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Apocalipse 3

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Prévia do material em texto

ESCATOLOGIA 
 
EM 
 
APOCALIPSE 
 
III 
 
 
APRESENTAÇÃO DO 
MATERIAL 
 
 
O material aqui presente tem como objetivo introduzir a aprendizagem dos discentes, 
anexando conteúdos livres no material, para enriquecimento dos mesmos. 
 
O conteúdo aqui apresentado possui dados legais, não dispondo, assim, de autor ou 
autores próprios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Toda literatura apocalíptica é escatológica, mas as duas coisas não são idênticas. São 
feitas, acertadamente, distinções entre as duas. A escatologia pode existir e 
frequentemente existe nos escritos básicos, separada das seções apocalípticas. A própria 
natureza contingente do pensamento escatológico faz com que a escatologia se preste à 
expressão apocalíptica (mitológica). Por outro lado, o apocalíptico é sempre escatológico, 
seja explícita ou implicitamente. A escatologia olha para um tempo futuro, quando Deus 
irromperá catastroficamente no mundo do tempo e do espaço, para julgar sua criação. Há 
uma distinção a ser feita entre profecia escatológica e o apocalíptico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
 
Sumário 
APOCALIPSE CAPÍTULO 14 ................................................................................................................... 4 
APOCALIPSE CAPÍTULO 15 ................................................................................................................. 13 
APOCALIPSE CAPÍTULO 16 ................................................................................................................. 12 
APOCALIPSE CAPÍTULO 17 ................................................................................................................. 28 
APOCALIPSE CAPÍTULO 18 ................................................................................................................. 45 
APOCALIPSE CAPÍTULO 19 ................................................................................................................. 51 
APOCALIPSE CAPÍTULO 20 ................................................................................................................. 58 
APOCALIPSE CAPÍTULO 21 ................................................................................................................. 64 
APOCALIPSE CAPÍTULO 21 ................................................................................................................. 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 14 
 
 
O capítulo 14 trata de três assuntos principais: Os 144 mil na glória, a tríplice 
mensagem angélica e a intervenção do Céu na Terra. 
Os detalhes deste capítulo, dentro de suas divisões, são de suprema solenidade. 
São eles: 
Predição da restauração do evangelho eterno, num movimento mundial e o 
anúncio da chegada da hora do juízo; 
A denúncia da queda da Babilônia espiritual ou do falso cristianismo; 
A mais grave e solene advertência jamais feita aos mortais contra a adoração da 
besta, de sua imagem e a recepção de seu sinal; 
Evidencia-se um povo que guarda os mandamentos de Deus e possui a fé de 
Jesus; 
É referida a colheita da Terra pela segunda vinda de Cristo; 
O juízo de Deus é executado no símbolo das uvas que são pisadas no lagar da 
Sua ira. 
 
 
Os 144.000 
 
 
Apocalipse 14:1 – “Então olhei e vi o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com 
ele cento e quarenta e quatro mil que traziam escrito na testa o seu nome e o nome de seu 
Pai”. 
De tudo quanto se diz sobre os 144 mil neste capítulo e nos capítulos sete e 
décimo quinto, temos muitas razões para crer que eles constituem os justos que estarão 
vivendo na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo. Eles são um grupo especial que 
foi selado com o “selo do Deus vivo”. Foram congregados de todas as nações. 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
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O nome de – Deus Criador – contido no mandamento do sábado é também 
aplicado ao Filho de Deus visto que Ele também é Deus e Criador dos Céus e da Terra. 
Assim, terão os 144 mil em suas testas o nome do Cordeiro e o nome do Pai. 
 
 
O monte Sião é citado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento como o trono 
de Deus. 
Apocalipse 14:2 – “E ouvi uma voz do Céu, como a voz de muitas águas, e como 
a voz de um grande trovão. A voz que ouvi era como de harpistas, que tocavam com suas 
harpas”. 
 
 
A voz dos 144 mil triunfantes do monte Sião. 
 
 
Apocalipse 14:3 – “E cantavam um cântico novo diante do trono, e diante dos 
quatro seres viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender aquele cântico, senão os 
cento e quarenta e quatro mil que tinham sido comprados da terra.” 
Os 144 mil cantarão um “novo cântico” que está bem esclarecido no capítulo 
quinze. Este é um novo cântico, pois registra uma nova experiência. Ninguém senão os 
144 mil, em toda a eternidade, poderá aprender este novo cântico; pois, será o cântico que 
expressará uma experiência pela qual jamais alguém terá passado em tempo algum além 
deles. E isto prova que todos os 144 mil terão idêntica experiência em um tempo único, 
definido, como relata Apocalipse 15:2-3. 
Apocalipse 14:4 – “Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois 
são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que 
dentre os homens foram comprados para ser as primícias para Deus e para o Cordeiro.” 
Mulher em profecia significa igreja. Em Apoc.17:5, temos o quadro de uma 
mulher impura com suas filhas, as quais participam de sua mesma natureza corrompida. 
Esta mulher é chamada “Mistério, a Grande Babilônia”. 
As “mulheres” desta profecia são figuras das igrejas caídas, do mundo cristão, 
com as quais os 144 mil não estarão contaminados ou não terão com elas relação alguma 
no momento da segunda vinda de Cristo. Não quer isto dizer que nunca pertenceram antes 
a igrejas caídas. 
Lemos no capítulo dezoito que Deus faz um forte apelo a Seu povo, enganado, 
que está ainda na Babilônia espiritual, ou nas igrejas caídas, para que saia dela a fim de 
não participar de seus pecados. Ao deixar Babilônia, em atenção ao chamado de Deus, 
 
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escapam da contaminação das falsas “mulheres” ou das falsas igrejas. Desta maneira, uma 
vez desligados das igrejas corrompidas, eles serão “virgens”, pois não estão praticando o 
adultério espiritual. 
 
 
A igreja que estará esperando pelo retorno do Mestre é descrita como dez virgens 
(Mat.25:1-13). São virgens porque têm a fé pura. Guardam os dez mandamentos de Deus 
e possuem a fé de Jesus (Apoc.14:12). As “lâmpadas” nas mãos das virgens são símbolo 
da Palavra de Deus (Sal.119:105). Mas, não basta possuir a lâmpada; é preciso ter, 
também, o óleo – uma profunda experiência cristã que vem por meio da presença do 
Espírito Santo de Deus. 
 
 
Apocalipse 14:5 – “Na sua boca não se achou engano; são irrepreensíveis”. 
 
 
Não se achou “mentira” em seus lábios. Não revelaram qualquer intimidade com 
a falsa mãe Babilônia e suas filhas prostitutas. Não adoraram a besta e sua imagem. Eles 
“não amaram a própria vida” “mesmo em face da morte” (Apoc.12:11). 
Eles seguem a Cristo, sem medo da morte. Eles O seguem na prosperidade e na 
adversidade, na alegria e na tristeza, na perseguição e no triunfo. Eles rejeitaram toda 
falsa doutrina e proclamaram a verdade de Deus. Na sua boca não se achou engano. Eis 
o caráter daqueles que hão de ser eternos.O Evangelho Eterno 
 
 
Apocalipse 14:6 – “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho 
eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e 
povo”. 
Simbolizando uma mensagem ou um mensageiro, este primeiro anjo representa 
um movimento de âmbito mundial; não alguma mensagem nova, mas a mesma mensagem 
do passado. 
Deus sempre teve apenas um único evangelho. O evangelho eterno nunca muda. 
Ele foi anunciado primeiro no Éden (Gen.3:15), depois para os filhos de Israel (Heb.4:1- 
2), e é proclamado de novo a cada geração. 
No capítulo oito, do livro de Daniel, está bem assentada a profecia de que Roma- 
papal lançaria por terra a pura verdade do evangelho e que trocaria pelas tradições de 
 
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homens sem Deus. E esta ação da igreja de Roma determinou a apostasia do cristianismo, 
que redundou no surgimento do “homem do pecado” que se assenta “como Deus, no 
templo de Deus, querendo parecer Deus”, decretando dogmas religiosos em substituição 
aos do “evangelho eterno” de Deus. 
Também o protestantismo, que pretende ter-se afastado de Roma, tem aviltado 
de igual maneira a Bíblia, introduzindo novos erros em lugar do evangelho eterno. Porém, 
o primeiro anjo, “voando pelo meio do Céu”, a representar um movimento de Deus nestes 
últimos tempos, anuncia a restauração do “evangelho eterno”. 
 
 
A Mensagem do Primeiro Anjo 
 
 
Apocalipse 14:7 – “Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e daí-lhe glória, 
porque é chegada a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, a terra, o mar e as 
fontes das águas”. 
O que significa temer a Deus? “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a 
Deus e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” 
(Ecles.12:13). 
A declaração atesta haver um tempo pré-definido em que a hora do juízo 
chegaria. A mensagem do juízo seria proclamada no mundo imediatamente ao chegar o 
“tempo do fim”, em 1798. Desta data em diante, poderíamos esperar o anúncio da chegada 
da hora do juízo. 
Além disso, a hora do juízo chegaria quando o “evangelho eterno” fosse 
proclamado através de um grande movimento mundial “a toda nação, e tribo, e língua, e 
povo”, o que só poderia ser possível com o concurso da ciência, segundo anunciara o 
profeta (Dan.12:4). Desde o ano de 1844, segundo o profeta Daniel, iniciou-se o juízo no 
Céu. 
Enquanto no Céu, no santuário de Deus, se processa o juízo desde 1844, na Terra 
a mensagem do primeiro anjo adverte os homens sobre a sua realidade. 
Em seu sermão em Atenas, Paulo disse que Deus “estabeleceu um dia em que há 
de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e creditou diante de 
todos” (Atos 17:31). 
Os que aceitam o “evangelho eterno” se distinguem dos demais ditos cristãos, 
exatamente por obedecerem aos mandamentos da lei de Deus. Sabem que não estarão 
obedecendo ao evangelho eterno desprezando esses mandamentos. Sabem que não serão 
 
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perdoados, se insistirem na transgressão da lei divina, que é a norma do juízo pela qual 
serão afinal julgados. 
 
 
É unicamente o quarto mandamento do Decálogo que aponta “Aquele que fez o 
céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. (Êxo.20:8-11). O mandamento do sábado 
foi estabelecido por Deus com um propósito claramente definido, isto é, para que o 
homem se lembre perpetuamente de que Deus é o Criador do Céu, da Terra, do mar e de 
tudo quanto neles há. É pela observância do sábado que Deus espera ser reconhecido e 
adorado pelos habitantes do mundo como Criador, mantenedor e doador de todas as 
coisas. Antes do fim do mundo e da segunda vinda de Cristo, a partir de 1844, esta verdade 
deveria ser restabelecida na Terra segundo esta profecia. 
Em 1856, quando já o “evangelho eterno” estava sendo anunciado ao mundo há 
doze anos, por um povo remanescente especial, e Deus sendo dado a conhecer como 
Criador, surgiu Carlos Darwin com o seu livro intitulado “A Origem das Espécies”, em 
que contraria abertamente a doutrina criacionista do quarto mandamento da lei de Deus e 
do evangelho de Cristo. 
Uma vez que o registro bíblico da criação está sendo contrariado e uma vez que 
o sábado de Deus, um sinal do Seu poder criador foi posto de lado pela humanidade em 
geral, é vital que todas as pessoas, em todas as partes, sejam alertadas sobre essa questão 
crucial que tem a ver com a verdadeira adoração. 
 
 
A mensagem do primeiro anjo: 
> Abrange todas as pessoas; 
> Chama o homem para adorar a Deus (guardar os Seus mandamentos) 
> Anuncia a hora do juízo divino; 
> Chama o povo para adorar o Criador (guardar o sábado). 
 
 
A Mensagem do Segundo Anjo 
 
 
Apocalipse 14:8 – “Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande 
Babilônia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.” 
A palavra Babilônia, ou Babel, quer dizer confusão. Ela teve sua origem com a 
cidade e a torre que o povo tentou construir na terra de Sinear, depois do dilúvio. Foi lá 
que as línguas do mundo foram confundidas. É um símbolo adequado para as igrejas 
 
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populares e seculares, com suas centenas de diferentes seitas e doutrinas contraditórias. 
Apocalipse 12 fala sobre a mãe verdadeira, a igreja pura. Babilônia também é uma mãe; 
ela é chamada “a mãe das meretrizes” (Apoc.17:5). 
O grande pecado imputado à Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do 
vinho da ira da sua prostituição”. Esta taça de veneno que ela oferece ao mundo representa 
as falsas doutrinas que propagou. 
 
 
Multidões têm bebido o vinho destas falsas doutrinas. 
 
 
A Mensagem do Terceiro Anjo 
Apocalipse 14:9 – “Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: 
Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão”, 
Apocalipse 14:10 – “também o tal beberá do vinho da ira de Deus, preparado, 
sem mistura, no cálice da sua ira. E será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos 
anjos e diante do Cordeiro”. 
A mensagem é dada em alta voz e há quatro coisas que devem ser consideradas: 
Alerta contra a adoração da besta. O primeiro anjo convida para adorar “aquele 
que fez o Céu e a Terra”. O terceiro anjo alerta contra a adoração da besta. Deve haver, e 
há, uma diferença essencial. Se aceitarmos os ensinos e mandamentos da besta em vez da 
Palavra e da Lei de Deus, estamos adorando-a. 
Alerta contra a adoração da imagem da besta. Se cedermos à pressão do 
protestantismo apostatado, ao este dar a mão ao poder civil para impor a marca da besta, 
não seremos considerados verdadeiros adoradores do Criador. 
Alerta contra receber o sinal da besta. Nas derradeiras horas da crise, a marca 
papal da guarda do domingo será imposta pela lei civil. O alerta de Deus é proferido 
contra essa marca. Ao Deus chamar as pessoas para adorar o Criador, a questão sábado- 
domingo será claramente delineada. 
Alerta acerca da ira de Deus sobre aqueles que não ouvirem Seu aviso. Todos 
temos que escolher entre a ira do homem e a ira de Deus. É entre a obediência ao homem 
e a obediência a Deus que a decisão precisa ser tomada. 
Desde tempos passados até ao presente, a ira de Deus tem se manifestado, mas 
sempre permeada da Sua misericórdia. Mas quando ela for consumada nas sete pragas, 
não será acompanhada da misericordiosa graça. Assim, quando a substituição do sábado 
 
 
 
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bíblico pelo domingo humano se tornar universal, Deus intercederá no mundo. Ele sairá 
de Seu lugar para punir os habitantes do mundo por suas iniquidades. 
 
 
Apocalipse 14:11 – “A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre. Não 
têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que 
receber o sinal do seunome”. 
A expressão implica na afirmação de que receberão o castigo de Deus aqui na 
Terra, onde em verdade há dia e noite em sucessão contínua. Isaías usou a mesma figura 
de linguagem ao se referir à destruição dos antigos edomitas, quando disse que o fogo da 
destruição “nem de dia nem de noite se apagará; para sempre o seu fumo subirá; de 
geração em geração será assolada; de século em século ninguém passará por ela”. 
(Isa.34:10). 
Porém, não consta que os edomitas, destruídos na Terra, onde há dia e noite, 
estejam ainda ardendo no fogo da destruição. As expressões de Isaias e João enfatizam 
uma destruição total e irremediável e não uma continuidade de castigo interminável. 
Vemos que, enquanto houver qualquer partícula a queimar, os ímpios queimarão; 
transformadas estas em cinza, o fogo cessará. 
 
 
Os Verdadeiros Santos de Jesus, Dos Últimos Dias 
 
 
Apocalipse 14:12 – “Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam 
os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” 
Eis o traço marcante do povo de Deus do “tempo do fim”. O que indica sua 
firmeza em cumprir o propósito que Deus lhe confiou, em meio a um mundo ímpio e a 
um cristianismo decadente. 
Considerando os que guardam os dez mandamentos de Deus serem assim 
colocados em contraste com os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal, 
é claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão 
assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta. 
A lei de Deus é a grande norma perante a qual todos os indivíduos deverão 
prestar suas contas no tribunal de Deus (Ecles.12:13-14). Saibam todos os homens que 
jamais serão justificados de seus pecados pelo sangue de Cristo, se não viverem em 
harmonia com os preceitos dos Seus mandamentos. 
 
 
 
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Disse Paulo: “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; 
e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não 
são justos diante de Deus; mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Rom.2:12- 
13). 
Apocalipse 14:13 – “Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem- 
aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, 
descansarão dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanharão”. 
Em primeiro lugar, são bem-aventurados os mortos que morrem “no Senhor”; 
pois não há esperança após a morte a não ser que o morto tenha morrido “no Senhor”. Em 
segundo lugar, esta mensagem faz alusão a mortos “que desde agora morrem no Senhor”. 
“Desde agora” sugere dizer desde quando, ao ser proclamada a advertência final 
do terceiro anjo, aparecerem os fiéis de Deus que guardam os Seus mandamentos. E por 
que os mortos deste período serão bem-aventurados? Porque serão poupados de enfrentar 
as tribulações que vem pela frente. 
 
 
Enfatizada a Volta de Jesus 
 
 
Apocalipse 14:14 – “Olhei, e vi uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem 
um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma 
foice afiada”. 
Colocada nesta profecia em seguida à mensagem final do terceiro anjo, a 
segunda vinda de Cristo comprova que a última mensagem do terceiro anjo a precede 
imediatamente. 
O apóstolo Paulo afirma que Ele “aparecerá segunda vez, ...aos que O esperam 
para a salvação” (Heb.9:28). Sim, os que O esperam devem estar se preparando para esse 
dia. 
Mas o dia da volta de Cristo será o mais terrível dia para todos quantos recusaram 
a Sua salvação. Terão de sofrer as amargas consequências desta decisão. Terão que avaliar 
o quanto estiveram enganados. 
A coroa de ouro que Lhe dera o Pai forma um flagrante contraste com a de 
espinhos que Lhe deram os homens, na Terra, para zombarem de Sua realeza. 
A foice afiada representa a colheita do bom trigo, que é um símbolo dos justos 
que Jesus virá buscar. 
 
 
 
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Apocalipse 14:15 – “Então outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz 
ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora 
de ceifar, pois já a seara da terra está madura.” 
 
 
Apocalipse 14:16 – “E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua 
foice à terra, e a terra foi ceifada.” 
Apocalipse 14:17 – “Outro anjo saiu do templo, que está no céu, o qual também 
tinha uma foice afiada”. 
Apocalipse 14:18 – “Ainda outro anjo saiu do altar, o qual tinha poder sobre o 
fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Lança a tua foice 
afiada e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as uvas estão maduras”. 
Apocalipse 14:19 – “E o anjo meteu a sua foice à terra e colheu as uvas da vinha 
da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus.” 
Apocalipse 14:20 – “E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar 
até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios”. 
Segundo este capítulo de Apocalipse, há no mundo dois tipos de plantações 
distintas: A seara do Senhor e a vinha de Satanás. O trigo do Senhor e as uvas satânicas. 
O lagar onde as uvas eram espremidas e convertidas em vinho, nesta profecia, é 
um símbolo da destruição dos ímpios como uvas negras da vinha do adversário da justiça. 
A colheita do trigo e das uvas ocorrerá simultaneamente, por ocasião da segunda vinda 
de Cristo ao mundo. 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 15 
 
 
Este capítulo encerra dois grandes fatos estreitamente ligados ao plano da salvação de 
Deus. O primeiro é uma introdução às sete pragas vindouras da ira de Deus, que assinalam 
o fim da graça divina. O segundo é uma grandiosa visão dos salvos vitoriosos, vistos num 
glorioso lugar denominado “mar de vidro”. 
A segunda parte do Apocalipse, que começa neste capítulo 15, apresenta as cenas 
preparatórias para a punição final e para a recompensa final. Os rebeldes impenitentes 
 
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recebem as pragas e são sentenciados ao lago de fogo e enxofre. Os crentes fiéis são 
instalados em tronos e estabelecidos para sempre em seus lares na Nova Jerusalém. 
 
 
Os Juízos Finais de Deus 
 
 
Apocalipse 15:1 – “Vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que 
tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus”. 
Esta cena é uma das mais majestosas dentre as visões de Apocalipse. João não 
esconde a emoção que sentiu ao ter visto no Céu “outro sinal, grande e admirável”. Um 
novo grupo de sete anjos surge ante seus olhos. O primeiro grupo, o das sete trombetas, 
representa os vitoriosos guerreiros de Deus contra Seus inimigos desde Roma. O segundo 
grupo, que é o que agora vislumbramos, representa os mensageiros da ira de Deus sobre 
Seus inimigos vencidos. 
Esta expressão torna claro que outras pragas foram derramadas no passado. O 
antigo Egito recebeu o impacto direto de dez juízos especiais de Deus – dez tremendas 
pragas – relatadas no livro de Êxodo. Existem interessantes semelhanças entre as pragas 
do Egito (Êxo.7:20 a 12:30) e as sete últimas pragas. Nos dois casos, encontramos um 
rio, sangue, rãs, úlceras, granizo e ameaçadora escuridão. Mas não são a mesma coisa. 
As sete últimas pragas representam o clímax, ou limite superior da punição. E 
elas são derramadas “sem mistura” (Ap.14:10), ou seja, não-suavizadas pela misericórdia 
de Deus que em todas as ocasiões anteriores limitou o sofrimento. Ao final dos mil anos, 
haverá o derramamento de uma outra punição (Ap.20:11-15). 
Consumar implica em terminar. A consumação da ira de Deus nas sete últimas 
pragas não é uma revelação de ódio da parte de Deus pelos pecadores impenitentes, mas 
sim a manifestação da justiça de Deus sobre todos os que desprezam o imenso sacrifício 
da cruz. 
 
 
Uma Visão dos Vencedores 
 
 
Apocalipse 15:2 – “E vi como que um mar devidro misturado com fogo, e os 
que tinham vencido a besta e a sua imagem e o número do seu nome, estavam em pé junto 
ao mar de vidro. Tinham as harpas de Deus”, 
O próprio profeta não achou palavras precisas para descrever o lugar que viu. Só 
estando lá se poderá ter uma visão exata do que seja um mar de vidro como cristal 
 
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misturado com fogo. Os que já contemplaram o espetáculo de um pôr-do-sol à beira do 
mar, podem ter uma pálida ideia da glória que o profeta tentou descrever aqui. 
À medida que o Sol, como uma enorme bola de fogo, esconde-se atrás da linha 
do horizonte, o mar parece explodir em chamas de glória. As ondas são retocadas com 
um tom de vermelho e toda a cena é transformada numa mescla de muitas águas e fogo. 
Assim foi a visão que se abriu ante o profeta em Patmos, que ainda ouviu os sons de 
cânticos de vitória. Finalmente os santos estão no lar! 
Apocalipse 15:3 – “e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico 
do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo- 
Poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos”. 
Apocalipse 15:4 – “Quem não te temerá, ó Senhor, e não glorificará o teu nome? 
Pois só tu és santo. Todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, pois os teus juízos 
são manifestos”. 
João captou os ecos de um poderoso hino que surge dos lábios daqueles que, 
pela graça, derrotaram o poder do inimigo. É o cântico de Moisés, pois este cântico 
transmite o louvor dos que, tal como os do antigo Israel no Mar Vermelho, foram 
milagrosamente libertos da iminente destruição. 
É, também, o cântico do Cordeiro, porque fala da vitória do povo de Deus sobre 
a morte e a sepultura. Será um cântico de experiência pessoal, e somente os que passaram 
por ela poderão unir suas vozes nesse louvor. 
 
 
A Manifestação da Ira Divina 
 
 
Apocalipse 15:5 – “Depois disto olhei, e abriu-se no céu o santuário do 
tabernáculo do testemunho”, 
Apocalipse 15:6 – “e os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, 
vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos à altura do peito com cintos de ouro”. 
Apocalipse 15:7 – “Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças 
de ouro, cheias da ira de Deus que vive para todo o sempre.” 
O templo no Céu abre-se agora não para a proclamação de uma nova mensagem 
de graça, mas para dar saída aos sete mensageiros da destruição. Estes anjos receberam a 
terrível e solene incumbência de derramar as taças cheias da ira de Deus sobre as cabeças 
daqueles que persistentemente menosprezaram o convite da misericórdia divina. 
 
 
 
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Vestidos com vestes emblemáticas da pureza e da fé estão preparados para 
cumprirem a terrível missão a eles confiada. Estes seres santos, que tantas vezes 
procuraram auxiliar os mortais na aquisição da gratuita salvação de Deus, são agora 
novamente enviados a eles, não mais para renovarem os apelos do Céu, mas para lhes dar 
aquilo que seus próprios atos voluntariamente determinaram. 
De um dos quatro seres viventes recebem as sete taças de ouro cheias da ira de 
Deus, sem a mínima mescla de misericórdia de que era acompanhada em outros tempos. 
O pecador terá que receber, sem qualquer clemência, a consequência que ele 
mesmo escolheu. Receberá não o que Deus para ele havia separado, porque isto 
decididamente rejeitou, mas aquilo que foi a sua própria escolha em desafio aos desígnios 
divinos. 
Apocalipse 15:8 – “E o templo se encheu de fumaça, procedente da glória de 
Deus e do seu poder, e ninguém podia entrar no templo, enquanto não se consumassem 
as sete pragas dos sete anjos”. 
Na dedicação do primeiro templo, o rei Salomão subiu numa pequena plataforma 
de bronze, ajoelhou-se, abriu os braços e fez uma grandiosa oração. Quando terminou, a 
glória do Senhor encheu o templo. “Os sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor, 
porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor” (II Crôn.7:2). 
Aquela antiga manifestação de glória marcou o começo do ministério sacerdotal 
no templo de Salomão. A glória do tempo do fim, antevista em Apocalipse 15, logo 
marcará o término do ministério sacerdotal no santuário celestial. 
Os versos finais de Apocalipse 15 descrevem uma das mais arrebatadoras cenas 
de todo o livro. Quando os sete anjos saem com as taças da ira, a Escritura diz que até que 
sua obra seja concluída “ninguém podia entrar no templo”. 
Antes que as taças da ira sejam derramadas sobre os culpados, o convite de Deus 
será ouvido por toda pessoa sobre a Terra; a oportunidade do homem para a salvação terá 
passado, e a porta da misericórdia será fechada para sempre. 
As sete pragas serão derramadas sobre os que receberam o sinal da besta, e este 
sinal será aplicado pouco antes do aparecimento de Cristo em glória. Esses juízos cairão 
depois de haver Cristo terminado o Seu ministério em favor dos pecadores. 
Antes do derramamento das sete taças da ira de Deus, a porta da graça divina, 
aberta ao pecador por quase seis milênios, terá que se fechar para sempre. O fato de 
ninguém mais poder entrar no templo durante o lançamento das sete pragas, é indicativo 
 
 
 
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de que não haverá mediador em prol do pecador durante o período em que elas serão 
lançadas na Terra; o templo encher-se-á com a fumaça da glória de Deus e de Seu poder. 
 
 
Multidões, infelizmente, ficarão do lado de fora como fizeram no tempo de Noé 
ao vir o dilúvio. A porta da arca salvadora, figura da porta da graça divina, fechou-se sem 
que as massas percebessem que haviam lavrado o próprio destino. 
 
 
Ainda há tempo! 
 
 
HOJE, ainda podemos achegar-nos “confiadamente junto ao trono da graça, a 
fim de recebermos misericórdia” (Heb.4:16). Apocalipse 15 fala a respeito de um tempo 
quando ninguém poderá entrar. 
Deus tem permitido que o tempo da graça continue para que todos, inclusive 
assassinos, torturadores e os piores criminosos, possam ter tempo e oportunidade para se 
arrepender. Mas, chegará a hora em que o tempo da graça terminará. Deus dirá: “Continue 
o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na 
prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Apoc.22:11). 
Quando a porta da graça se fechar, o povo de Deus estará tão arraigado na 
verdade que não será mais possível separá-lo dela. Esse povo já estará portando “o selo 
de Deus”. A vitória contra a besta e a sua imagem estará assegurada. 
 
 
O Que é Graça? 
 
 
Muitas pessoas desconhecem o que seja a graça, embora creiam que serão salvas 
por ela. Para esquivar-se de certas responsabilidades impostas pela vida cristã, com 
frequência afirmam que estão agora na “dispensação da graça”, como se não houvesse 
graça nos tempos do Antigo Testamento. 
Se não houvesse graça antes da cruz, os que viveram antes dela não poderiam 
ser salvos, pois todos pecaram e o salário do pecado é a morte (Rom. 6:23). Que somos 
salvos pela graça, não há dúvida; mas, é claro que a graça não nos exime de todas as 
responsabilidades da vida cristã. 
Então, afinal, o que é a graça? Muitos dos que dizem ser salvos pela graça, não 
sabem explicá-la. Assim, Paulo define a graça: “Pois a graça de Deus se manifestou, 
trazendo salvação a todos os homens” (Tito 2:11). 
 
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Entendemos que a graça de Deus é o grande plano divino centralizado em Cristo, 
para salvação de todo pecador arrependido. Em outras palavras, é o evangelho de Cristo 
(Atos 20:24). Vê-se, pois, que graça e evangelho são sinônimos. 
Como podemos nos apoderar da graça? Diz Paulo: “...mediante quem [por 
Cristo] obtivemos entrada pela fé e esta graça...” (Rom.5:2). E, depois de nos 
apoderarmos da graça pela fé, somos justificadospor ela dos nossos pecados: “Pois todos 
pecaram e destituídos estão da glória de Deus, e são justificados gratuitamente pela sua 
graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rom.3:23-24). 
Mas, quem poderá, em verdade, ser justificado pela graça por meio de Cristo? 
Aqui está a resposta do apóstolo: “...mas os que praticam a lei hão de ser justificados” 
(Rom.2:13). 
Ora, uma vez que é indispensável a fé para nos apossarmos da graça e necessária 
a observância da lei de Deus para sermos justificados por ela, concluímos que a fé e a lei 
estão unidas na salvação pela graça. É preciso, portanto, harmonizar a fé com a lei para 
nos apoderarmos da graça e da justificação, ambas indispensáveis para a salvação. 
Agora, sim, somos salvos pela graça através da fé, que nos conduz 
inexoravelmente a aceitar e observar a lei de Deus: “Pois é pela graça que sois salvos, por 
meio da fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus – não das obras, para que ninguém se 
glorie. Pois somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus 
preparou para que andássemos nelas” (Efés.2:8-10). “Anulamos, pois, a lei pela fé? De 
maneira nenhuma! Antes confirmamos a lei” (Rom.3:31). 
Resumindo: o pecador é perdoado e justificado pela graça do Salvador, não para 
continuar a violar a lei, mas para, daí em diante, viver em harmonia com ela. Nas palavras 
de Paulo: “Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porque não estais debaixo da lei, 
mas debaixo da graça. Que diremos, pois? Havemos de pecar por não estarmos debaixo 
da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum” (Rom.6:14-15). 
Quando Paulo afirma que não estamos “debaixo da lei”, ele quer dizer como 
meio de salvação, “pois é pela graça que sois salvos”. Ninguém é salvo pelas obras da lei. 
Não há qualquer dúvida quanto a isto. No entanto, ele deixa enfatizado que os que estão 
“debaixo da graça” não pecam contra a lei de Deus. Pelo contrário, vivem em harmonia 
com ela exatamente por estarem debaixo da graça de Deus. 
Por fim, o apóstolo apela para que todos nos acheguemos “com confiança ao 
trono da graça” (Heb.4:16). Disto compreende que a existência de um trono implica na 
 
 
 
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existência de um reino, e a existência de um reino, implica na existência de uma lei do 
mesmo reino. 
Não pode assim existir um reino da graça sem a sua respectiva lei. Desse modo, 
os que pretendem viver no Reino da Graça eximindo-se de cumprir sua lei, não sabem 
realmente o que fazem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 3 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 16 
 
 
Antes de libertar Seu povo do cativeiro do Egito, Deus fez com que dez pragas terríveis 
caíssem sobre o poder opressor. Da mesma maneira, antes do segundo advento de Cristo, Deus fará 
cair sete tremendas pragas sobre os opressores de Seu povo. 
Elas serão derramadas sobre os que tomaram sua decisão com a besta, sua imagem e 
receberam o seu sinal e oprimiram o povo de Deus. As pragas serão o resultado da desobediência 
aberta aos Mandamentos de Deus. 
As sete pragas são luzes de advertência à civilização atual do grave perigo futuro. Trarão o 
cunho da ira de Deus, sem mescla de misericórdia, como desfecho da história de uma civilização que 
O desonra. 
Serão lançadas na Terra exatamente ao fechar-se a porta da graça. Todo aquele que as receber 
é digno delas, pois menosprezou o evangelho da graça que o poderia livrar do grande perigo; 
endureceu o coração face à mensagem de misericórdia e zombou do Salvador. 
Deus é amor. Embora o povo O amaldiçoe diante de Sua face, Ele continua a abençoá-lo, 
derramando Suas bênçãos, como o Sol e a chuva, tanto sobre justos como injustos (Mateus 5:45). 
Em breve, porém, a taça da ira de Deus ficará cheia e Ele, então, fará o que a Bíblia chama de 
Sua estranha obra (Isaías 28:21). É chamada assim porque Deus é amor (I João 4:8) e não tem prazer 
no castigo do ímpio (Ezequiel 18:32). 
Naquele dia, Deus protegerá o Seu povo. Ele diz: “Vai, pois, povo Meu, entra nos teus quartos 
e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Pois eis que o 
Senhor sai do Seu lugar, para castigar a iniquidade dos moradores da Terra; a Terra descobrirá o sangue 
que embebeu, e já não encobrirá aqueles que foram mortos (Isaias 26:20-21). 
De acordo com a Bíblia, as sete pragas durarão um dia profético, ou seja, o período de um 
ano. “Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos” (Apocalipse 18:8). 
 
 
Quando Ocorrerão as 7 Pragas 
 
 
Apocalipse 16:1 – “Então ouvi, vinda do templo, uma grande voz que dizia aos sete anjos: 
Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus”. 
 
 
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Apocalipse 16:2 – “O primeiro saiu e derramou a sua taça sobre a terra, e apareceu uma chaga 
feia e dolorosa nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem”. 
As sete pragas serão derramadas na Terra logo após o fechamento da porta da graça. A mão 
misericordiosa que deteve a ira não poderá mais interceder. Será o chamado “tempo de angústia”, sem 
paralelo na história, predito por Daniel (Dan.12:1). As pragas são inteiramente literais. Cada praga 
perdurará até que todas sejam derramadas. 
Não haverá quem possa curar aquele que for ferido por esta praga da ira de Deus. É este o 
verdadeiro quadro da profecia de Zacarias: “E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os 
povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes 
apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca” (Zac.14:12). 
A primeira praga terá por alvo uma classe definida de pessoas. Ela cai sobre os que têm “o 
sinal da besta” e adoram “a sua imagem”. Assim a primeira praga será uma resposta categórica aos 
pretensos teólogos que, cheios de prevenção e aversão à lei de Deus, ensinam o povo a guardar o 
domingo, um dia que foi estabelecido por um imperador romano, e a rejeitar abertamente o selo de 
Deus, o santo Sábado. Estes senhores do falso púlpito sofrerão a ira de Deus, sem misericórdia. 
Antes da primeira praga cair sobre o seu alvo, anunciando o fechamento da porta da graça, a 
mensagem do terceiro anjo terá realizado a sua obra de advertência contra a adoração da besta, sua 
imagem e seu sinal. Portanto, antes que os anjos derramem as pragas, toda a família humana estará 
selada e dividida em duas classes de pessoas: 
 
 
Os que guardam os mandamentos de Deus (Apoc.12:17) 
 
 
Os que têm o sinal da besta (Apoc.14:9-10) 
Para cada praga, existe uma promessa para o povo de Deus. Não há tentação sem um escape. 
Não há ameaça sem uma promessa. 
 
 
Promessa de Deus aos Fiéis 
 
 
“Não te assustarás do terror noturno... nem da peste que se propaga nas trevas... Caiam mil ao 
teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido... Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma 
chegará à tua tenda” (Sal. 91:5-10). 
 
 
Segunda Praga 
 
 
Apocalipse 16:3 – “O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue 
como de um morto, e morreram todos os seres viventes que estavam no mar.”. 
Esta segunda praga, que será lançada no mar, redundará numa catástrofe. Todas as águas 
salgadas do mundo tornar-se-ão em sangue de morto. 
 
 
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É difícil conceber algo mais infeccioso do que o sangue de um morto. Após a morte, o sangue 
se transforma imediatamente. Basta dizer que todos os animais marinhos morrerão. 
Por certo um odor repugnante inundará a Terra, levado pelos ventos. Evidentemente, todo o 
tráfego internacional marítimo terá que ficar repentinamente paralisado. 
 
 
TerceiraPraga 
 
 
Apocalipse 16:4 – “O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se 
tornaram em sangue”. 
Apocalipse 16:5 – “Então ouvi o anjo das águas dizer: Justo és Tu, ó Senhor, que és e que 
eras, o Santo, porque julgaste estas coisas”; 
Apocalipse 16:6 – “porquanto derramaram o sangue de santos e de profetas, também Tu lhe 
deste sangue a beber; são merecedores disto”. 
Apocalipse 16:7 – “E ouvi uma voz do altar responder: Na verdade, ó Senhor Deus Todo- 
Poderoso, verdadeiros e justos são os Teus juízos”. 
Os rios e as fontes das águas constituem o alvo da terceira praga. Todas as águas tornar-se-ão 
em sangue de morto. Será uma calamidade mundial. Os reservatórios não conterão água potável, mas 
apenas “sangue como de um morto”. 
 
 
Promessa de Deus aos Fiéis 
Deus assegura proteção ao Seu povo: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e 
a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não os desampararei” 
(Isaias 41:17). 
 
 
Quarta Praga 
 
 
Apocalipse 16:8 – “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que 
abrasasse os homens com fogo”. 
Apocalipse 16:9 – “Os homens foram abrasados com grande calor, e blasfemaram contra o 
nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas, mas não se arrependeram para lhe darem glória”. 
O sol, adorado pelos pagãos e pelo cristianismo apostatado, revoltar-se-á contra os seus 
adoradores, abrasando-os. Os infiéis continuarão blasfemando contra Deus. 
Eles não podem arrepender-se, porque o arrependimento é obra do Espírito Santo e, antes que 
as pragas caiam, o Espírito de Deus terá sido retirado da Terra. 
 
 
Promessa de Deus aos Fiéis 
Deus promete proteger Seu povo: “O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua 
direita. De dia não te molestará o Sol, nem de noite, a Lua” (Sal.121:5-6). 
 
 
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Quinta Praga 
 
 
Apocalipse 16:10 – “O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino 
se fez tenebroso. Os homens mordiam as suas línguas de dor”, 
Apocalipse 16:11 – “e por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram 
contra o Deus do céu, e não se arrependeram das suas obras”. 
O objetivo desta quinta praga é o trono da besta. Ao cair sobre o seu trono ficará constatado, 
mais do que nunca, que o seu poder pertence ao reino das trevas e está sob o controle do príncipe das 
trevas. 
Deus é um Deus de luz. A primeira coisa que Ele fez na criação do mundo foi criar a luz. Ele 
disse: “Haja luz”. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo”. 
Há uma semelhança entre estas pragas e as pragas que caíram no Egito. Foram juízos de Deus 
que caíram sobre um pequeno país, enquanto as sete últimas pragas afetam o mundo inteiro. 
Promessa de Deus aos Fiéis 
Quando o Egito estava em trevas, havia luz nas habitações dos israelitas. Deus não deixará o 
Seu povo na escuridão: “Mas para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o Sol da justiça, trazendo 
salvação nas suas asas...” (Mal. 4:2, p.p.). 
 
 
Sexta Praga 
 
 
Apocalipse 16:12 – “O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e a sua 
água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente”. 
Por ocasião da queda da Babilônia literal, foi secando as águas do Eufrates que Ciro teve 
acesso à cidade. Quando a Babilônia espiritual cair, as águas (que são “povos, multidões, nações e 
línguas” Apoc.17:15) vão secar. 
Hoje, multidões enormes apoiam a “Babilônia”. A Babilônia moderna, profética, confia no 
seu “Eufrates” (o apoio da população mundial) de maneira tão ingênua quanto a antiga Babilônia 
confiou no seu Eufrates (o literal). Este apoio vai secar. 
Apocalipse 17:16 diz que os chifres (as nações de todo o mundo) se voltarão contra a meretriz. 
Milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo vão, de repente, perceber a hipocrisia de seus líderes 
espirituais e terão repugnância do clero, em quem depositaram sua confiança. Elas ficarão desiludidas 
e retirarão o apoio que deram ao falso sistema religioso conhecido como Babilônia. 
 
 
As Contrafações de Satanás 
 
 
Apocalipse 16:13 – “Então vi três espíritos imundos, semelhantes a rãs, saírem da boca do 
dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta”. 
 
 
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Apocalipse 16:14 – “São espíritos de demônios que operam sinais e vão ao encontro dos reis 
de todo o mundo, a fim de congregá-los para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso”. 
O livro de Apocalipse fala sobre os três anjos de Deus que proclamam uma mensagem ao 
mundo. Os três espíritos imundos de Satanás proclamam uma falsa mensagem ao mundo. 
A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é imitada pelo dragão, a besta e o falso profeta, 
formando uma falsa e demoníaca trindade. Deus tem um trono e o Apocalipse fala sobre o trono da 
besta. 
No Calvário, Jesus recebeu uma ferida mortal e ressuscitou. A besta-leopardo recebe uma 
ferida mortal e é curada. Deus promete selar-nos com o selo de Deus. Satanás oferece o sinal da besta. 
 
 
A Batalha Final Que Precede a Volta de Jesus 
 
 
Apocalipse 16:15 – “Eis que venho como ladrão! Bem-aventurado aquele que vigia e guarda 
as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.” 
Apocalipse 16:16 – “Então congregaram os reis no lugar que em hebraico se chama 
Armagedom.” 
Armagedom – Uma das mais importantes encruzilhadas do mundo fica no vale do Megido. 
Essa região conhecida como o Armagedom é o ponto de encontro de três continentes. 
Uma estrada vai para o Egito e a África; outra leva para a Europa e uma terceira leva para a 
Ásia. Foi ali que as rivalidades dos grandes poderes mundiais colidiram. Ali foi o campo de batalha 
onde os maiores conflitos entre Israel e seus inimigos ocorreram. 
O Armagedom é um símbolo da última grande batalha que ocorrerá na Terra. Será muito mais 
do que uma ação militar em algum ponto do Oriente Médio. Será uma luta universal liderada por 
demônios, os quais reunirão todas as nações e as levarão a guerrear contra Deus. 
Será a última parte da grande controvérsia, iniciada muito tempo atrás por Lúcifer. E todos 
nós estaremos envolvidos. Assim, como não houve neutros nos dias de Noé, tampouco haverá neutros 
neste conflito. 
O Armagedom será, na verdade, uma luta entre o diabo e as nações ímpias de um lado, e Deus 
e Seu povo do outro. A batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso terá fim, não pela supremacia 
de uma nação sobre outra ou de um grupo de nações sobre outro, mas pelo súbito aparecimento de 
Jesus Cristo ao vir em grande poder e glória. Os ímpios fugirão aterrorizados. 
Quando os santos que dormem forem despertados para a imortalidade, e os santos vivos 
tomados para encontrar o Senhor nos ares, os ímpios que recusaram a salvação fugirão aterrorizados, 
tão-somente para serem destruídos “com o resplendor de Sua vinda” (II Tess. 2:8). 
Que cena: Vitória para os santos, tragédia para os pecadores intransigentes! 
Promessa de Deus 
“Sê fiel até o fim, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apoc. 2:10 u.p.). 
 
 
 
 
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Sétima Praga 
 
 
Apocalipse 16:17 – “O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo 
do céu, do trono, dizendo: Está feito”. 
Apocalipse 16:18 – “E houve relâmpagos, vozes, trovões, e um grande terremoto, como nunca 
tinha havido desde que há homens sobre a Terra, tal foi o terremoto, forte e grande”. 
Apocalipse 16:19 – “A grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram. 
Deus se lembrou da grande Babilônia, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira”. 
Apocalipse 16:20 – “Todas as ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam”. 
Apocalipse 16:21 – “E sobre os homens caiu do céu uma grande saraivada,pedras que 
pesavam cerca de um talento. E os homens blasfemaram contra Deus por causa da praga da chuva de 
pedra, porque a sua praga era muito grande”. 
A indignação da ira de Deus culminará numa tempestade mundial assoladora. Uma grande 
voz procedente do templo de Deus anunciará: “Está feito”. Está consumado o juízo sobre a última 
geração. 
Um horrível quadro se vê na Terra. Multidões estão cobertas de chagas; as águas se tornaram 
em sangue; o Sol abrasa como fogo; o reino da besta está em trevas; os exércitos das nações estão 
congregados no Armagedom. 
Por fim, o sétimo anjo terminará o quadro sacudindo violentamente todo o globo da Terra. 
Todas as cidades das nações ruirão como castelos de cartas. Todas as obras do homem desaparecerão 
para sempre. 
O verdadeiro nome desta grande cidade simbólica é “Babilônia”. Ela é formada de três partes, 
ou três distintos poderes mundiais: o dragão, a besta e o falso profeta. É a Babilônia espiritual que 
cairá. 
 
 
Promessa de Deus 
 
 
Para os fiéis discípulos de Deus, haverá plena proteção neste tempo futuro. O Salmo 91 lhes 
dá plena certeza do cuidado de Deus. E o profeta Joel diz: “O Senhor bramará de Sião, e dará a Sua 
voz de Jerusalém; os céus e a Terra tremerão. Mas o Senhor será o refúgio do Seu povo, e a fortaleza 
dos filhos de Israel” (Joel 3:16). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 4 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 17 
 
 
A Condenação da Falsa Igreja 
 
 
Mulher em profecia significa Igreja. O capítulo 12 de Apocalipse apresenta uma 
mulher cujos símbolos que a representam não deixam dúvidas quanto a ser a verdadeira 
Igreja de Deus. 
Mas, neste capítulo, uma outra mulher é apresentada. Uma mulher “vestida de 
púrpura e de escarlate e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas”. Uma mulher, 
que tem em sua mão “um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua 
prostituição”. 
Uma mulher com a qual “se prostituíram os reis da Terra”; que embebeda os 
habitantes da Terra “com vinho da sua prostituição”; que “está embriagada com o sangue 
dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”. 
Uma mulher denominada de “a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das 
abominações da terra”. Enfim, uma mulher “montada numa besta escarlate, que estava 
cheia de nomes de blasfêmias, e que tinha sete cabeças e dez chifres”. 
 
 
A profecia não deixa dúvidas de que esta mulher é a Igreja de Roma. 
 
 
Apocalipse 17:1 – “Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e me disse: 
Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas 
águas”. 
O apóstolo João descreve a cena em que um anjo se aproxima e o leva a uma 
visão da condenação da “A grande prostituta” – Assim é declarada esta Igreja porque foi 
infiel ao Senhor Jesus Cristo. Adulterou, tornando-se amante da idolatria. 
Apocalipse 17:2 – “Com ela se prostituíram os reis da terra, e os que habitam na 
terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”,
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Esta tem sido a história da igreja de Roma, desde o quarto século até nossos dias. 
Deixou de ser uma igreja para ser um Estado em meio aos Estados do mundo. Sua 
influência entre os governos da Terra, com raras exceções, é a mais poderosa de todas as 
influências humanas. 
E, como igreja, não está ligada ao Estado por afinidades espirituais, mas por 
finalidades políticas, isto é, para fazer do Estado um instrumento de sua política sob o véu 
da religião. 
Uma pessoa embriagada tem sua mente entorpecida pela ação do álcool. Perde- 
se a razão e o domínio próprio, e a mente se torna totalmente indefesa. 
Mas o que é, afinal, o “vinho da sua prostituição?” Sabemos que a “mulher” aqui 
é a igreja que se prostituiu por abandonar a verdade de Cristo. Portanto, é o seu corpo de 
falsas doutrinas que constitui o “vinho da sua prostituição”, com o qual “os habitantes da 
Terra se embebedaram”. 
Embriagadas com o vinho servido pela “grande prostituta”, as multidões da 
Terra não podem entender as verdades do evangelho. Suas mentes estão embotadas pelo 
vinho dos enganos da “grande Babilônia” e, por mais clara que seja a verdade de Cristo, 
seus olhos e ouvidos não podem vê-la e aceitá-la. 
Apocalipse 17:3 – “Então o anjo me levou em espírito a um deserto, e vi uma 
mulher montada numa besta escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que 
tinha sete cabeças e dez chifres”. 
A mulher santa do capítulo 12, que representa a igreja de Cristo, foi vista nas 
alturas dos Céus. A mulher deste capítulo 17, a “grande prostituta”, foi vista no deserto, 
lugar da habitação dos demônios. 
A besta de cor escarlate sobre a qual a mulher está montada tem todas as 
características do dragão vermelho do capítulo 12 e muita semelhança com a besta do 
capítulo 13. 
O dragão, diz a profecia, é Satanás no controle do Império Romano, sendo 
também Roma-pagã. A besta do capítulo 13, que recebera poder do dragão, é Roma-papal, 
sucessora de Roma-pagã. Assim podemos ter uma ideia da besta sobre a qual a igreja de 
Roma fora vista “montada”. 
Blasfêmias são palavras que ofendem a Deus. A besta sobre a qual a mulher está 
montada age desta forma. Proclamar -se intermediário entre o povo e Deus e afirmar que 
pode perdoar pecados são algumas das blasfêmias cometidas por esta igreja prostituta. 
 
 
 
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Mãe das Prostituições da Terra 
 
 
Apocalipse 17:4 – “A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada 
com ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio das 
abominações e da imundícia da sua prostituição”. 
Há mais de dois mil anos, João descreveu exatamente as cores das roupas usadas 
pelos líderes desta Igreja. Púrpura e escarlate são as cores predominantes na indumentária 
dos cardeais da igreja de Roma. 
Os adornos de “ouro, pedras preciosas e pérolas” mostram a riqueza desta igreja 
milenar. Cumprem-se, um a um, os detalhes da profecia. 
A igreja que se arroga ser depositária da verdade, serve em taça de ouro 
abominações e imundícias resultantes da sua prostituição. A aparência do que ela 
apresenta é bonita, atraente, reluzente: Grandes catedrais, as igrejas ou templos maiores 
e mais bonitos do mundo, entre todas as religiões (daí o ouro); mas, o conteúdo da taça 
de ouro é abominável: Falsas doutrinas, prostituições e adultérios (espiritualmente 
falando, na Bíblia, a idolatria é vista como traição a Deus – nosso Criador e Salvador). 
Apocalipse 17:5 – “E na sua testa estava escrito: Mistério, a grande Babilônia, a 
mãe das prostituições e das abominações da terra”. 
A testa é a sede da razão e da consciência. Isto significa que a liderança da igreja 
de Roma tem plena consciência do que a profecia diz a seu respeito. O apóstolo Paulo se 
referiu ao “mistério” da grande Babilônia, denominando-o de “mistério da injustiça” (II 
Tess. 2:7). 
Não era um mistério Roma-pagã perseguir a Igreja Cristã. Mas, uma igreja que 
se dizia cristã, embriagar-se “do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus”, 
isso é verdadeiramente um mistério. 
Comparando a igreja de Roma com a antiga Babilônia, a revelação faz uma 
drástica denúncia ao responsabilizá-la pela corrupção da fé cristã. A antiga Babilônia é 
reconhecida por dominar as consciências humanas, impondo a idolatria e uma religião 
que tinha por fundamento a salvação pelas obras ao invés da salvação pela fé instituída 
no plano de Deus. Desse modo, Roma é a Babilônia do Apocalipse. 
Quem são estas “prostitutas”, das quais a igreja de Roma é a mãe? As filhas são 
as igrejas protestantes que com ela comungam em muitos pontos de doutrinas. 
A Babilônia “mãe” e suas filhas são acusadas de provocarem a confusão reinante 
no seio do cristianismo, com suas centenas de denominações e falsas doutrinas.FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
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Apocalipse 17:6 – “Vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos 
e com o sangue das testemunhas de Jesus. Quando a vi, admirei-me com grande espanto”. 
Na Inquisição, os seguidores fiéis da palavra de Deus foram perseguidos e 
assassinados. Cada detalhe da profecia é comprometedor contra a igreja de Roma. A 
revelação de Deus denuncia esta instituição como anticristã. 
Apocalipse 17:7 – “Então o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o 
mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres”. 
Por que João ficou admirado? Certamente não era em face da perseguição ao 
povo de Deus, afinal ele havia testemunhado a feroz perseguição do poder romano contra 
Jesus. 
A grande questão é que essa perseguição anterior vinha da Roma-pagã, inimiga 
declarada de Cristo. Agora, ele via uma igreja nominalmente cristã perseguindo cristãos 
verdadeiros. 
 
 
União Igreja & Estado 
 
 
Apocalipse 17:8 – “A besta que viste era e já não é, e subirá do abismo, e irá à 
sua destruição. Os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida 
desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá 
[agora é]”. 
Aparentemente, este texto pode parecer um tanto confuso; mas, existe uma 
explicação lógica para o verso. Nunca é sábio ser dogmático quando se estuda profecias 
não cumpridas. Um princípio bíblico é claro: Jesus disse: disse-vos agora, antes que 
aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais (João 14:29). 
Os acontecimentos, quando ocorrerem, sem dúvida esclarecerão muitas dessas 
passagens difíceis. Alguns estudiosos sustentam que se pode dizer que a besta, ou poder 
político do papado era de 538 a 1798; já não era de 1798 a 1929; mas que virá. 
A mulher representa o poder eclesiástico; a besta, o poder político. Neste 
símbolo, encontramos completa união entre igreja e o Estado, e todos cujos nomes “não 
estão escritos no livro da vida” ficam admirados ao testemunhar o surgimento e influência 
deste tremendo poder político-religioso descrito como “a besta que era, e que já não é, 
mas que virá”. 
Apocalipse 17:9 – “Aqui é necessário a mente que tem sabedoria. As sete 
cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada.” 
 
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A Bíblia revela o local ou sede da Igreja Prostituta: Roma, a cidade edificada 
sobre sete montes, chamada de “a cidade das 7 colinas”, denominadas: Aventino, 
Palatino, Quirinal, Viminal, Ceoli, Janículo e Esquilino. Assim, em primeiro plano, as 
sete cabeças apontam para a cidade de Roma. 
Apocalipse 17:10 – “São também sete reis. Cinco já caíram, um existe, o outro 
ainda não é chegado. Quando vier, convém que dure um pouco de tempo”. 
Em segundo plano, as sete cabeças da besta “são também sete reis”. Ao tempo 
em que esta profecia teve sua especial aplicação, cinco das sete cabeças da besta já haviam 
“caído”. 
Embora possa não ser sábio mostrar-se dogmático sobre a identificação dessas 
cabeças, é significativo que há sete diferentes e distintos poderes introduzidos nas 
Escrituras pelos símbolos proféticos. 
Estes estão claramente indicados: Babilônia (o leão, Dan.7:4); Pérsia (o urso, 
Dan.7:5); Grécia, o leopardo, Dan.7:6); Roma-pagã (a besta com dez chifres, Dan.7:7); 
Roma-papal, ou eclesiástica (a besta com sete cabeças de Apocalipse 13 e também a ponta 
pequena de Dan.7:8; Apoc.13:2, 5); Democracia ou os EUA (a besta com dois chifres que 
fará uma imagem à besta, Apoc.13:11-14) e a última grande confederação do mal (a besta 
escarlate, Apoc.17:3). 
Apocalipse 17:11 – “A besta que era e já não é, é o oitavo rei. Pertence aos sete, 
e vai à sua destruição”. 
O poder romano é um só, quer na fórmula pagã quer na papal; a besta é um único 
poder e suas sete cabeças a representam em toda a sua história. Desse modo, o poder 
revitalizado do papado é a sétima das sete cabeças da besta. E quando, por um breve 
tempo, a besta e o falso profeta unirem seus poderes, constituirão o “oitavo rei”. 
Apocalipse 17:12 – “Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não 
receberam o reino, mas receberão a autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com 
a besta.” 
Apocalipse 17:13 – “Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e 
autoridade à besta.” 
Esses assim chamados reis têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e 
autoridade à besta. Esta grande nova confederação de poder político e eclesiástico tem 
pouca duração (cerca de uma hora profética). 
Isaías 8:9-15 fala a respeito de uma confederação que existirá nos últimos dias, 
a qual equivale à declaração acerca de dez reis com apenas um propósito. Apocalipse 
 
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16:13-14 fala acerca de três espíritos imundos que reúnem os reis do mundo inteiro para 
a batalha do Armagedom. 
Apocalipse 17:14 – “Guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, 
porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, 
chamados eleitos e fiéis”. 
Apocalipse 17:15 – “Então o anjo me disse: As águas que viste, onde se assenta 
a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas.” 
Apocalipse 17:16 – “A besta e os dez chifres que viste são os que odiarão a 
prostituta, e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo”. 
Um dia, os que foram enganados pelos falsos mestres religiosos terão um triste 
despertar, e se voltarão contra os que os ludibriaram. Eles ficarão furiosos pela maneira 
errônea com que foram orientados, e deixarão de apoiar a igreja de Roma. 
Apocalipse 17:17 – “Pois Deus lhes pôs no coração o realizarem o intento dele, 
concordando dar à besta o poder de reinar, até que se cumpram as palavras de Deus”. 
Apocalipse 17:18 – “A mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os 
reis da terra”. 
Alguma forma de religião apostatada sempre tem sido usada pelo inimigo para 
manipular o poder civil, tentando atrapalhar os planos de Deus e criando dificuldade para 
Seu povo. Durante os tempos modernos o povo de Deus tem tido descanso de 
perseguições governamentais. 
Em breve, a ferida mortal estará plenamente curada e a besta vai recobrar todo 
seu poder e o mundo a seguirá. O falso profeta começará a falar como dragão e todos os 
outros eventos acontecerão sucessivamente. 
Nenhum filho fiel à Palavra de Deus será pego de surpresa; muito pelo contrário, 
o cumprimento das profecias bíblicas irá mais uma vez confirmar a fé em Jesus e em Sua 
breve e certa volta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 5 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 18 
 
 
A queda de Babilônia 
 
 
 
 
Este grande acontecimento ocupa um lugar importante na profecia bíblica. Foram preditos 
mais de cem detalhes a respeito da queda da Babilônia literal. 
Muito antes que isso acontecesse, a Bíblia identificou os poderes que 
marchariam contra a Babilônia, quem comandaria os exércitos, como a cidade seria 
tomada e quais as condições na cidade no tempo da invasão. 
Agora, no capítulo 18, a profecia trata, em primeiro lugar, de um grande esforço 
para advertir o povo de Deus acerca da iminente queda da Babilônia espiritual. 
Em segundo lugar, o capítulo trata da condenação “da grande Babilônia” e do imenso 
espanto que isso causará aos que serão condenados com ela. Mas a Babilônia “mãe” não 
cairá sozinha. Suas filhas serão igualmente desmascaradas e destruídas. 
Apocalipse 18:1 – “Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo q ue tinha grande 
autoridade, e a terra foi iluminada com o seu esplendor”. 
Ao anjo é dada grande autoridade por causa da importância da sua mensagem. 
Este anjo anuncia uma poderosa obra religiosa de âmbito mundial. É uma mensagem 
própria para o fim dos tempos,por duas razões: 
1) Traz o anúncio da queda da Babi lôn ia e de sua condenação; 
 
 
2) Apresenta a iminência do derramamento das sete pragas descritas no capítulo 
16. 
 
 
A queda da Babilônia é um evento público. A fim de que Seu povo esteja preparado para 
esta tremenda crise que virá, Deus está enviando Sua última mensagem de misericórdia. 
Todo o mundo será iluminado com a luz desta mensagem.
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Apocalipse 18:2 – “Ele clamou com poderosa voz: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se 
tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave 
imunda e detestável”. 
Por ocasião da mensagem do terceiro anjo, a “mãe” e suas filhas serão 
denunciadas como igrejas caídas. E o pior: Como “morada de demônios e guarida (coito) 
de todo espírito imundo”. S eus ensinos são denunciados como resultantes da união 
espiritual (coito) com demônios e espíritos imundos. Se a pomba é o emblema do Espírito 
Santo, as aves imundas são emblemas da Babilônia espiritual. 
Apocalipse 18:3 – “Pois todas as nações beberam do vi nho da ira da sua 
prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela, e os mercadores da terra se 
enriqueceram com a abundância da sua luxúria”. 
Suas falsas doutrinas constituem o vinho da sua prostituição com o qual 
embriaga as nações da Terra. As falsas doutrinas são comparadas ao vinho porque 
entorpecem a mente e, assim, afetam a capacidade de discernir e de raciocinar de uma 
pessoa. Tal como o vinho, as falsas doutrinas retiram da pessoa sua capacidade de 
discernir o erro. 
Não fosse pela ação danosa deste vinho que mantém as nações embriagadas, 
multidões seriam convencidas e convertidas pelas verdades claras contidas na Palavra de 
Deus. 
Mas o vinho da Babilônia é chamado de “vinho da ira”. Por quê? O vocábulo 
grego “thumos” significa ira, ódio, raiv a. É uma raiva criada pelas falsas doutrinas. 
Assim, quando os reis da Terra bebem deste vinho, são instigados pela cólera a irem 
contra os que não concordam com as heresias. Por isso, aquele que se nega a beber o 
vinho da Babilônia está marcado para pagar por sua ousadia. 
 
 
 
 
A Ordem Para Sair de Babilônia 
 
 
Apocalipse 18:4 – “Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que 
não sejas participante dos seus pecados, para que não incorras nas suas pragas”. 
Apocalipse 18:5 – “pois os seus pecados se ac umularam até o céu, e Deus se 
lembrou das iniquidades dela”. 
 
 
 
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A expressão “sai dela” é um imperativo, ou seja, uma ordem. Babilônia não pode 
ser reformada, de acordo com as Escrituras. Só há um remédio: separar-se completamente 
dela. Assim como Ló foi chamado para fora de Sodoma, antes que ela fosse destruída por 
fogo e enxofre (Gên. 19:14-29), da mesma forma o povo de Deus é dirigido por uma voz 
que vem do Céu dizendo-lhe para sair de Babilônia, antes que ela caia. 
Quando a velha Babilônia do rio Eufrates estava perto de ser destruída pelos 
juízos de Deus, o Senhor enviou a Seu povo (Israel), que nela ainda estava, um solene 
aviso e conselho: “Fugi do meio de Babilônia...” (Jer.51:6). 
Os juízos de Deus estão prestes a cair na forma das sete últimas pragas, e todos 
que se recusarem a separar-se de Babilônia e de seus pecados serão destruídos com ela. 
Esta é a “voz do Céu” que ilumina toda a Terra: “Sai dela, povo meu”. 
Deus tem, e sempre teve, um povo em Babilônia. Mas a Sua mensagem tem 
iluminado toda a Te rra, através da “voz do Céu”. Porém muitos que ficaram 
impressionados foram impedidos de compreender completamente a verdade, ou de lhe 
prestar obediência. 
Agora, os raios da luz penetram por toda a parte. A verdade pode ser vista em toda a sua 
clareza, e os sinceros filhos de Deus certamente se desvencilharão das amarras que os têm 
retido. Laços de família, relações na igreja, serão impotentes para detê-los. A verdade 
vale mais do que tudo. 
Deus tem filhos honestos e sinceros em Babilônia que apenas não receberam o 
conhecimento da verdade. Estão servindo a Deus no erro. Os honestos, que têm sido 
impedidos de ouvir a verdade, acabarão por recebê-la e a abraçarão com toda avidez e 
alegria. 
Quando os que “não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade”, forem 
abandonados para que recebam a operação do erro e creiam na mentira (II Tess.2:10-12), 
a luz da verdade brilhará então sobre todos os corações que se acham abertos para recebê- 
la e os filhos do Senhor atenderão ao chamado: “Sai dela, povo meu”. 
Assim, quando as pragas começarem a cair, não restará um justo sequer em 
Babilônia, como não restou em Sodoma. 
Ao ser a questão da obrigatoriedade da guarda do domingo amplamente 
divulgada, fazendo aproximar-se o fato há tanto tempo posto em dúvida, o apelo para a 
fuga de Babilônia produzirá um efeito que antes não seria possível produzir. 
 
 
 
 
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Os que forem levados aos tribunais, defenderão destemidamente a verdade de 
Deus e muitos dos que os ouvirem serão levados a guardar os mandamentos de Deus. 
Assim, a luz chegará a milhares que, de outra forma, nada saberiam destas verdades. 
A obediência à Palavra de Deus será considerada rebeldia. Pais exercerão sua 
autoridade sobre os filhos crentes; patrões serão severos com empregados fiéis a Deus. 
Aqueles que se recusarem a guardar o domingo serão presos. O que agora possa parecer 
muito improvável deixará de ser, quando o Espírito Santo Se retirar da Terra. 
Apocalipse 18:6 – “Tornai a dar -lhe como ela vos tem dado; retribui-lhe em dobro 
conforme as suas obras. No cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro”. 
Apocalipse 18:7 – “Quanto ela se glorificou, e em luxúria esteve, foi -lhe outro 
tanto de tormento e pranto. Diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou 
viúva, e de modo algum verei o pranto”. 
Ela se orgulha de não ser viúva sem poder e abandonada, mas de ser rainha 
soberana. Seu desejo é sempre reinar, reinar sobre todas as consciências. Orgulhosa, ela 
pensa que está assentada não somente em um lugar elevado, mas também seguro. Tem 
grande capacidade de comando sobre muita gente. 
Apocalipse 18:8 – “Portanto, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o 
pranto, e a fome. Será queimada no fogo, pois forte é o Senhor Deus que a julga”. 
Trata-se aqui de um dia profético, ou um ano literal. Logo, a Babilônia terá um ano cheio 
de vingança do Céu. 
 
 
 
 
O Fim da Babilônia Religiosa 
 
 
Apocalipse 18:9 – “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em 
luxúria, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio”. 
Apocalipse 18:10 – “E estando de longe pelo temor do tormento dela, dirão: Ai! 
ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! Numa só hora veio o teu juízo.” 
Os reis se lamentarão não por causa dos seus pecados, mas por causa do seu 
sofrimento, das consequências dos seus pecados. Como Caim, eles não ficam tristes por 
seus pecados, mas apenas pelo castigo. Derramam muitas lágrimas por causa de suas 
perdas. 
Apocalipse 18:11 – “E, sobre ela, choram e lamentam os mercadores da Terra, 
porque ninguém mais compra a sua mercadoria”. 
 
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Apocalipse 18:12 – “mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de 
pérolas, de linho fino, de púrpura, de seda e escarlate; todo tipo de madeira odorífera, e 
todo objeto de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e d e mármore”. 
Apocalipse 18:13 – “e canela, especiarias, perfume, mirra e incenso; e vinho, 
azeite, flor de farinha e trigo; e gado, ovelhas, cavalos e carros; e escravos, e até almas de 
homens”. 
Apocalipse18:14 – “O fruto que a tua alma cobiçava foi -se de ti. Todas as coisas 
delicadas e suntuosas foram-se de ti, e não mais as acharás”. 
Apocalipse 18:15 – “Os mercadoresdestas coisas, que com elas se enriqueceram, 
ficarão de longe, pelo temor do tormento dela, chorando e lamentando”. 
Os mercadores se lamentam por perderem mercadorias. Lamentam as perdas 
materiais. Entre as coisas que deixam de negociar encontram-se “até almas de homens”. 
Isso lembra o seu comércio com os cadáveres dos mortos nas chamadas “encomendas dos 
corpos” e missas de sétimo dia. Perdões, missas e indulgências enriqueceram a muitos. 
Apocalipse 18:16 – “Ai, ai da grande cidade, da que estava vestida de linho fino, 
de púrpura, de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas! Numa só hora 
foram assoladas tantas riquezas!”. 
Apocalipse 18:17 – “Todo piloto, e todo aquele que navega de navio, os 
marinheiros, e quantos negociam no mar, se puseram de longe”. 
Apocalipse 18:18 – “E, contemplando a fumaça do seu incêndio, clamavam: Que 
cidade é semelhante a esta grande cidade?” 
Apocalipse 18:19 – “E lançavam pó sobre as suas cabeças, e clamavam, 
chorando e lamentando: Ai, ai da grande cidade, na qual todos os que tinham navios no 
mar se enriqueceram à custa da sua opulência! Numa só hora foi assolada ”. Se há algo 
que arranca um sincero grito de angústia das pessoas da nossa geração é tocar em seus 
bens materiais. Alguém já afirmou, ironicamente, que “a parte mais sensível do corpo 
humano é o bolso”. 
Todos esses símbolos referentes aos reis da Terra, aos mercadores e aos 
navegadores ligados a Babilônia, são força de expressão profética para demonstrar a total 
destruição de Babilônia e revelar que todos aqueles que a apoiaram e a ajudaram a 
difundir seus erros, nada poderão fazer para salvá-la dos juízos de Deus; pois estes 
mesmos perecerão para sempre, junto com ela. 
Apocalipse 18:20 – “Exulta sobre ela, ó Céu! E vós, santos e apóstolos e 
profetas! Deus contra ela vindicou a vossa causa ”. Enquanto na Terra os súditos de 
 
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Babilônia hão de lamentar sua queda e destruição, os Céus se alegrarão pelo seu 
desaparecimento. A destruição da Babilônia espiritual será motivo de grande alegria para 
o povo de Deus, tal como ocorreu com a destruição de Babilônia, no tempo de Israel. 
Apocalipse 18:21 – “Então um forte anjo levantou uma pedra qual uma grande 
mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande 
cidade, e nunca mais será achada”. 
Afundar uma enorme pedra no mar, antigamente, era símbolo de eterna 
destruição. Disse o profeta Jeremias: “Em tu chegando a Babilônia, verás e lerás todas 
estas palavras. E dirás: Senhor! Tu falaste a respeito deste lugar, que o havias de 
desarraigar, até não ficar nele morador algum, desde o homem até ao animal, mas que se 
tornaria em perpétuas assolações. E será que, acabando tu de ler este livro, o atarás a uma 
pedra e o lançarás no meio do Eufrates. E dirás: Assim será afundada Babilônia, e não se 
levantará” (Jer. 51:60 -64). 
Apocalipse 18:22 – “E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, de músicos, 
de tocadores de flautas e de clarins, nem artífice de arte alguma se achará mais em ti. Em 
ti não mais se ouvirá ruído de mó”. 
Apocalipse 18:23 – “A luz de candeia não mais brilhará em ti. A voz d e noivo e 
de noiva não mais em ti se ouvirá. Os teus mercadores eram os grandes da terra. Todas as 
nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias”. 
Apocalipse 18:24 – “E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de 
todos os que foram mortos na te rra”. 
A destruição de Babilônia será completa. Será um retrato tremendo das cenas 
finais introdutórias do futuro Reino de Glória. A Terra será finalmente coberta pelo pleno 
conhecimento da salvação e a luz da verdade brilhará para sempre. 
A promessa é que “o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei 
dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com Ele” 
(Apocalipse 17:14). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 6 
 
 
APOCALIPSE CAPÍTULO 19 
 
 
Este capítulo descreve a vitória definitiva de Cristo sobre Babilônia, que é 
eternamente extinta, e também estende a todos os seres humanos, dois convites. 
O primeiro é para as bodas do Cordeiro; o segundo para o banquete das aves de 
rapina. Cabe, a cada um de nós, decidir em que banquete vai estar. Aqui também se 
encerram as profecias que dizem respeito à batalha entre o bem e o mal, ou entre Cristo e 
Satanás. 
 
 
A Vitória Final de Cristo 
 
 
Apocalipse 19:1 – “Depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz 
de numerosa multidão, que dizia: Aleluia! A salvação e a glória e a honra e o poder 
pertencem ao nosso Deus”. 
Apocalipse 19:2 – “Pois verdadeiros e justos são os seus juízos. Julgou a grande 
prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o 
sangue dos seus servos.” 
Apocalipse 19:3 – “E outra vez clamaram: Aleluia! E a fumaça dela sobe para 
todo o sempre”. 
Apocalipse 19:4 – “Os vinte e quatro anciãos, e os quatro seres viventes, 
prostraram-se e adoraram a Deus, que está assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!” 
O Céu festeja a vitória de Cristo sobre “a grande prostituta” que corrompeu a 
Terra. Enquanto na Terra, os reis, os mercadores e os navegantes que seguiram a 
Babilônia gemerão três “ais”, os habitantes do Céu, pronunciarão três “aleluias”. Em todo 
o Novo Testamento não encontramos o termo “aleluia”, senão neste capítulo. 
 
 
A salvação é uma atribuição exclusiva do Senhor. 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
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Glória: Houve um tempo em que Deus parecia ter sido derrotado pelos poderes 
da Terra. O mundo parecia estar vencendo e os princípios de Deus tidos como 
ultrapassados e até motivo de chacota. Mas Seus inimigos de todos os tempos foram 
completamente derrotados. 
Poder: Por algum tempo, o poder do mal parecia estar no comando da Terra. 
Mas, agora temos a certeza, a salvação, a glória e o poder pertencem ao Senhor. Seu nome 
é plenamente vindicado e glorificado pelos séculos dos séculos! 
Apocalipse 19:5 – “Então saiu do trono uma voz, que dizia: Louvai o nosso 
Deus, vós, todos os seus servos, e vós que O temeis, assim pequenos como grandes”. 
Apocalipse 19:6 – “Também ouvi uma voz como a de uma grande multidão, 
como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já 
reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso”. 
Depois do primeiro coro de alegria pela queda da Babilônia, uma voz do trono 
convidará os habitantes do Céu para um louvor ainda maior ao nome de Deus. Segundo 
o profeta, esse coro será como “a voz de uma multidão”. 
Quando subjugar todos os Seus inimigos, então Ele reinará, em verdade, no 
mundo através de Jesus. 
Apocalipse 19:7 – “Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória! Pois são 
chegadas as bodas do Cordeiro, e já a Sua noiva se aprontou”. 
Em Apocalipse 21:9, a noiva é definida como a Cidade Santa, a Nova Jerusalém. 
Em outras passagens, a igreja é chamada de noiva. Será uma contradição? A cidade é a 
noiva, mas uma cidade sem habitantes é apenas um amontoado de casas e ruas. São as 
pessoas que ocupam essas casas que fazem da cidade o que ela é. A cidade santa não é 
mencionada no Apocalipse como a noiva, até que os santos já a estejam ocupando. 
Enquanto a noiva está se aprontando, o Noivo está preparando um lugar para ela 
(João 14:1-3). Durante o intervalo em que estão separados, a noiva deve ficar pronta. 
Agora, ela é vista em toda a sua beleza – a beleza que irradia do Evangelho, que 
vem de Cristo. Ela está vestida “de linho finíssimo, resplandecente e puro. “Porque o 
linho finíssimo são os atos de justiça dos santos” (Apoc.19:8). 
Apocalipse 19:9 – “E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são 
chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me ainda: Estas são

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