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Processo Penal II
~~~ Aula 1: ~~~
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físicopsicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione 
a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes. 
	R.: O interrogatório mediante tortura configura prova ilícita originária, tornando todos os demais atos que com ele guardem nexo de causalidade, serão considerados prova ilícita por derivação. 
 (OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
~~~ Aula 2: ~~~
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP? A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida? 
Exercício Suplementar 
 	R.: O padre é testemunha proibida, conforme artigo 207 CPP. Ele só poderá prestar depoimeto como testemunha se for desobrigado pelo réu, sendo assim, a recusa do padre não irá configurar crime de falso testemunho. Caso o juiz obrigue o padre a testemunhar, será prova ilícita.
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
~~~ Aula 3: ~~~
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso. 
 	R.: O magistrado equivocou-se porque ocorreu uma Mutatio Libeli, o juiz deveria ter aberto vista para a acusação aditar a denúncia e em seguida ouvir a defesa, porque no processo penal o réu se defende dos fatos a ele imputados. Dessa forma, como isto não ocorreu, a sentença é nula, visto que violou os princípios do contraditório, ampla defesa e adstrição.
(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta: 
 d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. 
2-A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele abordou a vítima e, após desferir-lheum empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse caso: 
(c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela praticado do roubo; 
~~~ Aula 4: ~~~
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontra-se preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a decisão do magistrado? Justifique sua resposta. 
R.: A citação por edital tem cabimento para as hipóteses em que o réu está em lugar incerto e não sabido. No caso concreto, somente o Cezinho encontra-se em lugar incerto e não sabido, portanto somente ele poderia ser citado por edital.
O Guinho está se ocultando para não ser citado, por tanto ele deverá ser citado por hora certa.
O Luizinho encontra-se preso, portanto ele deverá ser citado pessoalmente por Oficial de Justiça no estabelecimento prisional. Dessa maneira equivocou-se o magistrado ao determinar a citação por edital dos três acusados. 
 
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
 b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por 
carta ou qualquer meio hábil de comunicação; 
~~~ Aula 5: ~~~
Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, teria constrangido Lucilha, mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Perguntase: Você, Defensor Público, argüiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio? 
	R.: No processo penal, em princípio, as testemunhas arroladaspela acusação devem ser ouvidas antes das testemunhas arroladas pela defesa. No caso concreto, o juiz inverteu a ordem, ouvindo primeiro uma testemunha arrolada pela defesa. Conquanto, alguns autores entendem tratar-se de mera irregularidade, predomina o entendimento de que a inversão na oitiva das testemunhas importa nulidade, para uns absoluta e para outros relativa.
(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 (C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.
~~~ Aula 8: ~~~
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. 
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso: a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? ;
	R.: No dolo eventual e na culpa consciente o sujeito ativo anteve a possibilodade da ocorrência do resultado naturalístico, porém, no dolo eventual a ocorrência do resultado é indiferente para o sujeito ativo, enquanto que na culpa consciente (homicídio culposo pela CTB) o sujeito ativo acredita sinceramente que o resultado não irá ocorrer ou que ele será capaz de evitá-lo.
	No caso concreto o réu acreditava sinceramente que nada iria ocorrer por ser ele perito em direção. Nesse caso, portanto a tese de defesa seria a ocorrência de culpa consciente.
 b) Qual pedido deveria ser realizado? 
	R.: O pedido a ser formulado é a desclassificação própria, apostando a competência do tribunal do júri.
 c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida? 
	R.: O recurso a ser interposto para a decisão de pronúncia, é o recurso em sentido estrito (art. 581, IV CPP), que deverá ser endereçado para o juiz que prolatou a decisão de pronúncia.
(OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri. 
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência material do fato criminoso e de indícios suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa;

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