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REGRAS DE HANDBALL 2010

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HISTÓRIA DO HANDBALL NO MUNDO
Homero, na Odisséia, foi quem primeiro citou o handebol; depois foram os romanos; mas a Alemanha é quem iniciou o jogo como se conhece hoje.
A bola é, sem dúvida, um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e que vem cativando o homem há milênios. O jogo de “Urânia” praticado na antiga Grécia, com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos, mas sem balizas, é citado por Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo Cláudio Galero (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, “Hasparton”. Mesmo durante a Idade Média, eram os jogos com bola, praticados como lazer por rapazes e moças. Na França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol (“esprés jouaiant à balle, à la paume”). 
 HANDBALL – HANDEBOL - ANDEBOL 
Metodologia de Aprendizagem
 Para nós a identificação das qualidades físicas do desporto que se inicia é de fundamental importância. 
Sabe-se que mesmo na fase de projeto de ensino seria impossível uma adequação à metodologia de aprendizagem sem o reconhecimento prévio das qualidades físicas necessárias.
Lamentavelmente, vários professores têm omitido em suas aulas de educação física essa identificação inicial, causando implicações indesejáveis ao processo ensino aprendizagem.
Em meados do século passado (1848), o professor dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de Ortrup um jogo denominado “Haaddbold” determinando suas regras. Na mesma época dos tchecos conheciam jogo semelhante denominado “Hazena”. Fala-se também de um jogo similar na Irlanda, e no “Sallon”, do uruguaio Gualberto Valetta, como precursor do handebol. Todavia, o handebol como se joga hoje foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como “Raftball”. Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de Futebol.
O período da primeira Grande Guerra (1915 a 1918) foi decisivo para o desenvolvimento do esporte, quando o professor de ginástica Berlinense Max Heiser criou um jogo ao ar livre derivado do “Torball” para as operárias da Fábrica Siemens, que teve o campo aumentando para as medidas do futebol quando os homens começaram a praticá-lo. Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz reformulou o “Torball”, alterando seu nome para “Handball” para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou a modalidade para a Áustria e Suíça, além da Alemanha. Em 1920 o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou a modalidade como desporto oficial. Cinco anos mais tarde, Alemanha e Áustria fizeram o primeiro jogo internacional, com vitória dos austríacos por 6 a 3. Na reunião de agosto de 1927 do Comitê de Handebol da IAAF foram adotadas as regras alemãs como as oficiais, motivando que na 25ª sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizado no mesmo ano, fosse pedida a inclusão do handebol no programa olímpico. Como crescia o número de países praticantes, o caminho foi a independência da IAAF, o que aconteceu em 4 de agosto de 1928, no Congresso de Amsterdã, quando 11 países escolheram o americano Avery Brudage como membro da Presidência da FIHA.
O COI decidiu, em 1934, que o handebol seria um dos esportes da Olimpíada de Berlim, em 1936, o que realmente aconteceu com a participação de seis dos 26 países então filiados, com a Alemanha vencendo a Áustria no jogo final por 10 a 6, perante cem mil pessoas no Olympia Stadium de Berlim. Dois anos mais tarde, também na Alemanha, foi disputado o primeiro campeonato mundial, tanto no campo (8 participantes) como no salão (4 concorrentes). Tão logo terminou a Guerra Mundial, os dirigentes de handebol reuniram-se em Copenhague e fundaram a atual Federação Internacional, com sede na Suécia, sob a presidência do sueco Costa Bjork. Em 1950, a sede da IHF mudou-se para a Basiléia, na Suíça. Mesmo sem a participação dos alemães, criadores do jogo, os campeonatos mundiais foram reiniciados no campo em 1948 (para homens) e em 1949 (para mulheres).
No salão, já com os alemães, os certames foram reiniciados em 1 954.
O handebol vem realizando a cada quatro anos seus campeonatos mundiais e olímpicos, estes desde 1972 no masculino e desde 1976 no feminino. União Soviética, Iugoslávia, Alemanha Oriental e Ocidental, Suécia, Dinamarca, Hungria, Romênia e Espanha são destaques na Europa. Nos outros continentes a Coreia e Japão (Ásia), Argélia e Tunísia (África), Cuba, Estados Unidos e Brasil (América) têm obtido os melhores resultados em ambos os sexos.
O HANDBALL NO BRASIL
O handebol, até a década de 60, ficou restrito à São Paulo; depois começou a ser praticado em escolas de todo o Brasil.
Em nosso país, o handebol como modalidade de campo foi introduzido em São Paulo por imigrantes, principalmente da colônia alemã, no início da década de 30. O handebol ficou restrito a São Paulo até a década de 60, quando o professor francês Augusto Listello, durante um curso internacional em Santos, apresentou a modalidade a professores de outros estados. Esses professores introduziram o esporte em seus colégios e assim o handebol começou a ser praticado em outros estados. Em 1971, o MEC incluiu o handebol entre as modalidades dos Jogos Estudantis e Jogos Universitários Brasileiros (JEB’s e JUB’s). Com isso, o handebol disseminou-se em todo o território nacional, com vários estados dividindo os títulos nacionais.
Em 1973, a antiga CBD realizou em Niterói o 1º Campeonato Brasileiro Juvenil para ambos os sexos. No ano seguinte, em Fortaleza, iniciou-se a competição para adultos. Em 1980, um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol, foi disputada a 1ª Taça Brasil de Clubes, na cidade de São Paulo, então sede da entidade.
HANDEBOL NOS JOGOS OLÍMPICOS
O Handebol do Brasil debutou em Olimpíada na edição de Barcelona (Espanha-1992), com a Seleção Masculina, quando terminou em 12º lugar. Na Olimpíada de Atlanta (Estados Unidos-1996), a Seleção Masculina ficou em 11º. Nas duas edições, o País herdou a vaga após a desistência de Cuba.
A Seleção Feminina fez história e, pela primeira vez, colocou o Brasil em uma Olimpíada por seus próprios méritos. Com o ouro conquistado nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (Canadá-1999), a equipe se classificou para os Jogos Olímpicos de Sidney (Austrália-2000). 
A edição foi especial e representou um marco para o handebol brasileiro, já que as meninas alcançaram o oitavo lugar e começaram a despertar atenção no cenário mundial. O reconhecimento internacional pelo trabalho desenvolvido pela CBHb trouxe patrocínios e as atletas passaram a ser convidadas para atuar na Europa.
Em 2004, mais uma vez, o Brasil voltou a carimbar o passaporte para os Jogos Olímpicos, dessa vez nos dois naipes, em Atenas (Grécia-2004). Com muito mais estrutura no plano de preparação, os meninos ficaram em décimo lugar e o feminino terminou em sétimo. Para Pequim (China-2008), a história se repetiu, depois que as Seleções conquistaram, de forma invicta, a classificação nos Jogos Desportivos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Na China, a equipe feminina terminou na nona colocação e a masculina em 11º lugar, com um número maior de participantes.
Na edição de Londres-2012, o Brasil confirmou para o mundo que o handebol do País conquistou seu espaço no cenário internacional. Sob o comando do técnico dinamarquês Morten Soubak, a Seleção Feminina fez história. A medalha não veio, mas a equipe verde e amarela conseguiu se classificar para as eliminatórias após garantir o primeiro lugar na fase de grupos, confirmando a melhor campanha da modalidade na história dos Jogos Olímpicos. Ao final da competição na capital britânica, o Brasil encerrou o torneio em sexto lugar, superando a sétima colocação conquistada em Atenas-2004.   
Dados fornecidos pela Confederação Brasileira de Handebol 
Habilidade Motora - A primeira meta a ser alcançada.
O que entendemos por Habilidade Motora e como desenvolver na criança iniciante?
Habilidade Motora é a que tem o indivíduo de combinar a ação de diversos grupos musculares na realização
de um movimento ou sequências de movimentos, com o máximo de eficiência economia e força.
Habilidade na Execução dos Movimentos – Coordenação. 
Entendemos por habilidade motora tudo aquilo que o indivíduo é capaz de executar em termos físicos. Assim sendo, todas as qualidades físicas básicas (força, velocidade, flexibilidade, resistência e coordenação), são fatores constituintes da habilidade motora, mas a coordenação é denominador comum de todos os parâmetros dela.
A coordenação é básica para a execução de todos os movimentos. Ela existe quando as qualidades físicas (força, velocidade, flexibilidade e resistência) se equilibram harmoniosamente na execução de um movimento ou sequências de movimentos.
Podemos obter um maior rendimento quando nossa reserva orgânica for também maior. Por isso há necessidade de uma economia no gasto de oxigênio, que se consegue através de uma melhor coordenação de movimentos.
Habilidade Motora necessária ao Handebol.
Os jogos de correr, saltar e lançar são aplicados na faixa etária entre 9 – 10 anos, com maior grau de dificuldade, visando à socialização e ao desenvolvimento da habilidade motora.
As atividades de correr, saltar, arremessar, trepar, pendurar-se, equilibrar-se, levantar e transportar, puxar, empurrar, saltitar, girar, saltar corda, estimulam a criatividade, concorrem para a manutenção da saúde, favorecem o crescimento, previnem e corrigem os defeitos de atitude e, principalmente, desenvolvem a habilidade motora; psicologicamente socializam e permitem a descarga da agressividade.
O elemento fundamental para o Handebol nesta faixa etária, são indiscutivelmente as formas básicas de ginástica de solo e salto sobre o cavalo. Rolo para frente e para trás, rolo em decúbito ventral (mata borrão), salto de peixe, rolamentos sem a utilização das mãos e alguns saltos sobre o cavalo.
Todo esse trabalho preliminar deve ser realizado racionalmente, com prudência e utilizado em forma de progressão pedagógica.
A Bola
 A bola deve ser do tamanho e peso proporcional à idade e o sexo.
 Para a categoria adulto e juvenil, sexo masculino: a bola deve medir de 58 – 60cm de circunferência e pesar 425 – 475g. Para o sexo feminino e categoria infantil, a bola deve medir 54 – 56 cm de circunferência e pesar 325 – 400g.
 Didaticamente devemos iniciar o trabalho de habilidade com bola (escola da bola, usando uma de tamanho e peso proporcionais, à idade e sexo dos aprendizes (crianças de 8 – 10 anos), procurando sua adaptação com o material e habilitá-los com o seu manejo.
Para se conseguir bons resultados é bom lembrar que de 8 – 10 anos são a idade da grande aprendizagem motora. Os movimentos, portanto, nesta faixa de idade, resultam fáceis quando iniciados com naturalidade, liberdade e espontaneidade. 
Devemos apresentar tarefas a serem realizadas sem inibição , como um desafio implícito, em perguntas:
Quem pode jogar a bola
 para cima e tornar a pega-la?
 de uma mão para outra lateralmente?
mais forte contra o solo, correr e tornar a pegar?
mais alto correr e pega-la?
no centro do alvo?
Quem pode
rolar a bola, correr e tornar a pega-la?
rolar a bola , correr e saltar sobre ela?
rolar a bola lateralmente de uma mão para outra?
Quem pode
bater a bola no solo com a mão direita?
Bater a bola no solo com a mão esquerda?
Bater a bola no solo uma vez com cada mão, alternadamente?
Bater a bola no solo e cada pique segurar a bola com uma só mão?
Obs.: com a palma da mão em pronação; alternadamente, mão esquerda mão direita
4. Quem ... Pode passar a bola a um companheiro
Com a mão direita?
Com a mão esquerda?
Correndo?
Saltando?
O processo sintético – analítico – sintético deve funcionar deve funcionar como metodologia de aprendizagem.
JOGOS DE INICIAÇÃO
Visam sobretudo à iniciação específica no esporte escolhido. São aplicados em campos oficiais ou dimensões reduzidas. Simplicidade na aplicação na aplicação das regras de jogo, devendo as mesmas serem introduzidas progressivamente.
Não se pode esquecer que os jogos devem ser aplicados de forma progressão pedagógica, do mais simples para o mais complexo.
O jogo deve ser livre. O professor esforça-se em dar unicamente as regras essenciais do jogo , entregar a arbitragem aos alunos e supervisioná-los. As dificuldades vão surgir e com ela a necessidade de aprendizagem dos fundamentos do esporte.
RECEPÇÃO
É a maneira, o movimento , a disposição com que se faz o recebimento da bola em movimento.
É o fundamento inicial da aprendizagem do handebol, pois o aluno necessitará saber segurar e dominar a bola, venha ela de qualquer direção. Sua técnica consiste em dominar a bola amortecendo-a suavemente, sem rebatê-la com uma ou ambas as mãos. Os braços são estendidos em sua direção, com ligeira flexão do cotovelo, ao mesmo tempo que as mãos se juntam em concha. Polegar e indicador, apontam um para o outro. Se a bola cair abaixo da cintura a posição das mãos muda em 180º de modo que os dedos apontem para o chão, os dedos mínimos apontados um para o outro. A força da bola é amortecida e esta é trazida para junto do corpo ao primeiro toque.
PASSE
É o fundamento mais importante no handebol. Pela qualidade dos passes se conhece o nível técnico tático de uma equipe.
O passe é clássico (como forma básica): reto acima do ombro, assemelha-se ao movimento do arremesso do dardo (estilo americano).
Configuração do Movimento
1. Elevação do braço a frente, com a bola; cotovelo é elevado acima da linha dos ombros.
2. Ombro do passe em rotação antero posterior.
3. O tronco acompanha a movimentação do ombro.
4. O quadril é simultaneamente levado à frente.
5. Perna esquerda entra em ação como perna de apoio. 
6. A bola é levada para trás da cabeça e se sucede o avanço no sentido posterior anterior passando ao lado da cabeça com aplicação da força dos braços.
PROGRESSÕES COM A BOLA
São técnicas para ganhar espaços, permitidas pelas regras do jogo, que levam os praticantes de acordo com sua capacidade, mais facilmente ao gol.
- Drible
- Ritmo trifásico
- Duplo ritmo trifásico
- Drible - sincronia de bater a bola contra o solo, estando parado ou em movimento, com uma das mãos. Pode-se trocar de mão. Conforme a regra o drible termina quando a bola é segura com uma ou ambas as mãos, ou quando fica pousada na palma da mão. A finalidade do drible é progredir com a bola, é evidente que para realizá-lo temos que atender a um número de princípios gerais:
1º - Corpo curvado para frente, joelhos semiflexionados, (centro de gravidade baixo) cabeça erguida, cotovelos semiflexionados, mãos descontraídas, dedos separados.
2º - Conservar a bola à frente e um pouco ao lado do corpo, empurrando-a (e não batendo) de encontro ao solo, de modo que o movimento seja feito da cintura para baixo.
3º - A bola deve ser empurrada em linha oblíqua para o solo na direção da corrida; a linha será mais oblíqua quanto mais rápido se corra, a fim de que a bola não seja ultrapassada durante a corrida.
Erros a Serem Observados
Bater a bola com a palma das mãos.
Driblar ao lado do corpo.
Conduzir de lado com a palma das mãos.
Olhar a bola ou o piso da quadra.
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
Os alunos se espalham na quadra e driblam com a bola, no mesmo lugar, com a mão direita e em seguida com a mão esquerda. A pressão é dosada e o drible é feito a altura dos quadris. Mantém-se cabeça ereta, para que possa observar o adversário.
Delimita-se uma área, os alunos se espalham-se no seu interior e driblam com a bola, movimentando-se livremente, procurando não dar de encontro com o companheiro.
Idem ao anterior, driblando, protegendo a bola e tentando com a outra roubar a bola dos companheiros.
Duas colunas , frente a frente, a distância de 40m ( ou o comprimento que tiver), atrás da linha de gol. O 1º jogador do outro lado da quadra, entrega-lhe a bola e vai se colocar no final da outra coluna. 
RITMO TRIFÁSICO
Regra de Handebol a sete – Fazer no máximo três passos com a bola na mão,
tendo três seg. para passar ou arremessar.
Para os destros – três passadas, três contatos com o solo: ESQUERDO – DIREITO – ESQUERDO e passa ou arremessa.
Exercícios de aprendizagem para fixação do ritmo trifásico.
1º - Duas colunas frente a frente numa distância de uns 10m.
Execução – dar três passos com a bola na mão (três contatos com o solo:esquerdo – direito esquerdo) e rolar a bola para o companheiro a sua frente indo para outra coluna.
2º - Idem ao anterior – correndo, o aluno da coluna da frente devera sair contra a bola, recebê-la (apoio no pé direito), dar três passadas E – D – E. e rolar para o companheiro
3º - Idem ao anterior, usando passe clássico, acima do ombro.
DUPLO RITMO TRIFÁSICO
Três passos, lançar a bola, deixar tocar no solo e novamente apanhá-la. jogá-la após um máximo de três passos ou três segundos. (TRÊS PASSOS + DRIBLE + TRÊS PASSOS).
Exercícios de aprendizagem para fixação do duplo trifásico.
1º - duas colunas frente a frente a uma distância de 20m.
 Execução – dar três passadas com a bola na mão – E. D. E., bater a bola no solo na quarta passada, D, e novamente três passadas – E. D. E. 
 
 BATIDA
Exemplo: E. D. E. / D / E. D. E = passe ou arremesso
Configuração do Movimento: A batida de bola no solo deve ser exatamente ao mesmo tempo que o contato com o solo do quarto passo.
Não deve acontecer:
a) Batida no solo após o quarto passo com ele, caso em que haverá infração à regra. (máximo três passos).
b)Batida no solo antes do contato quarto passo com ele. A passada com o pé direito passa a ser a primeira do duplo ritmo trifásico que terminará no pé direito, em posição de desequilíbrio.
 BATIDA
Exemplo: E. D. / E / D. E. D.
O mesmo processo didático se presta para três passadas mais drible: pegar a bola, mais três passadas , passar ou arremessar.
OBS.: Ao apanhar a bola na corrida ou no salto, os passos são contados somente quando o segundo pé tiver tocado o solo. 
ARREMESSO
O arremesso é a função principal do jogador no ataque.
Não se deve forçar sua execução, e sim criar a oportunidade, evitando a colocação do adversário entre a bola e o gol. O melhor ângulo de arremesso se consegue sempre através de uma evolução tática e, neste momento, devemos escolher o tipo de arremesso para se obter os melhores resultados. Por essa razão o atacante deve conhecer e saber executar a maior quantidade possível de tipos de arremesso.
A- Arremessos Simples.
B- Arremessos especiais.
1- com apoio no solo (linha do quadril)
2- em suspensão
3-com queda
4-com rolamento
A - Arremesso Simples
A execução do arremesso simples assemelha-se às variações de movimentos do arremesso do dardo.
Elevação do braço à frente do corpo, observando que o cotovelo deve elevar-se acima da linha do ombro; com flexão do cotovelo levando a bola atrás da cabeça, a mão termina em pronação.
Movimentos simultâneos: apoio da perna direita –(segunda passada ritmo trifásico) – lado esquerdo do quadril é levado à frente, ombro do braço do arremesso é levado para trás, devendo a perna esquerda entrar em ação procurando o apoio final (terceira passada ritmo trifásico).
B – Arremessos Especiais
Arremesso na linha do quadril: para o esquerdo a perna direita deverá estar à frente. Para o direito a perna esquerda deverá estar à frente, as pernas semi flexionadas, centro de gravidade baixo, tronco inclinado à lateral esquerda, braço de arremesso atrás do corpo com alavanca invertida à altura do quadril.
Execução: movimentos simultâneos, o quadril é levado à frente, giro violento de tronco acompanhado do movimento lateral do braço no sentido posterior anterior .
Arremesso em suspensão: devemos considerar dois aspectos: distância e altura.
Distância: arremessos das pontas, utilizados na corrida ou quando queremos chegar mais próximos ao gol. (direito, do lado esquerdo e esquerdo do lado direito).
Salto procurando vencer a maior distância possível e assim ampliar o ângulo de arremesso.
Obs.: O salto tem que ser feito no sentido paralelo à linha da área do gol e não no sentido da bissetriz do ângulo formado pela posição do arremessador e traves verticais. Se assim for feito estaremos apenas nos aproximando do gol e nunca ampliando o ângulo de arremesso.
Altura: Utilizando nas proximidades da linha de 9m, por sobre a defesa adversária.
Correção Cinesiológica do Arremesso :
No arremesso em suspensão devemos, obedecer a trajetória do vetor força, iniciando na perna de impulsão, corrigindo-o em seus mínimos detalhes. Um movimento incorreto interromperá o sentido do vetor de força que terá como resultante um arremesso , em desequilíbrio, 40 a 70% mais fraco e sem direção.
As alavancas do corpo deverão ser colocadas em sequência de movimentos de tal forma que, iniciado na planta do pé esquerdo, termine nos dedos da mão direita. 
Para o Direito:
Salto no pé esquerdo – queda no pé esquerdo.
Saltos sobre solo demarcado, banco sueco etc.
Joelho direito não deve ultrapassar perna esquerda
Quadril em posição de equilíbrio.
Tronco à frete rotação para direita.
Braço esquerdo elevado à frente, acompanhando o ombro esquerdo.
Braço direito elevado à frente à frete do tronco, cotovelo acima da linha do ombro.
Flexão do cotovelo levando a mão atrás da cabeça.
Mão direita em pronação atrás da bola.
Objetivos Gerais
Conseguir todas as condições para que as crianças e adolescentes possam praticar o handebol de uma forma saudável, preparadas ao longo prazo, de forma adequada, para todas as suas manifestações e níveis de rendimento.
Garantir um acompanhamento pedagógico orientado para formação da personalidade ( individualidade) destas crianças e adolescentes no clube, através de técnicos e professores devidamente qualificados.
Forçar o treinamento orientado para o desenvolvimento das habilidades no setor infanto-juvenil.
Providenciar para que, durante um longo tempo de treinamento infanto-juvenil, seja considerada ao máximo uma formação motora básica multifacetada.
Não colocar as crianças e os adolescentes precocemente em ‘uma jaqueta tática’, mas sim promover as suas qualidades e habilidade de forma objetiva e consciente.
Evitar problemas de perda da motivação: jovens talentos encerram de perda da motivação por causa de um treinamento precoce altamente especializado.
Certificar-se de que a formação técnico-tática dos jogadores orienta-se na concepção alemã de jogo.(Manual de Handebol:Treinamento de Base para crianças e Adolescentes, org. CAHb, volume 3).
ALGUNS OBJETIVOS MAIS IMPORTANTES SÃO ESCLARECIDOS A SEGUIR:
FORMAÇÃO MOTORA BÁSICA (MOTRICIDADE GERAL) COMO PRINCÍPIO DE DESENVOLVIMENTO ADEQUADO DA ESTRUTURA DO TREINAMENTO.
Uma especialização precoce significa que os jogadores infanto-juvenis podem ser bem-sucedidos em uma determinada faixa etária de forma relativamente rápida.Através disto, pode-se alcançar uma elevação veloz, precoce e acima da média da performance nessas categorias de base. Mas, na maior parte das vezes, ocorre uma queda da performance, tão rápida quanto a ascensão ou mesmo uma estagnação, que é constatada, o mais tardar, durante a fase de transição das categorias juvenil e júnior para a fase adulta.
AS CONSEQUÊNCIAS:
Não será alcançado um desenvolvimento máximo da performance.
Encerramento precoce e, na maioria das vezes, abrupto da carreira esportiva.
Altas taxas de contusões.
Encurtamento da carreira esportiva como um todo.
Portanto, o treinamento nas categorias de base precisa objetivar uma estrutura e uma filosofia de trabalho, de acordo com o desenvolvimento biopsicossocial nestas faixas etárias.
MAS O QUE SIGNIFICA ISTO?
O estado de desenvolvimento individual influencia a organização do treinamento. Por exemplo, o respeito às fases sensíveis, à capacidade do esqueleto infantil de suportar cargas, etc.
A formação
motora multifacetada é a base para elevadas performances motoras no futuro.
Os princípios do treinamento em relação a frequência, volume e intensidade serão desenvolvidos e utilizados de acordo com a faixa etária em questão.
Objetivar o mais alto desenvolvimento da coordenação neuromuscular.
O princípio da multidisciplinaridade tem no treinamento de crianças e adolescentes um papel central, pois a polivalência motora é a base determinante para altas performances posteriores.
Se as diferentes linhas diretrizes de uma formação básica geral são respeitadas durante o treinamento infanto-juvenil pode-se esperar seus efeitos mais tarde na categoria adulta. Assim:
As habilidades motoras complexas também são aprendidas rapidamente;
Evita-se uma formação corporal unilateral, tanto que, via de regra, é baixa a possibilidade de ocorrência de lesões;
3. Um repertório técnico amplo é alcançado na modalidade desportiva especial (aqui o handebol);
4. Uma formação motora básica, multifacetada e variada, contribui de forma decisiva para a estruturação da motivação a longo prazo (diminuição da problemática do drop-out – desistência da prática do esporte);
5. No total, espera-se uma capacidade de performance e uma carreira desportiva mais longa, por causa da formação multilateral;
6. Para o handebol: desenvolvimento da personalidade individual com alta estabilidade psicológica e física durante as competições.
DIRETRIZES DE UMA FORMAÇÃO BÁSICA MULTILATERAL
Jogo livre e criativo (motivação)
Ampla experiência de movimentos
Orientação Pedagógica
Dosificação do esforço/aumento da participação e da competência
Desenvolvimento das capacidades coordenativas
Repertório amplo (talento múltiplo)
Influência sobre o treinamento de alto nível
Repertório técnico amplo.
Desenvolvimento da personalidade.
Estabilidade na competição.
Baixa probabilidade de lesões.
Carreira esportiva mais longa.
Capacidade de rendimento maior.
Como pode um técnico concretizar em seu treinamento estas linhas diretrizes e alcançar os pontos principais de uma formação básica geral e multilateral? Primeiramente, a respeito da questão da divisão de valorização dos conteúdos gerais de treinamento, as etapas de treinamento na categoria infanto-juvenil e a porcentagem do treinamento geral em relação ao treinamento específico de handebol.
A multidisciplinaridade domina, sobretudo, na primeira fase do processo de treinamento a longo prazo (cerca de três quartos do treinamento na formação de base e a metade do tempo no treinamento de base).
Na sequência, o treinamento específico ganha importância, porém o treinamento geral tem ainda um grande significado no treinamento de performance com adultos (profilaxia contra contusões).
No total objetiva-se uma estrutura dosada de treinamento em relação ao conteúdo especial de treinamento do handebol. O objetivo é o desenvolvimento de um potencial de performance grande e estável no período de altas performances. 
Sobre o conteúdo da formação básica motora no treinamento infanto-juvenil temos:
Introdução de várias modalidades esportivas:
O princípio básico da fase 1 – formação geral de base, até 12 anos – é participar diariamente de atividades esportivas em escola, clube ou esporte de lazer não- organizado;
Nos treinamentos de base e intermediário – fases de 2 a 4 – o princípio é praticar de 1 a 2 vezes por semana outros esportes.
Desenvolvimento das capacidades coordenativas:
Exercícios de coordenação específicos em todas as unidades de treinamento das categorias 1 e 2 (ZELEWSKI, SCHUBERT e SZABO , Revista de Treinamento de Handebol, cadernos 3+4/94).
Oferta de um ensino-aprendizagem multidisciplinar e variado:
- Na categoria 1 – até 12 anos – utilizar competições multidisciplinares, esportes de lazer etc.;
No treinamento de base – categoria 2- utilizar um amplo repertório de técnicas específicas do handebol com o objetivo de atingir o aprendizado do movimento de forma grosseira; deixar as crianças”experimentarem” o movimento.
Promoção do jogo livre e criativo:
-Utilizar o repertório dos pequenos jogos de forma objetiva nas categorias 1 e 2;
-Utilizar formas de jogo específicas do handebol, sobretudo nas categorias 3 e 4.
 Portanto, a formação atlética geral tem uma importância maior nas formações de base e intermediária, através dos meios de treinamento como exercícios de fortalecimento e estabilização da musculatura, principalmente os responsáveis pela postura, realizados com o peso do próprio corpo, utilizando pequenos aparelhos e formas básicas do atletismo (correr e saltar).
Estruturação do Treinamento a Longo Prazo
A estruturação do treinamento de performance a longo prazo da formação geral com crianças até o treinamento de performance no desporto de alto nível. Estão divididos:
Níveis (1 – 5);
Idades; 
Categorias de treinamento (formação de base, intermediário ou de formação de performance).
O treinamento de base é fundamental para toda jogo de forma de rendimento do jogo de handebol. Quem quiser jogar handebol orientado para performance precisa ser conduzido a partir do treinamento de base para o intermediário ou de aproximação e, então para o treinamento de performance.
Quem quer praticar o handebol como esporte de lazer precisa, no mínimo, dominar os pontos principais da formação provenientes do treinamento de base para que possa então jogar. Assim, o treinamento de base não corre somente no setor infanto-juvenil. É preciso salientar novamente esse ponto.
No treinamento de base são lançadas as condições para que a criança possa praticar a modalidade de forma saudável e bem preparada em todas as idades.
PERSPECTIVA DE DESENVOLVIMENTO DO JOGO DE HANDEBOL.
AUMENTO DA VELOCIDADE
●
ANTECIPAÇÃO DA SITUAÇÃO
●
JOGO POSICIONAL VARIÁVEL
●
“ALLROUNDER”
JOGO CRIATIVO
A CONCEPÇÃO ALEMÃ DE JOGO COMO PONTO DE PARTIDA E AUXÍLIO ORIENTACIONAL
O ponto de partida e de auxílio orientacional, bem como o apoio para todos os setores da performance do handebol, precisa ter, é claro, uma concepção unificada de jogo alemã. Nesse processo evolutivo devem ser levadas em consideração as perspectivas e as possibilidades de desenvolvimento do jogo de handebol em âmbito internacional. Como é demonstrado na figura do slide anterior, apresenta-se ainda no desenvolvimento do jogo uma grande fonte de crescimento nos terrenos da velocidade da bola e na elevação da velocidade do jogo.Reconhece-se uma tendência na organização dos contra-ataques e um encurtamento do tempo de duração da fase de armação no ataque. 
A variabilidade do ataque no jogo denominado posicional – os jogadores podem agir em várias posições de acordo com a situação – faz com que cada jogador tenha um maior significado. Assim, os jogadores polivalentes são cada vez mais solicitados. Isto é um ponto importantíssimo para o treinamento infanto-juvenil. Se o jogo desenvolver-se nos setores de tática de ataque e defesa de forma flexível e variável, os conceitos de jogos fixos e atrelados – sem a possibilidade de variação e poucas ações criativas – perderão cada vez mais a sua efetividade.
CONSEQUÊNCIA:
Precisamos dar aos nossos jogadores uma infinidade de possibilidades táticas de jogo que:
- Primeiramente os oriente em suas fraquezas e pontos fortes;
-Que deixe terreno preparado para possibilidades de desenvolvimento próprio de ações criativas.
O AUXÍLIO SE ORIENTA EM TRÊS CAMPOS:
Nível de formação individual;
Nível de trabalhos em pequenos grupos;
Nível de tática de conjunto(equipe).
De acordo com a qualidade de cada jogador, o jogo se balança e se encena nos diferentes níveis destes campos. No momento, na Alemanha, pode-se observar uma dominância da tática de conjunto por causa de um déficit na sua formação individual. Observações em cursos de extensão e workshops, para técnicos da categoria infanto-juvenil dos últimos dois anos, demonstram claramente que vários treinadores orientam-se de acordo co a velha
receita de “jogo orientado para a finalização” – jogo “fechado”, orientado em jogadas pré-elaboradas entre o percurso da bola e o jogador, bem como local de finalização preestabelecido – em situações de ataque.
Tal perspectiva não pode ser a medida para o desenvolvimento de uma concepção alemã de jogo. Essa forma de jogo é de fácil previsão e frágil em comparação àquela apresentada por equipes que jogam de forma variada. Naturalmente, não se pode renunciar à tática de equipe (por exemplo, ações de iniciação táticas, preparação através de ataque de grupo e individual).
Medidas táticas grupais de ataque são somente meios auxiliares na forma de um suporte às situações que orientam o rumo para criar o jogo em situação de superioridade numérica.
Os pontos principais precisam ser situações de preparação e de iniciação, com ações sequênciais criativas em pequenos grupos e assim, desenvolver a capacidade de dominar situações (desenvolvimento da capacidade de jogo).
ATAQUE
Situações de sequência do jogo após o início de ações criativas.
Perspectiva: trabalho em pequenas sociedades.
DEFESA
Alta flexibilidade com base em uma transformação básica:
-variações individuais;
-Diferentes formas de jogo(ofensivo, defensivo, antecipativo).
Um jogo ofensivo que leva principalmente a uma situação 1:1 – antigo sistema iugoslavo de jogo – não é realizável na Alemanha por causa de vários motivos como mentalidade, condição técnica etc. Situações de jogo 1:1 forçariam muito mais o chamado handebol força. As perspectivas de sucesso, portanto, mantêm-se com os pequenos jogos criativos em pequenos grupos, com base em situações de ação tática individual. Independentemente disto, a formação do atleta e a sua capacidade técnico/tática individual permanecem como pontos principais, sobretudo para o treinamento de base. É preciso que sejam adquiridas as condições técnicas e táticas individuais necessárias.
A capacidade de o jogador impor-se só poderá ser desenvolvida quando ele dispuser de uma velocidade de passe e ação correspondente, o que demonstra outro ponto principal a ser trabalhado no processo ensino-aprendizagem.
No jogo defensivo, deve-se objetivar uma alta flexibilidade e a adaptação ao adversário, de acordo com a situação, com base em conceitos táticos.
O importante é que cada jogador também atue na defesa e, aqui, não esteja preso a uma ‘jaqueta’ tática; deve saber “jogar com o adversário” (EHRET/SPATE,Treinamento de Handebol 9/93).

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