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Das Relações de Parentesco

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Das Relações de Parentesco
1. Conceito
	Parentesco é a relação que vincula entre si pessoas que descendem umas das outras, ou de autor comum (consanguinidade), que aproxima cada um dos cônjuges dos parentes do outro (afinidade), ou que se estabelece por fictio iuris, entre adotado e adotante. 
	Parentesco é uma relação jurídica originada da filiação, da adoção, do casamento ou da união estável, e que se estabelece entre uma pessoa natural e as demais, que integram o grupo familiar nos limites legais.
2. Importância
	Nas palavras de Orlando Gomes: “Reveste-se de grande importância prática, porque a lei lhe atribui efeitos relevantes, estatuindo direitos e obrigações recíprocos entre os parentes, de ordem pessoal e patrimonial, e fixando proibições com fundamento em sua existência. Têm os parentes direito à sucessão e alimentos e não podem casar uns com os outros, na linha reta e em certo grau de colateral. O parentesco é importante ainda em situações individuais regidas por outros ramos do Direito, como o processual (testemunhas, por ex.) e eleitoral (nepotismo, por ex.)”.
3. Linhas de Parentesco
	São uma espécie de vinculação jurídica existente entre pessoas naturais em razão de descenderem encadeadamente umas das outras, ou de um tronco ancestral comum, ou ainda, em razão da adoção, do casamento ou da união estável.
	O vínculo de parentesco estabelece-se em linha reta e colateral. Parentes em linha reta são pessoas que descendem umas das outras, como bisavô, avô, pai, filho, neto e bisneto.
	A linha reta é ascendente quando se sobe de determinada pessoa para seus antepassados. Toda pessoa descende de duas linhas retas, a linha paterna e a linha materna. A linha reta é descendente quando se desce dessa pessoa para os seus descendentes. Para o Direito de Família os parentes da linha reta são infinitos tanto na ascendência, quanto na descendência.
	São parentes em linha colateral, transversal ou oblíqua as pessoas que provêm de um tronco comum, sem descenderem uma da outra. É o caso de irmãos, tios, sobrinhos e primos. Na linha colateral a contagem estende-se até o quarto grau, conforme art. 1592, CC:
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
Abaixo alguns exemplos para fazer a contagem de linhas e graus de parentesco:
4. Graus de Parentesco
	Grau é a distância em gerações, que vai de um a outro parente, ao longo das linhas de parentesco.
	Na linha reta contam-se os graus pelo número de gerações. Na linha colateral a contagem também é feita pelo número de gerações. Parte-se de um parente situado em uma das linhas, subindo-se, contando as gerações, até o tronco comum, e descendo pela outra linha, continuando a contagem das gerações até encontrar outro parente.
Obs: É possível casamento entra parentes até 3° grau, desde que sejam feitos exames pré nupciais, a fim de comprovar que não haverá problemas com a prole.
5. Espécies de Parentesco
	São três as espécies:
Consanguíneo: pessoas que descendem umas das outras, ou que possuem um tronco ancestral comum. 
Civil: decorre da adoção ou de outra forma de reprodução em que os filhos não tem relação de consangüinidade com os pais, como a reprodução assistida heteróloga. Conforme depreende-se do art. 227, parágrafo 6° da Constituição Federal, os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, têm os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Por afinidades: é originado pelo casamento ou união estável. Cada cônjuge torna-se parente por afinidades dos parentes do outro (art. 1595,CC).
6. Parentesco por Afinidade
	Afinidade é o vínculo que se estabelece entre um dos cônjuges ou companheiros e os parentes do outro. A relação tem seus limites traçados na lei e não ultrapassa esse plano, pois não são parentes entre si parentes e os afins de afins.Mesmo não existindo tronco ancestral comum, contam-se os graus por analogia com o parentesco consangüíneo. Os parentes em linha reta de um dos cônjuges torna-se parente por afinidade em linha reta do outro cônjuge. Essa afinidade pode ser ascendente ou descendente.
	O art. 1595, parágrafo 2° dispõe que na linha reta a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. Desse modo, mesmo que o vínculo matrimonial seja rompido, permanecem sogro, genro ou nora ligados pelas relações de afinidade. “Uma vez sogra, sempre sogra.”
	Na linha colateral, porém, a regra é diferente. Uma vez dissolvido o vínculo matrimonial, pelo divórcio, ou pela morte de um dos cônjuges, faz desaparecer a afinidade. Apenas a separação judicial não dissolve o vínculo, subsistindo a afinidade entre o cônjuge separado e os parentes do consorte. Nos casos de nulidade ou anulabilidade, somente persistirá a afinidade se reconhecida a putatividade do casamento.

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