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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - Jusnaturalismo e Positivismo. [RESUMO]

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A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO – Resenha-Resumo. 
JOÃO VICTOR CORREIA CAPUTO – 201804061786 - DIREITO, 1º SEMESTRE, TARDE. 
CAMPO GRANDE, MS – 07 / 05 / 2018. 
_______________________________________ 
JUSNATURALISMO e POSITIVISMO JURÍDICO. 
1. Introdução 
Trata-se de um trabalho expositivo, cuja principal fonte de referência é o Livro Didático de 
Introdução ao Estudo de Direito, HOHEMANN, MENDONÇA e SCHAFFEAR, 1ª Edição, Rio de 
Janeiro, 2014. Este trabalho objetiva apontar algumas orientações acerca do Jusnaturalismo - 
a forma como a ideia do Direito Natural se desenvolveu ao longo da história, apresentando as 
suas principais concepções e características, da Grécia Antiga ao final do Século XVIII – e do 
Positivismo Jurídico – dispondo sobre as suas principais correntes, contextualizando-as 
historicamente. 
2. O Jusnaturalismo e a ideia do Direito Natural 
O Jusnaturalismo se refere à corrente de pensamento que reúne ideias em torno do 
Direito Natural, o qual se fundamenta na natureza humana, derivando de um conjunto de 
concepções - de ordem moral -, que se sucedem e se modificam ao longo dos séculos. Nele, 
há a convicção de que, opondo-se ao positivismo, além do Direito Escrito, positivado, há outra 
ordem, superior àquela, a qual corresponde à expressão do Direito Justo. 
Nesse contexto, o Jusnaturalismo considera que o Direito Natural forma um sistema 
superior de normas, preexistentes à normatividade estatal, que apresenta uma leitura moral 
impositiva a respeito do Direito. 
2.1 Concepções acerca do Direito Natural ao longo da História 
A existência do Direito Natural superior, o qual condiciona o próprio direito positivo, 
perpassa pela história, estando presente desde a Antiguidade grega até o final do Século 
XVIII. 
Considerando as diferentes experiências históricas, destacam-se três concepções: 
Teológica - Lei estabelecida pela vontade Divina -, própria de agrupamentos sociais 
orientados por uma cultura mítica; Cosmológica - Lei Natural, aplicável universalmente, 
em todas as épocas e locais -, decorrente da transição das culturas míticas, para visões 
laicas sobre a realidade; e Racionalista - Lei Racional ou Individualista -, fundamentada na 
hipótese da existência de uma lei natural associada à própria existência humana, associada 
à racionalidade inerente a sua natureza. 
Nesse sentido, apesar da divergência entre as concepções do Direito Natural, há 
aspectos comuns que contribuem para a genérica denominação de “Concepções 
Jusnaturalistas”. Dentre essas características, estão os juízos de valores – que possuem 
 
 
como pressuposto uma leitura moral a respeito do direito e que prevalecem sobre a lei 
positiva -, bem como a existência de uma fonte universal, suprema e imutável que os 
fundamenta. 
A partir dessas premissas, o Direito Natural encontra raízes na Antiguidade Clássica, 
que envolve a Grécia Antiga, os Estoicos e os Romanos, inclusive, neste último caso, 
tornando-se a base do processo de construção do Direito Romano na Antiguidade – da 
república ao Império. 
2.2 Escola do Direito Natural (Séculos XVII e XVIII) 
A expressão genérica “Escola do Direito Natural nos Séculos XVII e XVIII” refere-se à 
compilação de diferentes tendências e autores do pensamento moderno, os quais 
associaram a noção de Direito Natural à ideia de Razão – concepção Racionalista. 
Essa escola introduziu conceitos sobre a existência de “Direitos Naturais Inatos”, de 
um “Estado de Natureza” e de um “Contrato Social”. Sob esta ótica, o Estado e o próprio 
direito seriam produto de opções racionais de cada um dos indivíduos, que renunciaram à 
liberdade plena no estado natural, em troca da preservação de sua integridade e de seu 
patrimônio. 
2.3 O declínio do Direito Natural 
Essa perspectiva do Direito entrou em declínio no Século XIX, por causa da cisão 
ocorrida entra o Direito e a Moral, pois, em decorrência das revoluções burguesas da 
segunda metade do Século XVIII, como a Revolução Francesa, por exemplo, houve um 
fortalecimento do direito positivo - Civil Law -, por meio do investimento na racionalização 
e sistematização do Direito, expresso por meio de codificações. 
3. Positivismo Jurídico 
O positivismo jurídico surge na Idade Moderna, a partir de uma preocupação em dedicar 
esforços a uma sistematização e racionalização do direito, negando a importância das fontes 
abstratas do direito, principalmente em relação à ideia de “Direito Natural” – o qual é repleto 
de considerações de ordem moral. 
A visão positiva defende que a Ciência do Direito tem a missão de estudar a correlação 
entre as normas que compõem a ordem jurídica vigente e, em relação à justiça, propaga o 
ceticismo absoluto. 
3.1. Correntes do Positivismo Jurídico 
Além de ser uma corrente de pensamento jurídico, o positivismo jurídico é, também, 
uma tendência formalista no campo das ideias jurídicas, identificando-se com diferentes 
correntes do Século XIX. Dentre as diferentes correntes, destacam-se três escolas: Escola 
da Exegese – França -, Pandectismo Jurídico – Alemanha – e Jurisprudência Analítica – 
Inglaterra. 
 
 
 
3.1.1. Escola da Exegese 
Baseado no Código Civil de 1804 (Código de Napoleão), a Escola da Exegese foi 
uma corrente originária do ambiente intelectual pós-Revolução Francesa; seu caráter 
era formalista, legalista, codicista e livre de qualquer aspecto moral ou fático, 
conferindo exclusivamente ao Estado o poder de criar direitos. 
Ligada a um projeto político determinado, decorrente da unificação do direito 
privado francês, essa escola se valeu de uma técnica de elaboração legislativa – 
denominada de código – a qual se expandiu a outras áreas do direito, como o Direito 
Penal, Processual, Mercantil e etc. 
A tese fundamental da Escola da Exegese é a de que o Direito é aquilo que é 
revelado pelas leis; são normas gerais escritas (positivadas) emanadas do Estado, 
constitutivas de direito e obrigações, em um sistema de conceitos bem articulados e 
coerentes o qual não apresenta lacunas. 
3.1.2. Pandectismo Jurídico 
O pensamento pandectista surgiu na Alemanha do século XIX; retira seu nome do 
Pandecta - compilação de extratos de livros escritos por jurisconsultos da época 
romana clássica -, o qual objetivava a integração do Direito Romano, modificado pelo 
Direito Canônico, às leis imperiais alemãs e ao Direito consuetudinário local. Sua 
abordagem era essencialmente normativista, considerando que o costume jurídico 
encontra sua força cogente por meio da vontade do legislador, plasmada no direito 
positivo. 
Essa corrente defendia a imperatividade dos conceitos jurídicos construídos a 
partir do estudo das Instituições do Direito Romano, mescladas com a tradição 
doutrinária germânica. 
 
3.2. A crise do Positivismo Jurídico 
Apesar de ser uma tendência majoritária no pensamento jurídico do Século XIX, o 
positivismo jurídico, na transição para o Século XX, experimentou uma profunda crise 
motivada por diferentes fatores, dentre eles, a forma como o marxismo inspirou o 
movimento unificado dos trabalhadores contra a ordem institucional burguesa e, 
consequentemente, contra a sua correspondência jurídica – o positivismo jurídico. 
Diante desse contexto, surgiram diferentes tendências no campo do pensamento 
jurídico, cujas premissas metodológicas se fundamentavam na necessidade de reconhecer 
o direito como mero produto dos fatos - afastado dos esquemas teóricos e formalistas 
característicos das correntes do positivismo jurídico -, reduzindo a importância atribuída à 
lei (criada pelo Estado a partir do processo legislativo).

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