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Interação entre drogas e nutrientes na Terapia Nutricional Enteral e Parenteral Profa. Dra. Maria Luisa Pereira de Melo Universidade Estadual do Ceará / Curso de Nutrição Hospital Geral de Fortaleza - HGF / SUS FARMACOLOGIA • É o estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos, ligando-se especialmente a moléculas reguladoras e ativando ou inibindo processos corporais normais. Fármaco x Nutriente • Alteração da cinética ou dinâmica de um medicamento ou nutriente, ou, ainda, o comprometimento do estado nutricional como resultado de administração de um medicamento. • A disponibilidade do nutriente poderá ser afetada pelo medicamento, ou o efeito do medicamento poderá ser alterado pelo nutriente, havendo, inclusive, o risco de efeito adverso. Fármaco x Nutriente • Cinética refere-se à descrição quantitativa de um medicamento ou de sua disposição, o que inclui a absorção, a distribuição, o metabolismo e a excreção. • Dinâmica caracteriza o efeito clínico ou fisiológico do medicamento. Fármaco x Nutriente • Via de administração • Dose • Tempo de administração dos medicamentos em relação à nutrição • Características físico-químicas fármaco e nutriente Vias de Administração Farmacocinética: absorção Local onde foi administrada – Plasma • Solubilidade do fármaco • pH do meio • Concentração do fármaco • Circulação local • Superfície absortiva • Via de administração • Fatores fisiológicos e características do paciente Farmacocinética: Distribuição • Ocorre em maior quantidade nos tecidos com mais fluxo sangüíneo. • Pode ser limitada pela ligação do fármaco às proteínas do plasma. Farmacocinética: Biotransformação ou metabolismo • Fígado • Trato gastrointestinal • Pulmões • Pele • Rins Farmacocinética: Biotransformação ou metabolismo Após a administração não parenteral de um fármaco, uma fração significativa dele pode sofrer inativação no fígado e intestinos antes de atingir a circulação sistêmica. ↓ Redução da biodisponibilidade do fármaco ↓ Maior necessidade de fármaco administrado por via oral ↓ Variações individuais - difícil prever dose Biotransformação dos Fármacos Droga Excreção Biotransformação Pró-droga Droga Ativação Inativação Metabolização e Conjugação Metabolização Inativação Metabolização Farmacocinética: Excreção • Os fármacos são eliminados inalterados ou como metabólitos. • As substâncias polares são excretadas mais eficientemente que as apolares, por isto existe a biotransformação. A exceção é no pulmão, que excreta melhor substâncias apolares. Farmacocinética: Excreção Processos responsáveis pela excreção renal • filtração glomerular • secreção tubular ativa • reabsorção tubular passiva Farmacocinética: Excreção Excreção biliar e fecal • Fármacos ingeridos por via oral e que não foram absorvidos. • Metabólitos excretados na bile e não reabsorvidos pelo trato gastrintestinal (secreção biliar e circulação êntero-hepática). Dinâmica: Caracteriza o efeito clínico ou fisiológico do medicamento R es p o st a % log [ M ] Agonista 0 25 50 75 100 - 9 - 7 - 5 - 4 - 3 - 2 - 6 - 8 50% de resposta CE50 = Concentração que produz 50 % do efeito máximo Resposta máxima (Emáx) INTERAÇÃO DROGAS NUTRIENTES Interação Drogas x Nutrientes • Diminuição da eficácia terapêutica. • Aumento das reações adversas. • Comprometimento do estado nutricional. Interações entre drogas e nutrientes Fatores interferentes • Condição sócioeconômica • Hábitos alimentares • Distúrbios renal e hepático • Doenças crônicas debilitantes • Via Enteral x Via Parenteral Interações entre drogas e alimentos Fatores interferentes • Deficiência protéica • Desnutrição e anemia • Alcoolismo • Dependência às drogas Natureza dos nutrientes Características dos medicamentos Funcionamento do TGI Interações entre drogas e alimentos 1. Drogas que afetam os Nutrientes 2. Alimentos/Nutrientes que afetam o Fármaco 1. Drogas que afetam os Nutrientes Interação Drogas x Nutrientes • A ingestão de alimentos com drogas pode alterar: 1. Ingestão de alimentos 2. Absorção gastrintestinal 3. Metabolismo dos nutrientes 4. Excreção dos nutrientes Eficácia nutricional Interação Drogas x Nutrientes 1. Ingestão de alimentos Drogas que alteram a ingestão dos alimentos • Alterar a percepção sensória dos alimentos Anfetamina Benzocaína Fenitoína Flurazepam Carbonato de lítio Quimioterápicos Drogas que alteram a ingestão dos alimentos • Boca seca, estomatite, glossite, mucosite Agentes antidepressivos Agentes quimioterápicos Drogas que alteram a ingestão dos alimentos • Destruir bactérias orais naturais: candidíase Corticosteróides inalados Cefalosporina Agentes quimioterápicos Drogas que alteram a ingestão dos alimentos • Irritar a mucosa gástrica: desconforto, náuseas, vômitos, úlceras Quimioterápicos DAINES MUCOSITE ● Complicação frequente da Quimioterapia e Radioterapia do câncer. ● Associada com dor considerável e limitações na qualidade de vida. ● Fator de Risco clinicamente significante para septicemia. ● Toxicidade dose-limitante. Risco de Mucosite Oral Grau 3-4 • Antraciclinas, taxanes, platinas (1-10%) • Terapias-alvo: imatinibe, erlotinibe, trastuzumabe, bevasuzumabe (muito baixa incidência) • RT: 50% • 5-FU: > 15% • Associação com RT: > 30% Mucositis: Perspectives and Clinical Practice Guidelines. Suplement to Cancer 100/9:1995,2004 Fosfolipídeos da membrana celular Ácido araquidônico Ciclooxigenase (COX) Fosfolipase A2 PGG2 PGH2 PGI2 TXA2 PGE2 PGD2 PGF2 Tromboxano sintase TXB2 Prostaciclina- sintase Isomerases DAINES Vane JR et al. Annu Rev Pharmacol Toxicol 38:97, 1998. Daines ESTÍMULO FISIOLÓGICO COX-1 (constitutiva) ESTÍMULO INFLAMATÓRIO (IL-1, TNF) COX-2 (induzida) PGE2 INFLAMAÇÃO TXA2 PGI2 PGE2 Plaquetas Endotélio Rim Estômago PGI2 Macrófagos Endotélio Mastócitos PGD2 + IL- 4 IL- 10 IL- 13 - Vane JR et al. Annu Rev Pharmacol Toxicol 38:97, 1998. Drogas que alteram a ingestão dos alimentos • Alterações do apetite Anfetaminas, colchicina, digoxina, diabinese, furosemida, hidroclorotiazida, carbamazepina Anti-histamínicos , psicotrópicos, corticosteróides , acetato de magestrol Interação Drogas x Nutrientes 2. Absorção dos nutrientes Os medicamentos podem: • Alterar a motilidade gastrintestinal. • O pH gástrico. • Induzir a formação de complexos. • Alterar estrutura funcional do intestino e a atividade das enzimas. • Alterar a flora bacteriana intestinal. Absorção e utilização dosnutrientes Drogas que afetam a absorção dos nutrientes • Acelera a peristalse intestinal Laxantes Drogas que afetam a absorção dos nutrientes • Alteração da acidez gástrica Antiácidos B12 Ca, Fe, Mg, Zn Drogas que afetam a absorção dos nutrientes • Complexação nutriente e medicamento Tetraciclinas – Ca Hipoglicemiantes orais – B12 Óleo mineral – vitaminas lipossolúveis Drogas que afetam a absorção dos nutrientes • Danificar a superfície intestinal Quimioterápicos Colchicina Drogas que afetam a absorção dos nutrientes • Afetar a ação da bile Colestiramina Neomicina Drogas que afetam a absorção dos nutrientes • Destruir bactérias intestinais Antibióticos Quimioterápicos MTX Danos à células de rápida divisão Alterações absortivas, ↑Permeabilidade Intestinal Ulcerações, ↓Barreira intestinal Ativação de fatores de transcrição Regulação positiva de vários genes Exposição das células imunes da mucosa à vários estímulos microbianos Interação Drogas x Nutrientes 3. Metabolismo dos nutrientes Bactérias CE reabsorção oxidação/ redução conjugação Fígado Medicamentos Nutrientes, medicamentos e metabólitos Drogas que afetam o metabolismo dos nutrientes Sulfametazol +trimetropina: folato Fenitoína, fenobarbital: folato, biotina, vitamina D Drogas que afetam o metabolismo dos nutrientes Antagonismo Metotrexato – ácido fólico Varfarina – vitamina K Interação Drogas x Nutrientes 4. Excreção dos nutrientes Drogas que afetam a excreção dos nutrientes Diuréticos Glicocorticóides Inibidor da ECA - K 2. Alimentos/Nutrientes que afetam o Fármaco Nutrientes que afetam os fármacos: • Os alimentos / nutrientes podem: 1. Absorção gastrintestinal 2. Metabolismo dos fármacos 4. Excreção dos fármacos Dose / resposta Alimentos/nutrientes que afetam os fármacos 1. Absorção dos fármacos Efeito do alimento/nutriente na absorção do fármaco • A maioria das drogas são absorvidas por transporte passivo, o que depende do pH do TGI e estado de ionização → LIPOSSOLÚVEL • A interferência dos alimentos pode também ser por transporte ativo. Dissolução de cápsulas e comprimidos Velocidade de absorção Nível de absorção Efeito do alimento/nutriente na absorção do fármaco • Fármacos em que absorção pode ser retardada por alimentos: cefalexina, sulfas, amoxicilina, penicilina G aspirina, paracetamol digoxina, cimetidina, fenobarbital, furosemida Efeito do alimento/nutriente na absorção do fármaco • Fármacos em que a absorção pode ser reduzida pela presença de alimentos: ampicilina e amoxicilina (HC e gorduras) cefalosporina, tetraciclina (leite) eritromicina (dieta rica em HC, ptn e gorduras) AAS (dieta rica em HC, ptn e gorduras) teofilina (carnes) fenitoína (alimentos proteicos) Pode ocorrer quelação entre certos fármacos e cátions (Ca, Mg, Al, Fe) • Tetraciclina: cálcio quela a tetraciclina, impedindo a sua absorção. Aumenta a absorção quando ingerido com água, por ser hidrossolúvel. • Tetraciclina, penicilamina, metildopa, carbidopa, captopril: a ingestão simultânea com ferro reduz a biodisponibilidade . Competição pelos sítios de absorção • Levodopa (L-dopa): aa competem com o fármaco na absorção intestinal e penetração no cérebro. • Não administrar com alimentos proteicos. Alimentos/nutrientes podem aumentar a absorção de certos fármacos • Drogas básicas são melhor absorvidas quando o esvaziamento gástrico é retardado. Ex: hidralazina, nitrofurantoína. • Drogas lipossolúveis tem absorção aumentada na presença de gorduras. Ex: griseofulvina. • Propranolol tem atividade intensificada quando tomado com refeição rica em proteína (é absorvido ligado à proteínas). Alimentos/nutrientes que afetam os fármacos 2. Metabolismo dos fármacos Efeito do alimento/nutriente no metabolismo do fármaco • Hidrocarbonetos aromáticos dos alimentos assados na brasa, alimentos ricos em indol (brócolis, couve-flor e repolho) • Flavonóides (uva, amora, frutas cítricas, chá verde, soja) Indutores de enzimas hepáticas: acelerar a velocidade do metabolismo de drogas Efeito do alimento/nutriente no metabolismo do fármaco • A atividade do sistema microssomal hepático é influenciado pela ingestão de proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas (C e B2) e minerais (Mg, Zn). • Deficiências de nutrientes (ptn, tocoferol, retinol, AGE, Zn, Cu, Se e K) Sistemas de metabolização de drogas menos efetivo, reduzindo a biotransformação Efeito do alimento/nutriente no metabolismo do fármaco • Piridoxina acelera conversão da L-DOPA em dopamina plasmática pela ativação da dopa descarboxilase. Alimentos/nutrientes que afetam os fármacos 3. Excreção de fármacos Efeito do alimento/nutriente na excreção do fármaco • Os alimentos podem alterar a excreção renal de alguns fármacos pela mudança de pH urinário. • Alimentos com potencial formador de ácido: alimentos ricos em proteínas (carne, peixe, ovos, frango, queijo, frutos do mar) pães e cereais, ameixas. • Alimentos com potencial formador de bases: frutas e vegetais (exceto tomate), amêndoas, abacate. • Leite - contribui para ambas categorias. Efeito do alimento/nutriente na excreção do fármaco • Bases fracas (amitriptilina, anfetamina, cloroquina, morfina, teofilina) excretadas mais rapidamente em urina ácida. • Ácidos fracos (AAS, aminoglicosídeos, barbitúricos, diuréticos, penicilinas) excretadas mais rapidamente em urina básica. Efeito do alimento/nutriente na excreção do fármaco • Dieta rica em proteínas aumenta a excreção de barbitúricos, teofilina e fenitoína. • Uma grande ingestão de fibras pode aumentar a excreção de compostos lipossolúveis. Efeito do alimento/nutriente na atividade farmacológica • Tiramina (queijos fermentados, iogurte, chocolate, cerveja, defumados) – libera noradrenalina nas terminações nervosas. • Potencializar os inibidores da MAO. Orientações Gerais Orientações Gerais para administração de medicamentos • Preferencialmente administrar medicamento 1 hora antes ou 2-3h após as refeições. • Caso haja necessidade de ingerir medicamento com alimento, optar por aqueles pobres em nutrientes. Orientações Gerais para administração de medicamentos • Analgésicos: ingerir de estômago vazio, pois o alimento retarda a absorção do medicamento. • Anti-inflamatórios AINES e corticóides: ingerir com alimento, porque a medicação causa irritação ou mal estar gástrico. Orientações Gerais para administração de medicamentos • Diuréticos: evitar ingerir com alimentos ricos em minerais. • Inibidores da ECA: melhor ingerir com o estômago vazio, pois os alimentos reduzem a sua absorção. • Varfarina - é um antagonista da vitamina K . Evitar folhas verdes comorepolho, brócolis, nabo, couve, alface, queijo, gema de ovo e fígado. Orientações Gerais para administração de medicamentos • Antibióticos: preferencialmente ingerir com estômago vazio. • Inibidores da MAO (fenelzina, tranilcipromina): evitar alimentos com tiramina tais como queijos maturados, cervejas, vermute, levedo, vinhos, carnes curadas, embutidos, fígado de galinha e bovino, ovas de peixe, abacate, passas, molhos de soja, fava, colas, café, chocolate, chá. • O uso da levodopa deve ser evitado com dietas ricas em proteína. INTERAÇÃO DROGAS NUTRIENTES Terapia Nutricional Enteral TNE- Conceito - Conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de nutrição enteral. Howard et al., 2006 (ESPEN, 2006) - Qualquer administração de nutrientes pelo TGI, com ou sem sonda Vias de Acesso Cateter Nasogástrico Vias de Acesso • Sonda nasoenteral • Gastrostomia Botão de Gastrostomia Cateter de Gastrotomia Fámacos x Nutrição Enteral • Administrar medicamentos em conjunto com a nutrição enteral (NE) • Interação entre medicamentos e nutrientes da NE: alterações cinéticas (absorção, metabolismo, disposição e eliminação) e dinâmicas (clínicas e fisiológicas) de ambos. Fámacos x Nutrição Enteral Medicações para serem administradas junto à NE • Sólida - cápsulas e comprimidos - diluídas antes da administração • Líquida - xarope, elixir, suspensões/emulsões. e as formas líquidas - podem ser diluídas de acordo com a necessidade - viscosidade Fámacos x Nutrição Enteral • As medicações caem diretamente no estômago, duodeno ou jejuno Administração apropriada de líquido (água ou solução salina) antes e depois da introdução de medicamentos pode melhorar biodisponibilidade da medicação Fámacos x Nutrição Enteral Presença de alimento no estômago • Redução da absorção e distribuição do fármaco pode: quelação entre certos medicamentos e cálcio, magnésio, alumínio, ferro e zinco • Alteração no metabolismo da droga • Modificação de sua ação, inclusive com antagonismo Fámacos x Nutrição Enteral Medicamentos interferem na absorção, metabolismo e excreção do nutriente • Medicamentos irritam a mucosa gástrica ou afetam a peristalse intestinal • Interferência no apetite e na ingestão de alimentos pode influenciar na futura adaptação enteral-oral Fámacos x Nutrição Enteral • Uma das mais indesejadas consequências da não utilização de práticas corretas para administração de medicamentos a pacientes sendo alimentados através de sonda é a obstrução. • A obstrução da sonda de alimentação pode interromper o apoio nutricional e prejudicar a administração do fármaco. Fámacos x Nutrição Enteral • É fundamental que os pacientes sejam acompanhados periodicamente por toda a equipe multidisciplinar, que deve estar bem orientada quanto aos cuidados a serem tomados. • O método de administração contínua de alimentos pode contemplar o cenário mais problemático, requerendo, frequentemente, a interrupção da alimentação por tubo quando for administrado o medicamento. Fámacos x Nutrição Enteral • As dificuldades aumentam quando se considera que medicamentos de uso oral não são testados ou aprovados pelos fabricantes ou pelo Food and Drug Administration (FDA) para o uso em sistema de nutrição enteral. • Fármacos com apresentações sólidas, ao serem triturados, promovem frequentemente obstruções, que podem resultar na necessidade de troca da sonda, com aumento de custos e de desconforto aos pacientes. Fámacos x Nutrição Enteral Precauções para administração de medicamentos através de sondas de alimentação • Determinar o tipo de sonda, calibre e localização de sua extremidade distal • Preferir a administração, se possível, de medicamentos líquidos • Sempre que possível, escolher uma sonda gástrica e não duodenal • Evitar triturar medicamentos do tipo cápsulas, liberação programada ou estendida • Administrar cada medicamento separadamente • Administrar toda a dose programada (bólus) • Não misturar medicamento e nutrientes. Determinar pausas • Diluir soluções viscosas ou hiperosmolares com 60-90 mL de água • Lavar a sonda com 30 mL de água antes e depois da administração de medicamentos • Educação continuada Fámacos x Nutrição Enteral • Conhecimento do tipo e localização da sonda de alimentação Estômago: opção por fármacos que atuam nesse local, como antiácidos e cetoconazol Duodeno: preferir essa via para medicamentos suscetíveis à acidez gástrica (como digoxina, carbamazepina, ciprofloxacina e tetraciclinas) Orientações Gerais para administração de medicamentos em pacientes com NE • Avaliar a possibilidade de administração do medicamento por outra via que não a sonda. • Nunca administrar medicamento diretamente na fórmula enteral. • Simplificar o máximo possível os protocolos de administração de fármacos e de dietas enterais. • Quando o medicamento precisar ser administrado no estado de jejum, verificar o volume gástrico antes de sua administração. • Lavar a sonda antes e após a administração de qualquer fármaco. INTERAÇÃO DROGAS NUTRIENTES Terapia Nutricional Parenteral Nutrição Parenteral “Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos e sistemas” (Portaria Nº 272/1998 – ANVISA) Nutrição Parenteral • A Nutrição Parenteral Total consiste na administração de todos os nutrientes necessários à sobrevida por outras vias que não o trato gastrintestinal. INDICAÇÃO DA TNP Pacientes que não satisfazem suas necessidades nutricionais pela via digestiva, considerando-se também seu estado clínico e qualidade de vida. DISTRIBUIÇÃO Líquido intersticial e celular. Ocorre em maior quantidade nos tecidos com mais fluxo sangüíneo. Pode ser limitada pela ligação do fármaco às proteínas do plasma. Fámacos x Nutrição Parenteral • Interação menos conhecida. • Alterações na fração de droga livre causada pela coadministração de fluidos de NP pode ser clinicamente significativo e exigir uma reavaliação cuidadosa de doses de medicamentos em pacientes que recebem NP. • A monitorização de concentrações de droga livre pode ser útil, especialmente para aquelas drogas que são fortemente ligadas a proteínas. Fámacos x Nutrição Parenteral • Pós-absortivo: ocorre após a molécula de fármaco ou o constituinte nutricional atingir a circulação sistêmica. • Eliminação: numerosas vias podem estar envolvidas, como o antagonismo, modulação, ou diminuição do transporte renal ou entero-hepático. Fámacos x Nutrição Parenteral • Dietas hiperpoteicas aumentam eliminação do propranolol • Dietas mais alcalinas aumentam a excreção de barbitúricos, diuréticos, sulfonamidas, ácido acetilsalicílico aminoglicosídeos e penicilinas, e diminuema de anfetaminas Antibiótico • Ausência de alterações significativas na concentração plasmática Anticonvulsivantes • Aumento na concentração de ácidos graxos livres no soro determina aumento da fração livre de ácido valproico • Fenitoína teve ligação às proteínas diminuída • Ácidos graxos livres a partir de emulsões de gordura na NP podem deslocar drogas, como a fenitoína, de seus sítios de ligação da albumina • Fenobarbital, procainamida, quinidina e ácido valproico apresentaram maior ligação com o soro humano do que com os elementos da NP. • NP teve maior ligação com a proteína que a carbazepina. Varfarina • Alimentos ricos em vitamina K (ou sua suplementação) alteram a farmacodinâmica da varfarina Algumas Deficiências Nutricionais Induzidas por Drogas Vitaminas Interações com medicamentos A, D, E, K Clofibrato, colestipol, colestiramina Laxantes estimulantes Neomicina Óleo mineral Polimixina B D Fenitoína, fenobarbital, primidona Isoniazida Corticosteróides E Suplementação de ferro K Antibacterianos de amplo espectro Deficiências nutricionais induzidas por interações com drogas Vitaminas Interações com medicamentos B1, B2, B6, B12. Ácido etacrínico, clorotiazida, furosemida, hidroclorotiazida. Antiácidos, cimetidina, ranitidina. Anticoncepcionais orais. B1 Digoxina. B12 Aminopterina, metotrexato. Clofibrato, colestipol, colestiramina. Colchicina. Ácido fólico (altas doses). Fenformina, metformina. Isoniazida. Neomicina. Deficiências nutricionais induzidas por interações com drogas Vitaminas Interações com medicamentos Ácido fólico Anticoncepcionais orais. Aminopterina, metotrexato. Clofibrato, colestipol, colestiramina. Fenitoína. Antiácidos. Sulfonamidas. Isoniazida. Salicilatos. Fenobarbital, trimetoprima. Niacina Anticoncepcionais orais Isoniazida. Deficiências nutricionais induzidas por interações com drogas Vitaminas Interações com medicamentos C Ácido etacrínico, clorotiazida, furosemida, hidroclorotiazida. Tetraciclina. Indometacina, ácido acetilsalicílico. Anticoncepcionais orais. Deficiências nutricionais induzidas por interações com drogas Minerais Interações com medicamentos Cálcio Ácido etacrínico, clorotiazida, furosemida, hidroclorotiazida. Aminopterina, metotrexato. Laxantes estimulantes. Carbamazepina, fenitoína, fenobarbital. Cimetidina, ranitidina. Colchicina. Antiácidos. Isoniazida. Neomicina. Tetraciclina. Fosfatos Anticoncepcionais orais. Antiácidos. Deficiências nutricionais induzidas por interações com drogas Minerais Interações com medicamentos Ferro Indometacina, salicilatos. Fosfatos. Antiácidos. Clofibrato, colestipol, colestiramina. Tetraciclinas. Cimetidina, ranitidina. Lanzoprazol, omeprazol. Neomicina. Deficiências nutricionais induzidas por interações com drogas Algumas Interações Específicas Terapia com Corticosteróides Glicocorticóides Medula Fasciculada Glomerulosa Reticular Córtex Catecolaminas Androgênios Glicocorticóides Mineralocorticóides 75% 15% 10% GLÂNDULA SUPRA-RENAL Adrenocorticosteróides (Esteroides do córtex da supra-renal) Mineralocorticoides Equilíbrio eletrolítico Da reabsorção de Na+ e secreção de K+ pelos túbulos renais Glicocorticoides Metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios Atividades regulatórias Atividade imunossupressora e antiinflamatória ALDOSTERONA HIDROCORTISONA E CORTICOSTERONA Esteroides Sexuais ANDROGÊNIOS São esteróides secretados pelo Córtex Supra-Renal, com ações metabólicas, antiinflamatórias e imunossupressoras GLICOCORTICOIDES (endógenos) GLICOCORTICÓIDES SINTÉTICOS • Certas modificações estruturais alteram a reatividade cruzada do esteróide com o receptor mineralocorticóide, aumentando ou reduzindo sua atividade MC • Outras alterações aumentam ou diminuem a solubilidade em água, favorecendo sua administração parenteral (IV) ou ampliando sua potência tópica, respectivamente Ações farmacológicas Metabólicas Regulatórias Antiinflamatórias e imunosupressoras GLICOCORTICOIDES è Metabolismo dos carboidratos Estimulação da gliconeogênese Diminuição da utilização da glicose pelas células HIPERGLICEMIA diabete adrenal ≠ diabete pancreática è Metabolismo das proteínas: catabolismo e anabolismo Sintese diminuida de proteínas nos tecidos extra- hepáticos (musc, tec linfoide, pele) - transp. De AA Aumento do catabolismo das proteínas que já se encontram nas células das proteínas hepáticas e plasmáticas Ações Metabólicas MIOPATIAS E PROBLEMAS CUTANEOS èMetabolismo dos lipídios: Mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo e oxidação aumentada dos ácidos graxos Aumento da presença de ac graxos no sangue Utilização dos ac graxos livres para obtenção de energia (gilconeogênese) Deposição de gordura localizada no tronco e cabeça (sindrome de Cushing) e Obesidade – aum da ingestão de alimentos èAções Mineralocorticóides: Retenção de Na+ e perda de K+ PRESSÃO ARTERIAL E HIPOCALEMIA Balanço de Ca++ negativo: absorção e excreção GLICOCORTICOIDES Ações Metabólicas OSTEOPOROSE Distribuição Centrípeda da Gordura Face de lua cheia Giba de Búfalo Ações Regulatórias GC endógenos e exógenos: Efeito de feedback negativo sobre CRF e ACTH GC exógenos: Efeito de feedback negativo sobre CRF e ACTH secreção de GC endógenos e atrofia do córtex supra-renal Glicocorticoides Mecanismo de ação antiinflamatório dos glicocorticóides Citocinas IL-1 IL-2 IL-3 IL-6 IL-8 TNF- GM-CSF Fosfolipídeos de membrana PLA2 Ac Araquidônico COX-2 PGs LOX LTB LTC LTD L- arg + O2 NO + L-citrulina NOSi Moléculas de adesão Febre Anexina PAF Efeitos Adversos Sinais e Sintomas do Excesso de GC • Miopatia • Degeneração muscular periférica • Obesidade central • Face de lua cheia • Dobras gordurosas supraclaviculares e dorsocervicais • Estrias abdominais pigmentadas • Acne • Hirsutismo • Pletora • Fragilidade capilar e hematomas • Hipertensão • Intolerância à glicose • Hipocalcemia • Arteriosclerose • Infecções • Distúrbios Neuropsiquiátricos • Osteoporose Efeitos Adversos Face de Lua Cheia Atrofia Muscular Cicatrização deficiente Abdome em Avental Estrias Coxim Adiposo Bochechas avermelhadas Giba de Búfalo Aparelho Digestivo • Ulcera péptica • Perfuração intestinal • Pancreatite Sistema Endócrino e Metabólico • Diabetes • Retardo no crescimento • Cushing iatrogênico Sistema Cardiovascular • Hipertensão • Infarto do miocárdio • Acidente vascular cerebral • Fragilidade capilar Sistema Musculoesquelético • perda da massa muscular • miopatia • osteoporose • fraturas espontâneas Eletrólitos • Hipopotassemia • Hipocalcemia • Edema Corticoterapia Sistêmica Prevenção dos efeitos colaterais - Cuidados dietéticos (respeitar condições gerais do paciente e a doença de base): • Dieta hipocalórica com redução do conteúdo de lípides e carboidratos • Aumentar ingesta protéica (suplementação) • Reduzir conteúdo de sal (NaCl) • Suplementar cálcio e potássioCorticoterapia Sistêmica Prevenção dos efeitos colaterais - Cuidados dietéticos (respeitar condições gerais do paciente e doença de base): • Fisioterapia e atividade física programada • Medicamentos: hipoglicemiantes orais ou insulina, anti-hipertensivos, vitamina D, alendronatos, anabolizantes Corticosteróides e Osteoporose Prevenção e tratamento da osteoporose, durante tratamento com glicocorticóides: • atividade física • ingesta cálcio • Vitamina D • Estrógenos • Bisfosfonatos Terapia Antineoplásica Quimioterapia Toxicidade Ciclo e Ifosfamida Doxorrubicina Compostos de platina Bleomicina Taxanes Antimetabólitos Cistite hemorrágica Cardiotoxicidade Nefrotoxicidade Fibrose pulmonar Neurotoxicidade Mucosite PATOGÊNESE ABORDAGENS TERAPÊUTICAS Mucosite • Síndrome caracterizada pela ulceração de todo trato digestivo com o desenvolvimento de sintomas pertinentes. (Sonis, S. T. In: Cancer - principles & practive of oncology. p. 2385-93, 1993) Classificação Mucosite Oral Intestinal Mucosite: incidência • 40% protocolos padrão (Bokemeyer & Hartmann. In: Anticancer drug toxicity. p. 235-61, 1999) • M. intestinal: 5-15% protocolos padrão (Rubenstein et al. Cancer. 100:2026-46, supll., 2004) Mucosite intestinal • Metotrexato (Gibson et al. Dig. Dis. Sci. 47, n.12: 2751-57, 2002; Carneiro-Filho et al. Dig. Dis. Sci. 49: 65-72, 2003) • 5-Fluorouracil (Sonis, S. T. Nature Rev Cancer. 4: 277-84, 2004) • Capecitabina (Boehmer & Jaeger. Anticancer Res. 22: 439-43, 2002; Borner et al. J. Clin. Oncol. 20: 1759-66, 2002) • Ciclofosfamida (Woo et al. Pharmacol. Res. 41: 527-32, 2000) • Gencitabina (Apostolidou et al. Leuk. Res. 27: 301-4, 2003; Murad et al. Am. J. Clin. Oncol. 26: 151-4, 2003) • Cloridrato de irinotecano (CPT-11) (Jansman et al. Drug safet. 24, 2001; Sonis, S. T. Nature Rev Cancer. 4: 277-84, 2004) Quimioterapia/Radioterapia P. inicial: epitélio • Destruição por radicais livres • Destruição do DNA Restituição • Apoptose Inflamação • Crescimento de mo Recuperação •Proliferação celular TNF-, IL-1, células inflamatórias células inflamatórias Mucosite intestinal (Duncan & Grant. Aliment. Pharmacol. Ther. 18: 853-68, 2003) MUCOSITE ÚLCERA DOR ANOREXIA DESNUTRIÇÃO Infecção tempo no hospital despesas hospitalares mortalidade qualidade de vida eficácia do tratamento (Sonis et al. Cancer; 100: 1995-2005, 2004) SN-38G Bactérias β-glicuronidase SN-38 Diarréia P-gp, cMOAT, MRP2 SN-38 SN-38G UDP-GT CE reabsorção APC NPC CYP3A4 CPT-11 CPT-11 Chester JD et al. J Clin Oncol 21:1125, 2003. Mucosite Intestinal Quimioterapia Dia 1 Dia 3 Dia 5 • Apoptose • Comprimento da Cripta • Área do Vilos • Índice mitótico • Nadir Normalização Dia 16 Keefe DM et al. GUT; 47: 632, 2000. • Recuperação da proliferação celular CPT-11 x Mucosa Intestinal 0 50 100 150 200 250 300 350 * * Salina 50 75 100________________________ * CPT-11 (mg/kg) D uo de no : v ilo s ( m ) 0 25 50 75 100 125 150 175 200 Salina 50 75 100________________________ * * * CPT-11 (mg/kg) Je ju no : v ilo s ( m ) 0 25 50 75 100 125 150 175 * Salina 50 75________________________100 * * CPT-11 (mg/kg) Íle o: v ilo s ( m ) Efeito de Diferentes Doses do CPT-11 Morfometria Intestinal: Vilos Efeito do CPT-11 na massa corpórea 1 2 3 4 5 6 7 8 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 Salina CPT-11 (50mg/Kg) CPT-11 (75mg/Kg) CPT-11 (100mg/Kg) * * * *** Tempo (dias) Va ria ção de pe so Terapia Antipsicótica Drogas psicotrópicas • Afetam o humor e o comportamento. • Classificação: Ansiolíticos e sedativos Antipsicóticos ou neurolépticos Antidepressivos Antipsicóticos • APG (antipsicóiticos típicos): clorpromazina, haloperidol, flufenazina, flupentixol. • ASG (antipsicóiticos atípicos): clozapina, risperidona, sertindol, amissulprida, aripiprazol). Antipsicóticos • Os antipsicóticos de segunda geração (ASG) representaram um grande avanço no tratamento medicamentoso da esquizofrenia nas últimas décadas. • ASG: menos efeitos colaterais extrapiramidais (parkinsonismo, distonias, acatisia e discinesia), maior efeito nos sintomas negativos da esquizofrenia . Antipsicóticos • Os ASG são, atualmente, preconizados como tratamento de primeira linha na esquizofrenia e também no tratamento da mania bipolar. • ASG está associado a um aumento importante de peso e alterações metabólicas, como as dislipidemias, síndrome metabólica (SM) e diabetes. Síndrome metabólica • É definida por um conjunto de sintomas clínicos que incluem aumento de adiposidade abdominal, dislipidemia, hipertensão e resistência à insulina com piora do metabolismo da glicose. • (ATP-IV): três das seguintes anormalidades: circunferência abdominal > 102 cm em homens e > 88 cm em mulheres, HDL < 40 mg/dL em homens e HDL < 50 em mulheres, pressão diastólica > 85 mmHg ou pressão sistólica > 130 mmHg, triglicérides de jejum > 150 mg/dL e glicemia de jejum > 110 mmHg. Antipsicóticos x SM • O uso do lítio associou-se com SM. (Teixeira e Rocha, 2009) • Antipsicóticos correlaciona-se com ganho de peso e alterações metabólicas. (Zimmermann et al.,2003; APA, 2004; Attux et al., 2009; Teixeira e Rocha, 2009) Antidrepressivos, Antipsicóticos x SM • Antidepressivos tricíclicos e inibidores da MAO mostraram ter efeitos metabólicos importantes. (Garland et al., 1988) • Antipsicóticos atípicos e estabilizadores de humor X obesidade. (Garland et al., 1988; Zimmermann et al.,2003; APA, 2004) Obesidade • Controle da saciedade: estímulo ao apetite (doces e alimentos gordurosos). • Sedação: diminuição da atividade física. • Aumento da sede: líquidos adocicados. • Redução da sensibilidade do hipotálamo à ação da leptina. Hiperglicemia e diabetes • Clozapina e olanzapina: maior efeito. • Lítio e ácido valpróico: obesidade (adiposidade visceral). • Diminuição da sensibilidade à insulina e hiperinsulinemia. • Bloqueio de receptores das células da ilhotas pancreáticas. • Bloqueio de receptores dopaminérgicos. Dislipidemias • Clozapina e olanzapina: maior efeito. • Aumento colesterol total, LDL-C e triglicerídeos. • Redução do HDL-C. Esquema de monitorização 4 sem 8 sem 12 sem Trim. Anual História familiar X Peso X X X X Circ. Abdominal X PA X X Glicemia X X Perfil lipídico X X Consenso Brasileiro Antipsicóticos, 2008. Leitão-Azevedo CL et al. Rev Psiquiatr Clin 2007; 34. SM x pacientes psiquiátricos internados no Brasil • 170 pacientes (idade: 45,6 anos). • Resultados: Prevalência de SM – 29,4 % (M – 43,6%; H – 20,8%) (p=0,002) Depressão– 48,1%, transtorno bipolar – 31,8%, esquizofrenia – 31,8% Uso de lítio (p< 0,05) Teixeira PJR, Rocha FL. Rev Bras Psiquiatr 2010 (no prelo) Hiperglicemia e diabetes • Clozapina e olanzapina: maior efeito. • Diminuição da sensibilidade à insulina e hiperinsulinemia. • Bloqueio de receptores das células da ilhotas pancreáticas. • Bloqueio de receptores dopaminérgicos. • Lítio e ácido valpróico: obesidade (adiposidade visceral). Teixeira PJR e Rocha FL Rev Psiquiatr RS 2006;28 (2) Nasrallah HA et al. J Clin Psychopharmacol. 2004; 24 (5 suppl 1).
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