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Apocalipse

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Prévia do material em texto

ESCATOLOGIA 
 
EM 
 
APOCALIPSE 
 
 
APRESENTAÇÃO DO 
MATERIAL 
 
 
O material aqui presente tem como objetivo introduzir a aprendizagem dos discentes, 
anexando conteúdos livres no material, para enriquecimento dos mesmos. 
 
O conteúdo aqui apresentado possui dados legais, não dispondo, assim, de autor ou 
autores próprios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A Bíblia é um livro que deve ser estudado com a mente aberta e o coração puro e 
receptivo. O Apocalipse é um livro que utiliza muitos símbolos, porém, todos eles são 
explicados pela própria palavra de Deus. Para compreender o Apocalipse, é preciso ter 
em mente que ele é um resumo de toda Bíblia. Portanto, para entendê-lo é preciso 
consultar o Velho Testamento, inclusive o livro profético de Daniel e o restante do Novo 
Testamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
 
Sumário 
APOCALIPSE CAPÍTULO 1 ..................................................................................................................... 5 
APOCALIPSE CAPÍTULO 2 ................................................................................................................... 11 
APOCALIPSE CAPÍTULO 3 ................................................................................................................... 21 
APOCALIPSE CAPÍTULO 4 ................................................................................................................... 28 
APOCALIPSE CAPÍTULO 5 ................................................................................................................... 32 
APOCALIPSE CAPÍTULO 6 ................................................................................................................... 37 
APOCALIPSE CAPÍTULO 7 ................................................................................................................... 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
5 
 
 
CAPÍTULO 1 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 1 
 
 
Eis aqui uma pequena tabela de conversão dos símbolos usados no Apocalipse. 
Toda vez que você ler os seguintes símbolos: Entenda-se: 
Animal = Rei ou Reino - Daniel 7:17, 17 e 23 
Mulher = Igreja - Efésios 5:23 e 32 
Água = Povos - Apocalipse 17:15 
1 Dia = 1 ano - Ezequiel 4:6 e 7. Números 14:34 
Ventos = Guerras - Jeremias 51:1-5 
Chifres = Poder, Rei ou Reino - Apocalipse 17:12. Daniel 8:21 e 22/ 7:14 
Tempos = Anos - Daniel 11:13 
Dragão = Diabo - Apocalipse 12:9 
Cordeiro = Jesus Cristo - João 1:29 
Cauda = Falso Profeta - Isaías 9:15 
Estrelas = Mensageiros - Apocalipse 12:4 (anjos) Daniel 12:3 (pregadores) 
Apocalipse = Revelação - Apocalipse 1:1 
Apocalipse 1: 1-3: "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar 
aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e 
as notificou a João Seu servo. O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de 
Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem 
as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo 
está próximo". 
Revelação de quem? Deus deu 
a Jesus Cristo uma revelação. O Senhor 
então entregou a mensagem ao anjo 
Gabriel e este notificou ao servo João. 
Esta foi a ordem seguida. 
 
 
 
Para quem? Seus servos. O que é um servo? É alguém que serve a um Senhor.
6 
 
 
Gostaria de enfatizar a importância desta passagem. O próprio Deus deu a 
revelação para Jesus para que, através de Gabriel, chegasse a João, o qual foi escolhido 
para transmitir a mensagem a mim e a você. 
Fica claro, portanto, que esta mensagem é para uma categoria especial de 
pessoas. São elas, os servos de Deus. Portanto, não importa se você é rico ou pobre, se é 
ignorante no assunto, culto, inteligente. Você não terá dificuldade em compreender este 
livro, se realmente tiver um coração receptivo e for um servo de Deus. A Revelação é 
para você. 
Revelação sobre o quê? João foi escolhido por Deus para mostrar aos seus servos 
as coisas que brevemente devem acontecer. 
Apoc. 1:2: "O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus 
Cristo, e de tudo o que tem visto". Esta passagem confirma porque João, com 85 anos de 
idade, foi escolhido para escrever o livro. Ele escreveu sobre tudo aquilo que viu. 
Apoc. 1:3: "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta 
profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo". Creio 
que esta seja uma das poucas, senão a única passagem bíblica em que é oferecida uma 
benção tríplice. Os versos também mostram que existem três estágios espirituais para todo 
o servo que queira conhecer as revelações de Apocalipse. 
Primeiro nível: "Aqueles que lêem": São os servos que lêem a palavra, a 
conhecem, dedicam tempo para seu estudo; 
Segundo nível: "Aqueles que ouvem": São os servos que se permitem ficar em 
silêncio para ouvir a voz de Deus falar ao seu coração; 
Terceiro nível: "Aqueles que guardam": São os que já leram, já ouviram e agora 
praticam em suas próprias vidas todas as verdades bíblicas. 
Apoc. 1: 4-6: "João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco 
da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante 
do seu trono. E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os 
mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em Seu sangue nos lavou 
dos nossos pecados. E nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder 
para todo o sempre. Amém". 
Confirmação da Santa Trindade Divina saudando o povo de Deus. Quem são os 
sete espíritos que estão diante do trono? Sabemos que o número sete na Bíblia representa 
a perfeição divina, a plenitude. Aqui o sete é usado de maneira simbólica. 
Sete = Número simbólico que representa a perfeição. 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
7 
 
 
Espíritos = Espírito Santo de Deus. 
O verso declara Jesus como o primogênito dentre os mortos. A referência é para 
afirmar que Jesus foi a pessoa mais importante que já experimentou a morte. 
Apoc. 1:7: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que 
o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém". Neste 
texto, temos a primeira promessa em Apocalipse sobre a volta de Jesus. Temos, também, 
a referência de como será sua vinda. 
 
 
Essa passagem traz a afirmação de que todas as pessoas que estiverem vivas O 
verão. Também ressuscitarão no dia da volta do Senhor, aqueles que o traspassaram 
(todos que tiveram participação direta ou indiretamente em sua morte). Os mortos em 
Cristo também se levantarão dos túmulos para presenciar sua volta. 
Apoc. 1:8: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e 
que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso". Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, 
ômega a última. Isso quer dizer que Deus se intitulou como sendo o início e o fim de tudo. 
Que promessa maravilhosa Deus faz aqui, que esperança é saber que, por maior que sejam 
os problemas pelos quais passamos ou vamos enfrentar, eles têm uma data certa para 
acabar! 
Apoc. 1:9: "Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e 
no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra 
de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo". 
João confessa que é nosso irmão, que foi como um de nós, cheio de problemase provações. Aliás, ele estava preso e isolado, aos 85 anos de idade, na ilha de Patmos 
justamente por causa da palavra de Deus. Ele que andava com Jesus, chamado de apóstolo 
amado, não foi poupado das injustiças deste mundo. Muitos acreditam que seguir a Jesus 
é assinar uma apólice de seguro, porém aqui fica claro que mesmo João, o discípulo 
amado, foi alvo de injustiças e provações. Porém, ele seguiu em frente, olhando para o 
alto, pois sabia que havia de cumprir o propósito pelo qual foi criado. 
Apoc. 1: 10: "João diz: Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi 
detrás de mim uma grande voz, como de trombeta". 
A real explicação para esta afirmação é que, no momento da revelação, o Espírito 
Santo de Deus levou a mente de João para um estado onde pudesse compreender a visão 
e a mensagem que iria receber. Sua alma não saiu do seu corpo e foi para algum lugar do 
além. Não. A Bíblia é enfática em afirmar que a vida não existe se corpo e alma não 
 
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8 
 
 
estiverem juntos. Mas o Espírito Santo impressionou a mente de João, afim de que 
pudesse ver. 
João disse que sua visão foi "no dia do Senhor". Eis apenas algumas das diversas 
passagens bíblicas que afirmam que dia é esse: 
Isaías 58: 12 a 14: "E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e 
levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, 
e restaurador de veredas para morar. Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua 
vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno 
de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua 
própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras. Então te deleitarás no Senhor, e te 
farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; 
porque a boca do Senhor o disse". 
Êxodo 20: 10 e 11: "Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás 
nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, 
nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis 
dias fez o Senhor, os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; 
portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou". 
Lucas 4:16: "Chegando a Nazaré, onde fora criado; entrou na sinagoga no dia de 
sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler". Enquanto Cristo viveu na Terra, 
guardou e santificou o sábado, o único dia da semana que recebe este selo especial da 
aprovação divina: "Dia do Senhor". 
Apoc. 1: 10 a 14: "E ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta. 
Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o 
num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, 
e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. E virei-me para ver quem falava 
comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; E no meio dos sete castiçais um 
semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido 
pelos peitos com um cinto de ouro". 
João viveu com Jesus durante anos. Tinha um íntimo relacionamento com o 
Senhor. Por que então o verso cita que ele precisou se virar para trás para ver quem falava 
com ele? 
Jesus esteve na terra como um homem, assim como João. Ele não O reconheceu 
porque a voz de Jesus mudou. Jesus apareceu a João glorificado, como o próprio Deus. 
Com uma voz cheia de poder. 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
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Que sete igrejas são estas? Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a 
Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia representam os períodos e fases das igrejas de Deus 
na terra, desde a crucificação de Jesus e a morte dos apóstolos. 
O que eram os sete castiçais de ouro? Símbolo usado para descrever as sete 
igrejas. Apoc. 1:20 - O mistério dos sete castiçais de ouro que viste, são as sete igrejas. 
O texto trata da primeira revelação que João teve. E sua tradução é a seguinte: 
João ouviu Jesus falando com ele, afirmando ser o início e o fim. Jesus deu ordem para 
que João escrevesse tudo aquilo que visse e então mandasse para as sete igrejas, ou seja, 
para todos os períodos da igreja de Deus na Terra. 
João disse que ao se virar, viu sete castiçais de ouro, ou seja, as sete igrejas. E, 
no meio desses períodos, um em especial que refletia o caráter de Jesus Cristo. 
Apoc. 1:13 a 15: "No meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, 
vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. 
E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como 
chama de fogo. E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido 
refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas". 
As vestes usadas por Jesus eram as mesmas que os sacerdotes do Antigo 
Testamento usavam quando estavam oficiando no santuário. O relato da descrição das 
roupas deixa claro que, assim como existia um santuário terrestre, existe também o 
celestial, no qual Jesus está ministrando como sacerdote. 
 
 
Voz de muitas águas = voz como de grande multidão. 
Apoc. 1: 16: "E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda 
espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece". 
Sete estrelas = Apoc. 1:20: "O mistério das sete estrelas, que viste na minha 
destra são os anjos das sete igrejas. Mensageiros das Igrejas. O recado aqui é para os 
dirigentes de Igrejas quanto à responsabilidade de pregar a palavra de Deus: a Verdade. 
Jesus tem em Sua mão direita os mensageiros da Sua palavra e os sustenta com 
ela. 
O que é a espada aguda de dois fios que saía da boca de Jesus? Hebreus 4:12: 
"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de 
dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta 
para discernir os pensamentos e intenções do coração" 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
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Logo, o significado do verso é o seguinte: Jesus sustenta em Sua mão direita os 
mensageiros de Sua Palavra, de Sua boca sai toda Palavra de Deus - tão penetrante que, 
quando temos um coração receptivo, entra no íntimo da nossa mente e é capaz de mudar 
as intenções do coração. 
Apoc. 1: 17 e 18: "E eu, quando vi, caí a Seus pés como morto; e Ele pôs sobre 
mim a Sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último. E o que vivo e 
fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte 
e do inferno". 
Todo e qualquer ser humano no estado de pecador, não pode ver a Deus. Com 
João não foi diferente. Não conseguia enxergar a glória de Deus e então desmaiou. Mas 
Jesus o levantou com Sua mão direita e disse-lhe: "Não temas, Eu sou o primeiro e o 
último". Jesus também se refere como aquele que morreu, mas que hoje está vivo para 
todo o sempre. Jesus é o único que tem a chave da morte e das sepulturas, só Ele pode 
dar vida aos mortos. 
Apoc. 1: 19: "Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois 
destas hão de acontecer". 
Jesus chama a atenção de João para que ele continue escrevendo tudo que diante 
dele tem se revelado, pois é chegada a hora de mostrar a todos seus servos tudo que há de 
acontecer. Para que ninguém seja enganado pela operação da mentira, todos tenham a 
oportunidade de tomar a sua decisão de forma livre e consciente, é preciso que estas 
verdades eternas sejam reveladas ao mundo. 
Apoc. 1:20: "O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete 
castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que 
viste, são as sete igrejas". 
O capítulo termina com Jesus revelando o significado das sete estrelas e dos sete 
castiçais.FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
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CAPÍTULO 2 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 2 
 
 
Capítulo 2: Cartas de Jesus às 7 igrejas 
 
 
Os capítulos 2 e 3 de Apocalipse revelam o conteúdo de cartas que o próprio 
Jesus ditou ao apóstolo João às 7 igrejas. Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, 
Filadélfia e Laodicéia. No estudo anterior vimos que estas 7 igrejas representam os 
períodos pelos quais a Igreja de Deus passou. Nas cartas, encontramos o retrato da relação 
de Cristo com as diferentes fases da Igreja ao longo da era Cristã. 
Através das cartas, Jesus faz elogios, censuras, exortações, advertências e 
promessas ao seu povo, desde sua crucificação até os dias de hoje. As 7 igrejas estavam 
localizadas na Ásia e a primeira delas, Éfeso, foi fundada pelos próprios Apóstolos. 
Você vai notar que ao terminar o conteúdo das cartas, Jesus diz: Quem tem 
ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas..essas palavras confirmam que as mensagens 
expressas por Cristo é para todos os seus seguidores. São mensagens de Jesus para mim 
e para você. 
 
 
I - A igreja de Éfeso 
 
 
Éfeso era uma importante cidade na província romana da Ásia. O que fazia da 
cidade uma atração mundial era o famoso templo de Diana, a denominada "deusa da 
fertilidade" dos efésios. A maioria das pessoas que viviam na cidade adorava deuses 
pagãos. Paulo fundou uma igreja cristã em Éfeso e João viveu ali algum tempo. A carta 
de Cristo dirigida à igreja de Éfeso representa a mensagem que Ele tinha para o primeiro 
período da igreja cristã. 
O Período relacionado à igreja de Éfeso vai do ano 31 d.C ao ano 100 d.C. A 
palavra Éfeso significa "desejável". Essa palavra descreve o caráter e a condições 
espirituais da igreja cristã em sua primeira etapa. Por muitas razões era a igreja apostólica 
"desejável" aos olhos de Deus:
12 
 
 
1) Foi fundada diretamente por Cristo 
2) Era totalmente fiel aos princípios fundamentais de doutrina de Cristo 
3) Possuía o poder sem limites do Espírito Santo 
4) Deu o mais poderoso testemunho em favor de Jesus 
5) Suas obras missionárias foram inigualáveis. 30 anos foi o tempo em que os 
Apóstolos pregaram o evangelho de Jesus por várias partes do mundo. 
Apoc.2:1 - "Ao anjo da igreja de Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na mão 
direita as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:" 
 
 
Anjos - Mensageiros 
Sete estrelas - anjos (mensageiros ou emissários) das sete igrejas 
Sete candeeiros - Sete igrejas 
Jesus faz menção sobre Ele mesmo como sendo o autor das mensagens que seu 
apóstolo João escreveu. 
Apoc.2:2 - "Conheço as tuas obras e o teu trabalho e a tua perseverança, e que 
não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são 
e os achastes mentirosos." 
"Eu sei as tuas obras" - Elogio de Jesus aos Seus seguidores; é um incentivo para 
se apegarem às boas obras e renunciarem as más. Nada passa despercebido por Ele. 
Ainda no tempo dos apóstolos, começaram a se manifestar os "maus", dentro da 
igreja. Ananias e sua esposa Safira foram os primeiros que de alguma maneira queriam 
mudar os ensinos de Jesus, mas houve muitos deles. Porém Jesus aprova a perseverança 
dos que criam em seu nome em manter as leis e ensinos puros e retos. 
Apoc.2:3 - "Tens perseverança e por causa do meu nome sofreste e não 
desfaleceste" 
A igreja apostólica foi muito perseguida pelos judeus e pelos romanos. Nero 
incendiou Roma em 19 de Julho de 64. Os historiadores falam com indignação da 
crueldade de Nero para com os cristãos, sempre incessantemente perseguidos. A 
perseguição implacável durou 4 anos, até a morte de Nero. 
Embora perseguidos os cristãos eram pacientes e conformados, pois sabiam em 
Quem criam. Outro elogio de Jesus diz respeito ao trabalho missionário de Sua igreja. O 
trabalho missionário do período de Éfeso foi o mais grandioso de toda a história da igreja. 
Os apóstolos caminharam pelos quatro cantos do mundo para pregar o evangelho. 
Apoc. 2:4 - "Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor". 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
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Jesus, em seu amor, repreende seu povo sempre que necessário. A gloriosa igreja 
que em apenas 30 anos evangelizou o mundo é, por fim, acusada da perda do primeiro 
amor. Não é o caso que a igreja não amasse mais a Deus, a Jesus e a Sua verdade. Mas já 
não era aquele primeiro amor. 
A discussão de assuntos sobre doutrinas sem importância ocupou o tempo que 
devia ser usado para pregar o Evangelho. Foi nessa hora crítica da igreja que João foi 
isolado na ilha de Patmos. Quase todos os outros apóstolos já estavam mortos. 
E, até os nossos dias, o cristianismo sente falta do primeiro amor, do primeiro 
entusiasmo. A história ainda se repete. Quantos cristãos aceitam o evangelho com fervor 
e entusiasmo, para depois, com o correr do tempo, esfriarem, e se deixarem tomar pelo 
desânimo. Jesus nos chama de volta, nos chama para a beleza do primeiro amor. 
Apoc.2:5 - "Lembra-te de onde caíste! Arrepende-te e pratica as primeiras obras. 
Se não te arrependeres, brevemente virei a ti e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se 
não te arrependeres". 
Uma admoestação e uma advertência - Deus não estava alheio à gravidade do 
perigo. Deus apela para que todo cristão faça três coisas: 
Lembrar-se do momento ou circunstância que o fez se separar das verdades 
bíblicas; 
Arrepender-se e praticar as primeiras obras de fé e fervor. 
Se a igreja não voltasse às primeiras obras o candeeiro seria retirado. Isso 
significava que Jesus privaria a igreja da luz e das bênçãos do evangelho, para confiá-las 
a outras mãos. 
Como cristãos devemos verificar se estamos ou não sob a influência do "primeiro 
amor". A indiferença é a pior coisa na vida espiritual. A proposta de Jesus é transformação 
de vida. 
Apoc.2:6 - "Tens, porém, a teu favor, que odeias as obras dos nicolaítas, as quais 
Eu também odeio". 
Os nicolaítas faziam parte de uma seita fundada por Nicolau, da Antioquia. Se 
diziam cristãos, mas consideravam normal o adultério e outras práticas odiadas por Deus. 
Eles achavam que a fé em Jesus os liberava da obediência aos Dez Mandamentos. 
Cristo sempre se preocupava em não apenas apontar os erros, mas em oferecer a 
cura. 
Apoc.2:7 - "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que 
vencer, dar-lhe -ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus". 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
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"Quem tem ouvidos" - A advertência é para todos! 
Mas, vencer o que? O que há para ser vencido? O pecado. A promessa ao 
vencedor é bem clara: participação "da árvore da vida que está no paraíso de Deus". Duas 
pessoas apenas, da família humana - Adão e Eva - provaram da árvore da vida, quando 
ainda em estado de inocência e pureza. O acesso à árvore da vida foi uma das maiores 
perdas do homem. Mas Jesus assegura devolver essa bênção ao vencedor. 
 
 
II - A igreja de Esmirna 
 
 
Esmirna é uma das cidades mais antigas do mundo. Atualmente é chamada 
Izmir, e é a terceira maior cidade da Turquia. Fica ao norte de Éfeso, numa linha da baía 
do Mar Egeu, Grécia. O Período relacionado à igreja de Esmira vai do ano 100 d.C ao 
ano 313 d.C. 
A palavra esmirna significa "mirra", "perfume" ou "cheiro suave". 
Compreendemos que a igreja, no segundo período de sua história, seria esmagada por 
perseguições de seus adversários; porém, na opressão, liberaria o suave perfume da 
fidelidade e do amor a Jesus. 
Apoc.2:8 - "Ao anjo da igreja de Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, 
o que foi morto e reviveu". 
Jesus faz menção sobre Ele mesmo como sendo o autor das mensagens que seu 
apóstolo João escreveu. 
Apoc.2:9 - "Conheço a tua tribulação e a tua pobreza, mas tu és rico, e a 
blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são sinagogade Satanás". 
"Eu sei as tuas obras", é a frase de Cristo em cada uma das sete cartas, antes de 
referir-Se à condição da igreja em cada período. Por si só esta frase constitui uma 
denúncia ou um elogio às obras de cada cristão. É muito importante que cada cristão 
medite nesta frase dirigida à igreja e analise sua condição espiritual. 
A pobreza que enriquece - Jesus diz à igreja que sabia de sua pobreza material, 
mas que ela era rica, pois tinha muita fé. 
Falsos judeus - A acusação de Cristo de que na igreja de Esmirna havia falsos 
judeus, equivale a dizer que havia nela falsos cristãos. Afirmou Jesus que esses 
pertenciam à "sinagoga de Satanás". 
 
 
 
 
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Apoc.2:10 - "Não temas as coisas que estás para sofrer. Escutai: o diabo lançará 
alguns de vós na prisão, para que sejais provados, e tereis uma tribulação de dez dias. Sê 
fiel até a morte, a dar-te-ei a coroa da vida". 
Sabemos que nas profecias das Sagradas Escrituras, um dia equivale a um ano. 
Em vez de dias literais, temos aqui dez anos proféticos de perseguição contra a igreja do 
período de Esmirna. 
Essa perseguição sem trégua durou dez anos, de 303 e 313, durante o governo 
do imperador Diocleciano. Foi a maior perseguição que a igreja cristã recebeu durante o 
domínio da Roma pagã, o Imperador não queria apenas matar todos os cristãos, mas 
acabar com o Cristianismo na face da Terra. 
Apoc.2:11 - "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que 
vencer, de modo algum sofrerá o dano da segunda morte". 
Pela primeira vez no Apocalipse é feita uma menção à segunda morte. Só o 
cristão vencedor não passará pela experiência da segunda morte. 
Mas o que é a segunda morte? Segundo uma citação de um autor desconhecido: 
"É o resultado da persistência do homem em pecar voluntariamente". Todos os ímpios 
serão ressuscitados para a segunda morte ou condenação. Entretanto, aos fiéis, Jesus 
garantiu a vitória sobre a segunda morte. 
 
 
III - A igreja de Pérgamo 
 
 
Pérgamo era uma cidade universitária, famosa pelos seus mestres na arte de 
curar. Tinha uma biblioteca com 200 mil rolos. Esses rolos eram feitos de pelica, uma 
forma refinada de couro. 
Pérgamo, é uma modificação da palavra pelica. O rei de Pérgamo recebia o título 
de "Pontífice Máximo", que significa: "o Edificador da Grande Ponte". 
Nisto vemos uma semelhança com a torre de Babel, cujo propósito era alcançar 
o céu por esforços humanos. Quando o rei de Pérgamo entregou seu reino aos romanos, 
todo este culto foi transferido para Roma. 
Assim, o título "Pontífice Máximo" foi absorvido pelo cristianismo romano. 
Pérgamo tornou-se, assim, um elo entre a antiga Babilônia e a moderna Roma. 
O período relacionado à igreja de Pérgamo foi de 313 d.C a 538 d.C. A palavra 
Pérgamo significa "exaltação", "elevação", porque a própria cidade estava edificada 1000 
 
 
 
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pés acima do nível do vale. Este significado descreve o caráter e a vida espiritual da igreja 
em seu novo período. 
Apoc. 2:12: "Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz Aquele que tem a 
espada afiada de dois gumes. 
Jesus Se apresenta à igreja deste período como uma espada de dois gumes. 
Espada "palavra de Deus que penetra até a medula", diz Paulo, "que interpreta os 
pensamentos e intenções do coração" (Heb.4:12). 
Apoc. 2:13: "Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás. Contudo, 
reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel 
testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita". 
É a terceira vez que Jesus diz estar a par das obras de Sua igreja. Esta carta é 
uma veemente denúncia. Jesus sabia que a igreja estava se aliando ao mundanismo, dando 
início à apostasia. 
Deste período da igreja de Pérgamo, de 313 a 538, ou de Constantino a 
Justiniano, em que ela foi considerada Igreja Imperial, disse Jesus que ela habitava no 
"trono de Satanás". Jesus lamentava que Sua igreja escolhesse para sede a mesma cidade 
onde estava o trono de Satanás, a cidade dos Césares - Roma. 
 
 
 
 
Conivência Com o Erro 
 
 
Apoc.2:14: "Todavia, tenho algumas coisas contra ti; Tens aí os que seguem a 
doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, 
levando-os a comer das coisas sacrificadas aos ídolos, e praticar a prostituição". 
A doutrina de Balaão pode ser resumida como idolatria pagã. Como o paganismo 
não podia vencer a igreja, então fez amizade com ela. Assim, paulatinamente, as práticas 
e cerimônias pagãs foram sendo introduzidas aos poucos no cristianismo, para amenizar 
as perseguições. 
Dessa forma, o cristianismo passou a freqüentar as cortes e palácios dos 
imperadores, trocando a simplicidade de Cristo e de seus apóstolos pela pompa e orgulho 
dos sacerdotes; em lugar dos mandamentos de Deus, entraram teorias e tradições 
humanas. 
Assim como fez com Balaão, Satanás corrompeu a igreja através de uma aliança 
com o mundo. Na pessoa de Constantino, a igreja subiu ao trono dos Césares e reinou 
 
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como uma rainha. Houve uma mútua transigência e tolerância entre o cristianismo e o 
paganismo. Por causa da influência pagã, o cristianismo mudou tanto que se tornou um 
paganismo batizado. 
Apoc. 2:15: "Assim tens também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas". 
Apoc. 2:16: "Arrepende-te, pois! Se não em breve virei a ti, e contra eles 
batalharei com a espada da minha boca". 
A igreja foi chamada ao arrependimento, ao abandono das doutrinas de Balaão 
e dos nicolaítas: a idolatria e a prostituição da verdade. 
Apoc. 2:17: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que 
vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome 
escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". 
Quando qualquer pessoa entre os gregos era acusada de crimes contra o Estado 
e era julgada pelos cidadãos, eles votavam por absolvição com uma pedra branca; e por 
condenação, com uma pedra preta. Cristo, o único juiz do Seu povo, ao prometer dar aos 
vencedores uma pedra branca, está lhes dando a certeza da absolvição. 
 
 
 
 
IV - A igreja de Tiatira 
 
 
Das sete cartas, esta foi a mais longa. A cidade de Tiatira estava localizada numa 
região estratégica para muitos negócios. Tinham como fonte de renda uma brilhante 
tintura vermelha, conhecida como púrpura. Pode ser considerada a Igreja da Idade Média. 
O período relacionado a Tiatira foi de 538 d.C até 1517 d.C. 
A palavra Tiatira significa "sacrifício", "dificuldade", que bem descreve a 
situação da igreja em sua quarta etapa. A igreja foi perseguida de morte pelo papado 
romano, principalmente no movimento chamado de inquisição. 
Apoc. 2:18: "Ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que 
tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente:" 
Cristo Se apresenta à Sua igreja neste período, pela primeira vez e a única em 
todo o Apocalipse, como "Filho de Deus", exatamente porque sabia que o lugar do Filho 
de Deus seria usurpado por aquele que se apresentaria como Seu substituto na terra. A 
igreja não deveria trocar de Senhor. 
Apoc. 2:19: "Conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a 
tua perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas do que as primeiras". 
 
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Jesus elogia Seu povo. Foi o período que precedeu à grande obra da Reforma. 
Reconhecido também por "Igreja do Deserto", época das grandes perseguições de Roma 
papal, contra o povo de Deus. 
Neste tempo adverso, a igreja cristã manifestou fé, paciência e consagração. A 
história dos Valdenses é uma prova disso. Rejeitando a supremacia dos papas, eles 
mantinham a EscrituraSagrada como única autoridade suprema e infalível. Escondidos 
nas montanhas e em cavernas, dedicavam-se a copiar as Escrituras, capítulo por capítulo, 
versículo por versículo. Por isso, a palavra de Deus foi conservada através dos séculos. 
 
 
Seguidores de Jezabel 
 
 
Apoc.2:20: "Mas tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se diz 
profetisa. Com o seu ensino ela engana os meus servos, seduzindo-os a se prostituírem e 
a comerem das coisas sacrificadas aos ídolos". 
Na igreja de Pérgamo havia os que seguiam a doutrina de Balaão - idolatria e 
prostituição. Na igreja de Tiatira, é mencionado haver uma mulher ensinando e 
enganando também com idolatria e prostituição. 
Mas, quem era a Jezabel da época da igreja de Tiatira? 
A mulher é empregada nas profecias como símbolo de igreja. Se a profecia fala 
que a igreja verdadeira é simbolizada por uma mulher virgem e pura, então aquela mulher 
que ensina a mentira para enganar só pode representar uma igreja falsa. 
Consequentemente, a Jezabel de Tiatira representa uma falsa igreja que ensina 
idolatria e prostituição das doutrinas de Cristo. 
A Jezabel, do antigo Testamento, praticou várias obras detestáveis aos olhos de 
Deus: 
1) Ela se casou com o rei Acabe e tornou-se rainha de Israel; 
2) Por ser filha de um rei pagão, ela introduziu a idolatria entre o povo de Deus; 
3) Proibiu o verdadeiro culto a Jeová; 
4) A adoração ao Sol tomou o lugar da adoração a Jeová; 
5) Trouxe sacerdotes pagãos para Israel; 
6) Perseguiu até à morte os verdadeiros servos de Deus; 
7) Os que se recusavam a deixar de adorar a Deus eram mortos (I Reis 16-21). 
Diante disso, é de se perguntar: Quem foi a Jezabel, ou a igreja, que, nos séculos 
do período de Tiatira, introduziu na Igreja Cristã a idolatria, que proibiu o verdadeiro 
 
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culto a Deus, que tinha um grande número de sacerdotes sob suas ordens e que perseguiu 
os servos de Deus que se opunham à sua autoridade? 
Apoc. 2:21: "Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade, mas 
ela não quer se arrepender". 
A profecia diz que Deus concedeu um tempo para que essa igreja, a Jezabel, se 
arrependesse de sua prostituição espiritual, mas não se arrependeu. Todo afastamento dos 
princípios fundamentais de Cristo é prostituição e apostasia. 
Apoc. 2:22: "Portanto, lançá-la-ei num leito de dores, bem como em grande 
tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita". 
Apoc. 2:23: "Ferirei de morte a seus filhos. Então todas as igrejas saberão que 
Eu sou aquele que esquadrinha os rins e os corações, e darei a cada um de vós segundo 
as vossas obras". 
Apoc. 2:24: "Digo-vos, porém, a vós, os demais que estão em Tiatira, a todos 
quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de 
Satanás, que outra carga não porei sobre vós". 
Todo desvio da doutrina correta é considerado adultério. Como conseqüência, 
todos os que persistirem voluntariamente com essa igreja na idolatria e prostituição, após 
receberem o pleno conhecimento da verdade, terão que enfrentar as sete pragas que serão 
estudadas no capítulo 16. 
Os "filhos" de Jezabel são evidentemente os adeptos desta falsa igreja. Estes, se 
não se arrependerem a tempo, como assegura a profecia, conhecerão a segunda morte, 
porque serão julgados e condenados segundo as suas próprias obras e não segundo as 
obras de Cristo. 
 
 
Um Depósito Sagrado 
Apoc. 2:25: "O que tendes, retende-o até que eu venha" 
A eterna verdade do evangelho de Cristo foi confiada à Sua igreja nesta Terra. 
Por nada no mundo a igreja pode descuidar deste patrimônio. O desejo de Cristo é que 
Seus seguidores defendam a verdade à todo custo. 
Apoc. 2:26: "Ao que vencer, e guardar até o fim as minhas obras, Eu lhe darei 
autoridade sobre as nações," 
Apoc. 2:27: "e com vara de ferro as regerá, quebrando-as como são quebrados 
os vasos de oleiro; assim como também recebi autoridade de meu Pai." 
Apoc. 2:28: "Também lhe darei a estrela da manhã". 
 
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A estrela da manhã é Jesus (Apoc. 22:16). Ele oferece a Si mesmo, para ser a 
nossa companhia. 
Apoc. 2:29: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas". 
Durante a Idade Escura, cada região da Europa esteve sob a inspeção direta da 
igreja. Não somente reis em seus tronos, mas até pessoas comuns, em suas próprias casas, 
se submetiam ao poder de Roma. A igreja colocou-se entre o rei e os seus súditos, pais e 
filhos, maridos e mulheres. 
Os segredos dos corações eram abertos no confessionário. A igreja ensinou que 
as pessoas eram salvas pelas boas obras. Penitência e indulgências tiraram o pão de muitas 
bocas. Um forte governo, com um domínio como jamais foi visto, assentou-se no trono. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 3 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 3 
 
 
V - Igreja de Sardes 
Sardes foi fundada no século 12 a.C. No passado, foi a capital da antiga 
monarquia lídia, um dos reinos mais ricos reinos do mundo antigo. 
A antiga cidade de Sardes foi construída sobre um platô de rochas que se erguiam 
a 500 metros da planície. Era considerada uma fortaleza impenetrável; mas, em 1402, foi 
invadida e destruída por Tamerlane e nunca mais voltou a ser reconstruída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O período relacionado à igreja de Sardes vai do ano 1517 d.C. ao ano 1821 d.C. 
Pouco mais de 300 anos. A palavra Sardes quer dizer: remanescentes ou "aqueles que 
estão escapando". 
Apocalipse 3:1: "E Ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que 
tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de 
que vives, e estás morto". 
Jesus se identifica como o Espírito Mensageiro. Mais uma vez, deixa claro que 
é onisciente e conhece todas as obras do Seu povo. Sardes teve um bom começo, pois 
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carregava a bandeira das verdades bíblicas, trouxe o espírito da Reforma. Começou com 
uma história de glória e terminou em completa ruína. 
I João 5:12: "Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não 
tem a vida". Jesus se referiu a Sardes como Igreja que "tens nome de que vives, e estás 
morto" porque o povo daquela época estava aos poucos se afastando de Jesus Cristo. 
Apocalipse 3:2-3: "Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para 
morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que 
tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como 
um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei". 
A estratégia de Satanás, que antes era a perseguição contra o povo de Deus, 
passou a ser unir-se com a Igreja. Foi neste período, após a Reforma de Martinho Lutero 
que houve uma proliferação de denominações religiosas. 
Jesus está pedindo para o povo guardar a verdade, mas Satanás percebeu que ele 
poderia entrar na igreja e deturpar a doutrina, causando assim separação e confusão. 
Sardes simbolizava a igreja da Reforma, cobrindo os séculos XVI, XVII e a 
maior parte do século XVIII. O protestantismo foi fundado com um protesto contra as 
doutrinas e práticas corruptas do romanismo, mas a falta de conhecimento das Escrituras 
produziu debilidade espiritual e conformidade com o mundo. 
Apocalipse 3:4-5: "Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não 
contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O 
que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do 
livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos". 
As pessoas que não se contaminaram, eramaquelas que, mesmo em meio à 
confusão de diversas denominações, se mantiveram fiéis à Palavra de Deus. Jesus afirma 
que estes fiéis ganhariam vestes brancas e teriam seus nomes registrados no Livro da 
Vida. 
Apocalipse 19:8: "E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e 
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos". Os fiéis herdarão a Justiça 
de Cristo. 
Apocalipse 3:6: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas". Todo 
ser humano, deve estar e ouvir o que Deus diz em Sua Palavra. 
 
 
VI - Igreja de Filadélfia 
 
 
 
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Filadélfia se localizava em uma vasta colina, entre dois vales férteis. Esta igreja 
recebe elogios e nenhuma falha é mencionada contra ela. Esse tempo significa um período 
missionário, quando pregadores falavam sobre a mensagem de um grande despertamento 
religioso. 
O período relacionado à igreja de Filadélfia vai do ano 1821 d.C. ao ano 1844 
d.C. Período mais curto entre todos os outros. 
Apocalipse 3:7: "E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o 
que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; 
e fecha, e ninguém abre". 
Jesus se identifica como Aquele que tem a chave de Davi. Quer dizer Aquele 
que tem toda autoridade e poder. 
Apocalipse 3:8: "Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, 
e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o 
Meu nome". 
Jesus afirma que, para aqueles que se mantivessem fiéis, abriria uma porta e 
ninguém fecharia. Mas que porta é esta? 
Apocalipse 11:19: "E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca da Sua aliança 
foi vista no Seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande 
saraiva". 
Porta da graça, salvação. Não era uma porta para o Céu, mas uma porta aberta 
no Céu. No santuário celestial, onde Jesus ministrava no lugar santo, foi aberta uma porta 
e Ele passou ao lugar santíssimo. 
Neste momento da história, através da nova luz, novas verdades foram 
apresentadas, como por exemplo, a guarda de todos os 10 Mandamentos apresentados em 
Êxodo 20. Quando a porta no Céu se abriu, as portas das igrejas protestantes se fecharam. 
 
 
Compromisso Com a Verdade 
 
 
Apocalipse 3:9: "Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem 
judeus, e não são, mas mentem: Eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus 
pés, e saibam que Eu te amo". 
Jesus está se referindo aos que dizem ser Seus seguidores, mas não são. O grande 
perigo atual está nas igrejas que pregam 95% da verdade. Por que basta ocultar os 5% 
restantes, que esta igreja automaticamente deixa de ser a de Cristo. Lembre-se sempre 
 
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que para saber se você está no lugar certo é preciso que a Igreja pregue 100% das verdades 
bíblicas. 
Apocalipse 3:10: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te 
guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam 
na terra". 
Promessa de Deus para os filhos fiéis que iriam passar por aflições. Tempo de 
angústia. Deus promete proteção na hora da dificuldade. 
Apocalipse 3:11: "Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que 
ninguém tome a tua coroa". Primeira vez no Apocalipse que Jesus coloca sua volta como 
fato iminente. Não é mais apenas uma promessa, mas o próprio filho de Deus fala com 
clareza que Sua volta está próxima. 
Apocalipse 3:12: "A quem vencer, Eu o farei coluna no templo do Meu Deus, e 
dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do Meu Deus, e o nome da cidade do Meu 
Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do Meu Deus, e também o Meu novo nome". 
Aqui, Jesus promete ao filho fiel e vencedor três bênçãos especiais. 
Apocalipse 3:13: "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas". 
Ouçam o que Deus diz! Sigam a Palavra de Deus! Sigam a Verdade! É isso o que nos 
recomenda a Testemunha Fiel, Jesus. 
 
 
VII - Igreja de Laodicéia 
 
 
Laodicéia era uma cidade muito rica. A confiança em suas riquezas era tanta, 
que seus habitantes não aceitaram ajuda de Roma para reconstruir a cidade depois de um 
terrível terremoto que a destruiu. Sua riqueza vinha principalmente do comércio e dos 
juros bancários. 
O período relacionado à igreja de Laodicéia vai do ano 1844 d.C. até os dias de 
hoje. Isso significa que as mensagens de Jesus para este período são para mim e para 
você. A mensagem é para nós, que levamos a bandeira das verdades bíblicas. Povo cristão 
que guarda os 10 Mandamentos e quem têm o testemunho de Jesus. 
Apocalipse 3:14: "E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o 
Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus". 
 
 
Jesus se apresenta como o princípio da criação de Deus. A palavra usada no 
original, em grego, foi Arché, que significa: "origem ou agente da criação". 
 
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Apocalipse 3:15-16: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem 
dera foras frio ou quente. Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te- 
ei da minha boca". 
Só estes dois versículos dariam um belo sermão, tamanha a importância do seu 
conteúdo. Jesus começa a mensagem com palavras extremamente fortes. Ele diz conhecer 
tudo o que eu e você fazemos. 
Jesus conhece o que está em nosso íntimo. Ele conhece as intenções do nosso 
coração. Em seguida, Ele diz que não somos frios, nem quentes, somos pessoas mornas. 
Afirma também que preferiria uma das duas condições, menos a mornidão. 
 
 
Uma Severa Condenação e Apelo 
Jesus está falando aqui sobre a mornidão espiritual, em que vivemos nos dias de 
hoje. Estamos dentro da Igreja, guardamos os 10 Mandamentos, temos o testemunho de 
Jesus, cremos em Sua volta; mas, por acharmos que estamos com a bandeira da verdade, 
não precisamos mais trabalhar e nos comprometer com a pregação do Evangelho. 
A mensagem aqui é para todos os cristãos nominais. Aqueles que falam muito 
bonito, mas que vivem contrários aos ensinos da Palavra. São os cristãos de bancos, que 
ouvem as lindas pregações e louvores, mas que não falam mais de Deus para ninguém. 
São os cristãos que se tornaram indiferentes espiritualmente. 
Jesus usa uma série de adjetivos fortes e negativos para se referir ao povo morno. 
É um recado para todos aqueles que se acham bons a ponto de não precisarem de Deus. 
São aqueles que dizem ser conhecedores da verdade, arrogantes e presunçosos. A 
mensagem é para as pessoas que tem a pretensão de imaginar ser algo que não são. 
Fria: É um estado desconfortável o bastante para saber que há algo errado. São 
as pessoas que desconhecem as verdades bíblicas, que vivem a vida conforme a sua 
vontade. 
Quente: Esta condição representa uma igreja pronta a fazer o bem. Repleta do 
primeiro amor, do temor, adoração. Cheia de louvor, alegria e sabedoria. 
Morna: Mistura de quente e frio. Mistura de mundanismo e religião, o que é 
nauseante para Cristo. Religiosa o bastante para não desprezar o Seu nome, mas mundana 
demais para assumir uma posição firme e unida ao lado dEle. 
O problema não é doutrinário, mas comportamental. 
 
 
 
 
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É uma mensagem de Deus para todo cristão que se encontra nesta condição de 
mornidão, acordar. É o chamado para um despertamento espiritual! É um severo ataque 
ao conformismo religioso e à acomodação laodicena! 
Apocalipse 3:17: "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho 
falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu". 
Aos presunçosos e arrogantes, Jesus os coloca nas condições de: 
Desgraçados: Dignos da misericórdia de Deus; 
Miseráveis: Dignos de pena; 
Pobres: Pobreza espiritual, falta dededicação, trabalho, oração; 
Cegos: Falta de visão. Cega para as necessidades alheias, para a necessidade da 
pregação do evangelho; 
Nus: despidos, desprovidos das vestes de glória e beleza que devem adornar a 
igreja de Deus; 
Apocalipse 3:18: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, 
para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da 
tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas". 
Através do Seu inexplicável amor, Jesus dá a receita para os que necessitam de 
cura. Chama Seu povo para comprar dEle ouro e roupas brancas. 
Jó 23:10: "Porém Ele sabe o meu caminho; provando-me Ele, sairei como o 
ouro". Jesus nos convida a nos purificarmos e a refinarmos a nossa fé. 
Apocalipse 19:8: "E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e 
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos". Os fiéis herdarão a Justiça 
de Cristo. Jesus nos chama para nos despirmos de nossa própria justiça e vestirmos a Sua. 
Atos 10:38: "Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com 
virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus 
era com ele". O colírio é o Espírito Santo. 
Efésios 1:18: "Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que 
saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança 
nos santos". O trabalho do Espírito Santo é iluminar nossa mente, abrir nossos olhos para 
que enxerguemos o que Deus tem para nos mostrar. 
Apocalipse 3:19: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e 
arrepende-te". A repreensão de Deus são expressões de amor; porque, através delas, Ele 
espera que nós voltemos para Sua verdade. 
Não Deixe Jesus Fora de Sua Vida! 
 
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Apocalipse 3:20: "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e 
abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo". 
Um dos mais lindos versículos da Bíblia. É interessante notar que anteriormente 
Jesus também fala de uma porta. Mas Ele tinha a chave para abri-la. Aqui Jesus afirma 
que Ele está à porta e precisa bater, logo, entende-se que Ele está do lado de fora. 
Esta porta representa o meu e o seu coração. Jesus está ali, a todo o momento, 
batendo para que nós possamos abrir. 
Jesus não força a entrada pela porta do nosso coração. Ele valoriza nossa 
liberdade de escolha. Respeita nosso livre arbítrio. 
Apocalipse 3:21: "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu 
trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono". 
Os que abrirem o coração a Jesus estarão ao lado dEle no Céu. 
Apocalipse 3: 22: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas". 
Povo meu, ouça! Atenda ao clamor do Espírito Santo! Aceite os apelos e advertências 
solenes da Palavra de Deus! Aceite o chamado, meigo e suave, de Jesus! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 4 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 4 
 
 
A visão do Trono de Deus 
 
 
Depois de Jesus ter apresentado a João as mensagens que tinha para todos os 
períodos de Sua igreja aqui na Terra, Jesus o convida para contemplar o Trono de Deus 
no Céu. Neste capítulo, João teve o privilégio de ver a habitação do Rei dos reis, 
presenciou toda a Glória de Deus no Trono Eterno. 
Desde 1844, data que se iniciou 
o último período da igreja de Deus na 
Terra, Laodicéia, está acontecendo um 
julgamento no Céu. É esta cena que João 
é convidado a contemplar. 
 
Apocalipse 4:1: "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta 
no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e 
mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer". 
João viu uma porta no Céu. É importante lembrar que no capítulo 1 de 
Apocalipse, ele viu uma porta, mas esta do capítulo 4 se refere à porta pela qual Jesus 
passou do lugar Santo para o Santíssimo em 1844. 
Outros profetas bíblicos tiveram a mesma oportunidade de João. Isaías viu anjos 
cantando, Ezequiel contemplou uma cena com brasas de fogo, tochas. Estevão, pouco 
antes de morrer, pôde ter uma vista da sala do trono de Deus. 
Apocalipse 4:2-3: "E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava 
posto no céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, 
semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia 
semelhante à esmeralda". 
 
 
Justiça Mesclada Com Misericórdia
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O livro de Hebreus confirma a existência de um santuário no céu. O Apocalipse 
o menciona 14 vezes como estando localizado lá. O trono de Deus, o qual está no interior 
do Templo Celestial é mencionado 40 vezes. 
João, através de uma visão, contemplou o trono de Deus no Céu e diz ter visto 
alguém sentado no trono. Por que ele não reconheceu quem estava lá? Sabemos que, no 
estado pecaminoso que o homem se encontra, é impossível ver a Deus. Porém, o apóstolo 
tenta descrever o que viu, usando o jaspe e a sardônica, que representam um brilho 
cristalino. Seu brilho retrata a santidade de Deus. 
O arco íris que João viu é o mesmo que representa a promessa de Deus de Sua 
misericórdia infalível. Foi um sinal de concerto entre Ele e Seu povo, ao afirmar que 
jamais haveria um novo dilúvio sobre a Terra. O arco íris no céu denota um concerto da 
graça de Deus. 
A certeza que isto nos dá é que Deus continua no comando do mundo. Ele ainda 
não efetuou sua justiça, mas em breve o fará. Ele tem o controle de todas as coisas. 
 
 
A Identidade dos 24 Anciãos 
 
 
Apocalipse 4:4: "E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados 
sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas 
cabeças coroas de ouro". 
Existem duas maneiras pelas quais o ser humano pode chegar ao Céu. 
Trasladação: Somente dois homens, de acordo com a Bíblia, foram para o céu 
desta maneira: Elias e Enoque. 
Ressurreição: Moisés foi ressuscitado e levado para o céu, logo após sua morte 
e sepultamento. 
Estudiosos da Bíblia crêem que os 24 anciãos, vistos no Céu, são pessoas santas 
e justas que viveram em todas as épocas na terra. Podem ser aqueles que ressuscitaram 
com Cristo e, com Ele, subiram como as primícias da Sua vitória no Calvário (Mateus 
27:50-53 e Efésios 4:8). 
 
 
Indicativos do Grande Julgamento 
 
 
Apocalipse 4:5: "E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do 
trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus". 
 
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João contemplou basicamente a mesma cena quando Deus entregou a Moisés, 
no monte Sinai, as tábuas com os 10 mandamentos. Relâmpagos e trovões são símbolos 
do julgamento divino. Retratam todo poder e glória de Deus, remetem à solenidade do 
acontecimento. 
 
 
Figuras da Ação do Espírito Santo 
 
 
Sete é o número da perfeição. O texto diz que as sete lâmpadas de fogo são os 
sete espíritos de Deus. A obra completa do Espírito Santo é representada em suas 
múltiplas operações investigando todas as coisas, atuando em todos os lugares. 
 
 
Outras Representações Celestiais 
 
 
Apocalipse 4:6: "E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante 
ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por 
diante e por detrás". 
 
 
Quem são os quatro seres viventes? 
 
 
Isaías 6:1-2: "No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor 
assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins 
estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com 
duas cobriam os seus pés, e com duas voavam".São Serafins. Uma categoria de anjos. 
 
 
Apocalipse 4:7: "E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo 
animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o 
quarto animal era semelhante a uma águia voando". 
Os quatro animais representam aspectos de Jesus destacados pelos apóstolos 
Mateus, Marcos, Lucas e João nos Evangelhos. 
Leão: 28 vezes no Livro de Apocalipse, Jesus é chamado de Leão por João, 
referindo-se ao Leão da tribo de Judá. Aquele que é Rei dos Reis. 
 
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Bezerro: Marcos mostra toda humildade de Jesus através da figura do Novilho. 
É um animal de serviço, Jesus veio à Terra para servir. Representa este aspecto do 
ministério de Jesus. 
Homem: Lucas mostra o lado humano de Jesus. O chama de "Filho do Homem". 
Águia: Creio que se fosse nos dias de hoje, João usaria algo como um avião a 
Jato, para representar Jesus. A idéia é apresentar Jesus como quem tem visão privilegiada. 
Alguém capaz de chegar aos altos céus. O primeiro capítulo de João apresenta Jesus como 
Deus. Lado Divino. Ele está muito acima de tudo o que podemos ver ou compreender. 
 
 
Adoração Contínua 
 
 
Apocalipse 4:8: "E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao 
redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, 
dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que 
há de vir". 
João contempla toda a adoração e louvores prestados a Deus, por seus anjos. 
Uma adoração de 24 horas, ininterrupta. 
Apocalipse 4:9-11: "E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de 
graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre. Os vinte e 
quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o 
que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno 
és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por Tua 
vontade são e foram criadas". 
Deus está no controle deste mundo. Todos os anjos que vivem com Ele há 
séculos entoam louvores e cânticos de honra e glória. Os 24 anciãos se prostram perante 
o Criador de todo o universo. Louvam a Deus pelo motivo que, atualmente, milhares se 
esquecem: A Criação. 
Jesus é a figura central do louvor dos anjos. Louvam porque O conhecem 
intimamente, convivem com Ele há séculos e vivem impressionados por seu amor e 
justiça. Deus é exaltado porque é o Criador e Doador de toda a vida. 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 5 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 5 
 
 
Este novo capítulo encerra a continuação da visão precedente, no lugar 
santíssimo do santuário celestial. O tema central apresentado é um livro selado com sete 
selos. Uma só pessoa, em todo o universo de Deus, foi achada digna de abrir o livro e 
remover os seus sete selos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao ter sido encontrada a pessoa digna, denominada de “Leão da Tribo de Judá”, 
a divindade e toda a criatura, na vastidão universal sem fim, promoveu um coro 
inigualável de louvor e honra ao Todo-Poderoso e a Seu Filho, Jesus. 
O livro de Jó fala de uma comemoração que ocorreu no Céu por ocasião da 
criação do mundo, quando miríades de anjos deram o seu louvor em um hino para a 
criação: “Quando as estrelas da alva juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos 
os filhos de Deus” (Jó 38:7). Em Apocalipse 5, temos outro concerto ainda mais bonito. 
É o hino da redenção. 
Apoc.5:1: “Vi na mão direita do que estava assentado sobre o trono um livro 
escrito por dentro e por fora, selado com sete selos”. 
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João fala sobre um livro que estava na mão de Deus. O livro não tinha a forma 
como hoje conhecemos. Na verdade, eram rolos em papiro ou pergaminho escritos “por 
dentro e por fora”, ou seja, dos dois lados. O livro continha uma nova seqüência profética 
em sete partes, como no caso das sete igrejas. Cada parte estava fechada com um selo. 
Apoc. 5:2: “Vi também um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno 
de abrir o livro, e de lhe romper os selos?” 
Apoc. 5:3: “E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir 
o livro, nem olhar para ele”. 
Apoc. 5:4: “E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o 
livro, nem de o ler, nem de olhar para ele”. 
O anjo não pergunta “quem é capaz” de abrir o livro, mas “quem é digno”. O 
universo inteiro ficou em silêncio. Diante desse silêncio, João chora copiosamente. Se 
não aparecer alguém digno de abrir o livro e romper-lhe os selos, todas as promessas dos 
profetas, todas as esperanças do povo de Deus, todas as mensagens dos apóstolos terão 
sido em vão. João desconhece o conteúdo do livro. Ele fica tão preocupado que chora. 
Os querubins, os serafins, os 24 anciãos e as hostes angelicais param de cantar 
e, silenciosamente, esperam até que alguém tome o rolo da mão de Deus, e quebre os sete 
selos. 
Apoc. 5:5: “Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores! Olha, o Leão da 
tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos”. 
Apoc. 5:6: “Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes, e entre os 
anciãos, em pé, um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, 
que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra”. 
Apoc. 5:7: “E veio e tomou o livro da mão direita do que estava assentado no 
trono”. 
O leão, além de ser o rei dos animais, é o mais poderoso deles e o único 
invencível. Jesus é chamado assim porque é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. 
Procedeu da tribo de Judá, que era a tribo líder do povo de Deus no Israel. 
A raiz é quem sustenta uma planta. Assim, Cristo era o sustentáculo de Davi 
como rei de Israel. O reino de Davi era um emblema do futuro reino de Cristo. 
Cristo venceu a todos os Seus inimigos e foi então capacitado “para abrir o livro 
e desatar os seus sete selos”. 
 
 
 
 
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Jesus é apresentado perante João sob os símbolos do “Leão da tribo de Judá”, e 
de um “Cordeiro” como havendo sido morto. Estes símbolos representam a união do 
poder onipotente e do sacrifício do amor. 
 
 
O Cordeiro não foi abatido pela morte, mas triunfou sobre ela. 
Novamente o número sete representando uma unidade em sua plenitude. Os sete 
chifres simbolizam plenitude de poder – onipotência. Os sete olhos simbolizam plenitude 
de conhecimento – onisciência. Por isso, os 7 chifres e os 7 olhos são os 7 espíritos de 
Deus – onipresença. 
Apoc. 5:8: “Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro 
anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles uma harpa e taças de ouro 
cheias de incenso, que são as orações dos santos”. 
Apoc. 5:9: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e 
de abrir os seus selos, porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus 
homens de toda tribo, e língua, e povo e nação”. 
Apoc. 5:10: “Para o nosso Deus os fizeste reino e sacerdotes, e eles reinarão 
sobre a terra”. 
Jesus é digno, não apenas porque viveu uma vida santa, mas “porque foste 
morto”. Ele foi feito pecado por nós. Houve uma substituição. Ele recebeu em Seu corpo 
a punição, para que pudéssemos ser conduzidos a Deus. 
A redenção tem as suas raízes no passado, mas sua plena realização está no 
futuro. O preço de nossa redenção foi pago quando nosso Senhor morreu na cruz. Mas a 
nossa redenção só se completará quando Jesus vier pela segunda vez. 
Este mundo deve ser recuperado e entregue outra vez ao povo de Deus: “Bem- 
aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra”. Esta herança está no futuro. 
“Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai as vossas cabeças, porque a vossaredenção está próxima” (Luc. 21:28). 
Quando Adão pecou, ele cedeu todos os direitos sobre este mundo. E a herança 
não somente saiu de suas mãos, mas das mãos de toda a sua posteridade. Satanás se 
declara senhor do mundo. Porém, por todo esse tempo, os verdadeiros donos têm estado 
à espera de que o Remidor tome o livro selado e reassuma a herança perdida. 
Antes, porém, que o inimigo e sua semente possam ser despejados e os 
verdadeiros herdeiros reinstalados em sua propriedade, tem de haver uma completa 
verificação de todos os argumentos e alegações. 
 
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Isso exige a abertura dos livros no Céu. Esses livros devem ser examinados antes 
que a sentença seja proferida. Antes que o nosso Senhor volte em glória e poder para 
receber Sua igreja, todo caso terá sido decidido, pois Ele traz consigo o Seu galardão 
“para dar a cada um, segundo a sua obra” (Apoc. 22:12). 
Em todo julgamento há três fases: (1) a investigação; (2) a sentença; (3) a 
execução da sentença. 
No grande tribunal do Céu, são evidentes essas mesmas fases. Antes da sentença, 
deve haver uma investigação de cada caso. Não porque Deus necessite disso, pois Ele 
sabe todas as coisas, mas para que todo o Universo possa conhecer a justiça e a correção 
da sentença. 
O apóstolo Paulo diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de 
Cristo” (II Cor.5:10). Cristo “há de julgar os segredos dos homens” (Rom. 2:16). 
“Porquanto [Deus] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, 
por meio do Varão que destinou” (Atos 17:31). 
Este Homem não é outro senão Jesus Cristo, pois Ele próprio declara de Si 
mesmo: “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo”. “E deu-Lhe o poder de 
exercer o juízo, porque é o Filho do homem” (João 5:22, 27). Assim, Jesus é ao mesmo 
tempo nosso Advogado e Juiz. 
Sabemos, pois que, para um advogado nos representar, é preciso que lhe demos 
uma procuração. Jesus Cristo será o juiz no dia do julgamento pelo qual todos iremos 
passar, mas Ele só será nosso advogado se hoje lhe entregarmos uma procuração. 
Apoc. 5:11: “Então olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos 
seres viventes, e dos anciãos; e o número deles era milhões de milhões e milhares de 
milhares,” 
Apoc. 5:12: “proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, 
de receber a glória, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”. 
Apoc. 5:13: “Então ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da 
terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: “Ao que está assentado sobre o 
trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o poder para todo o sempre”. 
Apoc. 5:14: “E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram- 
se e adoraram”. 
Ao mover-Se o Remidor, exibindo o título de propriedade da posse alienada, 
irrompeu-se um novo canto diante do trono: “Digno é o Cordeiro que foi morto”. Os 
 
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anjos, os 4 seres viventes e os 24 anciãos compreendem claramente o que significa o livro 
nas mãos do Cordeiro – o Remidor celestial. O cântico de glória é para Aquele que é 
digno de toda honra e louvor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 6 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 6 
 
 
No capítulo anterior, vimos o Cordeiro tomar o livro selado da mão de Deus, sob 
uma aclamação nunca antes vista no Universo. Neste, vamos vê-Lo abrir os selos, um por 
um. O capítulo 6 trata dos seis primeiros selos, o sétimo é explorado no capítulo 8 de 
Apocalipse. 
João visualiza cenas. Assim, como em outros capítulos, a simbologia é bastante 
utilizada. É importante citar que a sequência profética e simbólica dos sete selos 
relaciona-se com o mesmo terreno coberto pela profecia das sete igrejas, mas dando 
ênfase a outros eventos. 
As profecias do Apocalipse não são sucessivas; mas repetitivas; isto é, elas são 
reafirmadas cobrindo os mesmos períodos de tempo. Os sete selos, por exemplo, e as sete 
trombetas, cobrem o mesmo período das sete igrejas. 
O princípio de interpretação profética, destacado pelo próprio Senhor Jesus, é 
que somente quando a profecia encontra o seu cumprimento é que pode ser plenamente 
compreendida. Três vezes Jesus disse isso no cenáculo: “Eis que vos tenho dito antes que 
aconteça, para que quando acontecer possais crer” (João 14:29, 13:19 e 16:4). 
O propósito do cumprimento das profecias é de fortalecer nossa fé. 
Os quatro cavalos e suas diferentes cores – conforme descrito nos quatro 
primeiros selos – representam as quatro primeiras fases da igreja cristã (Éfeso, Esmirna, 
Pérgamo e Tiatira).
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Os quatros cavaleiros do Apocalipse: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PRIMEIRO SELO 
 
 
Apoc. 6:1: “Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro 
seres viventes dizer, como se fosse voz de trovão: Vem!” 
Apoc. 6:2: “Olhei, e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi- 
lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo, e para vencer”. 
O cavalo branco simboliza pureza e vitória. Cristo é o cavaleiro. 
Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, o cavalo era o meio mais rápido de 
comunicação (como o e-mail, hoje). Além disso, a cavalaria era a principal arma de 
guerra. Cavalo, portanto, é símbolo do poder e da rapidez necessários à pregação do 
evangelho; tarefa incumbida à igreja de Deus. A cor branca era símbolo de vitória sobre 
o inimigo. 
A mesma figura é aplicada na profecia que menciona a Segunda Vinda triunfal 
de Cristo, que o apresenta vindo à terra vestido de branco e cavalgando um cavalo branco. 
O primeiro cavalo, de cor branca, é uma alusão aos triunfos da igreja apostólica, 
no período de 34 a 100 dC. A igreja cristã era pura na doutrina, porque foi conduzida 
diretamente por Cristo. O arco que o cavaleiro trazia, nos dias antigos, era uma arma de 
ataque; um poderoso instrumento de guerra. A grande munição dos exércitos daquele 
tempo eram as flechas. 
 
 
 
 
 
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Ao sair para a batalha, o cavaleiro recebe uma coroa. Enquanto os vencedores 
deste mundo recebem a coroa somente após a vitória, Cristo, o cavaleiro do primeiro selo, 
recebe a coroa antecipadamente, como evidência segura de Sua vitória. 
Há poder na mensagem do evangelho. A conquista não é por meio de 
argumentos. Jesus não disse: “Vocês são Meus advogados”. Jesus disse: “Vocês são 
Minhas testemunhas”. É por isso que a mensagem revolucionou o mundo. 
 
 
O SEGUNDO SELO 
 
 
Apoc. 6:3: “Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente 
dizer: Vem!” 
Apoc. 6:4: “Então saiu outro cavalo, vermelho. Ao seu cavaleiro foi dado tirar a 
paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma 
grande espada”. 
O cavalo vermelho simboliza sangue, corrupção e pecado. O cavaleiro 
representa o Império Romano pagão. 
O segundo selo apresenta a igreja em estado de corrupção. A cor vermelha, em 
se tratando de vida espiritual, simboliza o pecado. “Ainda que os vossos pecados sejam 
vermelhos como o carmesim...” (Isa.1:18). 
A igreja incorporou doutrinas pagãs e abandonou a pureza da verdade. Este 
período do segundo selo, de corrupção dos princípios básicos da igreja, estendeu-se do 
ano 100 ao ano 313 dC. 
Milhões morreram quando o Império Romano tentou varrer o cristianismo da 
face da terra. A perseguição contra cristãos foi seguida de muitas mortes, porém, por 
causa do sangue de muitos mártires, o cristianismo crescia a cada dia. 
Os cristãos primitivos não tinham liberdade como nós temos, hoje, de ir à igreja 
prestarculto a Deus. Ser cristão, era um crime punido com a morte. 
Conta-se que no Concílio de Nicéia, em 325 d.C, quase todas as pessoas 
apresentavam algum tipo de mutilação, resultado da perseguição. O tempo do cavalo 
vermelho foi o tempo em que os pagãos perseguiram intensamente os cristãos. 
 
 
O TERCEIRO SELO 
 
 
 
 
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Apoc. 6:5: “Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente 
dizer: Vem! Olhei, e vi um cavalo preto. O seu cavaleiro tinha uma balança na mão”. 
Apoc. 6:6: “E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes, que 
dizia: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário, e 
não danifiques o azeite e o vinho”. 
O cavalo preto simboliza luto e trevas espirituais. O cavaleiro representa o 
Imperador Romano. 
O cristianismo já não era mais ilícito. Era popular. As pessoas eram incentivadas 
a tornarem-se cristãs. Mas o cristianismo já não era mais puro. Não era mais branco. Era 
tão corrupto que foi representado por um cavalo preto. As doutrinas pagãs tomaram o 
lugar das doutrinas verdadeiras e puras da igreja primitiva. 
Foi durante esse período que a igreja começou a dominar o Estado ou o governo 
(313 a 538 dC). A partir daí, não eram mais os pagãos que perseguiam os cristãos. Eram 
os cristãos que passaram a perseguir os pagãos. 
A balança é o símbolo da justiça. A utilização desse símbolo demonstra que a 
Igreja e o Estado estariam unidos para exercer a autoridade judicial. Isso foi verdade entre 
os imperadores romanos desde Constantino até Justiniano, quando ele entregou a mesma 
autoridade judicial ao bispo de Roma. 
Nesta visão, João viu uma balança na mão do cavaleiro. “Uma medida de trigo 
por um denário; e três medidas de cevada por um denário”. Deus havia ordenado que o 
pão da vida devia ser de graça. Mas agora estava sendo vendido. Neste período, a religião 
tornou-se um negócio. 
O trigo representa a pura verdade do evangelho de Cristo; enquanto a cevada, 
representa as tradições e erros que penetraram na igreja. Em razão de sua escassez, o trigo 
era vendido por valor maior do que a cevada. Três medidas de cevada eram vendidas pelo 
mesmo preço de uma medida de trigo. 
E até hoje, este estado de coisas perdura no chamado cristianismo nominal. 
Aquele que apresenta ao mundo, evidentemente, mais “cevada” do que “trigo”; ou seja, 
mais erros tradicionais do que verdades fundamentais. 
Nas Escrituras Sagradas, o azeite é símbolo do Espírito Santo, enquanto o vinho 
representa o sangue de Cristo. A expressão: “Não danifiques o azeite e o vinho” reclama 
que não se pode invocar o nome de Cristo e do Espírito Santo, quando se prega o erro e a 
“tradição dos homens” em lugar da verdade de Deus. 
 
 
 
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O QUARTO SELO 
 
 
Apoc. 6:7: “Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser 
vivente, que dizia: Vem!” 
Apoc. 6:8: “Olhei, e vi um cavalo amarelo. O seu cavaleiro chamava-se Morte, 
e o inferno o seguia. Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra para matar com a 
espada, com a fome, com a peste e com as feras da terra”. 
O cavalo amarelo simboliza a morte. O cavaleiro é representado pelo Papado. 
Na verdade, a palavra grega que designa a cor deste cavalo é “chloros”, que é 
um esverdeado pálido. A cor da morte. 
Foi durante os 1.260 anos da perseguição que os templos pagãos viraram igrejas 
cristãs. Mas o povo verdadeiro de Deus teve que fugir para as montanhas a fim de adorar 
o seu Deus. 
Não eram mais pagãos perseguindo cristãos. Não eram mais cristãos 
perseguindo pagãos. Agora, eram cristãos perseguindo e matando outros cristãos. A 
Roma cristã não crucificava pessoas como a Roma pagã fazia. A Roma cristã as queimava 
vivas. A Roma pagã torturava criminosos por roubarem, mas a Roma cristã torturava 
cristãos por lerem e seguirem a Bíblia. 
No período do quarto selo, que foi de 538 a 1517 dC, foi dado ao cavaleiro que 
monta o cavalo amarelo, ou tem as rédeas da igreja em suas mãos, o nome de “Morte”. 
Esta é uma prova real da carnificina que foi a Inquisição. O papado efetuou uma 
grande chacina e levou multidões à sepultura. Inferno, ou “hades”, designa o lugar dos 
mortos ou sepultura. 
 
 
O QUINTO SELO 
 
 
Apoc. 6:9: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que 
foram mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram”. 
Apoc. 6:10: “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e 
santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” 
Apoc. 6:11: “E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas, e foi- 
lhes dito que repousassem ainda por pouco tempo, até que se completasse o número dos 
seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como também eles foram”. 
 
 
 
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O quinto selo é uma sucessão do quarto e estende-se do período que vai do ano 
1517 a 1755, d.C. No quarto selo, vimos os terríveis extermínios do papado contra o povo 
de Deus. O quinto selo nos mostra o quadro das testemunhas de Deus e de Seus Filhos 
mortos pela espada papal. 
Para entender o que significam as “almas debaixo do altar” é preciso responder 
a 4 perguntas: 
 
 
1) O que significa o termo “alma”? 
A palavra “alma”, do nosso texto, vem do grego “psyche” e é mencionada 103 
vezes no Novo Testamento. “Psyche” é traduzido em inúmeras passagens por “pessoa”. 
Por exemplo, referindo-se aos convertidos no Pentecostes, é dito que: “naquele 
dia agregaram-se quase 3000 almas” (psyche) Atos 2:41. Fica claro que João teve a visão 
das próprias pessoas dos mártires das perseguições papais do quarto selo, e não supostas 
almas desincorporadas. 
 
 
2) Existe algum altar de sacrifícios no Céu? 
Por outro lado, no Céu não existe um altar para sacrifícios. Por isso, a expressão 
de João de que viu “debaixo do altar as almas dos que foram mortos”, no período da 
perseguição papal, deve ser entendida como uma afirmativa de que eles estão debaixo da 
terra, ou em seus sepulcros. 
 
 
3) Pode haver espírito de vingança no Céu? 
Não podemos imaginar que o espírito de vingança possa dominar de tal maneira 
as mentes das almas no Céu a ponto de fazer com que, a despeito da alegria e da glória 
do Céu, elas não ficassem satisfeitas enquanto não vissem a vingança praticada contra os 
seus inimigos. Será que há lugar para ódio, no coração dos habitantes do Céu? Com 
certeza que não; nunca, jamais! 
 
 
4) Por que essas almas estariam clamando por vingança? 
Se a idéia popular que coloca essas almas no Céu fosse verdade, seus 
perseguidores estariam queimando num suposto inferno. Por que essas almas estariam 
clamando por vingança? Que vingança maior poderiam querer? 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
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O sangue clama por vingança é a mesma expressão usada no livro de Gênesis. 
O sangue de Abel clama por vingança (Gên. 4:9 e 10). 
O clamor figurado dos milhões e milhões de mártires do quarto selo, longe está 
de afirmar que eles estejam no Céu. É apenas um alerta de que Deus punirá, no tempo 
certo, os seus inimigos. 
O que João viu – numa visão simbólica – foi o clamor de justiça que será 
satisfeito no devido tempo. “A voz do sangue do teu irmão clama a Mim desde a Terra” 
(Gen.4:10). E, por acaso, sangue tem voz? É evidente que se trata de uma linguagem 
figurada. 
As vestes brancas comprovam o caráter daqueles que foram covardemente 
martirizados, não porque fossem criminosos, mas “por causa da palavra de Deus e por 
causa do testemunho que deram”. 
A frase repouso por pouco tempo é outra evidência de que não poderiam estar 
no Céu, mas em seus sepulcros onde deveriam permanecer mais um pouco. 
 
 
O SEXTO SELO 
 
 
Apoc. 6:12: “Olhei,

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