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Aula 13 Obra bruta tecnologia de formas

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6.2 TECNOLOGIA EM FÔRMAS 
 - Aspectos gerais 
 Segundo construtores brasileiros, os índices de produtividade para atividades de fôrmas podem variar de 0,8 a 3,0 Hh/m2, de acordo com o nível de sistematização do trabalho. Esse dado mostra a existência de um grande potencial de racionalização desta atividade, se comparado com os índices de produtividade obtidos quando, para a execução de elementos estruturais semelhantes, são usados métodos mais modernos de execução de fôrmas. 
Ao optar-se por métodos de execução mais modernos e produtivos, obtém-se um aumento da rentabilidade do empreendimento, seja através da redução do tempo de execução ou do emprego mais eficaz da mão-de-obra disponível. 
 -Deve-se mencionar que a utilização de sistema de fôrmas implica em uma maior compatibilização entre esta tecnologia e a concepção arquitetônica. Em muitos casos é recomendável optar-se por formas arquitetônicas mais compactas e lineares, que facilitem a execução das fôrmas. Entretanto, deve-se buscar também um sistema de fôrmas que apresente maior flexibilidade de geometria. Além disso, é necessária a coordenação dos trabalhos do arquiteto, calculista e projetista de fôrmas, para que haja um ajuste perfeito das dimensões do projeto ao sistema de fôrmas escolhido. 
 -Outro fator relevante para a viabilidade econômica da utilização de uma técnica moderna de utilização de fôrmas é o cumprimento de prazos na entrega dos projetos executivos. É imprescindível para o planejamento das fôrmas, que os projetos executivos não sejam concluídos pouco antes do início da obra, mas com a antecedência necessária para que o projetista de fôrmas possa conceber e desenvolver um projeto adequado. 
 A justificativa mais comum para a utilização dos métodos tradicionais de fôrmas no Brasil, baseia-se na suposição de que estes ainda sejam mais viáveis economicamente. Entretanto, uma pesquisa realizada no Brasil e na Alemanha em 1998 (TATENO, 1998) apresentou, como resultado de uma comparação de custos, os valores mostrados nos quadros 6.1. a 6.6. 
 Mesmo considerando que em épocas e locais diferentes, os valores usados nestas comparações possam variar, os resultados mostram claramente que sempre vale a pena realizar comparações de custos, na escolha de métodos de execução. 
 Além do fator custo, também os fatores qualidade, segurança e facilidade na execução têm peso decisivo na escolha dos métodos. Para a maior parte das construções habitacionais, os requisitos técnicos que devem servir como parâmetro na escolha do método de produção de fôrmas podem ser resumidos nos seguintes pontos: 
Geometria: 
 • o sistema deve oferecer flexibilidade, facilitando a montagem de fôrmas em áreas curvas 
 Segurança: 
 • resistência: 
 > resistir ao empuxo do concreto no momento de seu lançamento; 
 > resistência compatível com as cargas solicitadas; 
• estabilidade: 
 > permitir ajustes finos de prumo, nível e alinhamento; 
 > possuir estanqueidade, evitando fuga da nata; 
Economia: 
 • praticidade: 
 > permitir a utilização de apenas um jogo de fôrmas para todos os pavimentos tipo; 
 > se for usada grua na construção, possibilitar transporte horizontal e vertical na obra por meio de grua, e de preferência em paletes; 
 > reescoramento deve integrar o sistema de fôrmas, permitindo a retirada das mesmas, mantendo as escoras no local; -
 > propiciar ganhos de produtividade no decorrer da obra; 
 • durabilidade: 
 > permitir limpeza adequada antes do lançamento do concreto; 
6.2.2 Fôrmas de parede / cortina 
 A figura a seguir mostra diferentes métodos de produção de fôrmas de parede, sendo as fôrmas convencionais e os painéis estruturados os mais adequados para a construção de edifícios. 
 6.2.2.1 Fôrmas convencionais 
 Como convencionais, podem ser designadas aquelas fôrmas compostas por elementos que são montados pelo carpinteiro no local onde será feita a concretagem. Esses elementos são: 
 • chapas da fôrma; 
 • cinta de fixação da fôrma; 
 • ancoragem / escoramento. 
 Este método de produção ainda pode ser diferenciado entre fôrmas feitas em tábuas de madeira e fôrmas com chapas de compensado. As primeiras quase não são empregadas atualmente e vêm sendo, cada vez, mais substituídas pelas fôrmas com chapas de compensado que possibilitam uma produtividade maior e também uma melhor qualidade de produção. As chapas são fornecidas em formato padrão e possuem dimensões e peso que permitem que sejam carregadas por um único trabalhador. Existem no mercado chapas com diferentes propriedades e tratamento, podendo ser plastificadas ou resinadas. 
 Fôrmas convencionais são muito usadas, ainda hoje, na execução de áreas de ajuste ou áreas curvas, mesmo quando foi escolhido para as demais áreas um outro método de fôrma. O índice de produtividade para esta atividade, dentro deste método é de 1,9 Hh/m2 (TATENO, 1998). 
 6.2.2.2 Sistema de fôrmas 
 a) Painéis estruturados: 
 
Painéis estruturados são aqueles elementos de um sistema de fôrmas, em que a chapa da fôrma, as vigas que a sustentam, e as cintas são pré-montadas pelo fornecedor e transportadas para o locai da obra como módulos, prontos para serem utilizados. As vigas de apoio da chapa formam a estrutura do painel, que pode ser de aço ou alumínio, sobre a qual é colocada uma chapa de boa qualidade. A fixação da chapa na estrutura do painel é feita de forma a possibilar a troca destas partes quando estiverem desgastadas. Estes painéis são ligados uns aos outros através de perfis ou grampos de aço. 
a.1) Painéis em aço: 
 
Estes elementos, geralmente, são tão pesados que tornam necessário o emprego da grua para o seu transporte. Eles têm larguras de 0,72m a 2,4m e pesos que variam de 50 kg a 400 kg. Existem entretanto elementos menores, cujos pesos não ultrapassam 50 kg, que podem ser transportados manualmente e são chamados por isso "sistemas de fôrmas manuais". A execução dos cantos entre paredes transversais é feita com fôrmas próprias para este fim 
 a.2) Painéis em alumínio: 
 Os elementos grandes em alumínio também precisam ser transportados por meio de grua. Porém, por serem muito mais leves, os elementos deste grupo, que podem ser chamados de manuais, são aproximadamente duas vezes maior que os elementos manuais em aço 
b) Fôrmas de grandes dimensões com escoramento integrado: 
 Este método de produção de fôrmas é utilizado principalmente na concretagem de grandes áreas e nos casos onde a pressão exercida pelo concreto é tão grande que não pode ser absorvida pelos painéis estruturados. Neste método, as partes integrantes da fôrma - chapas, vigas e escoramento - são levadas para o canteiro de obras como partes avulsas e, a partir de uma montagem básica, transformados em elementos de grandes dimensões; estes elementos podem ter área da ordem de 40 m2. Para a montagem básica deve-se contar com valores de tempo de trabalho entre 1,0 a 1,3 Hh/m2, enquanto para a montagem no local de concretagem e para a desforma são necessários apenas 0,4 a 0,6 Hh/m2 (TATENO, 1998). 
 A utilização deste tipo de fôrma é possível e economicamente viável quando se tem paredes planas, recintos não muito estreitos e uso repetido das mesmas. Para o transporte até o local de montagem ou para o deslocamento das fôrmas na obra, é necessário o uso da grua ou de um guindaste, dimensionado adequadamente, devido ao elevado peso destes elementos. 
 c) Fôrmas especiais: 
 Sob o termo fôrmas especiais são designadas fôrmas como: fôrmas espaciais (mesa voadora), fôrmas trepantes e deslizantes. Trata-se neste caso, de formas concebidas e construídas especialmente para uma determinada obra, ou parte de uma obra. As fôrmas espaciais, principalmente, exigem condições de operação que raramente existem na construção de edifícios. Elas são usadas, geralmente, na construção de túneis. Devido à reutilização restrita destas fôrmas e o consequente alto custo, elas não são muito difundidas. 
 6.2.2.3 Fôrmas de parede adequadas para a construção de edifícios habitacionaisPara que um sistema de fôrmas possa ser empregado em construções de edifícios por construtoras de pequeno e médio porte, ele deve satisfazer aos seguintes requisitos: 
 • ser transportável com equipamentos que possam ser obtidos para a obra; 
 • ser montável com os meios disponíveis; 
 • ser versátil e de utilização segura. 
 As fôrmas de grandes dimensões com vigamento integrado dependem de uma grua para serem deslocadas depois de sua montagem básica, não sendo por isto indicadas para grande parte das construções habitacionais. Em princípio, é possível dentro das condições brasileiras, realizar a pré-montagem de fôrmas de grandes dimensões na obra; mas neste procedimento não há nenhuma vantagem, uma vez que a produtividade do trabalho neste caso é similar àquela obtida dentro do método tradicional. 
 Os painéis estruturados promovem uma redução significativa no tempo gasto com a montagem das fôrmas, pois através da integração da chapa, escoramento e cintas em um único elemento, podem ser economizadas etapas inteiras de trabalho. 
 
Através das peças de ligação, os elementos são unidos uns aos outros de forma firme, livre de deslocamentos, garantindo-se assim uma boa vedação. Quando se escolhe um sistema de fôrmas em que estas peças de ligação podem ser manuseadas facilmente (apenas um golpe de martelo para abrir, fechar, e alinhar a montagem) e não são compostas por várias peças avulsas, são eliminados problemas como procura de peças, montagens erradas, e reduz-se também o tempo necessário para a familiarização do operário com o serviço. Quanto mais prático, estável e rápido for o modo de junção, melhor será o processo de montagem e desmontagem das fôrmas. 
 Na ancoragem das fôrmas já não é possível reduzir os vários componentes em um único elemento. Aqui sempre serão indispensáveis os tensores (barras rosqueadas), chapas de ancoragem, e porcas de ancoragem, assim como tubos de proteção das barras de ancoragem e cunhas.
 A variedade de fôrmas prontas, adequadas às construtoras de pequeno porte, restringe-se às fôrmas leves, que dispensam o uso de gruas. Esta limitação ao uso de painéis estruturados leves não deve ser considerada necessariamente como desvantagem. Pelo contrário, na montagem de fôrmas pesadas, em que seja indispensável o emprego da grua, podem ocorrer tempos de espera para o grupo encarregado destes trabalhos, devido à utilização da grua também em outras atividades da obra. 
 Além disso, é interessante observar que a diferença entre as produtividades obtidas com os painéis pesados e os leves não é tão acentuada como aquela entre fôrmas convencionais e fôrmas em painéis. 
 Como os painéis de fôrma leves são relativamente pequenos, eles se tornam versáteis e podem ser usados também, como fôrmas de fundação ou guarda corpo de sacadas 
 Dentre os painéis estruturados leves existem aqueles chamados “manuais" (sistema de 1 homem) e os do "sistema de 2 homens". Os painéis manuais são tão leves (até 35 kg), que podem ser carregados por uma pessoa apenas. Os demais painéis estruturados leves, ainda que dispensem o uso de guindaste, chegam a pesar até 70 kg, sendo necessário 2 trabalhadores para o transporte e a montagem da fôrma. 
6.2.2.4 Comparação de custos 
 Para esta comparação foi feito um cálculo detalhado de custos para os diferentes métodos de fôrmas de paredes considerados adquados para a construção de edifícios. Neste cálculo foram utilizados custos salariais e de materiais relativos ao ano 1998 e também os índices de produtividade pesquisados, que constam no quadro 6.1. Os resultados desta comparação são apresentados de forma compacta no quadro 6.2 (TATENO, 1998). Em todos o quadros apresentados considerou-se a utilização de fôrmas manuais apenas, pois estas não necessitam do emprego de uma grua para o seu transporte dentro do canteiro. 
 Deve ser mencionado aqui que os custos e os índices de produtividade levantados nos canteiros de obras no Brasil são muito diferentes. Os valores obtidos junto às construtoras parecem não estar sempre fundamentados em um controle permanente de custos e de produtividade. Por isto eles devem ser avaliados apenas como tendências. 
 O cálculo dos custos totais para os tipos de fôrma de parede, considerados adequados para pequenas e médias construtoras, mostra que o método tradicional de fôrmas de madeira, tão difundido no Brasil, é o que gera mais custos salariais e de materiais. O custo total para fôrmas com tábuas de madeira, de R$ 13,12 m2, é mais alto que o calculado para o método tradicional de fôrmas com chapas de compensado. Os custos dos sistemas de fôrma pesquisados (painéis de fôrma manuais e painéis de fôrma em alumínio), de R$ 11,04 m2 e R$ 8,82 m2 respectivamente, estão bastante abaixo dos custos obtidos para os métodos tradicionais citados. O sistema de fôrmas manuais é, dentro dos parâmetros estabelecidos para a utilização desta tecnologia, o que apresenta menor custo. 
 Resumindo, pode-se observar que, dentro dos parâmetros estabelecidos para o Brasil, não é economicamente viável a utilização de fôrmas de parede convencionais. O método que utiliza fôrmas de madeira, embora muito difundido, é menos viável que o sistema de fôrmas em painéis. 
6.2.3 Fôrmas de laje 
 
Como a utilização de elementos semi-acabados e pré-fabricados para edifícios é aceito de forma restrita no Brasil, este método de execução de lajes não vai ser analisado aqui, onde será dado prioridade às técnicas com concretagem das lajes no próprio canteiro. Entretanto, é interessante observar que a utilização dos elementos pré-fabricados, como as lajes treliçadas por exemplo, tem a vantagem de reduzir os trabalhos de execução das escoras, de poder abster-se completamente da chapa da fôrma, e a vantagem de eliminar os trabalhos de colocação da armadura 
Assim como no caso das fôrmas de parede, os métodos de produção de fôrmas de laje também podem ser subdivididos em dois grupos chamados "convencionais" e "sistema de fôrmas" 
 No grupo das fôrmas convencionais, reúnem-se os métodos nos quais a chapa da fôrma é colocada na obra. Desse grupo fazem parte os métodos que utilizam vigamento e escoras de madeira e os métodos mistos que utilizam uma malha de vigas de madeira, chamadas de principais e secundárias, e escoras de aço. No segundo grupo, a chapa é montada juntamente com as vigas que a sustentam, dando origem a um elemento único (painel), que posteriormente será ligado a outros painéis, integrando assim um sistema modular de fôrmas. Para se obter maior redução de peso, as estruturas dos painéis para fôrmas de laje são produzidas quase que exclusivamente em alumínio, diferente do que acontece com os painéis de parede. 
 Existe, também para a execução de lajes, o sistema de fôrmas para grandes áreas, e as fôrmas em mesas. As primeiras, dependendo das características da obra, podem ter em um único elemento, áreas de até 50 m2. 
 As fôrmas em mesas são compostas pelas chapas, vigas, e, presas a estas, uma construção de sustentação que se apoia no chão. Tudo isto compõe um único elemento que pode ter área de fôrma de até 40 m2, e que é transportado para os diversos locais de execução das lajes por uma grua. 
 Ambos os métodos, como já se mencionou anteriormente, não correspondem aos parâmetros definidos para a utilização da tecnologia de sistema de fôrmas em construções de edifícios. 
6.2.3.1 Fôrmas convencionais 
a) Método de vigas de madeira: 
 A produção de fôrmas de laje pelo método onde se usa o vigamento em madeira e chapas de compensado é semelhante à produção das fôrmas de parede convencionais. O vigamento de madeira, assim como a cinta, serve como apoio das chapas, e é sustentado pelas escoras de madeira (fig.6.14). Como a estrutura de madeira que serve de apoio para as fôrmas oferece pouca resistência é necessário um maior número de escoras, cujos espaçamentos variam de 60 cm a 120 cm. Além disso são necessários os contraventamentos para que esta estrutura de apoio resista aos esforços horizontais. Sob a laje forma-se uma"floresta" de escoras que dificulta enormemente o trabalho de desforma da laje. Neste método obtém-se uma produtividade em torno de 1,4 Hh/m2 (TATENO, 1998). 
b) Método de fôrmas mistas (escoras de aço e vigas de madeira): 
 
b. 1) Método de vigas em dois planos: 
 Neste método é formada uma malha de vigas de madeira chamadas primárias e secundárias (fig.6.15). As vigas secundárias são colocadas sobre as vigas primárias formando assim um plano. As vigas primárias são sustentadas por escoras de tubos de aço. A malha de vigas é ajustada, e sobre ela são colocadas as chapas da fôrma.
 b.2) Método de vigas em um único plano: 
 
Neste método as vigas que sustentam as chapas da fôrma constituem um único plano de vigas longitudinais e transversais. As vigas transversais são colocadas entre as longitudinais e estas últimas são apoiadas pelas escoras de aço. Depois de ajustadas as vigas, sobre elas são colocadas as chapas de compensado 
6.2.3.2 Sistema de fôrmas - Painéis manuais 
 a) Método de elementos em painéis estruturados: 
 Do mesmo modo como para as fôrmas de parede, a peculiaridade deste método está na união da chapa da fôrma e dos seus apoios em alumínio, transformando-os em um único elemento (painel estruturado). Estes elementos são colocados entre as vigas que, como no método descrito anteriormente, são apoiadas por escoras de tubos de aço (fig.6.19). Através da pré-montagem da chapa com os seus apoios, obtém-se um aumento da produtividade, atingindo-se valores que variam de 0,35 até 0,45 Hh/m2 (TATENO, 1998). 
 b) Método do elemento integrado (elemento = chapa, apoio e vigas): 
 Neste método de fôrmas, a pré-montagem integra, além da chapa da fôrma e seus apoios, também as vigas, numa evolução do método anterior, tornando possível a redução do conjunto em duas partes que são as escoras e o elemento integrado. A redução das partes avulsas obtida desta maneira não leva entretanto a um aumento da produtividade. Isto porque é necessário um maior número de pontos de apoio (escoras) que nos outros métodos descritos. Assim sendo, este método não apresenta nenhuma vantagem no que diz respeito à produtividade, se comparado com o método anterior. 
FIGURA 6.20 - Método do elemento integrado 
6.2.3.3 Fôrmas de laje adequadas para a construção habitacional no Brasil 
 
Os requisitos básicos para a execução de fôrmas de lajes, considerando as possibilidades de transporte, montagem e utilização, são iguais àqueles exigidos para as fôrmas de parede. Para as lajes, entretanto, as limitações de espaço físico são ainda maiores por causa das paredes, vigas, pilares ou outras partes da construção, de modo que, um método para fôrma de lajes está sujeito a maiores restrições no que diz respeito às possibilidades de ajuste da fôrma à forma da planta, o que não acontece com as fôrmas de parede. 
 Após a concretagem das lajes, é impossível a utilização da grua para a desmontagem ou para o transporte dos elementos da fôrma; por isto todos os métodos de fôrmas de laje apresentados podem ser desmontados em pequenas unidades, e estas são tão leves que podem ser carregadas à mão sem problemas. Neste aspecto, todos os métodos são adequados, pois não apresentam restrições quanto ao transporte dos elementos. 
 Por esse motivo, as considerações a serem feitas na escolha de um método adequado de execução de fôrmas para lajes devem ser de caráter puramente econômico. Ainda assim, serão mencionados aqui alguns aspectos que merecem atenção e que devem ser analisados para cada caso individualmente, na escolha de um método de fôrmas: 
 • as fôrmas com vigamento de madeira são as mais adequadas a plantas de geometria irregular. Em todos os outros métodos é necessário maior trabalho e mais tempo para o fechamento de áreas complementares; 
• no método de elementos integrados, a distância entre as escoras é muito menor, reduzindo assim o espaço disponível sob a laje a ser construída. Isto é desfavorável quando, por exemplo, precisam ser depositados materiais de acabamento neste espaço; 
• a utilização dos sistemas de painéis de fôrma limita-se a lajes cujas espessuras não ultrapassem 30 cm e cujas alturas não atinjam mais que 3,25 m. Dimensões maiores ultrapassam o limite de carga das escoras de tubos de aço podendo provocar a flambagem das mesmas. Para alturas de laje maiores deve-se dar preferência à utilização de torres de carga e fôrmas com vigamento de madeira 
6.2.3.4 Comparação de custos 
Do mesmo modo como para as fôrmas de parede, foi realizado um cálculo detalhado de custos para os métodos de fôrma de laje considerados adequados para a construção de edifícios. Os resultados deste estudo se encontram nos quadros 6.3 e 6.4. 
 Observando-se no quadro comparativo 6.4 os custos totais para cada um dos métodos de fôrma, pode-se constatar que a utilização do sistema de fôrmas em alumínio, que representa um custo de R$ 6,67/m2, é mais econômica que os métodos convencional e misto aço / madeira. 
Na análise da composição de custos, pode ser observado que, para todos os métodos, os custos com equipamentos e consertos/manutenção formam a maior parcela dos custos totais. A influência dos custos salariais, entretanto, também é significativa, especialmente no método convencional que despende muita mão-de-obra. Neste, esse custo é de R$ 5,81/m2, correspondendo a uma parcela de 57% do total dos custos. No caso do sistema de fôrmas de alumínio este valor é reduzido para R$ 1,66/m2, ou seja 21 % do custo total. 
Para fazer-se uma estimativa da possibilidade de redução de custos, tendo como base os diferentes índices de produtividade, foi feita uma comparação entre os métodos "convencional" e "misto". Nesta comparação, a redução de R$ 3,33/m2 nos custos salariais obtida através da maior produtividade que se tem no segundo método representa, teoricamente, um valor de 55% de redução nos custos salariais. 
A redução no custo total se deve também ao fato de o sistema em aço ou alumínio permitir o maior número de reutilizações. 
Dentro do quadro atual de salários no Brasil, pode-se dizer que a utilização do sistema misto de fôrma (aço/madeira) não representa uma economia significativa no custo total de execução de fôrmas, se comparado com o método convencional. Entretanto, partindo-se do pressuposto de que o nível dos salários no Brasil deverá subir, para que o país atinja o desenvolvimento econômico esperado, é razoável levar em consideração o potencial de economia que existe na mudança do método convencional para o misto. 
6.2.4 Fôrmas de pilares 
 Pilares e paredes de concreto fazem parte dos elementos verticais da construção. Durante a concretagem desses elementos, o empuxo aumenta proporcionalmente ao nível do concreto dentro da fôrma. Entretanto, como a velocidade de enchimento da fôrma é maior nos pilares do que nas paredes, em função da facilidade de concretagem ou da menor seção transversal da peça (considerada a mesma altura de pé direito), o impacto a que a fôrma está submetida é também maior. Por isso, as fôrmas de pilares devem ser mais resistentes que as fôrmas de parede. 
 A execução de fôrmas de pilar é, em comparação com as fôrmas de laje e paredes, a mais dispendiosa considerando-se a relação entre área de fôrma e quantidade de concreto que esta comporta. Por exemplo: para um pilar de seção quadrada de 25 x 25 cm, é necessário para cada metro linear de pilar, 1 m2 de área de fôrma, para uma quantidade de concreto de apenas 0,065 m3. Isto significa que para cada m3 de concreto, tem-se uma área de fôrma de 16 m2. 
 Devido à variedade dos formatos de seção para fôrmas de pilar e, principalmente, devido ao seu alto custo, é recomendável que a escolha do método mais adequado de fôrma seja feita analisando-se cada caso em particular. 
6.2.4.1 Fôrmas convencionais 
 A produção de fôrmas com tábuas de madeira representa, também no caso dos pilares, o método mais antigo e convencional de execução. A vantagem da utilização deste método está na sua maior flexibilidade, principalmente quandohá um número reduzido de pilares, com uma grande variedade de medidas de seções e de formatos. 
Neste método, são utilizados para pilares de seção quadrangulares, tábuas ou chapas de compensado e uma estrutura composta verticalmente por sarrafos de 1" x 3" e horizontalmente pelas gravatas (fig.6.23). Para seções circulares (colunas), a fôrma é composta de tábuas de 3 a 4 cm de largura, fechada com gravatas de madeira. 
6.2.4.2 Sistema de fôrmas 
 Aqui também existem diferenças na montagem das fôrmas que dependem do formato do pilar. Pilares com seção quadrada podem ser executados com vigamento em madeira na altura do pavimento, e gravatas em perfis de aço. Além disso, alguns fornecedores oferecem um sistema completo em aço ou alumínio, composto de quatro painéis de mesmo tamanho, que são parafusados uns aos outros (fig. 6.24). A vantagem desse sistema completo está no fato de que a montagem das fôrmas pode ser feita com painéis para fôrmas de parede sem precisar, para isto, de elementos especiais. Em ambos os casos, a fôrma pode ser desmontada apenas parcialmente, permanecendo dois elementos de canto que podem ser transportados para a reutilização já pré-montados. 
 O sistema de fôrmas para colunas é composto de vários perfis estreitos de alumínio, que são unidos lateralmente uns aos outros por encaixe de pressão, formando-se assim uma cadeia de perfis que se fecham em um anel. A montagem básica destes elementos avulsos é feita no canteiro de obras. 
 Uma outra possibilidade de execução de pilares redondos são os tubos feitos com laminados em espiral, entregues pelo fornecedor, prontos para serem usados. No Brasil a fôrma mais comum para colunas segue este mesmo princípio. Porém, ao invés de laminados, o material empregado é o papelão, que é rasgado no momento da desforma, e por isso não é reaproveitável. 
6.2.4.3 Comparação de custos 
Também para as fôrmas de pilares foi feito um levantamento de custos para a comparação entre os métodos possíveis (quadros 6.5 e 6.6) (TATENO, 1998). 
 O quadro 6.6 mostra que o sistema de fôrmas de aço é mais viável economicamente. Isto se deve principalmente aos custos salariais (velocidade de execução) e à possibilidade de um maior número de reutilizações do equipamento. 
6.2.5 Recomendações gerais para construção em concreto armado 
 Na Alemanha, o processo progressivo de desenvolvimento de fôrmas permitiu aos operários irem se adaptando às novas tecnologias à medida que elas iam surgindo. Como o uso da tecnologia de fôrmas no Brasil vem sendo introduzido abruptamente, passando-se do método convencional para a utilização de sistemas de fôrmas, é importante que os engenheiros encarregados do planejamento da obra considerem alguns aspectos, tais como: 
 a) É importante que os operários encarregados da execução de fôrmas sejam previamente instruídos e preparados para a utilização desta tecnologia. Isto porque o sistema de fôrmas só alcança o seu objetivo se os trabalhadores o aceitarem e trabalharem com ele de forma eficiente. Só assim é possível obter realmente uma aceleração no processo de construção, alcançando-se os índices de produtividade anunciados; 
b) Para obter-se condições ideais para a montagem das fôrmas, é recomendável a utilização de meios auxiliares de transporte como empilhadeiras, carrinhos paleteiros, containers e caixas para peças avulsas, que possibilitem o transporte do maior número possível de peças de uma só vez até o local de montagem das fôrmas. A utilização destes meios, junto aos equipamentos de transporte apresentados no capítulo 4, permite que todo o material necessário para a montagem das fôrmas seja colocado à disposição de forma eficiente, não havendo nenhum outro fator de dependência que possa influenciar o desenvolvimento desta atividade; 
 c) A quantidade de fôrmas que deve ser estocada em uma obra baseia-se, antes de tudo, no cronograma estabelecido para o desenvolvimento da obra e no ritmo de produção semanal. Este deve, sempre que possível, prever a concretagem às sextas-feiras, permitindo, assim, que o concreto seque durante o fim de semana, a ponto de poder receber uma certa carga ao se retomar os trabalhos, na segunda-feira. Desta forma, podem ser evitados os tempos de espera, necessários para a cura do concreto; 
 
d) A plataforma de carga do elevador de obra deve ter dimensões e capacidade de carga correspondentes às medidas e pesos dos painéis de fôrma e dos meios de transporte auxiliares escolhidos; 
e) É importante que o sistema de fôrmas escolhido apresente flexibilidade, no que diz respeito à execução de áreas de geometria irregular, eliminando, assim, a necessidade de executar áreas de ajuste, usando o método convencional conforme ilustrado na sacada da figura 6.27. 
 
Além dos requisitos listados no item 6.2.1 para a escolha de um bom método de fôrma, e dos aspectos a serem considerados no planejamento quando se optar por este método de execução, a qualidade das partes em concreto armado depende também de certos detalhes da execução, como os que serão descritos a seguir: 
 Para facilitar o desprendimento da fôrma do concreto e assim obter uma superfície de boa qualidade, a chapa da fôrma deve ser umedecida com um líquido desmoldante. Para a sua aplicação são adequadas as garrafas de spray, com as quais o desmoldante pode ser lançado (fig.6.29). A pressão do spray nestas garrafas é obtida através de uma bomba manual. No caso de construções maiores, devem ser distribuídos diversos pontos de reabastecimento pela obra, evitando-se assim que o operário tenha que percorrer longos caminhos 
 A colocação das armaduras em paredes e pilares pode ser facilitada através da utilização de escadas móveis pequenas e leves (fig. 6.31); 
Para adensar o concreto introduzido nas fôrmas devem ser usados, de preferência, vibradores internos que podem ser facilmente transportados de uma lugar para outro.
 
 Naturalmente, é também importante que sejam definidos os serviços necessários para o controle tecnológico do concreto e da armadura. Tais serviços incluem inspeções, vistoria e ensaios para a comprovação dos requisitos exigidos por norma, quanto à homogeneidade, trabalhabilidade e durabilidade do concreto, assim como controle dos insumos usados.

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