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Introdução Gestão de suprimentos Compras Processo de identificação, avaliação, negociação e contratação das fontes de fornecimento para produtos necessários para o funcionamento da organização, visando maximizar os resultados dentro de um cenário competitivo. Neves e Hamacher (2004) Estágios no processo de compras • 1. Identificação ou antecipação das necessidades de produtos ou serviços; • 2. Avaliação de potenciais fornecedores; • 3. Seleção de fornecedores; • 4. Solicitação e recebimento dos bens/serviços contratados; • 5. Avaliação e gestão contínua da performance dos fornecedores. COMPRAS ESTRATÉGICAS - Processo que consiste na busca constante de oportunidades para enriquecimento de valor na cadeia de fornecimento, através da identificação do nível de relevância dos itens adquiridos pela organização, do gerenciamento do seu relacionamento com as empresas fornecedoras, da avaliação e aplicação de planos e atividades estratégicas, com o objetivo de conseguir vantagem competitiva. Modelos de Compra estratégicos Modelo de Kraljic, 1983; Ogden, 2003 e Clegg e Montgomery, 2005 Modelo de Ogden Processo de compra estratégico composto de sete passos, cujo objetivo final é a redução do quadro de fornecedores. Processo de Operação e Transformação SAÍDA Material Máquinas Trabalho Gerenciamento Capital Produtos (Bens de Capital ou Serviços) ENTRADA Processo Retorno ou Feedback Gestão de Suprimentos O QUE produzir e comprar QUANTO produzir e comprar QUANDO produzir e comprar COM QUE recursos produzir Terceirização A terceirização ou outsourcing é uma prática que visa à redução de custo e ao aumento da qualidade. “Um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades a terceiros, com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua.” Riscos com a terceirização •A empresa responde por créditos trabalhistas no caso de inadimplência da prestadora do serviço; •O custo de controle dos serviços terceirizados progressivamente torna-se maior; •Queda de qualidade frequentemente é relatada por clientes da empresa; •Risco de se terceirizar setores principais, tais como: TI, financeiro, recursos humanos, assessoria, almoxarifado; •Perda de bons funcionários, devido à rotatividade da mão de obra terceirizada; •Ao longo do tempo a empresa pode se tornar dependente da terceirização em setores como sistema de informática, com padrões incompatíveis com outros; •Decadência do clima organizacional; •Perda da identidade da empresa. Gestão de Estoques Ato de gerir recursos ociosos que possuem valor econômico e que se destinam ao suprimento das necessidades em uma organização. Tipos de Estoques Estoques de matérias-primas (MPs) - Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São os itens iniciais para a produção dos produtos/serviços da empresa. Estoques de material semi-acabado ou em processamento - Os estoques de materiais em processamento - também denominados materiais em vias – são constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa Estoques de Materiais Semi-acabados - Os estoques de materiais semi-acabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo. Estoques de Materiais Acabados ou Componentes Os estoques de materiais acabados - também denominados componentes – referem se a peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. Estoques de produtos acabados (PAS) - Os Estoques de Pas se referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Previsão de demanda Previsão de demanda • O que é? • Porque utilizar? • Tipos e métodos O que é? • Previsão de demanda – É a tarefa de fazer estimativas quanto a demanda em um cenário futuro. • Demanda – O ponto de partida para o gerenciamento de suprimentos é a demanda do consumidor. • Estoque – Os estoques existem para atender a demanda, seja esta externa ou interna a organização. Sistema de previsão de demanda • Conjunto de procedimentos de coleta, tratamento e análise de informações que visa gerar uma estimativa das demandas futuras. Alguns fatores considerados na previsão de demanda • Dados históricos de demanda • Variáveis correlacionadas que expliquem a demanda • Informações que expliquem comportamentos atípicos da demanda Alguns fatores considerados na previsão de demanda • Conhecimento sobre os cenários econômicos. • Informações relevantes sobre a atuação de concorrentes. • Informações sobre decisões da área comercial da organização. Ciclo de vida do produto Vendas tempo Introdução Crescimento Maturidade Declínio Previsão previsão tempo Incertezas das previsões aumentam com o horizonte de tempo quantidade Real Real Atrasos, vendas perdidas e estoques previsão tempo Quantidade Porque utilizar? • A precisão da previsão de demanda é fundamental para o bom gerenciamento do sistema de suprimentos, reduzindo: – Custos – Atrasos – Demandas não atendida. Tipos e métodos • Qualitativos • Análise de Séries Temporais • Causais • Técnicas recentes Tipos e métodos: qualitativos • Método Delphi • Pesquisa de Mercado • Brainstorming Tipos e métodos: Causais • Análise de Regressão • Modelos de Entrada/Saída • Principais Indicadores Tipos e métodos: Técnicas recentes – Redes de neurônios artificiais – Data mining – Lógica nebulosa – Conjuntos aproximativos – Multicritério Análise de Séries Temporais Análise de Séries Temporais Previsão de demanda Análise de Séries Temporais • Série Temporal – Série histórica de dados de demanda. • No planejamento da produção, deve-se: – Prever a quantidade a ser comprada (produzida) de cada item, em cada linha de produção. Tipos e métodos: Análise de Séries Temporais • Média simples (MS) • Média Móvel Simples (MMS) • Média Móvel Dupla (MMD) • Amortecimento Exponencial Simples (AES) • Amortecimento Exponencial Duplo ( Método de Brown) • Amortecimento Exponencial Duplo ( Método de Holt) • Amortecimento Exponencial Triplo ( Método de Winter) • Metodologias de Seleção de Coeficientes de Amortecimento • Média simples (MS) • Média Móvel Simples (MMS) • Média Móvel Dupla (MMD) • Amortecimento Exponencial Simples (AES) • Amortecimento Exponencial Duplo ( Método de Brown) • Amortecimento Exponencial Duplo ( Método de Holt) • Amortecimento Exponencial Triplo ( Método de Winter) • Metodologias de Seleção de Coeficientes de Amortecimento • Uma equação linear possui o seguinte formato: Y = Variável Dependente; a = Intercepto no eixo dos Y; b = Coeficiente angular; X = variável Independente; n = número de períodos observados. Regressão Linear Y a bX 22 XXn YXXYn b a Y b X n Regressão Linear - Exemplo Semana(X) Demanda(Y) X X 2 XY 1 450 1 1 450 2 430 3 5 860 3 470 6 14 1410 4 480 10 30 1920 5 450 15 55 2250 6 500 21 91 3000 7 520 28 140 3640 8 530 36 204 4240 3830 17770 b 8 17770 36 3830 8 204 36 36 4280 336 12 73, a 3830 12 73 36 8 421 46 , , Y = 421,46 + 12,73 X Análise de Séries Temporais • Série Temporal – A previsão para cada item requer projeções rotineiras de dados passados. 2012 1 479 2 431 3 499 4 457 5 557 6 541 7 615 8 633 9 565 10 663 11 589 12 663 Exemplo 1: Série Temporal Ano Mês Demanda 2011 1 593 2 457 3 565 4 419 5 353 6 387 7 393 8 457 9 371 10 475 11 527 12 529 Média Móvel Média Móvel Séries Temporais Séries temporais: Média móvel (MA) • Média móvel Simples ou “Média Móvel” – Obtida pela média aritmética da demanda em um determinado número de meses anteriores: Séries temporais: Média móvel (MA) • MA = [soma das demandas dos últimos n períodos/n] • MAt = [Dt + Dt-1 + Dt-2 + ... Dt-n+1]/n – Dt = Demanda no período t – Dt-0 = Demanda no período t -1 – n = número de períodos considerados • Usualmente: n = 3; 6; ou 12. Previsão pela Média móvel • Previsão (forecasting) – Previsão para o período próximo período é igual a média móvel simples, acumulada até o período atual. Previsão pela Média móvel • Previsão (forecasting) – Previsão (ft) = MAt-1 Exemplo de aplicação: Média móvel • Considere a série histórica apresentada no Exemplo 1. • Qual é a previsão de demanda para o mês de Janeiro de 2013, considerando n = 3 meses? Exemplo de aplicação: Média móvel • Aplicando o método da média móvel: – MAdezembro= [Ddezembro/06 + Dnovembro/06 + Doutubro/06]/3 – MAdezembro= [663 + 589 + 663 ]/3 = 638 unidades Exemplo de aplicação: Média móvel • Previsão para janeiro – fjaneiro = MAdezembro= 638 unidades Exercícios propostos: Média Móvel • Considere a série histórica apresentada no Exemplo 1. • Qual é a previsão de demanda para o mês de Janeiro de 2013, considerando: – n = 6 meses? – n = 12 meses – n = 24 meses? Média Móvel Ponderada Média Móvel Ponderada Séries Temporais Séries Temporais: Média Móvel Ponderada (WMA) • WMA – Média ponderada das demandas dos últimos n períodos Séries Temporais: Média Móvel Ponderada (WMA) • WMA = S Ct Dt – Com: • 0 <= Ct = < 1 • S Ct = 1 – Onde • Ct é um peso atribuído ao período t. • Dt é a demanda do período t. Séries Temporais: Média Móvel Ponderada (WMA) • Previsão (ft) = WMAt-1 Exemplo de aplicação: Média móvel ponderada • Considere a série histórica apresentada no Exemplo 1. • Qual é a previsão de demanda para o mês de Janeiro de 2013? Exemplo de aplicação: Média móvel ponderada • Considere: – n = 3 meses – Cdezembro/12 = 0,5 – Dnovembro/12 = 0,35 – Doutubro/12 = 0,15 Exemplo de aplicação: Média móvel ponderada • Aplicando o método da média móvel ponderada: – MAdezembro/12= [0,5*663 + 0,35*589 +0,15*663 ] = 637 unidades Exemplo de aplicação: Média móvel ponderada • Previsão para janeiro/2013 – fjaneiro = WMAdezembro/12= 637 unidades Observação: Média móvel ponderada • Como são obtidos os pesos? – Arbitrados pelo analista, com base em sua experiência prévia. Exercícios propostos: Média Móvel Ponderada • Considere a série histórica apresentada no Exemplo 1. • Qual é a previsão de demanda para o mês de Janeiro de 2012, considerando: – n = 6 meses? – n = 12 meses – n = 24 meses? • Observação: arbitre os pesos. Questão para reflexão • Qual o efeito de se adotar n =1 na previsão de demanda baseada na média móvel simples • E na previsão pela média móvel ponderada? Qual o efeito de se fazer n = 1? Lote econômico de compra Lote econômico de compra Gestão de suprimentos Lote econômico de compra • Em alguns sistemas de produção, ditos sistemas contínuos, considera-se um lote de reposição com tamanho fixo, o qual é solicitado em um ponto de pedido. Lote econômico de compra • O modelo mais utilizado para determinar o tamanho ótimo do lote é denotado por Lote Econômico de Compra (LEC) - economic order quantity (EOQ). Lote econômico de compra • A modelagem do LEC busca encontrar o tamanho do lote de reposição que minimiza os custo totais envolvidos na aquisição e estocagem. Lote econômico de compra • Existem diversas variações/evoluções do modelo do lote econômico de compra. Neste texto apresentam-se o modelo básico e variações do mesmo. Lote econômico de compra • Modelos para definição do tamanho ótimo do lote de compra, baseados na minimização de custos – Modelo Básico – Modelo com reposição parcelada – Modelo com entrega atrasada • Avanços recentes – modelo baseado em programação matemática Custos considerados na modelagem do LEC Lote econômico de compra Lote econômico de compra Custos na modelagem de estoques • Existem três tipos de custos básicos no âmbito da modelagem de estoques: – Custos de armazenamento – Custos de compra ou aquisição ou pedido – Custos de “shortages” ou entregas atrasadas. Custos de armazenamento • São custos para manter os itens em estoques. • Para um determinado item, estes custos variam com o nível de estoques e com o tempo de estocagem. Custos de armazenamento • Custos de armazenamento incluem custos com: – Aluguel – Aquecimento – Refrigeração – Segurança – Iluminação – Movimentação – Depreciação – Obsolescência – Deterioração, dentre outros. Custos de aquisição ou compra • São os custos associados à reposição do estoque. • Estes custos são normalmente expressos em unidades monetárias ($) por pedido, independendo do tamanho do pedido. Custos de aquisição ou compra • Estes custos aumentam cada vez que um pedido é feito.Ou seja: os custos de compra aumentam com o número de pedidos. Custos de aquisição ou compra • Em geral custos de compra são inversamente associados aos custos de armazenamento. Ou seja: quando os custos de armazenamento aumentam, os custos de compra diminuem. Custo de aquisição + custo de armazenamento Custo com as manutenção do lote em estoque Custo do processo de compra Soma dos custos de aquisição e de armazenamento $ Q (tamanho do lote) Custo por não serviço (Shortage costs ou stockout costs) • Ocorre quando a demanda do consumidor não pode ser atendida devido a estoque insuficiente. Custo por não serviço (Shortage costs ou stockout costs) • Se a falta de itens ampliar em perda permanente de vendas, estes custos devem ser considerados como perda de lucro pela organização. Custo por não serviço (Shortage costs ou stockout costs) • O não serviço pode causar insatisfação do consumidor e a perda de reputação pela organização, que pode perder definitivamente o consumidor. Custo por não serviço (Shortage costs ou stockout costs) • No caso de consumidores internos, a falta do item pode ocasionar a paralisação do sistema de produção contabilizando ummaior custo de produção. Custo por não serviço (Shortage costs ou stockout costs) • Vale registrar a dificuldade de se contabilizar os custos com vendas perdidas, que, usualmente, são contabilizados de forma subjetiva. Modelo básico ou simplificado Lote econômico de compra: Básico Lote econômico de compra EOQ: Modelo simplificado • O modelo básico considera custos de armazenamento e de aquisição. Custo de armazenamento em estoque Custo do processo de compra Custos de aquisição + armazenamento $ Q EOQ: Modelo simplificado • Hipóteses 1 e 2: 1. A demanda é conhecida, determinada e constante. 2. Faltas de itens em estoque (Não serviço) não é admitida. EOQ: Modelo simplificado • Hipóteses 3 e 4: 3. O prazo de entrega é constante e conhecido. 4. O lote é recebido em uma única entrega (não há parcelamento na entrega do lote). EOQ: Modelo simplificado • Estas hipóteses estão representadas na transparência a seguir, que busca ilustrar o ciclo de pedido em um sistema contínuo. EOQ: Modelo simplificado Reposição do lote Consumo do lote T Q Tamanho do lote EOQ: Modelo simplificado • Um lote Q é recebido e consumido a uma taxa constante. O estoque diminui até um ponto de pedido R, ponto este no qual é emitida a ordem de reposição. O lote solicitado é entregue em uma única entrega após um prazo de entrega. Este ciclo é repetido continuamente. EOQ: Modelo simplificado • O lote econômico é a quantidade que minimiza os custos de estocagem. – Para o modelo básico: Custos com pedido + Custos com a manutenção armazenamento EOQ: Modelo simplificado • Considerando que estes dois custos tem comportamentos inversamente associados, o lote econômico busca uma solução de compromisso entre estes custos. EOQ: Modelo simplificado Custo de armazenamento em estoque Custos de aquisição + armazenamento $ Q Q* = lote ótimo EOQ: Modelo simplificado • Demanda = constante = D • Custo por pedido = Constante = Cp – Não inclui o valor do item – É o custo com o “processamento” do pedido • Licitação • Tomada de preço, .... EOQ: Modelo simplificado • Custo de armazenagem = Constante = Ca – Custo para manutenção do item estoque • Aluguel • Segurança • Condicionamento do ambiente, ... EOQ: Modelo simplificado • Tamanho do lote = Q – Parâmetro a ser otimizado EOQ: Modelo simplificado • Reposição “instantânea” – Não há entrega parcelada – O lote Q é entregue em uma única vez. EOQ: Modelo simplificado • Prazo de reposição – Constante e conhecido. EOQ: Modelo simplificado • Custo Total = Custo de pedido + custo de armazenagem • Ct = Cp + Ca EOQ: Modelo simplificado Ponto de pedido Tamanho do lote Taxa de demanda Prazo de entrega T Q EOQ: Modelo simplificado Estoque médio = [Estoque máximo – estoque mínimo] /2 = Q/2 Quantidade máxima de estoque Estoque mínimo = 0 T Q EOQ: Modelo simplificado • O custo com aquisição ou pedido (CAP) é obtido pelo produto entre o custo por pedido (Cp) e o número de pedidos no horizonte de tempo de planejamento (em geral: 1 ano). EOQ: Modelo simplificado • Observação: Cuidado especial deve-se otimizar na decisão do horizonte de planejamento para produtos com alta velocidade de obsolescência. EOQ: Modelo simplificado • CAP = Custo por pedido . Quantidade de pedidos • CAP = Cp . [D/Q] – Onde • D = demanda no horizonte de tempo do planejamento. • Q = tamanho do lote EOQ: Modelo simplificado • Cp e D são parâmetros constantes (na modelagem pelo modelo básico ou simplificado). • Assim os custos de aquisição dependem unicamente do tamanho do lote e reduzem quando este aumenta. EOQ: Modelo simplificado $ Q Custo com processamento de pedidos ao longo do horizonte de planejamento EOQ: Modelo simplificado • Custo total de estocagem – CTA = Custo unitário de armazenagem. Estoque médio – CTA = Ca . [Q/2] Q $ Custo de armazenagem EOQ: Modelo simplificado • Custo total (CT) – CT = Cp . [D/Q] + Ca . [Q/2] EOQ: Modelo simplificado • Lote ótimo: – Deriva-se o a função custo total em relação a variável Q – Iguala-se esta derivada a zero – O valor de Q que anula esta derivada é o Lote ótimo. EOQ: Modelo simplificado Q* = [Cp.(D/Ca)](1/2) EOQ: Modelo simplificado Modelo Simplificado Q* = [Cp*(2D/Ca)] (1/2) Exercício • A empresa EPC Maker fabrica equipamentos eletrônicos para uso em operação de plataformas de exploração de petróleo. Esta empresa gostaria de reduzir seus custos de inventário determinando do lote de “chips’ XYZ que ela deve adquirir em cada pedido. • A EPC Maker tem uma demanda anual contratada de produtos que implica em uma demanda anla de 5.000 chips XYZ. • O custo por processo de aquisição é de R$ 100,00 por compra. • O custo de armazenamento é de R$ 2,00 por unidade por ano. Exercício • Qual é o tamanho do lote do produto XYZ que minimiza os custos de inventário da empresa EPC Maker com este produto. Exercício • Se adotar este tamanho de lote, qual é o número de pedidos . • Qual é o prazo (número de dias) esperado entre a emissão dos pedidos? • Qual é o custo total com inventário de XYZ da companhia EPC Maker? Exercício MRP - MRP II MRP Definição: MRP, sigla que representa a expressão “Material Requirements Planning” (Planejamento das Necessidades de Material) auxilia as empresas a planejar e controlar suas necessidades de recursos com o apoio de sistemas de informação. MRP Objetivos: produzir e comprar apenas o necessário e no momento correto; reduzir e controlar os níveis de estoques; conciliar a entrega de componentes com o processo produtivo; estoques: encomendar a peça certa, na quantidade correta e na hora certa prioridades: encomendar com data certa e manter a data válida capacidade: planejar para uma carga completa, acurada e com antecedência MRP Benefícios: tempo ocioso reduzido custos de set up reduzidos maior flexibilidade para mudar o PMP – Plano Mestre da Produção respostas rápidas às demandas de mercado melhor serviço a clientes níveis de estoques mais baixos atrasa ou cancela pedidos altera as quantidades de pedidos adianta ou atrasa a entrega de pedidos ajuda a planejar a capacidade MRP Fornecimento de produtos e serviços Consumidores da operação produtiva Demanda de produtos e serviços Recursos da Produção M R P Decisão de quantidade e momento do fluxo de materiais em condições de demanda Quais as informações necessárias para o MRP? MRP - Planejamento das necessidades de materiais Carteira de pedidos Ordens de compra Estrutura do produto Programa mestre de produção Previsão de vendas Ordens de trabalho Registros de estoque 1) Gestão da demanda Dentre as informações necessárias ao MRP, gestão da carteira de pedidos e da previsão de vendas é denominada unicamente comogestão da demanda. Engloba conjunto de processos que fazem a interface da empresa com seu mercado consumidor. A área comercial gerencia uma carteira de pedidos confirmados dos clientes. Estes pedidos possuem várias informações, porém ao MRP interessam: data de entrega, quantidade e tipo de produto desejado. Os pedidos representam um comprometimento contratual por parte do cliente. Entretanto, dependendo do negócio em que a empresa esteja, os pedidos podem sofrer variações. MRP Cabe as empresas decidirem o grau de flexibilidade permitido ao clientes e como eles deverão arcar com as conseqüências das mudanças solicitadas. A medida que o período previsto aproxima-se do período real, as previsões são substituídas pelo pedidos confirmados dos clientes. MRP 2) Plano mestre de produção (PMP) O PMP é constituído de registros com escala de tempo que contém, para cada produto final, as informações de demanda e estoque disponível atual. Usando esta informação, o volume de produção e o estoque são projetados no tempo. Quando não há estoque suficiente, são avaliadas alternativas de produção para satisfazer a demanda futura. MRP 3) Estrutura do produto (Lista de materiais) MRP precisa verificar os componentes ou ingredientes de cada item a ser fabricado. A estrutura do produto mostra quais e quantos itens são necessários para fabricar ou montar o produto final. Características importantes da estrutura do produto: identificar quantidades múltiplas; reconhecer que um mesmo item pode ser utilizado em várias partes do produto, somando as necessidades; interromper quando chega aos itens que são comprados; MRP 4) Registros de estoques O MRP deve reconhecer que a necessidade bruta gerada pela PMP e explodida na estrutura do produto, pode já fazer parte do estoque. Este estoque pode estar na forma de produtos finais, estoque em processo ou matérias-primas. É necessário fazer esta verificação para calcular a necessidade líquida de cada item. São necessários três informações principais: lista de itens: desenhos, códigos, descrição, etc; lista de transações: entradas e saídas do estoque; localização do estoque: armazém próprio, fornecedor, etc. MRP MRP 5) Ordem de compra / Ordem de fabricação Calculado a necessidade líquida, o próximo passo é verificar o lead-time (tempo entre o pedido de compra e a entrega), e emitir as ordens de compra e de fabricação. Dependendo do componente, o tamanho do lote de reposição pode ser: - fixo: lote econômico - lote a lote: de acordo com a necessidade líquida - período fixo: projetado para atender determinado número de períodos Lapiseira P207 Corpo externo 207 Plástico ABS Corante azul Presilha de bolso Miolo 207 Corpo da ponteira Guia da ponteira Tampa Tira .1 mm Borracha Capa da borracha Grafite 0.7 mm Miolo interno 207 Tira .1 mm Mola Garras Corpo do miolo Suporte da garra Capa da garra Plástico ABS Corante preto Fio de borracha 10g 7g .01g .05g 4x 3x 2 cm 2g 2g Itens pais, itens filhos e estrutura de produto M io loC o rp o d o m io lo G rafite (4 ) B o rrach a C apa d a b orracha F io de b orracha (2cm ) T ira .1 m m (2g ) M io lo in tern o P lástico A B S (7g ) C o rante p re to (.05g ) M o la G arra (3 ) S u po rte d a g arra C apa d a g arra L T = 1 L T = 2 L T = 3 L T = 1 L T = 1 L T = 1 L T = 1 L T = 1 L T = 3 L T = 1 L T = 1 L T = 2 L T = 2 O C co ran te 0 ,05 kg O P m io lo 1000 O P lap ise ira 1000 O P b o rrach a 1000 O P cap a 1000 O P m io lo in t. 1000 O C fio 20 m O C tira 2 kg O C g rafite 4000 O C m o la 1000 O C g arra 3000 O P co rp o 1000 O C su p o rte 1000 O C cap a da g a rra 1000 O C A B S 7 kg L T = 2 201918171615141312 L T = 1 L T = 1 T ira .1 m m (2g ) T am p a 21 C o rante azu l (.01g ) L T = 2 L T = 1 L T = 1 L T = 2P lástico A B S (10g ) L T = 2 L T = 1 L ap ise ira C o rp o externo C o rp o p o nte ira G uia p on t P res ilha O C tam p a 1000 O C co rp o 1000 O P g u ia 1000 O C p res ilh a 1000 L T = 1 P ed id o lap ise ira 1000 O C A B S 10 kg O C co ran te 0 ,01 kg O C tira 2 kg Incluindo a consideração dos lead-times Registro básico do MRP Lote=1 LT = 3 ES 200 Períodos Necessidades brutas Recebimentos program Estoque projetado Recebimento ordens plan liberação ordens planej 1 2 3 4 5 6 7 8 380 100 230 400 380 600 280 380 380 200 0 250 380 Miolo interno (mínimo) HOJE 0 0 0 600 250 380 600 100 Lote 1 LT 3 ES 200 Períodos Necessidades brutas Recebimento programado Estoque projetado Recebimento ordens plan Liberação ordens planej 1 2 3 4 5 6 7 8 380 100 230 400 380 600 280 380 380 200 200 Miolo interno (mínimo) HOJE 400 380 600 100 50 400 380 600 50 200 200 200 MRP II A necessidade da inclusão do cálculo de necessidades de capacidade no sistema MRP gerou um novo sistema denominado MRP II - Manufacturing Resources Planning. Além da necessidade de materiais, o MRP II preocupa-se em planejar como efetuar a produção e quais os recursos necessários. MRP II Carteira de pedidos Ordens de compra Estrutura do produto Previsão de vendas Ordens de trabalho Registros de estoque S&OP RCCP Compras SFC MPS Programa mestre de produção MRP - Planejamento das necessidades de materiais CRP MRP II S&OP – Sales and Operation Planning (Planejamento de vendas e operações): processo de planejamento que procura identificar como a visão de determinado horizonte futuro influencia os objetivos da em empresa. Caracterizado por revisões mensais e contínuos ajustes dos planos da empresa à luz das flutuações de mercado, disponibilidade de recursos internos e do suprimento de materiais e serviços externos. Objetivos: Suportar o planejamento estratégico do negócio Garantir que os planos de vendas sejam realísticos Gerenciar os estoques de produtos finais e a carteira de pedidos de forma a garantir o nível de serviço a clientes MRP II MPS - Master Production Schedule (Programa Mestre da Produção) - responsável por elaborar o plano de produção de produtos finais, item a item, período a período. As principais informações necessárias ao MPS são: * posição dos estoques * previsão de vendas * carteira de pedidos RCCP – Rough cut capacity planning (Planejamento de capacidade agregada: denominado cálculo de capacidade de recursos críticos, tem o objetivo apoiar o plano mestre de produção. MRP II CRP – Capacity requirement planning (Planejamento das Necessidades das Capacidades) : processo que utiliza as informações de centros produtivos, roteiros e tempos para calcular a necessidade de capacidade do processo produtivo. Evidencia ociosidade ou estouro de capacidade do processo produtivo, fundamental para tomada de decisãode antecipar ou atrasar pedidos, necessidade de recursos de produção, etc. SFC - Shop floor control (Controle de Chão de Fábrica) responsável pelo sequenciamento das ordens, por centro de produção, dentro de um período de planejamento. Compras - responsável pelas ordens de compras de materiais. Faz a interface entre o planejamento e os fornecedores. MRP Críticas ao MRP/MRP II: tratar o lead time como estático divergências entre informações cadastradas na lista de materiais e sequência de montagem de componentes divergências encontradas na apuração do estoque necessidade de análise dinâmica dos dados Classificação ABC de itens em estoque Classificação ABC de itens em estoque Gestão de suprimentos Classificação ABC • “Lei de Pareto” 1897 - Vilfredo Pareto - Italiano – 80% da renda estava com 20% da população Classificação ABC • O sistema ABC classifica itens em estoque de acordo com o valor monetário dos mesmos. • Em geral uma empresa mantém muitos itens em esqoque. • No entanto, apenas uma parcela destes é responsávelperla maior parte do valor do estoque. Gerenciamento de Suprimentos Classificação ABC • Método de classificação de itens em estoque, de acordo com o seu valor monetário. Classificação ABC • Classe A: – ~5 a 15 % dos itens => ~ 80 % do valor estocado. Classificação ABC • Classe B: – ~ 30 % dos itens => ~15 % do valor estocado. Classificação ABC – Classe C: • ~ 50 a 60 % dos itens => ~5 a 10 % do valor estocado. Classificação ABC • Classes diferentes demanda diferensts tipos de controle – Classe A: controle mais rígido – Classe B: Controle intermediário – Classe C: Controle menos rígido Classificação ABC • Variações do sistema ABC: – Número de classes diferente de 3 – Classificação pelo volume ocupado – Classificação pela criticidade – Classificação multicritério
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