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manual da brinquedoteca 2017

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MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Curso de Licenciatura em Pedagogia
Educação a Distância
NEAD
Rodovia BR-470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito
Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000. lndaial-SC
Home-page: www.uniasselvi.com.br
Manual da Brinquedoteca
Centro Universitário Leonardo da Vinci
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Reitor
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Profª. Msc. Francieli Stano Torres
Pró-Reitoria Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Coordenadora do Curso de Pedagogia
Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Elaboração do Texto, articulação e sistematização das oficinas de trabalho
Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Profª. Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer
Projeto Gráfico
Davi Schaefer Pasold
Ilustrações
Davi Schaefer Pasold
Revisão do Texto
José Roberto Rodrigues 
Participantes das oficinas de Trabalho que colaboraram para a elaboração 
deste instrumento
Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Profª. Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer
Profª. Monica Conzatti
Profª. Tátila Cilene Leite de Oliveira
Profª. Daniela Bergamini Ern
Profª. Msc. Patrícia Cesário Pereira Offial
Profª. Msc. Graciele Alice Carvalho Adriano
BC
A
 
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................. 4
1 REGULAMENTO PARA A UTILIZAÇÃO
 DA BRINQUEDOTECA ................................... 6
2 OBJETIVOS DA BRINQUEDOTECA ............ 9
3 ORIENTAÇÕES ............................................ 10
4 PRÁTICAS .................................................... 18
1 – Disciplina: Educação Inclusiva ........... 22
2 – Disciplina: Psicologia da Educação e da 
Aprendizagem ............................................ 25
3 – Disciplina: Educação de Jovens e 
Adultos .... 29 
4 – Disciplina: Pedagogia da Educação 
Infantil ........................................................ 39 
5 – Disciplina: Lúdico e Musicalização na 
 Educação Infantil ...................................... 45 
6 – Disciplina: Metodologia e Conteúdos 
Básicos de Ciências Naturais e Saúde 
Infantil .............................................................. 49
7 – Disciplina: Literatura InfantoJuvenil .......53
8 – Disciplina: Psicomotricidade ........... 59
5 REFERÊNCIAS ............................................. 65
ANEXO A .......................................................... 67
ANEXO B ......................................................... 68
ANEXO C ......................................................... 69
ANEXO D ......................................................... 70 
ANEXO E ......................................................... 71 
ANEXO F ......................................................... 74
ANEXO G ......................................................... 75
4 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
APRESENTAÇÃO
 A Brinquedoteca, no contexto da ludicidade, trata de dar 
indícios de que, por meio do brincar, a criança desenvolve sua 
autonomia, identidade e criatividade. Nada melhor para ela do que 
o adulto proporcionar diversos tipos de brincadeiras e interagir para 
alcançar tal objetivo. O ato de brincar é uma atividade espontânea 
e natural da criança e é benéfico, por estar centrado no prazer 
e no despertar das emoções. Por meio da brincadeira, a criança 
se apropria da realidade, expressando de modo simbólico suas 
fantasias, desejos, medos, sentimentos, angústias e conflitos. 
Sentimentos estes que fazem parte da vida cotidiana. Conforme 
Bomtempo (apud AZEVEDO, 2010, p. 60)
Brincar exige uma dose grande de concentração 
durante muito tempo e desenvolve o interesse, 
a imaginação e a iniciativa. É um dos processos 
educativos mais completos, uma vez que 
envolve o emocional, o corporal e o intelectual 
da criança. [...] enfatiza que se a brinquedoteca 
é o espaço da criança, esse é o melhor lugar 
para conhecê-la e observá-la de forma intensa. 
Permite desvincular o brinquedo da questão 
do consumo, estimulando a vivência social 
coletiva.
 De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a 
Educação Infantil (BRASIL, 1998), brincar é fundamental para o 
pleno desenvolvimento da autonomia e identidade da criança. 
O fato do ser humano poder comunicar-se desde muito cedo por 
meio de sons, gestos e, logo após, poder representar um papel na 
brincadeira, ajuda a desenvolver sua imaginação. E ainda de acordo 
com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil 
(BRASIL, 1998), por intermédio do brincar podemos observar a 
coordenação das experiências prévias das crianças e as reações 
tomadas por elas frente a diversas situações que surgem no decorrer 
das brincadeiras.
5MANUAL DA BRINQUEDOTECA
 Nesse sentido, a Brinquedoteca é um espaço que se destina 
à ludicidade. A partir desta proposta, a criança tem a oportunidade 
de iniciar a sua integração social e cultural aprendendo a conviver 
com os outros e posicionando-se frente a situações do mundo que a 
cercam. 
 
A Brinquedoteca da UNIASSELVI tem como principal objetivo o 
resgate e a ressignificação de brinquedos e brincadeiras que serão 
vivenciados por professores, acadêmicos do Curso de Licenciatura em 
Pedagogia e crianças da comunidade. É um laboratório pedagógico 
que tem como intenção o aperfeiçoamento do exercício profissional 
dos acadêmicos, por meio da participação, observação e aplicação 
da dinâmica educativa da disciplina do curso, reconhecendo a 
intencionalidade pedagógica da atividade lúdica. 
 
 Nesse contexto, buscamos a construção de um trabalho 
formativo de aprendizagem, pesquisa e ensino que potencializará 
as definições de ludicidade, jogos, brinquedos e brincadeiras na 
educação da criança, desenvolvendo nela a vontade de ficar na 
Brinquedoteca (por sentir-se bem) e de voltar outras vezes. 
 
 A equipe do NEAD, composta por supervisores de disciplinas 
e tutoras internas do Curso de Pedagogia, elaborou este manual com 
o objetivo de orientar os tutores externos e articuladores sobre o uso 
e as práticas que serão vivenciadas pelos acadêmicos do curso de 
Licenciatura em Pedagogia na Brinquedoteca.
6 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
1 REGULAMENTO PARA A UTILIZAÇÃO DA BRINQUEDOTECA
CAPÍTULO I
DA CONSTITUIÇÃO
Art. 1º - Constitui-se em uma Brinquedoteca do Curso de Licenciatura 
em Pedagogia da UNIASSELVI:
I – Espaço organizado de forma lúdica e que comporte os materiais 
descritos a seguir:
• 2(uma) Almofada
• 6(Seis) Puffs
• 1(uma) Estante em MDF colorida
• 1(uma) Mesa de Fórmica c/ 4(quatro) Cadeiras
• 1(uma) Mesinha Infantil - Fórmica e 4(quatro) Cadeiras
• 1 Quadro branco 120x90 moldura aluminio AL-90120 Easy Office PT 
• 1(um) Kit Pincel branco(4 cores/1apagador)
• 1(um) TAPETE + TATAME COLORIDO 
• 1(um) Aparelho Rádio Portátil com entrada USB +CD 
• 1(uma) Gangorra de Plástico Anda cavalinho 
• 1(uma) Barraca - Toca Infantil 2 Em 1 Com 60 Bolinhas 
• 1(um) BAÚ PARA GUARDAR BRINQUEDOS 
• 1(um) Escorregador Infantil 3 Degraus 
• 1(um) Espelho Grande 150x100cm C/moldura 
• 1(um) Kit de Atividades (10 tesouras sem ponta. 5 lápis de escrever, 
10 caixa de Lápis de cor, 10 caixa de Canetinhas, 10 caixas de giz de 
cera, 5 Apontador, 2 pacotes de A3)
• 1(um) Quebra-cabeça - Tapete de encaixe alfabeto
• 1(um) Engradado desmontável
• 1(um) Fantoche Animais Selvagens
• 1(um) Fantoche Família Negra 
• 1(um) Fantoche Família Branca
• 1(um) Teatro de fantoches
• 1(uma) Casinha com utensílios de cozinha
• 3(três) Kit médico miniatura
• 1(um) Brinquedos de sucata
• 1(um) Carrinhos pedagógicos
• 1(uma) Boneca Gracinha Branca
• 1(uma) Boneca Gracinha Negra
• 1(uma) Bola de borracha nº 3
• 1(uma) Bandinha rítmica c/ 20(vinte) instrumentos
• 4(quatro) Kit Supermercado
7MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• 6(seis) Brincando de engenheiro com 53 peças
• 1(um) Tangran de E.V.A. pedagógico
•1(um) Dominó das Cores
• 1(um) Dominó-Animais Domésticos
• 1(um) Memória numerais
• 1(um) Quebra-Cabeça – Liso
• 1(um) Jogo 5 em 1, em MDF (Dominó, dama, loto, ludo e trilha)
• 1(um) Alfabeto numeral Móvel - 76 peças
• 1(um) Kit brinquedos (blocos de montar)
• 1(um) Kit pintura Facial
• 1(um) Loto Leitura
• 1(um) Ábaco Aberto 5 colunas c/ base em madeira e bolinhas em 
E.V.A.
• 1(uma) Coleção Alfabeto em BRAILE
• 1(uma) Coleção Alfabeto em LIBRAS
• 1(um) Boliche pequeno
• 1(um) Pinos coloridos pedagógicos
• 1(um) Passa figura
• 1(um) Cantinho da Leitura
• 20(vinte) Cubos Mágicos
• 5(cinco) Jogo Pedagógico Matemática Loto Numérica 
• 1(um) Adesivos - Floresta + Régua Do Crescimento Medir Altura 
Criança 
• 5(cinco) Ábaco 05 colunas e rodinhas em madeira 
• 5(cinco) ABC Maiúsculas e Minúsculas 96 peças (Alfanumérico) 
• 1(um) Tapete Infantil Fofinho Amarelinha - 18 peças (EVA)
• 5(cinco) Material Dourado e cx em madeira - 611 peças 
• 1(um) Calendário Relógio Infantil 1060 com 58 peças 
• 1(um) Kit Mix 14 Jogos Pedagógicos – Sopecca 
• 5(cinco) Super Caixa Divertida 
• 2 (dois) Blocos de Montar 120 Peças 
• 1(uma) Maleta Pedagógica 10 Jogos Educativos em Mdf 1242 
• 1(um) Quadro Metálico - Acompanha: 1 jogo de consoantes 2 jogos 
de vogais 3 jogos de números 1 jogo de sinais e gabaritos 
• 4(quatro)Fantasias – Sendo duas de menina e duas de menino
• 11(onze) Livros de Literatura Infantojuvenil
• 1(um) CD Palavra cantada
• Outros materiais construídos/doados pelos acadêmicos, tutores 
externos ou Polos de Apoio Presenciais.
8 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• Pasta de Portfólios da Brinquedoteca (providenciada/construída 
no Polo), para anexar as atividades desenvolvidas pelas diversas 
turmas de Pedagogia.
• Manual da Brinquedoteca
• Regulamento da Brinquedoteca (fixado em local visível aos usuários).
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
Art. 2º - A Brinquedoteca na UNIASSELVI tem por objetivo permitir ao 
acadêmico pensar, discutir, analisar e investigar o valor do brinquedo 
e das brincadeiras no desenvolvimento da criança, sendo um espaço 
para ampliar o processo de aprendizagem e desenvolver pesquisas que 
apontem a relevância dos jogos, brinquedos e brincadeiras no processo 
educativo.
CAPÍTULO III
DOS PRINCÍPIOS
Art. 3º - Constituem princípios do Laboratório:
I - buscar a excelência em suas áreas de atuação;
II - aperfeiçoar continuamente os acadêmicos;
III - proporcionar os meios necessários para o desenvolvimento de 
conhecimentos científicos aos acadêmicos através do exercício de suas 
habilidades, tais como: a criatividade, a iniciativa, o raciocínio lógico, a 
síntese e os sensos de análise e crítica;
IV - contribuir para a conceituação de jogo, brinquedo e brincadeira e 
sua importância na educação;
V - formar profissionais que valorizem o lúdico;
VI - desenvolver pesquisas que apontem a relevância dos jogos, 
brinquedos e brincadeiras para a educação.
CAPÍTULO IV
DOS USUÁRIOS
Art. 4º - São usuários do Laboratório:
I - Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia;
II - Tutores externos;
III - Crianças da comunidade, devidamente autorizadas.
9MANUAL DA BRINQUEDOTECA
CAPÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO
Art. 5º - São atribuições dos tutores externos, que utilizam o Laboratório:
I - definir, encaminhar, orientar e acompanhar a atividade prática;
II - utilizar a Brinquedoteca mediante reserva antecipada através de 
formulário de reserva, com as seguintes providências:
a) reservar a aula prática com antecedência;
b) comunicar irregularidades ao articulador do Polo;
c) manter as estantes dos jogos e brinquedos organizadas;
d) responsabilizar-se pelo zelo e integridade dos materiais durante a 
realização das atividades.
Art. 6º - Cabe aos acadêmicos em atividades de ensino/pesquisa:
I - zelar pelo patrimônio da Brinquedoteca;
II - comunicar irregularidades ao tutor externo;
III - apresentar a autorização do articulador e do tutor para realizar 
atividades práticas fora dos horários preestabelecidos.
IV - convidar crianças da comunidade para a dinâmica desenvolvida 
na Brinquedoteca, respeitando o limite máximo estipulado para cada 
atividade;
V - conduzir as atividades da Brinquedoteca envolvendo as crianças e 
os demais participantes;
VI - realizar as atividades previstas na dinâmica dos encontros da 
Brinquedoteca. 
Art. 7º - Cabe às crianças da comunidade:
I - zelar pelo patrimônio da Brinquedoteca;
II - participar das atividades propostas pelos acadêmicos durante a 
dinâmica da Brinquedoteca.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 8º - O empréstimo ou a transferência de materiais deve ser feito(a) 
através de formulário específico, autorizado pelo articulador do Polo de 
Apoio Presencial.
10 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Art. 9º - O funcionamento da Brinquedoteca ocorrerá em horário 
reservado previamente pelo tutor externo, respeitando a disponibilidade 
do espaço e o horário de funcionamento do Polo de Apoio Presencial.
Art. 10º Os casos omissos serão resolvidos pelo articulador do Polo 
de Apoio Presencial, com anuência do coordenador do curso.
Art. 11º - Este Regulamento entra em vigor na data de sua aprovação.
2 OBJETIVOS DA BRINQUEDOTECA
 Permitir aos acadêmicos pensar, discutir, analisar e investigar o 
valor do brinquedo e das brincadeiras no desenvolvimento da criança, 
sendo um espaço para ampliar os processos de reflexão, análise, 
aprendizagem e desenvolvimento de pesquisas que apontem a 
relevância dos jogos, brinquedos e brincadeiras para a educação.
3 ORIENTAÇÕES
ü	 As atividades devem começar já no 2º momento do 1º encontro, 
quando o tutor externo deverá orientar os seus acadêmicos a 
planejarem em pequenos grupos o “Roteiro da Atividade” a ser 
aplicado no 1º momento do 2º encontro.
ü	 As atividades práticas devem ser desenvolvidas no 1º momento 
do 2º encontro das disciplinas (preferencialmente com crianças 
ou, na falta delas, realizando simulações com os acadêmicos do 
próprio grupo). As disciplinas contempladas pela Brinquedoteca 
serão as seguintes: Educação Inclusiva; Psicologia da Educação 
e da Aprendizagem; Educação de Jovens e Adultos; Pedagogia 
da Educação Infantil; Lúdico e Musicalização na Educação Infantil; 
Metodologia e Conteúdos Básicos de Ciências Naturais e Saúde 
Infantil; Literatura InfantoJuvenil; Psicomotricidade. 
ü	 É importante o tutor externo incentivar a busca por Referências 
Bibliográficas que servirão de consulta nos grupos que serão 
formados para a construção do texto fundamentado 
“Roteiro da Atividade”, bem como, das atividades que 
serão escolhidas pelos acadêmicos. O tutor externo 
11MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ATENÇÃO! 
A criança deverá ser levada ao espaço da 
Brinquedoteca pela pessoa responsável por 
ela, que obrigatoriamente permanecerá no local 
durante todo o período em que será realizada a 
atividade. É importante enfatizar que a criança 
não poderá sair da Brinquedoteca sem a 
companhia do responsável legal.
deverá solicitar este material de pesquisa aos acadêmicos no 
encontro anterior ao início das disciplinas escolhidas para as 
dinâmicas a serem desenvolvidas na Brinquedoteca.
ü	 O tutor externo deverá sortear um dos grupos para a apresentação 
da prática aos demais acadêmicos, no 2º momento do 1º encontro 
(após a escrita dos roteiros), utilizando o espaço da Brinquedoteca. 
A presença de crianças é fundamental e, para tanto, faz-se 
necessária a autorização obrigatória dos pais ou responsáveis 
legais pelas mesmas. (Anexo G).
ü	 Independentemente de apresentarem a prática aos demais 
acadêmicos, todos deverão estar munidos de seus “Roteiros 
de Atividade” desenvolvidos nos grupos, previamente 
preenchidos e posteriormente de seu “Relatório da Atividade”, feito 
individualmente, em que deverão aparecer descritos os objetivos 
alcançados (ou não) e os conceitos relacionados com a práticaem questão (desenvolvida na Brinquedoteca), quer seja do ponto 
de vista do grupo que aplicou, quanto dos grupos que apenas 
observaram. OBS.: Tutor externo, sugerimos que haja uma 
espécie de revezamento entre os grupos em cada disciplina, 
para que, ao final, todos tenham a oportunidade de vivenciar 
na prática a aplicação das atividades da Brinquedoteca.
ü	 Nestas disciplinas, a nota da 1ª avaliação será o “Relatório da 
Atividade” (Anexo B) escrito individualmente, a partir da 
dinâmica desenvolvida na Brinquedoteca e dos conceitos 
já estudados nos grupos durante a construção do “Roteiro 
da Atividade” (Anexo A), ou seja, o relatório substituirá a 
12 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
 ATENÇÃO!
Se o acadêmico faltar no segundo encontro 
da disciplina, no dia da 1ª avaliação (redação), 
que refere-se ao “Relatório da Atividade” de-
senvolvida na brinquedoteca, poderá solicitar 
a “Reposição de Avaliação” via requerimento, 
conforme regulamento disponível no Ambiente 
Virtual de Aprendizagem – AVA. Neste caso, 
se o requerimento for deferido, ao invés de 
realizar o Relatório da Atividade da Brinque-
doteca, irá realizar a 1ª avaliação da disciplina 
(on-line).
primeira avaliação (tema de redação) realizada no 2º momento do 
2º encontro. 
OBS.: O “Relatório da Atividade” deverá ser feito a partir dos tópicos 
solicitados no modelo (Anexo B).
ü A nota dos acadêmicos que apresentarem a dinâmica da Brinque-
doteca será cumulativa, respeitando todos os critérios descritos 
no gabarito de correção (Anexo C).
ü	Acadêmicos que somente observarem a dinâmica desenvolvida 
na Brinquedoteca serão avaliados conforme critérios descritos no 
gabarito de correção (Anexo D).
13MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Caro tutor externo! 
Você deverá realizar um registro das atividades 
desenvolvidas pela sua turma na Brinquedoteca, em 
forma de portfólio (Anexo E), construindo a memória 
histórica das atividades realizadas na Brinquedoteca. 
Este portfólio irá compor o registro das atividades 
desenvolvidas no Curso de Pedagogia, e deverá ser 
enviado para ana.alencar@uniasselvi.com.br, com 
anexos, fotos e registro de frequência, conforme Anexos 
E e F. Este mesmo material deverá ser impresso e 
anexado à pasta de Portfólios da Brinquedoteca, a fim 
de tornar-se fonte de pesquisa aos demais acadêmicos 
do curso, permanecendo na Brinquedoteca para o livre 
manuseio.
ü	 Nas demais disciplinas, a Brinquedoteca pode e deve ser utilizada, 
mas não haverá nota vinculada à atividade com exceção do 
Prática Interdisciplinar VII, “Oficinas Pedagógicas”, que também 
lhe conferirá nota, caso opte pela brinquedoteca. 
ü	 Os modelos de “Roteiro e Relatório da Atividade” encontram-se em 
anexo nesse manual e, também, disponíveis no AVA (Trilhas de 
Aprendizagem) das disciplinas.
ü	 Ao término da apresentação da dinâmica desenvolvida na 
Brinquedoteca, o tutor externo deverá:
 - avaliar os acadêmicos conforme os critérios de avaliação que 
compõem o gabarito de correção (Anexos C e D);
 - lançar a nota no AVA (1ª avaliação);
 - encaminhar para o e-mail da coordenadora do curso: 
 ana.alencar@uniasselvi.com.br, o “Portfólio - Dinâmica da 
Brinquedoteca” (Anexo E), relatando as atividades 
desenvolvidas pela turma durante a dinâmica, com fotos, 
anexos e Registro de Frequência (Anexo F).
14 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
 - disponibilizar cópia impressa do portfólio das atividades 
 desenvolvidas pela turma, para anexar à pasta de Portfólios da 
Brinquedoteca.
 
ü	 Antes de realizar a avaliação (2º momento do 2º encontro), é 
fundamental fazer um feedback das atividades e discutir, com 
os acadêmicos, questões relativas às dinâmicas: envolvimento 
e participação das crianças, interação (entre as crianças e os 
acadêmicos ou entre os próprios acadêmicos), conceitos, resultados 
obtidos, etc. 
ü	 Para facilitar a compreensão destas orientações e da dinâmica/
divisão envolvendo as aulas, criamos uma síntese dos encontros 
referentes à Brinquedoteca:
15MANUAL DA BRINQUEDOTECA
SÍNTESE DA DINÂMICA DOS ENCONTROS 
COM A ATIVIDADE DA BRINQUEDOTECA
HORÁ-
RIO
PRIMEIRO
ENCONTRO
SEGUNDO
ENCONTRO
TERCEIRO 
ENCONTRO
QUARTO
ENCONTRO
1º
MO-
MENTO
AULA
Apresentação da 
Disciplina (DVD). 
Apresentação do 
Plano de Ensino 
(Ementa, Estrutura, 
Atividades). 
Explicações gerais 
referentes aos 
conteúdos da 
Unidade 1.
Apresentação da 
Brinquedoteca aos 
acadêmicos.
AULA
Explicações ge-
rais referentes 
à autoatividade 
da Unidade 1. 
Início das 
explicações 
referentes aos 
conteúdos da 
Unidade 2. 
Apresentação 
da dinâmica do 
grupo sorteado 
na Brinquedo-
teca. Discussão 
e eventuais es-
clarecimentos 
sobre a prática 
realizada. 
AULA
Discussão e 
explicações 
gerais referentes 
ao conteúdo 
da Unidade 2, 
correção das 
autoatividades 
referentes à 
Unidade 2 e es-
clarecimento de 
eventuais dúvi-
das. Explicações 
gerais referentes 
aos conteúdos 
da Unidade 3.
AULA
Discussão 
e correção 
das auto-
atividades 
referentes 
à Unidade 
3 e esclare-
cimento de 
eventuais 
dúvidas. 
Revisão 
geral dos 
conteúdos 
da disciplina.
INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO
2º
MO-
MENTO
Explicações e orien-
tações aos acadêmi-
cos sobre a dinâmica 
a ser desenvolvida 
na Brinquedoteca, 
conforme Manual. 
Socialização do 
conteúdo abordado 
na disciplina. Divisão 
da turma em grupos 
para a construção do 
“Roteiro da Atividade” 
e sorteio do grupo 
que irá apresentar a 
dinâmica no 2º en-
contro (1º momento). 
(ANEXO A)
AVALIAÇÃO 
“Relatório da 
Atividade” feito 
no lugar da 
redação.
(ANEXO B)
AVALIAÇÃO
(Avaliação 
Individual sem 
consulta – Uni-
dade 2).
AVALIAÇÃO 
FINAL
(Avaliação 
Individual 
sem consulta 
– todas as 
unidades).
16 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Tutor externo, incentive os acadêmicos a acessarem o AVA 
(Ambiente Virtual de Aprendizagem), clicando na Trilha de 
Aprendizagem das disciplinas selecionadas para a dinâmica 
da Brinquedoteca, a fim de obterem maiores informações 
sobre as temáticas que serão abordadas neste manual, 
bem como, ter acesso a outros materiais vinculados ao 
uso da Brinquedoteca e sua relevância na Educação. Neste 
ambiente, os acadêmicos encontrarão material teórico, 
sugestões de sites, livros, dvd’s, artigos, reportagens, etc.
Para tanto, cabe aos acadêmicos atenção especial
no que diz respeito a:
ü	Possuir um bom conhecimento do material técnico,
psicológico, pedagógico, histórico, cultural dos jogos e 
brinquedos e atualizar esses conhecimentos; 
ü	Propor material lúdico condizente às normas de 
segurança; 
ü	Ter jogos e brinquedos em bom estado, completos, 
bem condicionados e limpos; 
ü	Preparar a utilização dos jogos e brinquedos;
ü	Utilizar um método para arrumar os jogos e 
brinquedos;
ü	Estimular a acessibilidade; 
ü	Organizar a sala da Brinquedoteca de acordo com 
a criatividade e a necessidade de cada grupo.
ü	Construir materiais e deixá-los no acervo da 
Brinquedoteca.
17MANUAL DA BRINQUEDOTECA
QUADRO 1 – SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Estante de 
Brinquedos
O canto 
do “Faz de 
Conta”
O canto 
da Leitura
O canto das 
Invenções
A
sucateca Teatrinho
Mesa de 
atividades
Brinquedos 
de fácil 
acesso e 
livre manu-
seio, sepa-
rados por 
“espécies”.
- casinha;
- cozinha;
- hospital;
- supermer-
cado;
- cama-
rim com 
fantasias e 
espelho;
- escolinha;
- bonecas/ 
carrinhos.
- com 
tapetes, 
almofadas 
e muitos 
livros de 
qualidade, 
em estan-
tes acessí-
veis.
- Onde as 
crianças 
inventam 
coisas, 
constroem 
brinquedos 
e/ou instru-
mentos de 
sucata.
Estante 
onde 
ficam os 
materiais 
alterna-
tivos (re-
ciclados) 
e em 
contínua 
coleta.
- Espaço 
em madei-ra com ja-
nela para 
apresen-
tação de 
fantoches.
- fatoches 
diversos e 
máscaras.
- para as 
atividades 
escritas e 
jogos de 
mesa.
FONTE: Azevedo (2010, p. 71-72)
Aqui, apresentamos algumas sugestões de atividades, 
que podem ser ampliadas por você, tutor externo, 
e pelos acadêmicos.
Segundo Azevedo (2010, p. 52), “A brinquedoteca é um espaço para 
favorecer a brincadeira. É um espaço onde as crianças (e os adultos) 
vão para brincar livremente, com todo o estímulo e manifestação de 
suas potencialidades e necessidades lúdicas. Muitos brinquedos 
e materiais permitem a expressão da criatividade. Embora os 
brinquedos sejam a atração principal de uma brinquedoteca, ela pode 
existir, até mesmo, sem brinquedos, desde que outros estímulos às 
atividades lúdicas sejam proporcionados.”
18 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
1 – Disciplina: Educação Inclusiva
Tendo em vista o processo de igualdade 
social e o direito de cidadão, hoje a relação 
da pessoa com deficiência na sociedade está 
em transformação, pois a palavra inclusão 
passou a fazer parte de vários segmentos, da 
educação, desde a inserção no mercado de 
trabalho ou na discussão da acessibilidade 
em geral.
INTRODUÇÃO
 Dentro do processo histórico da Educação Inclusiva, 
as pessoas com necessidades educacionais especiais foram 
consideradas inúteis, incapazes, ou melhor, sem função alguma 
durante muitos anos. A sociedade restringia essas pessoas e 
atribuía à deficiência um problema de ordem divina e como se 
estivesse ligado a algum tipo de punição.
 Reportando-nos a Esparta, onde a força física era de grande 
valia, os imaturos, os fracos e os defeituosos eram propositalmente 
eliminados. Os romanos descartavam as crianças deformadas e 
indesejadas em esgotos (ARANHA, 2007). Além disso, outros eram 
presos em clausuras na forma de hospício, durante anos.
PRÁTICAS
19MANUAL DA BRINQUEDOTECA
 De acordo com Oliveira (2010, p. 71), “[...] a educação inclusiva 
é muito mais do que somente incluir as pessoas com necessidades 
especiais no ensino regular, mas, também, promover estratégias 
para que elas permaneçam como também progridam no processo de 
aprendizagem e desenvolvimento.”
 Uma dessas estratégias é a Brinquedoteca, recurso este que 
possibilitará a inclusão de todas as crianças, com ou sem deficiência, no 
processo de ensino e aprendizagem, eliminando assim obstáculos que 
impedem as escolas de se abrirem às diferenças.
OBJETIVOS
Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verificando se eles 
foram capazes de:
• Despertar nas crianças a percepção e o respeito em relação às pessoas 
com necessidades especiais que encontrarão em suas vidas;
• Estimular o diálogo e o entendimento em torno dessa discussão;
• Sensibilizar as crianças através da brincadeira para um agir mais 
humano em relação ao outro.
Caro tutor externo! Conduza seus acadêmicos à 
seguinte reflexão: Ensinar é marcar um encontro 
com o outro e a inclusão escolar provoca, 
basicamente, uma mudança de atitude diante 
do outro, esse que não é mais um indivíduo 
qualquer, com o qual topamos simplesmente na 
nossa existência e/ou com o qual convivemos 
certo tempo de nossas vidas. Mas é alguém que é 
essencial para a nossa constituição como pessoa 
e como profissional, que nos mostra os nossos 
limites e nos faz ir além. (MANTOAN, 2003, p. 28).
20 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Bonecas desmontáveis.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
• Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro 
da disciplina.
• Escolher 6 (seis) crianças para este dia (autorização).
• Desencaixar a perna de uma ou duas bonecas, o braço de outras 
duas e vendar os olhos do restante.
Caro tutor externo! Explique 
aos acadêmicos que as 
crianças precisam encontrar 
as bonecas desta forma ao 
chegarem à Brinquedoteca, 
sendo importante guardar as 
peças retiradas para que sejam 
remontadas antes de serem 
guardadas.
• As bonecas são deixadas no meio da Brinquedoteca, juntamente 
com outros acessórios (roupinhas, sapatinhos, etc.) e convidam-se 
as crianças para brincar com elas.
• No momento em que as crianças notarem a falta do membro e a 
venda nos olhos, deve-se estimulá-las a falar sobre essas diferen-
ças, fazendo com que expliquem como brincar com essas bonecas.
• Buscar dinamizar a discussão para a vida real, ressaltando o pro-
cesso de inclusão e respeitando as diferenças.
• Ao término da discussão, deixar um tempo livre para que elas façam 
 uso de outros brinquedos.
21MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Caro tutor externo! Incentive os aca-
dêmicos a registrarem com fotos es-
ses momentos de interação.
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a 
avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D).
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da 
dinâmica.
• A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no 
“Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem 
do tema, conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a 
discussão; o envolvimento das crianças/participantes no debate, 
contribuições, casos etc).
• OBS: Neste item, tutor externo, um feedback, envolvendo os 
acadêmicos, é bem importante.
Tutor, você também poderá optar pela seguinte prática:
22 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
1 – Disciplina: Educação Inclusiva
INTRODUÇÃO
 Num processo de aprendizagem temos que entender que o 
outro não está no momento que eu estou; entender que o passo do 
outro não está no passo que eu quero; aprender a olhar o outro com 
um olhar diferenciado. 
 Neste sentido, precisamos perceber o outro, dar-lhe a im-
portância que lhe é merecida e, a partir disto, começar a construir o 
processo de inclusão. Para incluir este sujeito temos que acreditar que 
ele tem capacidade de aprender, respeitando sempre o momento e a 
caminhada percorrida por ele. 
 
 Muitas vezes temos ainda que reorganizar o tempo e o espaço 
para a aprendizagem deste sujeito. Para isso, precisamos refl etir sobre 
nossas próprias ações.
.. .
. ..
Somo
s tod
os 
iguai
s na 
difere
nça
Somo
s tod
os 
iguai
s na 
difere
nça
23MANUAL DA BRINQUEDOTECA
 Mantoan (1997, p. 19) nos faz pensar:
Mas por que temos que ser iguais? Não sabemos. Talvez 
porque ficaria mais fácil ou acessível conviver com o 
igual, não me incomodaria e não haveria necessidade de 
me autorreconhecer perante a diversidade. “Na verdade, 
o que o homem vê e teme é a sua própria fragilidade 
perante a vida, a sua própria finitude. O conflito originado 
do confronto do que ele é com o que ele pode vir a ser 
provoca no homem toda repulsa em relação à diferença”
 Partindo deste pressuposto, não podemos olhar o outro pela 
diversidade (diferença), que ele nos traz, ou seja, precisamos enxergá-
-lo enfatizando sempre as suas qualidades e competências para que 
assim possamos reconhecê-lo no sujeito que foi e no que poderá vir a 
ser.
 
 Portanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instrumento 
de integração do eu e do outro, favorecendo a diversidade, a inclusão. 
OBJETIVOS
 Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican-
do se eles foram capazes de:
• Despertar nas crianças o respeito à diversidade.
• Promover a integração entre as crianças.
• Trabalhar a conscientização da inclusão e a importância do olhar 
diferenciado em relação ao outro.
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Retalhos de tecidos
• Botões
• Pedras
• Quilicas
• Moedas
• Esponja de louça
• Esponja de aço
• Tecidos com texturas diferenciadas 
• Lixa
• Cola quente
24 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• Linha e agulha
• Tesoura
• Livros sobre inclusão. Sugestão “Meu amigo Down” e “Na minha 
escola todo mundo é igual”.
DESENVOLVIMENTODA ATIVIDADE
• Escolher 6 crianças, dentre elas, crianças com alguma necessidade 
especial, se possível (autorização).
• Deixar à disposição das crianças os livros confeccionados. Mínimo: 
2 livros (de pano).
• O material desenvolvido é deixado na brinquedoteca e as crianças 
são convidadas a manusear os livros confeccionados pelos acadêmi-
cos, de olhos vendados (livros dos sentidos), explorando os diferentes 
sons e texturas.
• Durante a dinâmica, fotografar as crianças e suas expressões/sen-
sações.
• Após algum tempo, trocar os livros entre as crianças, incentivando 
a exploração sensorial.
• Ao final deste processo, elevar a discussão para o dia a dia delas, 
enfatizando a inclusão e o respeito pelas diferenças, e deixando-as 
falar sobre o que acharam da experiência. Fazer a leitura dos livros 
sugeridos no item instrumento de ludicidade.
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, 
de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D).
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da 
dinâmica. 
• A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da 
Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, 
conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; 
o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida 
(manuseio e exploração dos livros e na conversa sobre o que sentiram/
acharam da experiência.
25MANUAL DA BRINQUEDOTECA
INTRODUÇÃO
 Percebemos dentro da história da educação que o educador 
tem assumido involuntariamente diversos papéis no ambiente escolar, 
desde orientador, supervisor, gestor e, muitas vezes, até psicólogo. 
Seguindo este viés e pensando nas áreas de atuação do psicólogo 
educacional nesse processo, o educador necessita ter como norte 
o conhecimento e a orientação destes profissionais para uma 
melhor atuação e, automaticamente, melhoria nos relacionamentos 
interpessoais entre aluno/aluno e professor/aluno.
 Nesse sentido,
A psicologia da educação tem proporcionado, 
a serviço dos professores e da educação em 
geral, ajuda na hora de tratar desses problemas. 
Ás vezes, a ajuda que a psicologia da educação 
proporciona é a maneira direta à solução de um 
problema; na maioria das vezes, é somente parte 
da base para a solução do problema. Em outras 
palavras, a psicologia da educação serve como 
uma disciplina de base na educação, 
da mesma maneira que as ciências 
físicas servem à engenharia. O 
engenheiro que projeta uma ponte ou 
2 – Disciplina: Psicologia da Educação e da Aprendizagem
26 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
OBJETIVOS
• Despertar nas crianças a sensibilidade e o respeito em relação às 
pessoas, animais e toda a diversidade na qual estão inseridos.
• Estimular o diálogo e o entendimento em torno dessa discussão.
• Sensibilizar as crianças através de um dos instrumentos de 
ludicidade, a consciência de que na prática cotidiana precisamos 
resgatar valores como o respeito ao próximo, a não violência, a 
diversidade, buscando um agir mais humano em relação ao outro.
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Filmes.
• Livros (contos, fábulas etc.).
• Fantoches.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
uma refinaria necessita de alguns conhecimentos 
de física e de química, é claro, mas também deve 
ter conhecimentos de estética, de economia e 
de política. De maneira similar, os professores 
deverão combinar contribuições da psicologia da 
educação com o raciocínio filosófico sobre o que 
é melhor para os adultos e para a sociedade, com 
a consciência sociológica da dinâmica coletiva [...]. 
(GAGE; BERLINER apud SALVADOR et al., 1999, 
p. 47-48).
 Portanto, é interessante que os educadores se utilizem de 
atividades que irão contribuir para essa consciência sociológica da 
dinâmica coletiva, favorecendo essa relação humana e participativa.
• Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento 
do 2º encontro da disciplina.
• Escolher de 6 a 8 crianças para este dia (autorização).
27MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• Abordar um assunto que tenha como foco trabalhar “os valores 
éticos”, percebendo o outro como parte integrante de sua história.
• Incentivar uma roda de conversa, logo após a socialização do 
instrumento de ludicidade.
Citamos um exemplo, em relação ao tema, para contribuir 
pedagogicamente com esta atividade: O filme “Lucas um intruso no 
formigueiro”.
Sinopse
Disponível em: <http://www.assistironlinefilmes.com.br>. Acesso em: 16 
abr. 2013.
Deixado nas mãos da irmã mais velha e da avó obcecada por 
Óvnis, o pequeno Lucas enfrenta maus bocados durante a viagem 
de férias dos pais. Tudo porque não aguenta mais um garoto da 
vizinhança. Para descontar a raiva, ele inunda um formigueiro no jardim 
de sua casa com a mangueira, além de judiar dos animais. O estrago 
feito na casa das formigas causa revolta nesses animais, que tentam 
encontrar uma maneira de se vingar do garoto.
“O Destruidor”, como as formigas o chamam, acaba sendo alvo 
dos planos dessas formigas, que encontram uma maneira de deter 
o seu inimigo. Uma das formigas, conhecida como Zoc, é o mago 
dessa comunidade, este cria uma poção capaz de fazer 
o garoto ficar do tamanho de uma formiga. Ele é então 
sequestrado e levado até à rainha, que condena Lucas, 
28 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
um Intruso no formigueiro, a prestar serviços para a comunidade. No 
formigueiro, Lucas não aprende somente sobre trabalho em equipe, 
amizade, coragem e o valor da comunidade, mas também sobre abuso 
de poder. Quando olhava para as formigas e as menosprezava por 
serem pequenas e aparentemente insignificantes, ele achava que 
tinha o direito de fazer o que quisesse com elas. Somente quando vê 
os desdobramentos de suas ações é que começa a pensar que talvez 
essa não seja a melhor atitude a tomar. Portanto, o fato de ter o poder 
ou de estar em situação vantajosa não lhe dá o direito de fazer uso 
dessas condições, ressalta o diretor do filme.
Adaptado de: Disponível em: <http://wagnerstematutinoescolaarapua.blogspot.
com/2010/04/filme-lucas-um-intruso-no-formigueiro.html>;
<http://www.cinekids.net78.net/lucas-um-intruso-no-formigueiro/>. Acesso em: 20 
maio 2011.
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a 
avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D).
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvida nos grupos, onde estão 
descritas todas as etapas do processo.
• O tema utilizado e os recursos disponibilizados (livros, DVDs ou 
outros).
• A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no 
“Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem 
do tema, conduziram e concluíram as atividades, bem como, o 
envolvimento das crianças/participantes em relação ao tema).
29MANUAL DA BRINQUEDOTECA
3 – Disciplina: Educação de Jovens e Adultos
A E I O U
INTRODUÇÃO 
De acordo com a Declaração de Hamburgo, documento elabo-
rado a partir das discussões tecidas na 5ª Conferência Internacional 
de Educação de Adultos (CONFINTEA), realizada em Hamburgo, na 
Alemanha, em 1997, a EJA deve ser entendida além da escolaridade. 
Para tanto, uma proposta com “Círculo de Cultura”, apresentada 
pelo educador Paulo Freire, tem se revelado uma forma alternativa de 
prática educativa que auxilia a integração flexibilização e conscienti-
zação dos conteúdos estudados.
No contexto dessa proposta é importante enfatizar discussões 
com os alunos, o universo em que vivem, o lugar de trabalho, suas 
vivências, para depois construir a alfabetização a partir de suas rea-
lidades.
(...) Ao ler palavras, a escola se 
torna um lugar especial que nos 
30 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ensina a ler apenas as “palavras da escola”, e 
não as “palavras da realidade”. O outro mundo, 
o mundo dos fatos, o mundo da vida, o mundono qual os eventos estão muito vivos, o mundo 
das lutas, o mundo da discriminação e da crise 
econômica (todas essas coisas estão aí), não tem 
contato algum com os alunos na escola através 
das palavras que a escola exige que eles leiam. 
Você pode pensar nessa dicotomia como uma 
espécie de “cultura do silêncio” imposta aos es-
tudantes. A leitura da escola mantém silêncio a 
respeito do mundo da experiência, e o mundo da 
experiência é silenciado sem seus textos críticos 
próprios. (FREIRE, 1986, p.164)
Na busca de novas palavras com os alfabetizandos surge o 
processo de conscientização e compreensão do mundo. Este méto-
do dirigido pelo alfabetizador dentro do “círculo de cultura” tem por 
finalidade levar a participação de todos os envolvidos em um debate 
sobre suas vivências culturais. 
Esta prática transcende o ensinar a ler-escrever, pois lida com 
a coletividade, solidariedade, numa perspectiva de educação inclusiva. 
Aproxima alunos e professores integrando os contextos relacionados 
a cada realidade, estreitando laços afetivos, favorecendo assim o 
caminho para aprendizagem. 
OBJETIVOS 
Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican-
do se eles foram capazes de:
• Promover momentos de diálogos e reflexões relacionados a temas 
atuais.
• Desenvolver habilidades no incentivo a comunicação e postura crítica 
frente às discussões.
• Conhecer as palavras mais presentes, as mais usuais, 
31MANUAL DA BRINQUEDOTECA
que integram o cotidiano dos alunos.
• Trabalhar as capacidades de reconhecimento da escrita por meio 
de situações lúdicas de aprendizagem.
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Confecção de Cartaz a partir das palavras chaves
• Sílabas sonoras
• Bingos das sílabas 
• Papel cartão
• Feijão ou milho
• Canetinha
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE: 
• Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do 
2º encontro da disciplina.
• Escolher no mínimo 5 (cinco) jovens ou adultos para a atividade 
com devida autorização. Caso não consigam o acesso aos alunos 
de EJA para a atividade, articule com os colegas acadêmicos a 
simulação da prática.
• A atividade poderá ser fotografada ou filmada.
32 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Bingo das sílabas a partir do "Círculo de Cultura” 
1- Etapa de Investigação: Sentados em círculo para que se apresen-
tem ao grupo olhando um ao outro. Iniciar a discussão propondo um 
tema relacionado à cultura, a sociedade. Este tema poderá partir dos 
alunos ou você poderá conduzir. Sugestões de temas: a) Manifes-
tações Políticas. b) Preconceito Racial. c) Intolerância religiosa. d) 
Liberdade de expressão e mídia. e) Maternidade. f) Trabalho e família.
Neste círculo, conforme a proposta de Paulo Freire, você será apenas 
um mediador das discussões. Fará o levantamento das palavras 
chaves que forem surgindo no decorrer da conversa, para tanto tenha 
em mãos lápis e papel para anotar.
2- Etapa de Tematização: Selecionar a partir da discussão, em torno 
de 15 palavras, aproximadamente. Compor um cartaz denominado 
de palavras chaves, elas irão fazer parte do bingo das sílabas res-
significadas da realidade daquela turma.
33MANUAL DA BRINQUEDOTECA
3- Etapa de Problematização: Apresentar as sílabas das palavras em 
cartaz utilizando elementos sonoros para marcar o fonema de cada 
sílaba (pode ser batida de palmas). Exemplo:
• Convidar cada aluno a circular no cartaz a sílaba explorada, encon-
trada nas diferentes palavras.
• Confeccionar com os alunos utilizando papel cartão as sílabas re-
tiradas das palavras chaves. Sentados em círculo, iniciar o bingo 
utilizando feijão ou milho para marcar cada sílaba, sorteada por um 
dos integrantes do grupo.
• Finalizar a atividade com o comentário de cada aluno sobre a dinâ-
mica.
VAS- SOU- RA
CA- DEI-RA
CAR-RO
BI-CI-CLE-TA
34 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Sugestão de outra atividade:
OBJETIVOS 
Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican-
do se eles foram capazes de:
• Promover debate sobre a questão social de gênero: desigualdades 
entre homens e mulheres.
• Incentivar a comparação entre diferentes contextos por meio de 
figuras.
• Estimular a criação, expontaneidade e desenvoltura.
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Figuras
• Construção de Paródia 
• Materiais alternativos
35MANUAL DA BRINQUEDOTECA
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE: 
• Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do 
2º encontro da disciplina.
• Escolher no mínimo 5 (cinco) jovens ou adultos para a atividade 
com devida autorização. Caso não consigam o acesso aos alunos 
de EJA para a atividade, articule com os colegas acadêmicos a 
simulação da prática.
• A atividade poderá ser fotografada ou filmada.
• Mostre a primeira figura abaixo a esquerda ao grupo, e peça que 
comentem sobre o que ela representa. Em seguida apresente a 
outra figura ao lado. Deixe que cada aluno exponha sua opinião.
• Após todos os comentários apresentar a origem das figuras. (con-
forme abaixo)
36 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
NÓS PODEMOS FAZER 
ISSO!
Cartaz publicado pelo governo 
norte-americano durante a 
Segunda Guerra Mundial.
ELE PODE FAZER ISSO!
Paródia publicada anos de-
pois
Fonte:https://www.dropbox.com/sh/0gvdsoef3m9kmlz/
CglklLoF9O?preview=EJA_cap02_030a045.pdf
A figura feminina que aparece no cartaz da página ao lado foi 
utilizada pelo governo dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra 
Mundial, na década de 1940, para convencer as mulheres de que elas 
também poderiam trabalhar fora de casa. 
A figura do homem foi criada recentemente, cerca de 70 anos 
depois, como uma paródia.
37MANUAL DA BRINQUEDOTECA
PARÓDIA: recriação de uma obra mantendo características 
da original. Costuma ser crítica ou engraçada
1-Tutor converse sobre essas figuras com o grupo, explorando: 
a) O que foi mantido da imagem original? O que foi alterado?
b) Como as imagens podem ser lidas? Elas fazem sentido nos dias 
de hoje?
Após as discussões solicitar que cada aluno construa a sua 
própria paródia, partindo do tema, qual meu papel na sociedade? Po-
dem utlilizar materiais alternativos como: revista, tecidos, tinta, argila. 
É importante o tutor explicar a ideia da paródia anteriormente.
c) Apresentar a sua paródia ao grande grupo, contando um pouco 
de sua vida. Tutor, anote as palavras chaves (as mais significa-
tivas de cada aluno) para a construção do mural.
d) Construir um mural artístico contendo as paródias e palavras-
-chaves que compõe o contexto do tema. (Tutor, leia para o gran-
de grupo as palavras chaves.).
e) Por fim, deixe que cada aluno expresse sua opinião sobre a 
vivência desta dinâmica.
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a 
avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D).
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da
dinâmica.
38 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da 
Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, 
conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; 
o envolvimento dos jovens/participantes na atividade desenvolvida 
(manuseio e exploração dos livros e na conversa sobre o que senti-
ram/ acharam da experiência.
39MANUAL DA BRINQUEDOTECA
4 – Disciplina: Pedagogia da Educação Infantil
INTRODUÇÃO
Na Educação Infantil, a organização dos espaços físicos, 
também chamados de “ambientes facilitadores” ou simplesmente 
“cantinhos”, é de fundamental importância, pois eles possibilitam 
interações e aprendizagens, que auxiliarão em todas as linguagens, 
nas mais diferentes faixas etárias.
Conforme Brasil (2006a, p.8), “O espaço físico não apenas 
contribui para a realização da educação, mas é em si uma forma 
silenciosa de educar”. Entendemos queeste educar de forma silen-
ciosa, vem acompanhado de muita ludicidade, alegria e prazer, por 
ensinar e aprender. 
Para tanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instru-
mento de integração e educação, servindo como estímulo e elo en-
tre as linguagens e os ambientes facilitadores de aprendizagens.
40 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Dentre os ambientes facilitadores de aprendizagem na Edu-
cação Infantil podemos citar: sala de repouso, sala para atividades, 
fraldário, lactário e solário (para crianças de 0 a 1 ano de idade). Sala 
de atividades (cantinho da fantasia, cantinho da leitura, cantinho dos 
brinquedos, cantinho dos jogos, cantinho das artes, cantinho das ativi-
dades domésticas, cantinho do salão de beleza, cantinho do mercado, 
entre outros...), sala multiuso, refeitório, banheiro, pátio coberto e área 
externa (para crianças de 1 a 6 anos). Como sugestão, traremos o 
CANTINHO DA FANTASIA, para a realização desta prática, pois ele é 
um dos cantinhos preferidos das crianças, mas os acadêmicos poderão 
optar por outro espaço, sem problema algum.
Lembrem-se apenas de que estes espaços, precisam ser pla-
nejados pensando na idade das crianças e nos objetivos pedagógicos 
do educador. Bom trabalho!
OBJETIVOS
Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, 
Fonte: Disponível em: http://maetamorfose.ne10.uol.com.br/decore-saltea-
do-brinquedoteca-em-casa/. Acesso em 16/11/2016.
41MANUAL DA BRINQUEDOTECA
verificando se eles foram capazes de:
• Despertar nas crianças o interesse pelo manuseio e utilização das 
roupas e objetos deixados à disposição;
• Promover a participação efetiva de todas as crianças com disposição 
e alegria;
• Incentivar a troca de ideias na construção das histórias ou composição 
dos looks, favorecendo um ambiente de cooperação e entreajuda;
• Trabalhar a criatividade e a ludicidade das crianças como uma ex-
periência desafiadora e libertadora.
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Roupas, trajes ou fantasias de diferentes tamanhos e cores (para 
ambos os sexos);
• Perucas e bolsas;
• Chapéus, bonés, óculos; 
• Maquiagem ou pintura facial;
• Um espelho grande;
• Uma arara com cabides para a disposição das roupas;
• Uma mesinha para os demais acessórios;
• Sapatos de homens e mulheres para a composição dos looks.
42 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
FONTE: Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=toda+crian%
C3%A7a+quer&espv=2&biw=1600&bih=770&source=lnms&tbm=isch&sa=
X&ved=0ahUKEwjL_tj1 2016.7_QAhXSqZAKHcSNBjIQ_AUICSgE#tbm=is
ch&q=cantinho+da+fantasia&imgrc=EmurpuRR216HwM%3ª>. Acesso em: 
23 de nov. 2016.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
• Reunir pelo menos 8 crianças para esta prática (não esqueçam da 
autorização). Se não conseguirem as crianças, escolham alguns 
acadêmicos do próprio grupo para a simulação da prática.
• Em seguida, por meio deste cantinho, diferentes linguagens serão 
trabalhadas: música, arte, movimento, oralidade, criatividade, 
imaginação, teatro, dramatização, entre outras.
• Sentar em roda com todas as crianças, deixando no centro a arara com 
as fantasias (roupas) e a mesinha com todos os demais acessórios 
(em número suficiente para que cada criança escolha várias roupas e 
acessórios), devidamente limpos e em bom estado de conservação. 
• Depois que cada criança escolheu seu look, perguntar a elas por que 
escolheram vestir-se daquele jeito, deixando-as falar à vontade. Vale 
à pena incentivar a criatividade delas e estar preparado para registrar 
por escrito o que elas disserem, além de bater fotos ou fazer pequenos 
vídeos (é necessário pedir autorização de imagem, neste caso).
• Assim que todas contarem o porquê da escolha de suas 
fantasias, deve-se convidá-las para o desfile de moda, onde 
cada uma será apresentada conforme a descrição que fez de 
sua fantasia. Por exemplo: se alguma criança disser que quer 
43MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Fonte: Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=toda+crian%C3
%A7a+quer&espv=2&biw=1600&bih=770&source=lnms&tbm=isch&sa=X&v
ed=0ahUKEwjL_tj1-7_QAhXSqZAKHcSNBjIQ_AUICSgE#imgrc=BrMUYCD_
erJJnM%3A Acesso em: 23 de nov. 2016.
ser uma princesa, apresente-a desta forma: Na passarela a Princesa 
Júlia, que escolheu “sua roupa rosa porque adora essa cor e acha os 
vestidos muito bonitos”. Na passarela o doutor João, “todo vestido de 
branco por que é um médico e quer cuidar de pessoas, porque acha este 
trabalho muito importante”. E assim por diante. Enquanto desfilam pode-
se colocar a música de fundo: Toda criança quer (Palavra Cantada).
• Se as crianças forem maiores, elas mesmas poderão se maquiar 
para o desfile, caso contrário os acadêmicos poderão auxiliar na 
maquiagem e pintura facial. 
• Depois do desfile de moda, sugerimos que sejam formados 2 grupos 
de 4 crianças (o ideal é separá-las por idade) para que criem uma 
história ou um teatro em que os 4 personagens criados por eles, 
apareçam. Todos deverão construir a história juntos, por escrito (um 
deles será o escriba desde que esteja alfabetizado) ou de forma 
oral (se forem menores), favorecendo um ambiente de cooperação. 
Depois de criarem a história, eles deverão apresentá-la.
• Por fim, cada criança será convidada a olhar-se no espelho, falando 
sobre a pessoa ou personagem que criou, em sua imaginação, como 
se realmente FOSSE essa pessoa ou personagem. Ela 
pode lhe dar um nome, mencionar suas características 
44 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
físicas e psicológicas, dizer onde mora, com quem, o que gosta de 
fazer, etc... (para facilitar, os acadêmicos podem elaborar um roteiro 
de perguntas, como se fosse uma entrevista para os personagens, 
que sem retirar os olhos do espelho, vão criando as respostas na 
hora).
• Ao final deste processo, fotografar todas as crianças juntas. Depois 
convidá-las a ir retirando cada peça de roupa ou acessório, enquanto 
falam sobre o que acharam da experiência vivenciada na Brinque-
doteca.
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
 O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a 
avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D).
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da 
dinâmica.
• A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da 
Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, 
conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; 
o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida 
(manuseio e exploração das roupas e acessórios e na conversa sobre 
o que sentiram/ acharam da experiência.
45MANUAL DA BRINQUEDOTECA
5 – Disciplina: Lúdico e Musicalização na Educação Infantil
Chegou 
a hora de cantar e 
dançar, pessoal! OBA!
INTRODUÇÃO
 Para Bréscia (2003), a musicalização é um processo de 
construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e 
desenvolver o gosto musical, procurando o despertar da sensibilidade, 
criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, 
memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao 
próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para 
uma efetiva consciência corporal e de movimentação. As atividades 
de musicalização permitem que a criança conheça melhor a si 
mesma, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também 
permitem a comunicação com o outro. Barreto (2000) afirma que 
atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no 
desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e socioafetivo da 
criança.
 A disciplina de “Lúdico e Musicalização na Educação Infantil” 
tem como objetivo evidenciar a musicalização como estratégia 
pedagógica e ferramenta educativa no estímulo às 
múltiplas inteligências. Sendo assim, de maneira lúdica, 
vamos vivenciá-las na Brinquedoteca.
46 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
OBJETIVOS
• Motivar os acadêmicos a trazerem temas que tenhama música como 
elemento da aprendizagem.
• Incentivar os acadêmicos a criarem com as crianças diferentes ritmos 
musicais, com instrumentos de sucata.
• Realizar, com os acadêmicos, pesquisas (fundamentação teórica) nas 
mais diversas fontes bibliográficas.
• Favorecer a percepção dos acadêmicos em relação à música e à 
musicalização, como um recurso pedagógico para sua atuação em 
sala de aula.
• Levar os acadêmicos a perceberem como a musicalização pode 
contribuir com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento 
cognitivo/ linguístico, psicomotor e socioafetivo da criança.
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
- Utilizar a Brinquedoteca e os recursos que ela dispõe.
- Materiais alternativos (reciclados).
- Instrumentos musicais.
- Livros e internet para pesquisa.
- Cds e Dvds (sugestão: palavra cantada).
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
• Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro 
da disciplina.
• Escolher no mínimo 10 (dez) crianças para este dia (autorização).
• Utilizar como recurso a Brinquedoteca e seus mobiliários: 
bandinha, tapetes, bolas etc.
47MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• Trazer cantigas populares da região, se possível, para serem 
socializadas com as crianças convidadas.
• Realizar brincadeiras cantadas para favorecer a socialização.
• Confeccionar instrumentos musicais, com material alternativo, 
procurando valorizar a cultura local, onde estes poderão ser 
manipulados na Brinquedoteca, pelo grupo de crianças convidadas 
(conforme o espaço do ambiente).
• Para trabalhar com as sonoridades (cantos de animais e sons da 
natureza). A sugestão é utilizar o livro “Erumavez... uma pessoa 
que ouvia muito bem” de Carlos Kater. O livro propõe vários jogos 
de escuta, percepção e memória.
Citaremos alguns exemplos para contribuir pedagogicamente 
com esta atividade. Nesse sentido, caro tutor externo, incentive 
os acadêmicos a:
• Explorar sons e movimentos diversos com as crianças.
• Provocar sons com o próprio corpo: soprar, estalar a língua, estalar 
os dedos, bater os pés no chão, bater um pé no outro, bater as 
mãos no próprio corpo ou em objetos, etc.
• Manipular objetos que provoquem ruídos, batendo, sacudindo, 
raspando, amassando, apertando. Utilizar objetos tais como: 
latinhas contendo pedrinhas ou grãos, reco-reco, língua-de-sogra, 
folha de papel etc.
• Bater palmas ao som de uma canção. Parar assim que ela termina.
• Fazer movimentos como andar e saltar, ao som de um estímulo 
sonoro. Quando este cessar, as crianças param o movimento.
• Dançar e parar sucessivamente, seguindo um estímulo sonoro 
(músicas e cantos). Variação: dançar seguindo ritmos lentos e 
rápidos.
48 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a 
avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D).
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido em sala nos grupos e 
apresentado previamente ao tutor externo.
• A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita 
no “Relatório da Atividade”. Como os acadêmicos iniciaram a 
abordagem sobre musicalização; como conduziram e concluíram a 
dinâmica; a percepção de aprendizagem das crianças/participantes 
envolvidos no processo, verificando se conseguiram identificar e 
utilizar os diferentes instrumentos musicais, bem como, participar 
das músicas e brincadeiras cantadas.
• Este registro deverá ficar arquivado na Brinquedoteca para futuras 
pesquisas.
Caro tutor externo! 
Incentive os acadêmicos a fazerem uma 
pequena apresentação com as crianças, 
trazendo a filmagem em vídeo, para 
posteriormente socializá-lo em sala de 
aula. É necessário que os acadêmicos que 
apresentaram a dinâmica da Brinquedoteca 
façam o Relatório da Atividade, realizada 
no 2º momento do 2º encontro. Além disso, 
você deverá fazer o registro das atividades 
realizadas pela sua turma na Brinquedoteca, 
o Portfólio (Anexo E), e enviá-lo para o e-mail: 
ana.alencar@uniasselvi.com.br, com anexos, 
fotos e registro de frequência (Anexos E e 
F). É interessante manter um arquivo destes 
registros com fotos, para futuras consultas, na 
Brinquedoteca.
49MANUAL DA BRINQUEDOTECA
INTRODUÇÃO
 A necessidade de se estimular ações de preservação da saúde 
tanto pessoal, quanto coletiva, permite discutir temas tão presentes na 
realidade de nossas crianças e, ao mesmo tempo, tão distantes. 
 
 Neste sentido, os Temas Transversais têm como objetivo 
contribuir para a reflexão destes assuntos que afetam diretamente a 
sociedade e formar cidadãos mais conscientes e críticos em relação à 
realidade em que vivem.
 Segundo o Ministério da Educação (MEC), “[...] por tratarem de 
questões sociais, os Temas Transversais têm natureza diferente das 
áreas convencionais. Sua complexidade faz com que nenhuma das 
áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los. Ao contrário, a 
problemática dos Temas Transversais atravessa os diferentes 
campos do conhecimento”. (2001, p. 36).
6 – Disciplina: Metodologia e Conteúdos Básicos de 
Ciências Naturais e Saúde Infantil
SAÚDE
AMB
IENT
EME
IO 
50 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
 Para tanto, os Temas Transversais correspondem a questões 
importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana. 
O currículo escolar ganha uma dimensão mais flexível e aberta a 
novos temas, priorizando-os e contextualizando-os de acordo com as 
diferentes realidades locais ou regionais.
 
 Os temas propostos são: Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade 
Cultural e Formação Cidadã e Ética.
 Assim, de acordo com Siegel (2005), “Todos estes Temas 
Transversais expressam conceitos e valores considerados 
fundamentais para o exercício da democracia e da cidadania. São 
temas amplos que abrangem todo o país. Ademais, os referidos 
Temas Transversais são objetos de muitas discussões na sociedade, 
podendo provocar o dissenso e o confronto de ideias”.
OBJETIVOS
• Incentivar os acadêmicos a utilizarem os recursos da Brinquedoteca 
para trabalhar um Tema Transversal.
• Avaliar a criatividade e a dinâmica utilizada pelos acadêmicos para 
abordar o tema, com as crianças, de forma lúdica e criativa.
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Livros de literatura infantil.
 
• Filmes.
• Outros materiais que possam vir a ser utilizados.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
• Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro 
da disciplina.
• Escolher no mínimo 6 (seis) crianças para este dia 
(autorização).
• Eleger um assunto que condiga com os Temas Transversais 
51MANUAL DA BRINQUEDOTECA
(Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Formação Cidadã e 
Ética).
Citaremos alguns exemplos, em relação ao tema Saúde, para 
contribuir pedagogicamente com esta atividade. Nesse sentido, 
tutor externo, incentive os acadêmicos para que alertem os 
alunos sobre os alimentos e hábitos prejudiciais à saúde. De 
que forma?
• Brincando de casinha na escolha e preparo de alimentos.
• Brincando de médico e envolvendo a saúde e/ou doença, como 
consequência dos maus hábitos alimentares.
• Criando um mercadinho e auxiliando na compra consciente dos 
alimentos.
• Abordando a obesidade infantil.
• Realizando um piquenique saudável com as crianças.
• Preparando receitas.
• Valorizando a Saúde Individual e Coletiva.
• Construindo cartazes com figuras de alimentos, classificando-
os em industrializados, naturais, grãos, vegetais, etc. Criando 
cartazes/regras de alimentos que podem comer sempre (frutas, 
verduras, pães), numa sinalização VERDE; só de vez em quando, 
com atenção (balas, chocolates, sorvetes) em AMARELO; e não 
deveríamos comer (frituras e gorduras), em VERMELHO – como 
um “semáforo”. Pode-se fazer também teatro de fantoches para 
este último exemplo que sugerimos.
• Identificando diferentes ações humanas prejudiciais à saúdee ao 
ambiente.
• Conhecendo ações alternativas menos danosas.
• Compreendendo a importância das atividades individuais e coletivas 
para a preservação, conservação e o uso racional dos recursos do 
planeta.
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a 
avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C 
e D).
52 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvida nos grupos, onde estão 
descritas todas as etapas do processo.
• O tema utilizado e os recursos disponibilizados (livros, DVDs, 
fantoches, desenhos, recortes etc.).
• A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no 
“Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem 
do tema, conduziram e concluíram as atividades, bem como, o 
envolvimento das crianças/participantes nas brincadeiras, teatros, 
contribuições, casos específicos etc.).
53MANUAL DA BRINQUEDOTECA
7 – Disciplina: Disciplina: Literatura InfantoJuvenil
INTRODUÇÃO
A leitura de histórias, sejam elas contadas pelos adultos 
ou simplesmente lidas pelas crianças e adolescentes, faz parte 
das práticas desenvolvidas atualmente, no ambiente escolar. No 
passado, mais precisamente no século XVII, na Europa, a literatura 
infantil surge como uma proposta de educação moral. Na época, 
o período que atualmente conhecemos como infância, estava em 
plena reorganização, ou seja, a sociedade passou a atribuir à criança 
características específicas, desvinculando-a da posição de pequeno 
adulto outrora designado (ARIÈS, 1981).
No Brasil, no final do século XIX, a educação nacional priorizou 
a divulgação de obras literárias nas escolas para a 
organização de projetos educativos como incentivo para 
a leitura, contação de histórias e outros. Atualmente, 
54 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
encontra-se a prática de ler histórias de forma coletiva mais 
precisamente voltada a instituições de ensino, uma delas a escola. 
Também ocorrem de forma individual, quando a criança ou adolescente 
escolhe uma obra e debruça-se no ato de ler. 
Durante a leitura a criança ou adolescente passa por um 
processo de envolvimento com a obra, desenvolvendo aprendizagens 
significativas quanto a escrita e a leitura e nos aspectos emocionais 
e criativos. De acordo com Abramovich (1994), as crianças ou 
adolescentes ao se envolverem na história lida ou contada emergem 
no mundo imaginário, transformando ou reelaborando pensamentos 
e sentimentos. Por meio das histórias se consegue mudanças em 
problemas existenciais próprios do mundo infantil como medo, inveja, 
carinho, curiosidade, dor, perda, solidariedade e outros. Aborda 
também situações diferenciadas que podem servir de exemplos de 
conduta futura, baseando-se nas reações de personagens que leu 
nos livros.
Segundo Abramovich (1994, p.16);
[...] a importância de ouvir muitas, muitas histórias 
[...] Escutá-las é o início da aprendizagem para ser 
um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente 
infinito de descoberta e de compreensão do mundo. 
O professor, ao contar histórias para sua turma, possibilita 
o desenvolvimento criativo e emocional, o conhecimento de novas 
palavras e ainda a contemplação no imaginário das aventuras que os 
personagens irão viver. 
Vigotski (2010) em seus estudos afirmou que a criança 
ou adolescente aprende valores, hábitos e formas de pensar 
observando os indivíduos com maior experiência. Nesse processo 
de aprendizagem, primeiramente os imitam para depois, mais tarde, 
assim que conseguem interiorizar as ações, agirem por 
si mesmos. Nesse sentido, a ação do professor como 
55MANUAL DA BRINQUEDOTECA
um contador de histórias e agente divulgador da leitura, poderá 
desenvolver nos alunos a vontade de ler os livros, de frequentar a 
biblioteca e conversar sobre o que aprenderam. Ainda, contribuirá no 
desenvolvimento da criatividade, ampliação do vocabulário e forma 
correta da escrita, proporcionando momentos de viagens a mundos 
diferentes.
OBJETIVOS:
• Propor atividades que possibilitem o desenvolvimento criativo e 
imaginário nas crianças.
• Incentivar a vontade nas crianças de apreciar a leitura de livros infanto 
juvenis.
• Motivar as crianças para que desenvolvam um trabalho em equipe 
socializando opiniões e decisões.
• Desenvolver nas crianças a expressão oral no decorrer das atividades 
propostas.
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE:
• Livros infanto juvenis - escolher antecipadamente uma obra. Sugestão 
“O pequeno Príncipe” e “Pedro e Tina uma amizade muito especial”
• Folhas grandes de papel pardo (texto coletivo para turmas em 
processo de alfabetização)
• Folhas de ofício brancas ou coloridas
• Materiais para desenhar e colorir (lápis de escrever, lápis de cor, 
canetinhas e outros)
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE:
• Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do 
2º encontro da disciplina.
• Escolher no mínimo 5 (cinco) crianças para a atividade 
com devida autorização. Procurar trazer crianças que 
estejam em idade escolar próxima. Caso não consigam 
56 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
o acesso das crianças para a atividade, articule com os colegas 
acadêmicos a simulação da prática. Outra alternativa seria 
desenvolver a prática em turmas do ensino regular de uma escola 
ou em espaços não escolares a escolher. Lembre-se de enviar a 
autorização aos responsáveis para o ensejo. Procure fotografar ou 
filmar a prática, peça a ajuda para algum conhecido que poderá 
filmar até com a câmera do celular. Depois, apresente a prática no 
formato de filmagem para a sua turma de pedagogia, com certeza 
enriquecerá o aprendizado de todos.
• Dispor as crianças sentadas nas almofadas ou tapete na 
brinquedoteca. Contar a história selecionada observando algumas 
especificidades condizentes à oralidade no momento de ler a obra. 
Leia com antecedência a história, procure dar ênfase nas expressões 
dos personagens ao ler em voz alta, treine gritos, risadas, expressões 
de surpresas e outras que puder incorporar a história. Utilize de 
expressões faciais para ressaltar aspectos importantes da história, 
faça breves paradas antes de revelar uma expressão que ache 
necessário para maior ênfase em uma ou outra ação. 
• Combine antes de iniciar a contação de história, com as crianças, 
como será a apresentação: ler e mostrar as gravuras ao mesmo 
tempo; ler o texto e depois mostrar as gravuras; ou somente ler e 
as crianças podem imaginar livremente as imagens, podendo estar 
de olhos fechados, sentados ou até deitados. Avisando antes sobre 
como será a contação, propicia um clima de organização e acalma 
a ansiedade nas crianças. Geralmente, elas esperam e seguem o 
combinado, extinguindo solicitações no meio da história no estilo: 
mostra o desenho! Quero ver a figura!
• Conversar com as crianças sobre as partes da história, recapitulando 
cada etapa e ações dos personagens. Nesse momento, deixar as 
crianças expressarem opiniões de como os personagens agiram, 
mediando por meio de perguntas sobre algumas noções de moral 
e ética. Foi certo? Foi errado? Por quê? Por que não podemos agir 
dessa ou de outra forma? Por que o personagem fez 
assim e não de outra forma (talvez sugerida por alguma 
criança)? 
57MANUAL DA BRINQUEDOTECA
• Após a retomada oral da história realizar o registro escrito que pode 
variar de acordo com o processo do nível de alfabetização das 
crianças. Caso o grupo se encontre em processo de alfabetização, 
o adulto será o escrivão, no papel pardo das falas das crianças, 
orientando a construção textual. Mas, se o grupo de crianças já 
se encontram alfabetizadas escreverão em folhas de ofício que 
podem se dobradas no estilo livreto ou no formato retrato/paisagem 
grampeadas. 
• Na recontagem da história, as crianças podem propor um novo final 
sobre a história que ouviram.Podem incorporar novos personagens 
que acharem necessário ou somente modificarem o final para a forma 
como acharem que seria melhor. 
• Ao terminarem a atividade, o grupo de crianças apresenta a história 
realizando a contação que pode ter a participação dos colegas 
encenando os fatos. Caso o grupo de crianças esteja em processo de 
alfabetização, o adulto lê o texto produzido coletivamente e algumas 
crianças que queiram, participam da encenação.
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO:
• O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a 
avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D).
• O "Roteiro da Atividade" a ser desenvolvido em sala nos grupos e 
apresentado previamente ao tutor externo.
• A conduta da dinâmica dos grupos deverá ser descrita no "Relatório da 
Atividade" sobre aspectos como: início da abordagem sobre literatura 
infanto juvenil; em como conduziram e concluíram a dinâmica; 
percepção das reações e do processo de aprendizagem das crianças 
no decorrer da conversa sobre a história, mais precisamente sobre 
as considerações, opiniões e o desenvolvimento da recontagem da 
história. 
• Este registro deverá ser arquivado na Brinquedoteca 
para futuras pesquisas.
58 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Caro 
tutor externo!
Incentive os acadêmicos na 
escolha de uma obra infanto juvenil, na 
organização prévia dos materiais e no ensaio para 
que a contação da história seja um sucesso!
Para os acadêmicos que apresentarem a dinâmica da 
Brinquedoteca necessitam organizar o Relatório da Atividade 
que será realizada no 2º momento do 2º encontro. Além disso, 
você precisará fazer o registro das atividades desenvolvidas pela 
sua turma na Brinquedoteca, no formato de Portfólio (Anexo E) 
e encaminhá-lo para o e-mail: ana.alencar@uniasselvi.com.br. 
Lembre-se de adicionar fotos, anexos e o registro de frequência 
(Anexos E e F). 
O registro das atividades sobre sua responsabilidade é 
de suma importância, visto que servirá para futuras 
consultas na Brinquedoteca. Além de conferir 
um momento de contemplação pela 
atividade desenvolvida!
59MANUAL DA BRINQUEDOTECA
8 – Disciplina: Psicomotricidade
INTRODUÇÃO
 A psicomotricidade pode ser desenvolvida por meio de ativida-
des lúdicas, que envolvem movimentos do próprio corpo nos jogos ou 
brincadeiras, além do manuseio de brinquedos ou diferentes objetos.
Atividades que possibilitam o desenvolvimento psicomotor, precisam 
ser aplicadas de acordo com a faixa etária das crianças, respeitando 
seu tônus muscular, sua capacidade respiratória, sua compreensão 
de corpo e de mundo, nos diferentes ambientes, objetos e sensações.
 Para Ferreira (2000), o educador deve buscar recursos e es-
tratégias de ensino que propiciem desenvolver as potencialidades do 
educando, percebendo e lidando com suas diferenças, desenvolven-
do a autonomia, a cooperação, a participação social e afirmação de 
valores e princípios democráticos.
 
 Para tanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instrumento 
de ludicidade e integração, servindo como estímulo às atividades que 
envolvem manifestações corpóreas e sensoriais.
60 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
Fonte: Disponível em: http://www.demoleque.com.br/gallery/maternal-ii-
-psicomotricidade-4/. Acesso em 17 de nov. 2016.
OBJETIVOS
Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican-
do se eles foram capazes de:
• Despertar nas crianças o interesse pela atividade sugerida, quer seja 
uma dança, jogo, atividade artística ou brincadeira;
• Promover a participação efetiva de TODAS as crianças nas ativida-
des, favorecendo a inclusão;
• Incentivar o contato físico e visual entre as crianças, num ambiente 
de união e cooperação;
• Incentivar a livre expressão corporal de forma desafiadora e praze-
rosa;
• Encorajar as crianças a liberarem a sua criatividade, não 
tendo medo de experimentar a deliciosa sensação de 
mexer com guache.
61MANUAL DA BRINQUEDOTECA
INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE
• Lenços de tecido, tipo echarpe; 
• Bolinhas de tênis; 
• Creme hidratante; 
• Cartolina colorida, tesoura, cola e papel Craft; 
• Guache, camisões ou aventais para que as crianças não sujem suas 
roupas.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
• Reunir pelo menos 6 crianças para esta prática (não esqueçam da 
autorização). Se não conseguirem as crianças, escolham alguns 
acadêmicos do próprio grupo para a simulação da prática.
• Em seguida, sentar em roda com todas as crianças, deixando no 
centro as echarpes de tecido (em número suficiente para que cada 
criança escolha a sua). 
• Depois de escolhida a echarpe (lenço), cada criança será convidada 
a olhar o seu lenço e dizer o que pode fazer com ele. Certamente, 
eles dirão uma porção de coisas (anotem ou filmem este momento). 
Imaginamos que será bem interessante!
• Em seguida, eles ficam de pé e são convidados a dançar uma música 
(Sugestão: Ninguém é igual a ninguém, do CD “Olha só quem vem 
aí”) movimentando sua echarpe livremente, em torno de si mesmo e 
dos outros, estimulando o contato visual e físico entre eles, que talvez 
nem se conheçam. Essa música os fará refletir sobre as diferenças 
entre eles.
• Feito isso, divide-se as seis crianças em duas fileiras. 
Três delas serão as massagistas e as outras três crianças 
serão massageadas. Os massagistas iniciarão usando uma 
62 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
bolinha que passará pelo corpo dos colegas (deitados em colchonetes 
ou de pé, como preferirem), massageando-os. Depois, eles trocam 
de papel e quem massageou, será massageado. Pode-se pôr uma 
música relaxante para este momento.
• Depois da bolinha, deixa-se à disposição cremes hidratantes, para 
que as crianças massageiem as mãos e pés dos amigos, já que 
possivelmente a bolinha percorrerá outras partes do corpo, como 
costas, braços, pernas e barriga.
• Agora que todos já interagiram e de certa forma, criaram “amizade”, 
convide-os para brincar de um jogo tipo twister, porém sem a utili-
zação de dado, apenas com uma sequência de movimentos. Para 
tanto, eles terão que desenhar e recortar os contornos das mãos e 
dos pés de cada um, conforme imagem de nossa introdução, para 
que se movimentem seguindo a ordem colada pelo professor, no 
papel craft.
• E, para finalizar, deixe potes de guache (e nada de pinceis) no meio 
da sala propondo o seguinte desafio: vocês poderão desenhar na 
cartolina o que vocês quiserem, porém, utilizarão diferentes partes 
do corpo para desenhar. Ex: mãos, pés, cotovelos, nariz, etc.
• Ao final deste processo, elevar a discussão entre as crian-
ças, deixando-as falar sobre o que acharam da experiência 
63MANUAL DA BRINQUEDOTECA
vivenciada na Brinquedoteca.
• Não esqueçam de registrar estes momentos por meio de fotos ou 
vídeos (faz-se necessário pedir autorização de imagem, neste caso), 
para o nosso portfólio, combinado?
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO
 O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a 
avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D).
• O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da 
dinâmica.
• A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da 
Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, 
conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; 
o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida 
(manuseio e exploração dos materiais e na conversa sobre o que 
sentiram/ acharam da experiência.
64 MANUAL DA BRINQUEDOTECA
 
Até mais! Foi um prazer “estar” e 
“brincar” com vocês! 
Esperamos que tenham gostado!
 Um abraço, Dô e Teca.
65MANUAL DA BRINQUEDOTECA
REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. 4º ed. São Paulo: 
Scipione, 1994.
ARANHA, Maria S. F. Trabalho e emprego: instrumento de construção de 
identidade

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