa inocente denunciada.
Consumação e tentativa
Consumação – consuma-se o delito com a iniciação das diligências investigativas ou dos demais procedimentos elencados no caput.
	
	
Tentativa – é admissível.
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para sua consumação consistente na efetiva investigação ou processo judicial); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (que pode ser praticado por um agente apenas); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
 Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000)
        Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
        § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
        § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Confronto com os delitos de calúnia e comunicação falsa de crime ou contravenção.
Na calúnia há a imputação falsa da prática de um fato definido como crime, havendo somente a intenção de ofender a honra do imputado. Na denunciação caluniosa, o agente não só atribui à vítima, falsamente, a prática de um delito como também leva o fato ao conhecimento da autoridade, provocando a instauração de inquérito policial ou de ação penal contra ela.
Na comunicação falsa de crime ou contravenção não há acusação dirigida a uma pessoa determinada, pois o agente se resume a relatar falsamente a ocorrência de um crime ou contravenção, sem indicar o seu suposto autor. Já na denunciação caluniosa o sujeito indica uma pessoa determinada como autora da infração.
Denunciação caluniosa e organização criminosa.
A Lei 12.850/13 na Seção I do Capítulo I cuidou da chamada colaboração premiada. Pode, contudo, o agente, pertencente à organização criminosa, com o fim de se beneficiar indevidamente da colaboração premiada, imputar falsamente a alguém infração penal que sabe ser inocente. O art. 19 da Lei 12.850/13 criou uma modalidade de denunciação caluniosa específica.
Confronto entre o direito à autodefesa e a denunciação caluniosa.
Tem prevalecido o entendimento que se o agente imputar a alguém um crime de que sabia inocente, se encontrava no exercício do seu direito de defesa, não há o crime de denunciação caluniosa.
Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção – art. 340
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de comunicar a ocorrência sobre a qual tem ciência de que não se verificou). O elemento subjetivo específico do tipo é CONTROVERTIDO, pois BITENCOURT entende que existe, consistente no especial fim de provocar a ação da autoridade, sem causa; já DAMÁSIO entende que pouco importa a finalidade especial que animou o agente, bastando a vontade consciente de comunicar à autoridade pública a ocorrência de crime ou contravenção. 
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO – o Estado.
Consumação e tentativa
Consumação – consuma-se o delito no momento em que a autoridade pública provocada pratica algum ato no intuito de esclarecer o fato criminoso falsamente comunicado
	
	
Tentativa – é admissível, pois é crime plurissubsistente. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (que pode ser praticado por um agente apenas); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
 Comunicação falsa de crime ou de contravenção
        Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Autoacusação Falsa – art. 341
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de autoacusar-se falsamente tendo consciência de não haver praticado o crime, ou de que foi outro que o praticou). O elemento subjetivo específico do tipo é CONTROVERTIDO, pois BITENCOURT entende que não há exigência de especial fim de agir; já NUCCI entende que há elemento subjetivo específico do tipo, consistente na vontade de prejudicar a administração da justiça.
 
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO – o Estado.
Consumação e tentativa
Consumação – consuma-seo delito com o conhecimento, pela autoridade, da autoacusação falsa, no lugar e no momento em que tal conhecimento ocorrer. 
	
	
Tentativa – é admissível, caso a conduta seja realizado por escrito. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (que pode ser praticado por um agente apenas); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Auto-acusação falsa
        Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Falso Testemunho ou Falsa Perícia – art. 342
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade). De acordo com BITENCOURT e NUCCI há também elemento subjetivo específico do tipo consistente no especial fim de causar prejuízo a alguém ou à simples administração da justiça.
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime de mão própria (somente pode ser cometido pelo sujeito passivo). 
SUJEITO PASSIVO – o Estado e mediatamente o indivíduo prejudicado pelas falsas declarações ou perícia.
Consumação e tentativa
Consumação – consuma-se o delito de falso testemunho com o encerramento do depoimento (art. 216 do CPP). Já consuma-se o delito de falsa perícia com a entrega do laudo à autoridade.
	
	
Tentativa – é CONTROVERTIDO no que concerne ao falso testemunho. Majoritariamente entende-se inadmissível, salvo na hipótese de testemunho prestado por escrito (art. 221, § 1º, do CPP), pois nesse caso o crime é plurissubsistente. Minoritariamente (DAMÁSIO) entende ser admissível, como por exemplo o depoimento que por qualquer circunstância não se encerra. Já com relação ao delito de falsa perícia é admissível a tentativa.
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME PRÓPRIO (aquele que exige qualquer condição especial do sujeito ativo, ou seja, só pode ser cometido pelas pessoas taxativamente indicadas no tipo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (que pode ser praticado por um agente apenas); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
 Falso testemunho ou falsa perícia
        Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
        Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.     (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)     (Vigência)
        § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
        § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
RETRATAÇÃO
O § 2º prevê a extinção da punibilidade (art. 107, VI, CP) nas hipóteses em que o agente se retrata do conteúdo declarado antes de proferida a sentença. A retratação ostenta natureza pessoal e há quem entenda que não se comunica a eventual participe (art. 30 do CP). Porém, CAPEZ e DAMÁSIO entendem que a retratação se estende ao participe, vez que o dispositivo prevê que "o fato deixa de ser punível", não subsistindo, portanto, o crime para os partícipes. Nesse sentido é a jurisprudência do STJ:
HABEAS CORPUS Nº 36.287 - SP (2004/0087500-0)
PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 342, § 2º, DO CÓDIGO PENAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. JUSTA CAUSA. RETRATAÇÃO DA TESTEMUNHA. EXTENSÃO À PACIENTE, DENUNCIADA POR ORIENTAR, INSTRUIR E INFLUENCIAR AQUELA. I - É possível a participação no delito de falso testemunho. (Precedentes desta Corte e do Pretório Excelso). II - A retratação de um dos acusados, tendo em vista a redação do art. 342, § 2º, do Código Penal, estende-se aos demais co-réus ou partícipes. Writ concedido. 
O compromisso de dizer a verdade e a caracterização de falso testemunho.
É controvertido o tema que diz respeito à discussão sobre a possibilidade da prática do crime de falso testemunho por testemunha não compromissada (arts. 206 e 208 do CPP). Para parte da doutrina (majoritária) o compromisso não é pressuposto para a configuração do falso testemunho, sendo irrelevante tratar-se de testemunha compromissada ou não compromissada. Já a corrente minoritária entende que a testemunha não compromissada não pratica o crime de falso testemunho, pois inexiste o dever processual de declarar a verdade, em razão de seu vínculo pessoal com uma das partes, o que lhe retira a credibilidade das declarações.
Concurso de pessoas no crime de falso testemunho.
No que tange ao concurso de pessoas no delito de falso testemunho é possível a participação, não sendo possível a coautoria, pois trata-se de crime de mão própria. Já com relação à falsa perícia, prevalece clara a possibilidade do concurso de agentes, nas duas modalidades (coautoria e participação), em especial nos laudos que exigem a subscrição plural de peritos (art. 159, § 1º, CPP) e, assim, tem-se um excepcional caso de crime de mão própria praticado em coautoria. 
Exercício Arbitrário das Próprias Razões – art. 345
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: “SALVO QUANDO A LEI O PERMITE” ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de fazer justiça com as próprias mãos). Há também elemento subjetivo específico do tipo representado pelo especial fim de agir, qual seja, "para satisfazer pretensão". 
Sujeitosdo delito
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO – o Estado e secundariamente o indivíduo contra o qual a ação foi empreendida.
Consumação e tentativa
Consumação – a doutrina diverge quanto ao momento consumativo do crime. Uma corrente sustenta que o delito é formal, consumando-se antecipadamente com o emprego dos meios a fim de que seja satisfeita a pretensão. Outra corrente (majoritária) entender ser o crime material, exigindo-se para sua consumação, a efetiva satisfação da pretensão.
	
	
Tentativa – é admissível, independentemente da corrente doutrinária adotada, pois a conduta pode ser fracionada.
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL ou MATERIAL (controvertido) (que exige ou não de resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (que pode ser praticado por um agente apenas); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Exercício arbitrário das próprias razões
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
        Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
        Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Concurso de crimes com o delito resultante da violência.
A pena do delito do art. 345 é de detenção de 15 dias a 1 mês, além da pena correspondente à violência. Assim, se da violência física empregada resultarem lesões corporais (leves, graves ou gravíssimas) ou a morte da vítima o agente deverá responder por esses crimes em concurso material com o crime do art. 345 do CP. Já BITENCOURT entende que haverá sempre cúmulo material das penas, mas a espécie de concurso dependerá da unidade ou diversidade de ações praticadas.
Ação penal.
A natureza da ação penal varia de acordo com o modus operandi intentado pelo agente. Se a ação se der sem a utilização de violência, a ação penal será de iniciativa privada. Entretanto, se empregada violência, a ação passa a ser pública incondicionada.
Fraude Processual. – art. 347
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: “ARTIFICIOSAMENTE” ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de praticar inovação, artificiosamente, na pendência de processo civil, administrativo ou penal, com a consciência de que altera o estado de lugar, de coisa ou de pessoa). Há também elemento subjetivo específico do tipo representado pela finalidade especial de induzir em erro o juiz ou o perito. 
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa tendo ou não interesse no processo. 
SUJEITO PASSIVO – prioritariamente é qualquer pessoa que seja prejudicada pela conduta artificiosa do sujeito ativo inovando no processo; secundariamente o Estado.
Consumação e tentativa
Consumação – consuma-se o delito no lugar e no momento em que se completa, com idoneidade, a ação de inovar artificiosamente, mesmo que o juiz ou perito não seja induzido a erro. 
	
	
Tentativa – é admissível, pois é possível o fracionamento da fase executória. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (que pode ser praticado por um agente apenas); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
        Fraude processual
        Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
        Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
Questões controvertidas: confronto com as figuras típicas previstas no caput e, parágrafo único, do art. 347 e com o delito de estelionato, art.171, todos do Código Penal. 
O estelionato constitui crime contra o patrimônio, de forma que o agente induz outrem em erro com a intenção de obter indevida vantagem econômica. Já a fraude processual constitui crime contra a Administração da Justiça, e o agente realiza inovação artificiosa com o fim de induzir o perito ou o juiz em erro, uma vez que a prova falseada visa a obtenção de um julgamento favorável ou prejudicial, conforme os interesses do agente no processo. 
Favorecimento Pessoal - art. 348
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ. Ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de auxiliar o infrator a subtrair-se da ação da autoridade pública). Majoritariamente não se exige elemento subjetivo do tipo, mas BITTENCOURT e NUCCI entendem que existe, ínsito no tipo, o elemento subjetivo específico, consistente na vontade de ludibriar a autoridade pública. 
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa. 
SUJEITO PASSIVO – é o Estado. 
Consumação e tentativa
Consumação – a consumação ocorre no lugar e no momento em que o sujeito ativo auxilia efetivamente o favorecido. 
	
	
Tentativa – a tentativa é admissível ante a possibilidade de fracionamento de sua fase executória.
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenaspor um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
  Favorecimento pessoal
        Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
        Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
        § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
        Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
        § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
              
Questões controvertidas:
Distinção entre favorecimento pessoal e concurso de pessoas e concurso de pessoas no delito antecedente.
O favorecimento pessoal pressupõe a prestação de auxílio ao criminoso. Este auxílio, contudo, nãopode ocorrer a qualquer tempo, mas unicamente após a consumação do crime praticado pelo favorecido. Já consumado um crime, o sujeito auxilia seu autor a subtrair-se da ação da autoridade pública. O favorecimento dirige-se ao criminoso, para a sua fuga ou ocultação, mas não há contribuição alguma para a idealização ou execução do crime anterior, pois dele o agente somente veio a tomar conhecimento após sua consumação. Se o auxílio foi prestado ou mesmo ou mesmo antes ou durante a execução do crime inicialmente desejado, não há falar em favorecimento pessoal, mas em participação em relação àquele delito. Nos crimes permanentes, o auxílio prestado ao autor do delito, antes de cessada a permanência, caracteriza participação, nos termos do art. 29, caput, do CP, e não crime autônomo de favorecimento pessoal.
 
Confronto com os delitos de prevaricação e corrupção passiva.        
FAVORECIMENTO PESSOAL e PREVARICAÇÃO – se o agente é funcionário público e tem o dever legal de capturar o foragido e retarda ou deixa de praticar indevidamente esse ato de ofício para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, comete delito de prevaricação.
FAVORECIMENTO PESSOAL e CORRUPÇÃOPASSIVA – se o agente é funcionário público e tem o dever legal de capturar o foragido, contudo recebe indevida vantagem ou aceita promessa de tal vantagem, para não capturá-lo, comete o delito de corrupção passiva (art. 317, § 1º, CP). Se o funcionário público, recebendo a vantagem, além de não capturá-lo, acaba por auxiliá-lo na fuga – por exemplo, autoridade policial que, ao encontrar o criminoso, recebe dinheiro para que despiste com falsos informes a pesquisa para a descoberta de seu paradeiro -, responderá igualmente pelo delito de favorecimento pessoal.
Alcance das escusas absolutórias
A escusa absolutória está prevista no § 2º, constituindo causa extintiva de punibilidade incidente sobre determinados parentes. Assim, de acordo com o § 2º, “se quem presta auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena”. A enumeração legal, a despeito de ser taxativa, alcança a união estável, por força da equiparação constitucional (art. 226, § 5º, CF), bem como todas as formas de filiação, inclusive o parentesco por adoção, dado ser vedado tratamento discriminatório aos descendentes, pouco importando a natureza do vínculo (art. 227, § 6º, CF).
Favorecimento Real – art. 349
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ. Ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente o elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente prestar auxílio a criminoso, fora dos casos de receptação e de concurso de pessoas - coautoria ou participação). Há também elemento subjetivo especial do tipo, representado pela finalidade de beneficiar o autor do crime precedente. No entanto, se o fim especial do sujeito ativo for a obtenção de lucro ou vantagem econômica, em proveito próprio ou alheio (excluído o autor do crime), configura-se a receptação.
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime comum, pois qualquer pessoa pode praticar. 
SUJEITO PASSIVO – será sempre o do crime do qual advém o proveito do favorecimento real, ou, em outros termos, o sujeito passivo do crime de favorecimento real é o mesmo sujeito passivo do crime anterior; secundariamente é o Estado, especificamente a Administração da Justiça. 
Consumação e tentativa
	
	
Consumação – o crime se consuma com a prestação do auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime, não sendo necessário, ao contrário do que ocorre no favorecimento pessoal, que tal objetivo seja efetivamente alcançado. . 
Tentativa – é admissível. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
 Favorecimento real
        Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:
        Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
O art. 349-A e sua subsunção à Lei n. 9472/1997, art. 60, §1º.
A expressão aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar são elementos normativos extrajurídicos do tipo, sendo esta última uma referência a hipótese análogas (semelhantes) aos aparelhos mencionados, possibilitando uma interpretação analógica (intra legem). De sua vez, a expressão sem autorização legal constitui um elemento normativo referente a uma causa de justificação, cuja verificação elide a tipicidade e a ilicitude da conduta.
  Art. 60. Serviço de telecomunicações é o conjunto de atividades que possibilita a oferta de telecomunicação.
        § 1° Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza.
Questões controvertidas:
Distinção entre favorecimento real e concurso de pessoas no delito antecedente.
O favorecimento real destina-se a tornar seguro o proveito do crime não se confundindo com a coautoria. A palavra coautoria é usada em sentido amplo, ou seja, como sinônimo de concurso de pessoas. O favorecimento real é auxiliar o criminoso, mas este auxílio deve ser prestado após a consumação do crime praticado, não havendo contribuição para a idealização ou execução do crime anterior, pois dele o agente só veio a tomar ciência posteriormente à sua consumação.
Confronto com os delitos de favorecimento pessoal e receptação: distinção.
É possível que haja confusão entre favorecimento real e receptação própria (art. 180, caput, 1ª parte), notadamente na modalidade ocultar, indicativa da conduta de esconder um bem, colocando-o em local no qual não possa ser encontrado por terceiros. O legislador foi peremptório ao estatuir, na redação do art. 349 do CP, que o favorecimento real não se confunde com a receptação. Nada obstante ambos os crimes sejam acessórios, suas diferenças são nítidas. A receptação é delitocontra o patrimônio; o favorecimento real é crime contra a Administração da Justiça. Na receptação, o beneficiado economicamente pela conduta criminosa é o receptador, ou então terceira pessoa, sempre distinta do responsável pelo crime antecedente. No favorecimento real o sujeito atua em prol do autor do crime anterior, e o proveito do crime pode ser econômico ou não. 
Exploração de Prestígio – art. 357
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ. Ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente o elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, pretextando ter influência perante servidor da justiça). Para BITENCOURT o elemento subjetivo especial do tipo é indispensável representado pela finalidade especial de influir nos funcionários mencionados na descrição típica.
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime comum, pois qualquer pessoa pode praticar, inclusive o funcionário público, desde que não esteja no exercício de suas funções normais. 
SUJEITO PASSIVO – é o Estado, mais especificamente a Administração da Justiça. 
Consumação e tentativa
Consumação – o crime se consuma com a solicitação ou recebimento, na modalidade de solicitar, o crime se consuma no momento e no lugar em que é efetuado o pedido do dinheiro ou de qualquer outra utilidade pelo sujeito ativo, independentemente de a vítima aceitar tal pedido; na modalidade de receber, como crime material, consuma-se o crime somente com o efetivo recebimento do dinheiro ou qualquer outra utilidade, mencionada no texto legal. 
Tentativa – depende do meio de execução selecionado pelo agente, pois na modalidade de solicitar é impossível a tentativa, ressalvada a solicitação feita por escrito; na de receber, tratando-se de crime plurissubsistente, admite-se o fracionamento em sua fase executória. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME COMUM (aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para sua consumação) na modalidade solicitar e CRIME MATERIAL (que exige resultado naturalístico para a consumação) na modalidade receber; CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Exploração de prestígio
        Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
        Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
        Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
	
	
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito – art. 359
Bem jurídico tutelado
Tutela a Administração da Justiça.
	
Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos)
	
Elemento objetivo: referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma, como por exemplo, o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados o núcleo do tipo (verbo).
Elemento normativo: NÃO HÁ. Ao contrário dos descritivos, seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural histórica religiosa, bem como qualquer outro campo do conhecimento humano. Aparecem em expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “dignidade”, “decoro” ...
Elemento subjetivo: há somente o elemento subjetivo geral, ou seja, o DOLO (vontade livre e consciente de desobedecer ordem judicial). 
Sujeitos do delito
SUJEITO ATIVO – é crime próprio, ou seja, somente pode ser praticado por aquele que foi suspenso ou privado, por decisão judicial, de exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus (público ou privado). 
SUJEITO PASSIVO – é o Estado. 
Consumação e tentativa
Consumação – o crime se consuma no lugar e momento em que o sujeito ativo desobedecer a proibição imposta com o exercício de função, atividade, direito, autoridade ou múnus de que foi suspenso por decisão judicial . 
Tentativa – é admissível. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA:
Trata-se de CRIME PRÓPRIO (aquele que exige qualquer condição especial do sujeito ativo); quanto ao resultado é CRIME FORMAL (que não exige resultado naturalístico para sua consumação); CRIME DOLOSO (pois não há previsão legal para a figura culposa); CRIME DE FORMA LIVRE (pode ser praticado por qualquer meio ou forma pelo agente); CRIME INSTANTÂNEO (o resultado opera-se de forma imediata, sem se prolongar no tempo); CRIME UNISSUBJETIVO (pode ser praticado, em regra, apenas por um agente); CRIME PLURISSUBSISTENTE (pode ser desdobrado em vários atos, que, no entanto, integram a mesma conduta). 
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito
        Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
OBS – De acordo com o STF no HC 88.572-RS, Rel. Min. Cezar Peluso “O crime definido no art. 359 do CP pressupõe decisão judiciária de natureza penal, e não civil.”

Outros materiais