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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS SIMULADO NACIONAL ENEM A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É BRANCO. MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA. 2017 ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho. 11 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 2. Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta minutos. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA. 7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas. CADERNO 1º DIA BRANCO LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 2 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção Inglês) QUESTÃO 01 Language policy: Nigeira and the role of English language in the 21st century. Shaibu Sunday Danladi ABSTRACT This article shows how English occupied an influential role in the formation of the national expectations and integration of the Nigerian nation through its ‘‘official language” status. We find that even a decade after decolonization in Nigeria, English continues to enjoy its primacy, especially in the formation of political and educational systems as a medium of instruction. It also evaluates and shows the current relationship between language shift and language death in another case with the emergence of the Nigerian Pidgin English. Specifically, it critically analyses how language issues are politically motivated in educational, political and social life of the nation in pre- and post-colonial administration. DANLADI, S. S. “Language policy: Nigeria and the role of English language in the 21st century”. In: European Scientific Journal (ESJ), Vol 9, No 17, 2013, p. 1. Em artigos científicos, é de praxe incluir um resumo (abstract) sintetizando os principais argumentos do autor. No texto, Shaibu Danladi afirma que a antes da descolonização do país, o uso do inglês na Nigéria se limitava aos meios de instrução. b antes mesmo da descolonização, a Nigéria já havia abandonado o inglês como língua oficial. c após a descolonização do país, a Nigéria poderia ter adotado outra língua que não o inglês. d após a descolonização do país, o inglês continuou sendo a língua dominante da Nigéria. e após o processo de descolonização, a Nigéria assumiu o papel de disseminadora do inglês na África. QUESTÃO 02 Disponível em: http://www.boredpanda.com. Acesso em: 12 jan. 2016. O anúncio publicitário mostra as sugestões de autopreenchimento de pesquisa que apareceram em uma busca real efetuada no Google em 2013. Os elementos do texto evidenciam que o objetivo dessa campanha foi a questionar o padrão de beleza feminino. b incentivar a denúncia de violência sexual. c combater a discriminação étnica e religiosa. d defender a igualdade entre os gêneros. e recordar os deveres da mulher na sociedade. QUESTÃO 03 NPLD's High-level Conference on Multilingualism, Migration and the Economy: Towards a New Roadmap for Linguistic Diversity in Europe On Wednesday, 18th November 2015, the European Network to Promote Linguistic Diversity (NPLD) will host the NPLD2020 conference on Multilingualism, Migration and the Economy, which seeks to provide a high-level discussion on: The current state of affairs of multilingualism in Europe, including all languages, official EU languages, minority/regional EU languages and migrant languages; The challenges of immigrant integration into host societies in monolingual and bilingual territories; The role, value and impact of multilingualism for the European economy. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 3 To promote this discussion, NPLD will launch a new European Roadmap for Linguistic Diversity. This Roadmap contains very concise and practical proposals for European Institutions, reaffirming the EU’s commitment to linguistic diversity, and at ensuring that all languages spoken in Europe are seen as common assets which need to be supported and promoted. By organizing this event, NPLD wishes to contribute to the shaping of a new and inclusive narrative for Europe in terms of multilingualism. NPLD believes that the current challenges ahead of us in terms of economic but also social prosperity and the capacity to integrate the newcomers to our continent must be two of the main priorities for the EU if we want to build cohesive and prosperous societies. In this respect, all the languages of Europe have a role to play. Disponível em: http://www.npld.eu. Acesso em: 15 dez. 2015. A língua é um aspecto cultural muito importante e que está ligado a diversos outros. O evento descrito no texto pretende a criar um mapa das línguas oficiais e não oficiais faladas na Europa. b encontrar uma forma de os europeus se tornarem poliglotas. c desenvolver formas de limitar a entrada de estrangeiros na Europa. d promover discussões sobre a importância do multilinguismo na Europa. e discutir formas de expandir o papel das línguas europeias ao redor do mundo. QUESTÃO 04 Disponível em: http://calvinhobbesdaily.tumblr.com/. Acesso em: 13 jun. 2016. Para convencer Calvin a comer um alimento que ele rejeita, o pai do personagem a esclarece que o alimento não é tóxico. b confessa que o alimento atrai mutantes. c afirma que o alimento deixará Calvin mais forte. d conta que o alimento foi preparado por um mutante. e revela que o alimento transformará Calvin em um mutante. QUESTÃO 05 Would you be happier with a different personality? Psychologists suggest there’s a sweet spot between accepting who you are and striving for who you want to be. Americans spend billions of dollars each year on books and seminars claiming to help people change their personalities. These books are built on the assumptions that personality can change, and that changing personality is good: Altering the basics of who you are will make you a better, healthier, happier person. Last week, I wrote about how the latest science of personality suggests that personality can indeed change – either through natural maturation, new responsibilities, or intentional strategies. But would changing your personality actually make you happier? KAUFMAN, S. B. Would you be hapier with a different personality?.Disponível em: http:// www.theatlantic.com. Acesso em: 21 ago. 2016. Ao iniciar e finalizar seu artigo com perguntas, o autor tem como objetivo provocar uma reflexão acerca a das mudanças no conceito de personalidade. b da possibilidade de alteração intencional da personalidade. c da existência de benefícios ligadosà mudança de personalidade. d das diferentes personalidades presentes em um mesmo indivíduo. e da eficiência dos livros de autoajuda quanto à mudança de personalidade. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 4 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção Inglês) QUESTÃO 01 Disponível em: http://www.tourspain.es. Acesso em: 10 fev. 2015. A observação da imagem e a leitura do texto permitem reconhecer, no anúncio a a crescente descoberta da Espanha como destino turístico. b a divulgação da cultura espanhola no mundo. c a importância da cultura nacional dentro da Espanha. d o sentimento de pertencimento à cultura hispânica. e os acontecimentos da história latino-americana. QUESTÃO 02 Juntos aprendemos más y mejor Muchos son los que creen aún que el silencio es la voz de los alumnos, demasiados los que están convencidos de que solo se puede aprender en un ambiente monacal de silencio, quietud y recogimiento; y que “hincar los codos” es la única forma de estudiar. Esta situación resulta sorprendente ya que, según las investigaciones más recientes en neuroeducación y psicología cognitiva y del aprendizaje, no se aprende así. En Aprender a aprender, Benedict Carey cuestiona, con el apoyo de numerosas investigaciones, algunos de los mitos sobre la mejor manera de aprender. Para Carey, entre otras cosas, a la hora de aprender hay que huir de la rutina y se obtiene mejor rendimiento cuando se varía los lugares donde se estudia o se practica. También dice Carey que hay algo más importante que cuánto tiempo se estudie, y es cómo distribuir ese tiempo. Disponível em: http://salvarojeducacion.blogspot.ie. Acesso em: 20 set. 2015. Pode-se afirmar que o texto acima amplia o repertório educacional ao a apresentar o silêncio como instrumento pedagógico essencial. b apoiar a publicação de pesquisas sobre métodos educacionais. c desconstruir mitos e repensar os melhores meios de aprender. d neutralizar o debate educacional promovido por pesquisadores. e criticar novos métodos educacionais, consolidando os tradicionais. QUESTÃO 03 La Nota Curiosa: el origen de los emoticones :-) Un emoticón es una secuencia de caracteres del teclado que se utiliza para acentuar una emoción. Se coloca después del último signo de puntuación de una frase, y normalmente se lee de lado y en sentido contrario a las agujas del reloj. Entre los más conocidos destacan la sonrisa :-), el guiño ;-), el que expresa asombro :-o, el sarcasmo :-[ o la tristeza :-(. También se usan, por ejemplo, para mandar besos :-*. [...] la idea surgió como respuesta a los problemas de interpretación de los mensajes que se intercambiaban en los tableros o paneles electrónicos que usaban los profesores y estudiantes para discutir ciertos temas online. Disponível em: http://www.culturizando.com. Acesso em: 20 set. 2015. O texto comenta o surgimento dos emoticons nos textos virtuais, e tem função a informativa, definindo o que são emoticons e contextualizando seu uso. b persuasiva, buscando incentivar o uso dessa linguagem nos diferentes suportes de comunicação. c crítica, sendo contrário ao uso dessa linguagem, considerando-a secundária. d reflexiva, discutindo o uso dessa linguagem em diferentes contextos de comunicação. e educativa, ensinando a maneira correta de utilizar esse tipo de linguagem. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 5 QUESTÃO 04 Disponível em: http://imageneschistosasdeamor.com. Acesso em: 21 set. 2015. No último quadrinho da história de Gaturro, a associação entre a imagem e a expressão las ganas representa a o esquecimento de um material escolar pelo personagem. b a insatisfação do personagem com as regras da escola. c a nostalgia do personagem em iniciar o ano letivo. d o desânimo do personagem para ir à escola. e a distração recorrente que afeta o personagem. QUESTÃO 05 Ryan Lochte pide perdón a Brasil El nadador estadounidense Ryan Lochte, medalla de oro en estos Juegos Olímpicos, acaba de pedir perdón por el escándalo que provocó al inventarse que fue atracado en Río de Janeiro el pasado domingo. “Me gustaría pedir perdón por mi comportamiento el fin de semana pasado, por no haber sido más cuidadoso y sincero a la hora de describir lo que ocurrió, y por haber desviado la atención de muchos deportistas que están cumpliendo su sueño de participar en unos Juegos Olímpicos”, dijo el nadador en Twitter. [...] El comité organizador aceptó las disculpas, pero lamentó la humillación que sintieron los brasileños con el incidente. “Nosotros hemos aceptado sus disculpas. Desde ayer, creemos que el pueblo brasileño se ha decepcionado con su actitud. Hay un millón de personas quejándose. El 2,5% de las menciones en Twitter son sobre el caso. La población brasileña se ha sentido humillada. Creo que el pueblo brasileño va a aceptar sus disculpas. Queremos que sean aguas pasadas. No creemos que este episodio quede marcado, lo que va a pasar a la historia son los deportistas, las ceremonias. La gente va a pensar en Phelps, en la actuación de Bolt”, explicó Mário Andrada, director de comunicación de la Río 2016. Disponível em: http://deportes.elpais.com. Acesso em: 22 ago. 2016. A notícia trata do pedido de desculpas do nadador norte-- americano que disse ter sido assaltado durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Sobre esse caso, o diretor de comunicação da Rio 2016, Mário Andrada, a criticou o nadador, dizendo que os brasileiros foram humilhados e não aceitarão suas desculpas. b lamentou o ocorrido, ressaltando as memórias boas que ficarão dos atletas e das cerimônias olímpicas. c elogiou o nadador por pedir desculpas, expondo a reação dos brasieliros com essa atitude nas redes sociais. d rejeitou as desculpas do nadador, frisando a humilhação que ele causou aos jogos olímpicos e ao povo brasileiro. e demonstrou a decepção do comitê organizador, mostrando como as atitudes do narrador ofuscaram os acontecimentos positivos dos jogos. Questões de 01 a 45 QUESTÃO 06 GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Campanha orgulho no peito.Disponível em: http://www.ceara.gov.br. Acesso em: fev. 2016. Considerando a finalidade comum do gênero, o cartaz da campanha da Secretaria de Saúde do estado do Ceará procura mudar um comportamento, desconstruindo a ideia de que a amamentação a não deve ser feita por mães jovens, adolescentes ou de primeira viagem. b traz inúmeros benefícios ao bebê, como a prevenção imediata de infecções. c deve ser a única fonte de alimentação de crianças até os 2 anos de idade. d pode ser prejudicial para o desenvolvimento infantil se feita até os 2 anos de idade. e não deve ocorrer em locais públicos, devido à exposição do seio feminino. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 6 QUESTÃO 07 O jornal francês Libération removeu todas as imagens de uma de suas edições diárias, com o objetivo de afirmar a importância do fotojornalismo em tempos em que a indústria tem passado por mudanças e desafios. A publicação manteve seu design usual, saindo com uma série de espaços vazios, e legendas e textos os rodeando. As últimas páginas dão espaço para todas as imagens que deveriam ter aparecido nos artigos, lado a lado, com referências do local que teriam preenchido. Em artigo publicado por Brigitte Ollier, da equipe de cultura do Libération, o jornalista interpreta a edição sem imagens como se informações estivem faltando, “um jornal mudo, sem som”. Disponível em: http://www.b9.com.br. Acesso em: 30 jun. 2015. A partir da experiência do jornal francês Libération, pode-se entender o fotojornalismo a como uma prática dispensável para a transmissãode informação nos meios de comunicação. b como um meio que assume papel estético no meio jornalístico, sem interferir na transmissão da mensagem. c como meio alternativo para a transmissão das mensagens, sendo utilizado no lugar do texto escrito. d como um tipo de fotografia com função de demonstrar e ajudar a transmitir as informações veiculadas. e como um tipo de fotografia própria dos meios digitais, que transmitem as informações sem uso de textos escritos. QUESTÃO 08 TEXTO I Frankenstein da Vila Boa impressão nunca se tem Quando se encontra um certo alguém Que até parece um Frankenstein Mas como diz o rifão: por uma cara feia perde-se um bom coração Entre os feios és o primeiro da fila Todos reconhecem lá na Vila Essa indireta é contigo E depois não vá dizer Que eu não sei o que digo Sou teu amigo BATISTA, W. Frankstein da Vila. Disponível em: http://letras.mus.br/wilson- batista/1203046/. Acesso em: 20 jan. 2014. TEXTO II Ai, dona feia, foste-vos queixar de que nunca vos louvo em meu trovar e umas trovas vos quero dedicar em que louvada de toda maneira sereis, tal é o meu louvar: dona feia, velha e gaiteira* Ai, dona feia, se com tanto ardor quereis que vos louve, como trovador, trovas farei e de tal teor em que louvada de toda maneira sereis, tal é o meu louvor: dona feia, velha e gaiteira Ai, dona feia, nunca vos louvei em meu trovar, eu que tanto trovei e eis que umas trovas vos dedicarei em que louvada de toda maneira sereis e assim vos louvarei: dona feia, velha e gaiteira GUILHADE, J. G. Ai, Dona feia, foste-vos queixar. Disponível em: http://www. vidaempoesia.com.br/linguagemtrovadismo.htm. Acesso em: 21 mar. 2014. *gaiteira: assanhada O primeiro texto é um samba de 1935 composto por Wilson Batista e integra uma guerra musical declarada contra Noel Rosa, importante sambista carioca. O texto II, escrito no século XIII, é do trovador português João Garcia de Guilhade e considerado uma canção de escárnio. Relacionando os procedimentos de construção dos textos literários citados, verifica-se que a como na cantiga medieval, o samba de Wilson Batista refere-se diretamente a quem se quer provocar. b o samba é irônico, pois considera seu alvo como um amigo, logo não pode chamá-lo de feio, diferente da relação do trovador com a “dona feia”. c o uso da primeira pessoa nas composições tem por objetivo ocultar a verdadeira opinião do compositor. d João Garcia de Guilhade, da mesma forma que Wilson Batista, considera o alvo da troça como um bom amigo, apesar de sua aparência física. e ambos constroem composições zombando da aparência física daqueles a quem destinam suas composições, não revelando explicitamente quem seria a pessoa atingida. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 7 QUESTÃO 09 Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia. As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez inventados, não podem ser aprimorados. [...] O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é. ECO, U.; CARRIÈRE, J-C. Não contem com o fim do livro. Trad. André Telles. Rio de Janeiro: Record, 2010, p. 16-17. Com o avanço da tecnologia e o aparecimento de novas plataformas, os livros têm se adaptado aos meios digitais. A análise do texto de Umberto Eco revela que o advento desses novos dispositivos a representa um risco ao objeto livro. b incentivará a desvalorização da leitura. c impõe desafios intransponíveis ao livro. d marca o fim do livro impresso. e não mudará a função e o uso originais do livro. QUESTÃO 10 Disponível em: www.pedal.com.br/fotos/noticias/1889002f.jpg. Acesso em: 7 jun. 2014. Em nosso cotidiano, é comum nos depararmos com anúncios – governamentais ou não – que buscam passar ao leitor noções de cidadania, na tentativa de promover a convivência social de forma harmoniosa. A peça publicitária de campanha de trânsito reproduzida tem por finalidade a promover o ciclismo nas grandes cidades, uma vez que orienta os ciclistas quanto às normas de circulação nas ciclovias. b fornecer orientações aos motoristas que os conscientizem de uma conduta segura no trânsito em relação aos ciclistas. c alertar os motoristas das penalidades do não cumprimento das medidas de segurança em relação aos ciclistas. d conscientizar ciclistas sobre uma conduta segura no trânsito, no intuito de evitar acidentes envolvendo veículos nas vias públicas. e conscientizar os motoristas da importância do respeito aos ciclistas, por meio de elementos de forte apelo emocional. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 8 QUESTÃO 11 Disponível em: http://kcaloriesbycatarinalopes.blogspot.com.br.Acesso em: 07 jun. 2016 (adaptado). A imagem apresenta a pirâmide alimentar e propõe variações desse formato. Uma alimentação saudável requer que a a pirâmide alimentar seja seguida, uma vez que apresenta as quantidades adequadas de consumo de cada tipo de alimento. b o barco alimentar seja seguido, dado que apresenta os alimentos necessários para a obtenção de energia para o corpo. c o trapézio alimentar seja seguido, devido à restrição ao consumo de vegetais e carnes magras. d o trapézio alimentar seja seguido, já que exclui carboidratos e açúcares da alimentação. e o barco alimentar seja seguido, porque comporta a menor quantidade de alimentos ingeridos. QUESTÃO 12 O que é possível dizer em 140 caracteres? Sucesso do Twitter no Brasil é oportunidade única de compreender a importância da concisão nos gêneros de escrita. A máxima “menos é mais” nunca fez tanto sentido como no caso do microblog Twitter, cuja premissa é dizer algo — não importa o quê — em 140 caracteres. Desde que o serviço foi criado, em 2006, o número de usuários da ferramenta é cada vez maior, assim como a diversidade de usos que se faz dela. Do estilo “querido diário” à literatura concisa, passando por aforismo, citações, jornalismo, fofoca, humor etc., tudo ganha o espaço de um tweet (“pio” em inglês), e entender seu sucesso pode indicar um caminho para o aprimoramento de um recurso vital à escrita: a concisão. Disponível em: http://www.revistalingua.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado). O Twitter se presta a diversas finalidades, entre elas, a comunicação concisa. Por isso, essa rede social: a é um recurso elitizado, cujo público precisa dominar a língua padrão. b constitui recurso próprio para a aquisição da modalidade escrita da língua. c é restrita à divulgação de textos curtos e pouco significativos e, portanto, é pouco útil. d interfere negativamente no processo de escrita e acaba por revelar uma cultura pouco reflexiva. e estimula a produção de frases com clareza e objetividade, fatores que potencializam a comunicação interativa. QUESTÃO 13 Os professores Lucy Seki, Wilmar Rocha D´Angelis e Angel Corbera Mori estudam línguas indígenas no país. Atuam em três vertentes principais, a saber: a descritivista (sistema morfológico, gramática, sintaxe etc.), a de pesquisa de teorias linguísticas e a educação escolar indígena. A fusão de aspectos morfossintáticos com a extensão se presta – não só – a preservar as línguas estudadas. D’Angelis aponta para o fato de que há cerca de 35 anos não existia sequer um professor índio no Brasil. De uma década para cá, o número de indígenas que foram para a frente da lousa cresceu exponencialmente. Direitos saíram do papel, auniversidade atentou para a importância da formação, e lideranças de etnias descobriram que a preservação da língua muitas vezes significa a sobrevivência da própria espécie. KASSAB, A. Na vanguarda da preservação do patrimônio linguístico indígena. Jornal da Unicamp, ed. 329, 3 a 16 de julho de 2006. Adaptado. Segundo o texto, o estudo das línguas indígenas tem como função “não só” preservá-las, porque a reforça a conservação e o respeitodas regras gramaticais (morfossintaxe) delas. b a fusão de aspectos morfossintáticos construiu uma única língua indígena. c abre caminho para que passem a ser ensinadas como disciplina escolar. d permite o ingresso massivo da comunidade indígena na universidade. e por extensão, a preservação da língua garante o respeito a outros direitos. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 9 QUESTÃO 14 Salão de Beleza – Zeca Baleiro Vem você me dizer Que vai num salão de beleza Fazer permanente Massagem, rinsagem, reflexo E outras "cositas más”... Oh! Baby você não precisa De um salão de beleza Há menos beleza Num salão de beleza A sua beleza é bem maior Do que qualquer beleza De qualquer salão... Mundo velho E decadente mundo Ainda não aprendeu A admirar a beleza A verdadeira beleza A beleza que põe mesa E que deita na cama A beleza de quem come A beleza de quem ama A beleza do erro Puro do engano Da imperfeição... Disponível em: https://www.letras.mus.br. Acesso em: 19 jan. 2016. A canção acima tem como foco a tematização do belo. Após a leitura, pode-se inferir que a a música lista uma série de tratamentos estéticos, como “permanente”, “reflexo”, “rinsagem”, a fim de descrever os serviços prestados pelos salões de beleza. b a música considera o salão de beleza o local da beleza contemporânea e onde as mulheres podem encontrar a verdadeira beleza. c a música critica os indivíduos pertencentes ao “mundo velho”, ou seja, aqueles que ainda não reconheceram a importância dos salões de beleza na sociedade atual. d a música considera que vivemos em um “decadente mundo”, pois a beleza interior é vista como a mais importante, desconsiderando a exterior. e a música critica os padrões estéticos contemporâneos, que privilegiam a beleza exterior, e não aquela cultivada interiormente. QUESTÃO 15 Atletismo para deficiente visual O atletismo é hoje o esporte mais praticado nos mais de 70 países filiados à Federação Internacional de Desportos para Cegos (IBSA). Além dos Jogos Paraolímpicos, fazem parte de seu calendário maratonas, jogos mundiais e campeonatos mundiais para jovens. Um dos grandes fatores de difusão da modalidade é o fácil acesso e a naturalidade dos movimentos, já que correr, saltar, lançar e arremessar são atividades inerentes à sobrevivência do homem. O atletismo para deficientes visuais é constituído basicamente por todas as provas que compõem as regras oficiais da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), com exceção de salto com vara, lançamento do martelo, corridas com barreira e obstáculos. [...] Para estes, é permitido o uso de sinais sonoros e de um guia, que corre junto com o competidor para orientá- lo. Eles são unidos por uma corda presa às mãos, e o atleta deve estar sempre à frente. A pessoa com deficiência visual apresenta locomoção insegura, com pouco controle e pouca consciência corporal, problemas posturais e insegurança, o que pode gerar comprometimento no equilíbrio (estático), na coordenação, na agilidade, bem como no controle corporal e postura. O esporte pode ser uma ferramenta para minimizar esses problemas: sua prática oportuniza a experiência motora diferenciada, o que pode diminuir as defasagens apresentadas como perfil dessa população. Sendo assim, vale reforçar esse estudo sobre a prática do atletismo, que pode atuar como um auxiliar no desenvolvimento global da pessoa. SOUZA, P. C.; BRUEL, M. R. Atletismo para deficiente visual. Disponível em: http://www.periodicos.unc.br. Acesso em: 09 dez. 2015 (adaptado). O atletismo é considerado um esporte democrático e acessível ao deficiente visual porque a constitui-se, na modalidade paraolímpica, de provas com as mesmas regras das competições olímpicas. b classifica e agrupa os deficientes visuais de acordo com suas dificuldades físicas, tornando a prova mais justa. c possibilita ao atleta desempenhar atividades inerentes à sobrevivência, como correr, saltar, lançar e arremessar. d autoriza a utilização de artifícios que compensem as deficiências do atleta, possibilitando sua participação em competições olímpicas. e proporciona uma prática diferenciada, auxiliando no conhecimento das deficiências e permitindo aos atletas maior independência no cotidiano. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 10 QUESTÃO 16 Mensalão tem oito letras Tem “M” de malfeitores E a segunda letra é “E” Da palavra enganadores Tem o “N” de nojentos “S” de sanguinolentos Feito bichos predadores. Imaginem que o resto Só pode ser de ladrão Que começa com o “L” E é terminado com “ão” Larápio também tem “L” E o “ão” também está na pele Da palavra canastrão. CAMPOS FILHO, V. A palavra “mensalão”. João Pessoa, 2005. Os versos do cordel foram publicados na época em que o escândalo político conhecido como “Mensalão” estava sendo investigado pelo Congresso Nacional. A principal estratégia utilizada pelo autor para criticar os políticos é a o regionalismo, por meio do uso de gírias e expressões típicas de João Pessoa, na região Nordeste. b a didática, pois a soletração das palavras ajuda os leitores a compreenderem os termos utilizados. c a ridicularização, pois no cordel se concatenam termos referentes à zombaria e ao desprezo aos políticos. d o uso de linguagem não verbal, já que a crítica fica incompleta sem a imagem do político cheio de dinheiro na capa do cordel. e a metalinguagem, pois as letras do alfabeto, apesar de não formarem palavras pejorativas, são essenciais à construção da crítica. QUESTÃO 17 TEXTO I Chris: O que é vatapá? Vc tem uma receita? Cayan Alves respondido 4 anos atrás Oiii kkkk eu sou baiano eu gosto de vatapá que é uma comida típica da região nordeste basicamente usado em comidas ou em acarajês que tambem usa vatápa carruru e outros vou te passar a receita flw? Disponível em: br.answers.yahoo.com. Acesso em: 5 mar. 2015 (adaptado). TEXTO II Vatapá é um prato típico da culinária do Brasil, sendo originário da Bahia. O seu preparo pode incluir pão molhado ou farinha de rosca, fubá, gengibre, pimenta- -malagueta, amendoim, castanha de caju, leite de coco, azeite de dendê, cebola e tomate. Pode ser preparado com camarões frescos inteiros, ou secos e moídos, com peixe, com bacalhau ou com carne de frango, acompanhados de arroz. A sua consistência é cremosa. Disponível em: pt.wikipedia.org. Acesso em: 03 mar. 2015 O Texto I, proveniente de um site de respostas na internet, e o Texto II, um verbete de uma enciclopédia digital, têm função social parecida; no entanto, ao relacionar a variação linguística utilizada em um e outro, tem-se o uso a do português correto no Texto II e do português incorreto no Texto I. b da variação geográfica no Texto I, devido ao falante ser nativo da Bahia. c da variação situacional, já que cada texto está adequado ao seu contexto. d da variação relacionada à classe social do indivíduo que produziu o Texto I. e da variação histórica, já que o Texto II é escrito em português de Portugal. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 11 QUESTÃO 18 TEXTO I Em se tratando da progressão temática de diferentes gêneros e tipos, um dos tópicos que merece atenção é a pontuação, entendida não apenas com a função de marcar contornos entonacionaise deslocamentos sintáticos, mas, sim, em uma visão textual discursa. Nessa perspectiva, os sinais de pontuação são vistos como marcas do ritmo da escrita. KOCH, I.V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever. Editora contexto, 2012, pp.39 e 40. TEXTO II Revista Veja, 9 abr, 2008. Utilizando o primeiro texto como fonte teórica para interpretação do segundo texto não verbal, é correto que em a “Não, espere”; “Não espere”, embora o uso de vírgula altere o ritmo da fala, não há modificação do sentido da fala com a alteração da pontuação. b “Isso só, ele resolve”; “Isso, só ele resolve”, a alteração da posição da vírgula qualifica, na segunda frase, o sujeito “ele” como indivíduo de capacidades básicas. c “Aceito, Obrigado”, “Aceito obrigado”; a ausência da vírgula contribui para transformar a expressão em um agradecimento. d “Esse, juiz, é corrupto”; “Esse juiz é corrupto”, a ausência da vírgula permite que o termo “juiz” deixe de assumir a função gramatical de vocativo para se tornar o sujeito da oração. e “Não quero ler”; “Não, quero ler”, o isolamento do advérbio de negação pela vírgula muda o posicionamento do sujeito, tornando sua vontade contrária à leitura. QUESTÃO 19 Guilherme: Querida, vá estudar História e Filosofia antes de escrever o que não sabe [...]. Não culpe os médicos pelo seu recalque! Julio: Estude mais e escreva menos. Sabe o porquê de as pessoas só valorizarem corpos e juventude? Por reportagens como esta, em que se subestima estudo, responsabilidade e sabedoria [...]. Se você estivesse tão preocupada mesmo em não haver abismos sociais, não teria tantas qualificações e quantidades de livros escritos ou tantos títulos, jornalista, escritora, e mais de 40 prêmios.... Fale a verdade: você sempre quis fazer direito ou medicina, só pode, né? Mas acabou não fazendo e agora quer tirar um pouco do reconhecimento de quem fez... J: Bom, muita coisa com a qual concordar. Mas foi fraco na parte dos médicos, especialmente. A explicação do porquê de eles serem chamados de doutor foi mais fantasia do que qualquer coisa [...]. Faltou pesquisa? Doutor advogado e doutor médico: até quando? (comentários). Disponível em: http://revistaepoca.globo.coml. Acesso em: 28 jun. 2015 (adaptado). Os comentários acima foram escritos em resposta a um artigo da jornalista Eliane Brum, cujo objetivo era criticar a adoção da palavra “doutor” antes do nome de um médico ou advogado. Entre os recursos argumentativos mobilizados pelos leitores para contestar o posicionamento da autora, destaca-se a a chantagem, principalmente pela manipulação de sentimentos, induzindo na autora culpa, pena e remorso sobre o que disse. b a comoção, com a finalidade de sensibilizar e convencer os demais leitores a também discordarem da jornalista, “viralizando” a opinião contrária. c a sedução, ligada a planos mais afetivos, cuja consequência é o relaxamento da crítica e a construção de uma nova correspondência. d a intimidação, por meio de afirmações depreciativas à autora, sem qualquer indício, oferecidas devido à discórdia em relação a sua opinião. e a ameaça, já que, por meio da violência, os argumentadores dos comentários tentam bloquear as possibilidades de diálogo. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 12 QUESTÃO 20 Glossário: Timeline: linha do tempo, nas redes sociais. Disponível em: http://tecnologia.uol.com.br. Acesso em: 08 jul. 2016. Na charge, o efeito de humor decorre do uso do recurso expressivo utilizado, a polissemia, pois a o homem emprega um sentido não usual ao termo timeline. b a mulher desconhece o termo timeline, empregado pelo homem. c as personagens atribuem significados diferentes ao termo faxina. d a mulher não compreende o significado usual da expressão faxina. e as personagens atribuem significados diferentes ao termo timeline. QUESTÃO 21 — Aqui está a fujona, disse Cândido Neves. — É ela mesma. — Meu senhor! — Anda, entra... Arminda caiu no corredor. Ali mesmo o senhor da escrava abriu a carteira e tirou os cem mil-réis de gratificação. Cândido Neves guardou as duas notas de cinquenta mil réis, enquanto o senhor novamente dizia à escrava que entrasse. No chão, onde jazia, levada do medo e da dor, e após algum tempo de luta, a escrava abortou. [...] O pai recebeu o filho com a mesma fúria com que pegara a escrava fujona de há pouco, fúria diversa, naturalmente, fúria de amor. [...] Tia Mônica, ouvida a explicação, perdoou a volta do pequeno, uma vez que trazia os cem mil-réis. Disse, é verdade, algumas palavras duras contra a escrava, por causa do aborto, além da fuga. Cândido Neves, beijando o filho, entre lágrimas, verdadeiras, abençoava a fuga e não se lhe dava do aborto. — Nem todas as crianças vingam, bateu-lhe o coração. ASSIS, M. de. Pai contra mãe. In: Relíquias da Casa Velha. Rio de Janeiro: Editora Garnier, 1906. O conto machadiano traz a história de Cândido Neves, caçador de escravos que, para obter dinheiro e salvar a vida do filho, persegue a negra Arminda. Nos trechos, a crítica recai sobre dois valores: um social e outro humano, um alterado e outro permanente. São eles, respectivamente, a a oposição à prática escravocrata e a coragem dos pais diante do perigo corrido pelos filhos. b a submissão feminina e o papel do homem como responsável financeiro pela família. c a existência de profissões ilegais e a hipervalorização do nascimento do filho primogênito. d a naturalização da escravidão e a justificativa dos homens para seus gestos reprováveis. e a legalização do aborto e a atitude das mulheres que não reconhecem o pai de seus filhos. QUESTÃO 22 TEXTO I O fotógrafo norte-americano Eric Pickersgill removeu os smartphones e outros dispositivos digitais de alguns retratos cotidianos para criar a série “Removed”. O objetivo do trabalho é mostrar como a tecnologia e a hiperconectividade estão deixando as pessoas isoladas e solitárias. Fotógrafo ‘apaga’ smartphones de imagens para mostrar como a hiper conectividade nos tornou solitários. Catraca livre, 13 out. 2015. Disponível em: https://aoquadrado.catracalivre. com.br. Acesso em: 16 nov. 2015 (adaptado). TEXTO II Em função da hipermobilidade, tornamo-nos seres ubíquos. Estamos, ao mesmo tempo, em algum lugar e fora dele. Tornamo-nos intermitentemente pessoas presentes-ausentes. Aparelhos móveis nos oferecem a possibilidade de presença perpétua, de perto ou de longe, sempre presença. SANTAELLA, L. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013, p. 16. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 13 A partir da leitura dos textos sobre o impacto social das tecnologias móveis, pode-se dizer que a o Texto I confirma a condição humana da presença- ausência, citada no Texto II. b o Texto I nega as afirmações do Texto II, mostrando o isolamento e a solidão. c o Texto II enfatiza a vantagem da comunicação à distância, estando perto ou longe. d o Texto II vê a hipermobilidade como positiva, e o Texto I de maneira negativa. e os Textos I e II argumentam que os aparelhos móveis destruíram os laços afetivos. QUESTÃO 23 Invasão de privacidade em redes sociais A revolução nas tecnologias da informação causou mudanças fundamentais na sociedade, no que se refere à comunicação entre as pessoas. Um reflexo disso é o crescimento de sites de relacionamentos, redes sociais e programas de mensagem instantânea. Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela ONU, em 1948, o art.12 tem a seguinte redação. “Ninguém será sujeito a interferência na sua vida privada, na sua família, em seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Todo ser humano tem o direito àproteção da lei contra tais interferências ou ataques”. (MAZZUOLI, 2006, p.187) Pessoas que se especializam no roubo e tráfico de informações causaram enormes prejuízos para os usuários, como perdas financeiras ou danos morais. Sendo assim, houve a necessidade de criar órgãos fiscalizadores na internet, que sejam responsáveis na detecção dos infratores, tornando possíveis as punições para esses crimes. Foram criadas também ONGs com o intuito de ensinar os usuários da internet a se proteger contra a invasão da privacidade. AZEVEDO, C.K. & ANDRADE, B.E. Invasão de Privacidade em Redes Sociais. Disponível em: http://www.profissionaisti.com.br. Acesso em: 19 jul. 2015. A partir do texto, considerando a criação de ONGs e de órgãos de proteção contra crimes no mundo virtual, reconhece-se que a o modelo atual dos sistemas de segurança para proteção dos usuários da internet é capaz de evitar fraudes. b o uso das tecnologias da informação e comunicação mudou as definições de direitos previstos pela ONU. c o usuário da internet, ao expor informações pessoais, está exposto a um novo tipo de crime especializado. d o conceito de privacidade foi perdido nos meios digitais, uma vez que as informações tornam-se coletivas. e as propostas de educação virtual são ineficazes, visto que muitos usuários ainda divulgam informações pessoais na internet. QUESTÃO 24 Outro dia me convidaram para irmos ao Mc Donald's comermos cheese burger. O salão estava lotado e fizemos os pedidos através de um tal de drive thru. Os colegas percebendo a minha irritação disseram: se tu tiver com pressa eles tem um sistema de delivery, maravilhoso. Desacostumado com este linguajar chamei os cabras: vamos s’imbora. [...] Lá no centro da cidade quase que morri de fome, tanta coisa tanto nome e eu sem saber pronunciar. É fast-food, delivery, self-service, hot dog, catchup, meu Deus! Onde é que eu vim parar? SILVA, C. Estrangeirismo. A música apresenta uma visão acerca do uso social do fenômeno linguístico conhecido como estrangeirismo. Por meio dos recursos de construção, o autor argumenta que tal uso a incentiva o aprendizado da língua inglesa pela população brasileira. b introduz demasiados termos estrangeiros no dia a dia da população. c aponta o descontentamento da população com o idioma português. d representa o desconhecimento da população sobre a língua materna. e denuncia a ineficiência da língua portuguesa para nomeação de serviços. QUESTÃO 25 A Internet, a partir do momento da sua abertura à utilização da população em geral (cerca de 1995), tornou- se um campo fértil para a experimentação e produção artística, dando origem a um novo tipo de arte: net.Art. As suas características, enquanto novo meio de comunicação tecnológico, forjaram as especificidades dessa nova forma de arte que iniciou o seu percurso assumidamente como uma arte de contracultura, subversiva e de questionamento, com uma estética particular decorrente do próprio meio. Disponível em: http://conferencias.ulusofona.pt. Acesso em: 30 jun. 2015 (adaptado). A partir do texto, é possível afirmar que a net.Art, como representante da cultura atual, é fundada a no digital, que propicia ampla divulgação, interatividade e liberdade de conteúdos. b em valores religiosos, uma vez que critica os valores morais do mundo globalizado. c na coletividade, uma vez que sua produção é feita por artistas que trabalham em conjunto. d na privacidade, uma vez que, embora no meio digital, é divulgada em espaços específicos. e na legitimidade, uma vez que produz conteúdos baseados em acontecimentos reais. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 14 QUESTÃO 26 Todos os alunos brasileiros aprendem na escola que não se deve dizer “vende-se filhotes”, porque é um erro, e que se deve dizer “vendem-se filhotes”. O argumento é que o sujeito da oração é ‘filhotes’. Estando no plural, leva o verbo para o plural. Ora, essa afirmação vai contra a intuição de todos os falantes, que ‘sentem’ (interpretam) filhotes como o objeto de ‘vender’ (– Vende-se o quê? – Filhotes) e não o sujeito (– Quem vende? – Uns caras / alguém lá na praça [e não os próprios filhotes]). Isso não é novo. Said Ali mostrou (em 1908!) que a tal passiva sintética é uma invenção de gente sem lógica. E forneceu um argumento mortal: quem é que, lendo em uma placa pregada em uma casa ‘aluga- se esta casa’ não entende que a casa está vazia, disponível para alugar (e ser alugada, óbvio)? E que, portanto, a frase não é uma passiva, que seria ‘esta casa é alugada’? POSSENTI, S. Eles não leem gramáticas. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 18 mar. 2015. Segundo o texto, a respeito da concordância da voz passiva sintética, pode-se dizer que o linguista Sírio Possenti argumenta a a favor do uso correto proposto pelas gramáticas, que não é mais ensinado adequadamente na escola. b a favor da intuição dos falantes em seu uso, que considera objeto o que seria gramaticalmente o sujeito. c contra a interpretação dos falantes, já que pela gramática, estando no plural, o verbo também deve ser no plural. d contra o novo uso que se faz dela, trocando erroneamente o que seria sujeito por objeto direto do verbo. e contra Said Ali, pois acredita que seu argumento é sem lógica, afinal, todos os falantes sabem usá-la corretamente. QUESTÃO 27 O R caipira era uma das características da língua falada na vila de São Paulo, que, aos poucos, com a crescente urbanização e a chegada de imigrantes europeus, foi expulsa para a periferia ou para outras cidades”, diz Simões. “Era a língua dos bandeirantes.” [...] FIORAVANTI, C. Ora pois, uma língua bem brasileira. Revista Pesquisa FAPESP, ed. 230, abril 2015 (adaptado). A respeito do “português paulista”, relacionando o mapa ao texto, pode-se dizer que o R retroflexo a era característico da fala de imigrantes europeus, configurando-se como uma característica estrangeira incorporada ao português. b era característico da língua falada no Brasil entre 1550 e 1720, devido à influência dos bandeirantes pelo território. c é característico da fala dos paulistas de classe baixa, configurando-se como uma variedade social até os dias de hoje. d é característico de outras regiões do Brasil, e foi incorporado à variedade paulista devido às rotas dos bandeirantes. e é uma característica da variedade paulista, mas se espalhou por outras localidades do Brasil, devido às rotas dos bandeirantes. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 15 QUESTÃO 28 O luthier estuda detalhadamente o instrumento que vai produzir e descobre as necessidades do cliente que solicitou o instrumento. Descobre ainda qual o tipo de música que ele toca, como prefere que seja, e discute as especificidades daquele instrumento no caso de manutenção. Estuda o caso e as técnicas mais eficazes do conserto e escolhe o material para a construção de acordo com as características do instrumento. O luthier molda o material e produz instrumentos de acordo com as necessidades de seu cliente, elaborando um design a partir da execução de um projeto. O profissional pode trabalhar com clientes fixos, como bandas militares, orquestras sinfônicas e filarmônicas, e bandas convencionais. Pode também atuar de outras maneiras e locais, como em lojas de instrumentos musicais ou ensinando a performance musical de algum instrumento. Disponível em: http://www.brasilprofissoes.com.br. Acesso em: 17 jan. 2016 (adaptado). Diversos profissionais constituem o meio musical, desenvolvendo diferentes atividades. Nesse sentido, o texto relata o cotidiano de um luthier, demonstrando que sua principal atividade consiste a na venda deinstrumentos musicais ao público. b no ensino de reparo de instrumentos para iniciantes. c na fabricação e manutenção de instrumentos musicais. d na escolha dos instrumentos utilizados por uma banda. e no estudo aprofundado de diferentes instrumentos musicais. QUESTÃO 29 A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um bem frequente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para levar à praça e ao terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos sob os pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia, Estupendas usuras nos mercados, Todos os que não furtam muito pobres: E eis aqui a cidade da Bahia. MATOS, G. Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia. Disponível em: http://www.franklinmartins.com.br. Acesso em: 20 fev. 2015. Gregório de Matos Guerra, foi o autor mais importante do Barroco no Brasil (1601-1768), e ficou conhecido como “Boca do Inferno”, devido sua poesia satírica. O soneto “Descreve naquele tempo o que era a cidade da Bahia”, a ironiza o clero, abordando os duelos entre pecado e perdão, salvação e inferno. b tira sarro das classes baixas, que sofrem com a situação da cidade e apoia a elite governante. c critica a sociedade preconceituosa, por isso é sempre dirigido aos negros e mulatos, utilizando linguagem ambígua e termos chulos. d critica as autoridades do país inteiro, por serem todas oportunistas e despreocupadas com a população. e critica a situação econômica e social da cidade, satirizando os detentores de poder. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 16 QUESTÃO 30 – Olá! Como vai? – Eu vou indo. E você, tudo bem? – Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E você? – Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo... Quem sabe? – Quanto tempo! – Pois é, quanto tempo! – Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios! – Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem! – Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí! – Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe? – Quanto tempo! – Pois é...quanto tempo! Paulinho da Viola. Sinal Fechado. In: BUARQUE, Chico. 1974. Faixa 12. No texto acima, trecho retirado da canção de Paulinho da Viola, temos um diálogo entre dois personagens. Quanto à função de linguagem predominante, é correto afirmar que a predomina a função referencial, porque o objetivo primordial dos interlocutores é a transmissão de dados concretos, fatos e circunstâncias. b predomina a função fática, pois, em geral, o texto testa o canal de comunicação e incorpora marcadores textuais úteis à manutenção e progressão do diálogo. c predomina a função poética, já que ambos os interlocutores expressam seu sentimento de exaustão com o mundo e a uma vida marcada por compromissos e falta de tempo livre. d predomina a função apelativa, pois os falantes tentam se convencer mutuamente de que a conquista de futuro promissor requer muito esforço e dedicação no presente. e predomina a função de metalinguagem, sendo que os falantes formulam perguntas e respostas para abordar a importância do uso de perguntas e respostas na construção de um texto. QUESTÃO 31 O novo plano de resgate para a Grécia, que pode resultar na liberação de € 86 bilhões (o equivalente a R$ 295 bilhões), não deixou nenhuma das partes satisfeita. Do lado de Atenas, ficou a imagem de capitulação e abdicação da soberania, sem que tenham sido eliminadas as dúvidas sobre sua capacidade e disposição de executar as reformas liberais exigidas. Entre os credores tampouco houve alinhamento. Se alguns tendiam a contemporizar, a Alemanha insistia em condições ainda mais draconianas do que aquelas rejeitadas em referendo poucos dias antes pelos gregos – e venceu. [...] Em suma, apesar de afastado o risco imediato de ruptura do euro, todos perderam. Inclusive Angela Merkel, que enfrentará dois problemas: convencer a opinião pública europeia de que a intransigência alemã não prenuncia nova era unilateralista e obter de seu Parlamento permissão para assinar outro cheque bilionário para a Grécia – e provavelmente não será o último dessa triste epopeia. Gregos e troianos. Folha de S.Paulo, 17 jul 2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 jul. 2015. O editorial acima, do jornal Folha de São Paulo, aborda a questão da situação financeira da Grécia em 2015. A expressão “em suma” estabelece com os parágrafos anteriores uma relação semântica de a adição, acrescentando mais uma informação sobre a situação financeira da Grécia. b conclusão, sintetizando as informações e argumentos anteriormente apresentados. c consequência, mostrando qual foi o resultado das ações descritas anteriormente. d explicação, fornecendo as justificativas para as ações apresentadas anteriormente. e oposição, mostrando opção contrária para a situação financeira grega apresentada. QUESTÃO 32 Programa Brasil Alfabetizado O MEC realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa é uma porta de acesso à cidadania e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade. O Brasil Alfabetizado é desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a municípios que apresentam alta taxa de analfabetismo, sendo que 90% destes localizam-se na região Nordeste. Esses municípios recebem apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos aos alfabetizandos. Podem aderir ao programa por meio das resoluções específicas publicadas no Diário Oficial da União, estados, municípios e o Distrito Federal. Objetivo: Promover a superação do analfabetismo entre jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos e contribuir para a universalização do ensino fundamental no Brasil. Sua concepção reconhece a educação como direito humano e a oferta pública da alfabetização como porta de entrada para a educação e a escolarização das pessoas ao longo de toda a vida. Ações: Apoiar técnica e financeiramente os projetos de alfabetização de jovens, adultos e idosos apresentados pelos estados, municípios e Distrito Federal. Como acessar: As secretarias de educação dos estados, municípios e Distrito Federal aderem ao PBA por meio do Sistema Brasil Alfabetizado. Programa Brasil Alfabetizado. Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 17 fev. 2015. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 17 O texto apresentado destaca a importância do Programa Brasil Alfabetizado, que tem grande relevância para a sociedade brasileira desde o ano de 2003. O programa tem o objetivo de a substituir o trabalho das secretarias de educação dos estados, municípios e Distrito Federal. b despertar o interesse e aumentar o conhecimento dos jovens sobre a cultura do país. c promover ações preventivas para evitar a evasão dos alunos durante a Educação Infantil. d promover a superação do analfabetismo, atingindo o público idoso e crianças que não frequentaram a escola. e promover a superação do analfabetismo e contribuir para a universalização do Ensino Fundamental no Brasil. QUESTÃO 33 Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma ideia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento. Lispector, C. Sobre a escrita, Últimos Contos. Marcado. Uma das funções da linguagempredominantes no texto é a metalinguística, evidente no(a) a reflexão sobre a escrita e a palavra. b tom de convencimento empregado. c exposição dos sentimentos da autora. d objetividade com que o tema é tratado. e elaboração estética da linguagem utilizada. QUESTÃO 34 Disponível em: http://coisailustrada.tumblr.com. Acesso em: 23 jun. 2016. A imagem critica uma ideia de arte difundida na sociedade. Tal ideia considera o trabalho artístico como a um trabalho respeitado. b uma ocupação de jovens. c um ofício com fins lucrativos. d uma atividade à margem da lei. e um hobbie sem valor econômico. QUESTÃO 35 VOCÊ SABIA? - O Palácio Quitandinha tem um belo lago na entrada com formato do mapa do Brasil e foi construído como único suporte viável no caso de um inesperado incêndio. Na construção do lago foi usada uma grande quantidade de areia da praia de Copacabana. - O jardim externo possui um espelho d’água em formato de cavalo marinho, local anteriormente exclusivo dos hóspedes. Disponível em: https://www.facebook.com/fctpetropolis. Acesso em: 22 out. 2015. Como estratégia para fomentar o turismo local, a Fundação de Cultura e Turismo da cidade de Petrópolis divulga em sua página de uma rede social virtual curiosidades sobre alguns dos pontos turísticos da cidade serrana. Na publicação em questão, emprega-se a norma padrão da língua portuguesa, a qual é a adequada, pois o público leitor da internet exige o uso da norma padrão da língua. b adequada, pois o texto foi publicado em uma página institucional. c inadequada, pois uma rede social é um espaço informal. d inadequada, pois o público leitor da internet exige a variedade coloquial. e inadequada, pois o texto é de difícil entendimento, excluindo alguns leitores. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 18 QUESTÃO 36 [...]Na defesa da redução da maioridade penal, talvez nos esqueçamos da tendência mundial que vai na contramão desta opção. Corremos o risco de ocultar a diferença entre responsabilidade e inimputabilidade, alegando que os adolescentes não são responsabilizados pelos seus crimes, e esquecendo que no Brasil, a partir dos 12 anos, todo indivíduo é responsabilizado pelos seus atos. Até os 18 anos, contudo, responde por crimes e contravenções penais na forma da legislação especial. Provavelmente, a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente como um instrumento de proteção e de garantia de cidadania acabe não entrando em pauta no país que pune com a morte mais de 11 mil crianças e adolescentes por ano. Afinal, “e se seu filho fosse assassinado por um adolescente de 17 anos?”. Acreditar que mais adolescentes na prisão trará mais segurança pode fazer com que esqueçamos o fato de que já somos o terceiro maior encarcerador do mundo e que isso não nos garante uma sociedade segura: somos o país com o maior número de homicídios no mundo, com mais de 56 mil vítimas por ano.[...] RAMOS, M. dos. Reduzir maioridade penal é cair na repetiçãode fracassos. In: UOL, Opinião, 22 jun de 2015. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 22 jun. 2015. O texto acima foi veiculado no contexto da discussão da redução da maioridade penal no Brasil. A partir de sua análise, pode-se concluir que ele apresenta posicionamento crítico a a favor da redução da maioridade penal, evidenciada logo no primeiro parágrafo do texto, com a palavra “defesa”. b a favor da redução da maioridade penal, já que os adolescentes não são responsabilizados pelos seus crimes. c a favor da redução da maioridade penal, pois o texto afirma que a partir dos 12 anos deve haver punição pelos atos praticados. d contra a redução da maioridade penal, defendendo o uso da legislação especial até os 18 anos, já que funciona bem. e contra a redução da maioridade penal, já que ser o terceiro país mais encarcerador do mundo não nos fez mais seguros. QUESTÃO 37 O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço, e aos pés uma alcatifa por estrado. Sancho de Tovar, Simão de Miranda, Nicolau Coelho, Aires Correia, e nós outros que aqui na nau com ele vamos, sentados no chão, pela alcatifa. Acenderam-se tochas. Entraram. Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal como se lá também houvesse prata. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como quem diz que os havia ali. Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso. Mostraram-lhes uma galinha, quase tiveram medo dela: não lhe queriam pôr a mão; e depois a tomaram como que espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram comer quase nada daquilo; e, se alguma coisa provaram, logo a lançaram fora. Trouxeram-lhes vinho numa taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes a água em uma albarrada. Não beberam. Mal a tomaram na boca, que lavaram, e logo a lançaram fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo para as contas e para o colar do Capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós assim por assim o desejarmos. Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não o queríamos nós entender, porque não lho havíamos de dar. E depois tornou as contas a quem lhas dera. Disponível em: http://www.biblio.com.br. Acesso em: 20 jun. 2015. A célebre “Carta do Achamento do Brasil” foi escrita por Pero Vaz de Caminha em Porto Seguro, entre 26 de abril e 2 de maio de 1 500. É possível reconhecer nela a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes pelo fato de a descrever os indígenas de maneira imparcial e objetiva para que os europeus pudessem saber como era o povo das novas terras. b representar a maneira de se lidar com culturas diferentes tomando por base nossos próprios parâmetros culturais. c testemunhar que, ao contrário do que se pensa, os indígenas também eram interessados em acumular ouro como forma de demonstrar poder. d descrever os indígenas com o intuito de desvalorizá- los por sua falta de educação e civilidade com os visitantes. e representar o contato com os indígenas como culturalmente enriquecedor para ambos, já que havia troca de conhecimentos. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 19 QUESTÃO 38 Proclamação da República. In: Will Tirando, 15 nov. 2011. Disponível em: http://www. willtirando.com.br. Acesso em: 03 nov. 2015. A internet provocou diversos impactos sociedade atual. Na tira, é possível perceber um deles que é a a maior disseminação de informações falsas e sem fundamento. b a transformação de informações sérias em assuntos humorísticos. c o poder dos movimentos sociais na web, capazes de mudar o país. d o tratamento leviano das informações, sem compromisso jornalístico. e a distribuição e o compartilhamento instantâneo de uma informação. QUESTÃO 39 O ritual Kuarup, característico dos grupos indígenas do Parque do Xingu, corresponderia à cerimônia de finados do homem branco. Entretanto, o Kuarup é uma festa alegre, afirmadora, exuberante, em que todos colocam a sua melhor vestimenta na pele. Os troncos feitos da madeira kuarup são a representação concreta do espírito dos mortos ilustres.[...] A “dança do fogo” acontece primeiro em passos cadenciados, depois em um crescendo cada vez maior, ao ritmo do chocalhar dos maracás e das canções místicas, até se fazer ouvir a voz do pajé, numa evocação a Tupã, implorando fazer voltar à vida aqueles mortos ilustres. Após o amanhecer, começa a “dança da vida”, que é executada pelos atletas da tribo, cada um trazendo ao ombro uma longa vara verdejante, símbolo dos últimos nascidos na comunidade. Os atletas formam um grande círculo correndo em volta dos kuarupes, ao mesmo tempo em que, em gestos e curvaturas, os reverenciam. Disponível em: http://www.portalamazonia.com.br. Acesso em: 29 jun. 2016 (adaptado). Rituais indígenas dizem muito sobre a cultura de suas tribos. Segundo o texto, as tribos do Parque do Xingu, por meio da dança, a celebram seus melhores atletas, observando-os carregarem uma vara que representam os mortos da tribo. b exaltam os extremos da vida, promovendo o culto aos mortos por meio de seus integrantes. c enaltecem a morte, classificando-a como superior à vida e implorando que ela chegue logo. d comemoram a morte de índios perversos, representados por troncos de madeira. e oferecem os recém-nascidos, para que sejam coroados pelos espíritos dos mortos. QUESTÃO 40 O aposento apresentava então um aspecto fantástico: no fundo escuro desenhava-se um círculo esclarecido, envolto por uma névoa espessa. [...] A menina começava a sentir a respiração faltar- lhe; seu seio opresso sufocava-a; e entretanto uma voluptuosidade inexprimível a embriagava; um gozo imenso havia nessa asfixia de perfumes que se condensavam e rarefaziam no ar. Louca, perdida, alucinada, ela ergueu-se, seu seio dilatou-se, e sua boca, entreabrindo-se, colou-se aos lábios frios e gelados de seu amante; era o seu primeiro e último beijo; o seu beijo de noiva. Foi uma agonia lenta, um pesadelo horrível em que a dor lutava com o gozo, em que as sensações tinham um requinte de prazer e de sofrimento ao mesmo tempo; em que a morte, torturando o corpo, vertia na alma eflúvios celestes. [...] Isabel não tinha mais forças [...] deixou cair a cabeça desfalecida, e seus lábios se uniram outra vez num longo beijo, em que essas duas almas irmãs, confundindo-se numa só, voaram ao céu [...] . ALENCAR, J. de. O guarani. O fragmento descreve o suicídio da personagem Isabel depois de saber da morte de seu amado, Álvaro, na obra romântica “O guarani”. O trecho expressa uma construção cultural estereotipada da mulher na literatura brasileira do século XIX, que é a imagem de a indefesa e incapaz, à espera de salvamento. b mulher-anjo, que se sacrifica pelos que a cercam. c sedutora e perigosa, capaz de matar por amor. d adúltera arrependida, que vê na morte a regeneração. e mãe e rainha do lar, digna do louvor da sociedade. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 20 QUESTÃO 41 Grande parte dos acidentes de trânsito acontece em áreas urbanizadas, mas os que ocorrem nas rodovias são os mais trágicos, devido à alta velocidade dos veículos e à imprudências de seus condutores. O cuidado com o trânsito deve ser redobrado em períodos de feriados prolongados, já que o fluxo de veículos nas vias públicas é maior. Em 2010, o feriado da Semana Santa, no Tocantins, foi um dos mais violentos dos últimos anos nas Rodovias Federais, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal. A quantidade de testes de embriaguez efetuados e o número de condutores flagrados sob influência de álcool também foram maiores. Lembre-se de obedecer às leis de trânsito e seguir às normas de segurança. Dirigir com responsabilidade é fazer a escolha certa. É escolher a vida. Disponível em: http://goo.gl/jXclLO. Acesso em: 01 jul. 2015. O texto acima faz parte de uma campanha publicitária que tem como objetivo diminuir o número de acidentes de trânsito. A estratégia utilizada pelo autor baseia-se no uso de a recursos expressivos não verbais, com o objetivo de alertar os motoristas sobre o risco que correm nas estradas. b recursos expressivos verbais, com o objetivo de esclarecer possíveis dúvidas dos motoristas. c recursos expressivos verbais e não verbais, com objetivo de sensibilizar e impactar motoristas sobre riscos de acidentes. d recursos expressivos verbais e não verbais, com o objetivo de criticar as famílias que não transportam as crianças corretamente. e recursos expressivos verbais e não verbais, com o objetivo de provocar medo em famílias que viajam reunidas. QUESTÃO 42 O governo francês informou que a COP21 irá acontecer mesmo após os ataques. No entanto, a marcha em Paris está cancelada. Por isso, precisamos nos unir ainda mais e caminhar por aqueles que não poderão. Em 29 de novembro, um dia antes da conferência sobre o clima mais importante da década, milhares de pessoas ao redor do mundo irão às ruas – e São Paulo não vai ficar fora dessa! Estamos muito próximos da maior mobilização pelo clima que o mundo já viu: será tão grande e inspiradora que ficará registrada na História! Juntos, vamos pressionar os líderes mundiais por um acordo ambicioso, mostrar que nos importamos com o meio ambiente e salvar o planeta das mudanças climáticas. Já temos data, local e razão – agora precisamos que TODO MUNDO participe! Data e hora: 29 de novembro, às 14h. Local: Em frente ao MASP, Avenida Paulista (São Paulo). PORTAL AVAAZ. Participe da Mobilização Mundial pelo Clima em São Paulo. Disponível em: https://secure.avaaz.org. Acesso em: 29 nov. 2015 (adaptado). No ano de 2015 ocorreu em Paris a COP21, conferência internacional que buscava alcançar um novo acordo sobre o clima. Em relação a esse evento, o objetivo do convite era a solicitar a participação na Conferência por meio da exposição de ideais político-partidários. b recrutar pessoas para participarem do evento, justificando a sua relevância a partir de argumentos. c informar sobre a importância da mobilização coletiva em âmbito global e da interação forte entre Brasil e França. d convocar interessados a fazerem parte de uma das conferências sobre o clima mais importantes do mundo. e intimidar os líderes, mostrando que a população de diferentes lugares do mundo está mobilizada para o evento. LC - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 21 QUESTÃO 43 G1 – Como você escolheu a profissão? Olívio Bahia do Sacramento Neto – Não escolhi de primeira. Eu vinha de um curso técnico e trabalhava com medição de terras. Sempre gostei de natureza, de meio ambiente, e resolvi estudar algo que fosse voltado para a área. Analisando a grade curricular, vi algumas disciplinas em meio ambiente e isso acabou me chamando a atenção, apesar de não ser um curso muito divulgado. Estudei na Universidade Federal do Pará. G1 – Que perfil você acha que deve ter alguém que pense em cursar meteorologia? Sacramento Neto – Gostar de matemática, de cálculo. E fazer o que gosta, independentemente da remuneração, porque, às vezes, não é bem remunerado. A área de estudo é muito vasta, tem o meio ambiente, o aquecimento global, que são temas em evidência. E é bom que as portas de todo o mundo estão abertas para quem quer estudar as mudanças climáticas fora. HARNIK, S. Função social da meteorologia é atrativo da carreira, diz profissional. In: Portal G1. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 30 nov. 2015. A entrevista é um gênero textual muito comum nos meios de comunicação. Considerando as funções sociais que esse gênero pode exercer, o texto tem como propósito a recrutar pessoas para trabalhar com meteorologia. b expor o crescimento de uma profissão desconhecida. c informar a opinião do entrevistado sobre sua profissão. d resumir as atividades do dia a dia de um meteorologista.e criticar o não reconhecimento da importância da profissão. QUESTÃO 44 Navio Negreiro Ontem a Serra Leoa, A guerra, a caça ao leão, O sono dormido à toa Sob as tendas d’amplidão! Hoje... o porão negro, fundo, Infecto, apertado, imundo, Tendo a peste por jaguar... E o sono sempre cortado Pelo arranco de um finado, E o baque de um corpo ao mar... Disponível em: https://goo.gl/uuvUPw. Acesso em: 13 set. 2015. O poema Navio Negreiro, escrito pelo poeta romântico Castro Alves, aborda a realidade da escravidão. O excerto acima destacado tematiza a as dificuldades dos negros africanos em se adaptarem ao trabalho escravo nas fazendas de café. b a posição de destaque de determinados países africanos no comércio de venda de escravos, como Serra Leoa e Gana. c o abandono de suas origens e as péssimas condições vivenciadas pelos escravos durante a viagem que os trazia para o Brasil. d os perigos enfrentados durante a viagem de Serra Leoa ao Brasil, como tempestades e pirataria. e a importância dos conflitos tribais em países africanos no processo de aprisionamento de escravos. QUESTÃO 45 O que você faria se dissessem que você só pode dirigir em algumas vias especiais? E que, onde elas não existissem, você não poderia transitar? Para nós, cidadãos que utilizam a bicicleta como meio de transporte, é esse o sentimento ao ouvir que “só será seguro pedalar em São Paulo quando houver ciclovias”, ou que “a bicicleta atrapalha o trânsito” [...]. Não precisamos de ciclovias para pedalar, assim como carros e caminhões não precisam ser separados. O ciclista tem o direito legal de pedalar por praticamente todas as vias, e ainda tem a preferência garantida pelo Código de Trânsito Brasileiro sobre todos os veículos motorizados. Não clamamos por ciclovias, clamamos por respeito [...]. Porém, muitas pessoas não se arriscam a pedalar por medo da atitude violenta de alguns motoristas. Esses motoristas felizmente são minoria, mas uma minoria que assusta e agride. [...] A rua é de todos. A cidade também. BICICLETADA. Manifesto dos invisíveis. Disponível em: http://bicicletada.org. Acesso em: 28 jun. 2015 (adaptado). Os procedimentos argumentativos utilizados no manifesto permitem inferir que ele se dirige a aos moradores da cidade de São Paulo que são contràrios à construção das novas ciclovias. b aos governantes, que deveriam investir mais em espaços exclusivos para ciclistas. c aos motoristas de carros e caminhões que desconhecem o Código de Trânsito Brasileiro. d aos motoristas que desrespeitam os ciclistas que circulam dentro ou fora das ciclovias. e aos ciclistas pertencentes ao mesmo grupo dos manifestantes e que têm medo da violência. CH - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 22 O texto apresenta a complexidade da capoeira, manifestação cultural importante na formação da identidade dos quilombolas. Sobre sua construção histórica, é correto afirmar que a capoeira a possibilitou a manutenção da memória africana e influenciou na formação da identidade afro- brasileira. b consolidou as diferenças socioculturais brasileiras, uma vez que até os dias de hoje é restrita a um grupo social. c trazida pelo povo africano vindo para mão de obra escrava canavieira, manteve suas tradições apenas na Região Nordeste. d apesar de ter sido uma prática proibida para os escravos, com a abolição da escravatura passou a ser aceita pela sociedade. e teve sua prática proibida no passado, o que fez com que fosse esquecida ao longo dos anos. QUESTÃO 48 O exemplo dos filósofos gregos nos deixou uma grande lição: nunca se conformar com as estruturas existentes como se fossem as únicas possíveis. De fato, não houve época em que não tivéssemos filósofos buscando a verdade e combatendo a ignorância, o obscurantismo, a dominação do homem pelo homem, as guerras e outros atos irracionais que infelicitam a humanidade. Filosofar é preciso para participar criativamente da luta pela humanização. CORDI, C. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007. O texto possibilita uma interpretação histórica e cultural que a valoriza o papel da Filosofia nas sociedades. b enfatiza a Filosofia como disciplina teórica. c considera o filosofar resultado da imaginação. d questiona a influência política dos filósofos. e iguala a Filosofia à prática do obscurantismo. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 QUESTÃO 46 O Quadrilátero Ferrífero (QF), uma estrutura geológica cuja forma se assemelha a um quadrado, perfaz uma área de aproximadamente 7 000 km2 e estende-se entre a antiga capital de Minas Gerais, Ouro Preto a sudeste, e Belo Horizonte, a nova capital a noroeste [...]. Além de questões relacionadas ao meio urbano, como falta de tratamento de esgoto em muitas vilas do QF, a maioria dos impactos ao meio ambiente está de alguma forma relacionada com a exploração de recursos, principalmente atividades minerárias, dada a riqueza geológica regional. São observados basicamente dois tipos de impactos, aqueles ditos físicos e os de natureza química. ROESER, H. M. P.; ROESER, P. A. O quadrilátero Ferrífero – MG, Brasil: aspectos sobre sua história, seus recursos minerais e problemas ambientais relacionados. Geonomos, v. 18, n. 1, Belo Horizonte, 2010. Sobre o Quadrilátero Ferrífero, a principal função de seus recursos naturais na produção do espaço geográfico pode ser caracterizada por constituir-se em uma a fonte de matéria-prima para o setor terciário. b base do processo produtivo do setor secundário. c geração de fontes energéticas, utilizadas na produção industrial, concentrada no setor terciário. d geração de tecnologias que possibilitam melhorias na qualidade de vida da população. e subsidiação alimentos para a população brasileira. QUESTÃO 47 Foi realizado no Senado Federal um debate sobre a profissionalização da capoeira, [...] do Projeto de Lei da Câmara 31/2009 [...] que reconhece a capoeira como profissão, na sua manifestação como dança, competição ou luta, considerando o capoeirista um atleta profissional. [...] Para a maioria dos convidados, a proposta em exame [...] reduz uma prática cultural complexa a um esporte, além de impor um modelo de organização federativa sem garantia de transparência, que poderá trazer a exclusão de mestres formados dentro da tradição e que conquistam o título por reconhecimento dos próprios praticantes. A visão predominante é de que regulamentação só será legítima se reconhecer a capoeira como atividade multidimensional – ao mesmo tempo luta, dança e arte – além de fator de socialização, criação de identidade e de transmissão de memória ancestral. Disponível em: http://www.revistacapoeira.com.br. Acesso em: 6 ago. 2014. CH - 1º dia | Caderno 11 - BRANCO - Página 23 QUESTÃO 49 TEXTO I Historicamente, o uso dos recursos e conhecimentos genéticos e dos conhecimentos tradicionais associados tem ocorrido de forma injusta. Os países de origem dos recursos genéticos e as comunidades indígenas e locais, detentoras de conhecimentos tradicionais associados, sequer têm sido consultados pelos que se utilizam desses recursos para obter ganhos econômicos com produtos comerciais, quanto mais recebido qualquer tipo de benefício. Esta apropriação injusta [...] corresponde a biopirataria. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.mma.gov.br/. Acesso em: 6 jul. 2014. TEXTO II Não há consenso para a definição de globalização ou mundialização, no entanto, pode ser considerada como o processo de interligação econômica e cultural, em nível planetário, que ganhou intensidade a partir da década de 1980, em razão do rápido crescimento dos principais centros das sociedades modernas, como os mercados
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