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ISEIB-INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO IBITURUNA
 SIRLENE FARIA DE SOUZA FERNANDES
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS DA FORMAÇÃO E DA ATUAÇÃO EM 
SALA DE AULA
 FERROS - MG
 2017
ISEIB-INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO IBITURUNA
 SIRLENE FARIA DE SOUZA FERNANDES
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS DA FORMAÇÃO E DA ATUAÇÃO EM 
SALA DE AULA
Artigo Científico Apresentado ao Instituto Superior de educação Ibituruna ISEIB, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação Especial e Inclusiva com Ênfase em Deficiência Intelectual e Múltipla.
FERROS - MG
 2017
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS DA FORMAÇÃO E DA ATUAÇÃO EM 
SALA DE AULA
 
 SIRLENE FARIA DE SOUZA FERNANDES[1: Aluno do Curso de Pós-graduação da ISEIB. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso, no Curso de Pós-graduação da ISEIB- Instituto Superior de Educação Ibituruna, 2017.2 Professor Orientador do- Instituto Superior de Educação Ibituruna ISEIB]
Resumo
Esse artigo aborda as dificuldades encontradas no ambiente escolar para a educação inclusiva e os diferentes problemas enfrentados neste ambiente, diante as diferenças entre integração e inclusão com o intuito de estabelecer uma separação definitiva entre ambas, tem como objetivo atingir a qualidade para todos os envolvidos: alunos com deficiência e seus familiares, professores e equipe escolar, e a comunidade em geral. Portanto, uma mudança na prática, se faz necessária. Incluir alunos com deficiência na rede regular de ensino, é bem mais que inseri-los em sala de aula, é dar a eles oportunidades de desenvolvimento, de acordo com as suas necessidades e individualidade, e este é um grande desafio.
Discute-se, ainda, algumas das implicações como planejamento, prática pedagógica e organização educacional.
Palavras-chave: Escola. Inclusão Escolar. Prática pedagógica. Planejamento
Introdução
 
 Esse estudo objetiva identificar as dificuldades encontradas no ambiente escolar para a inclusão, apontar alguns dos paradigmas que precisam ser quebrados para a inclusão escolar, conhecerem algumas das ações pedagógicas que possibilitam a efetivação da inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais no cotidiano escolar. Mostrar que as dificuldades encontradas para a inclusão vão desde a falta de estrutura adequada da escola, falta de preparo dos professores até a falta de carinho, apoio e amor familiar para com essas crianças. Educação Inclusiva: Desafio no ambiente escolar e na Prática Pedagógica, como se deve acontecer a aprendizagem do discente e sua relação família escola e sociedade?
 Analisa também a questão dos desafios encontrados na educação inclusiva, onde por falta de informação, preconceito e exclusão tanto por parte dos professores quanto da própria família, a criança com deficiência encontra barreiras que a impedem de crescer junto com as demais crianças. São muitos obstáculos e muitos desafios a serem alcançados. Não é apenas a deficiência apresentada que torna o aprendizado, às vezes difícil, mas também é, principalmente, a atitude da sociedade em relação às suas dificuldades. Nesse sentido, sofre a criança, diante de todos esses preconceitos e sofre a família, que geralmente não encontra muito apoio nas instituições por onde passa.
  Para incluir é necessário romper com os preconceitos criados pelas sociedades, para trabalhar com um objetivo de ter uma sociedade mais justa na qual os professores não tenham medo do novo, dando-lhes formação adequada para que se sintam seguros em sala de aula e possam passar um os conteúdos com qualidade. Dentro do cotidiano escolar a criatividade e bom senso dos professores é uma das principais armas para o ensino-aprendizagem das crianças de crianças especiais e para isso algumas ações pedagógicas são necessárias nesse processo.
 Portanto, o objetivo deste trabalho é compreender a atual importância da inclusão dos alunos especiais no ensino regular e o papel do professor frente à estrutura da escola para trabalhar com a homogeneidade e nunca com a diversidade. O artigo versa as deficiências dos nossos sistemas educacionais no desenvolvimento pleno da pessoa, onde se fala em fracasso escolar, no déficit de atenção na hiperatividade e nas deficiências onde o problema fica centrado na incompetência do aluno. Isso é cultura na escola, onde não se pensa como está se dando esse processo ensino-aprendizagem e qual o papel do professor no referido processo.
 
 Desenvolvimento
 
 A educação inclusiva concebe a escola como um espaço de todos, no qual os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressam suas ideias livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças. Nas escolas inclusivas, ninguém se conforma a padrões que identificam os alunos como especiais e normais, comuns. Todos se igualam pelas suas diferenças! Não é fácil e imediata a adoção dessas novas práticas, pois ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que essa escola possa se concretizar é patente à necessidade de atualização e desenvolvimento de novos conceitos, assim como a redefinição e a aplicação de alternativas e práticas pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão.
 A inclusão escolar impõe uma escola em que todos os alunos estão inseridos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas. Tal situação nos leva a argumentar que se faz necessário compreender os processos de inclusão escolar, como frutos das lutas articuladas pelas minorias sociais excluídas, contra um processo de exclusão. Assim, como educadores, precisamos contribuir para instituição da escola como espaço de aprendizagem para todos os alunos, problematizando o currículo escolar, os processos de avaliação, os momentos de formação, planejamento, as relações estabelecidas nesse cotidiano, os apoios que necessitamos para dar conta de todos os alunos, as parcerias necessárias, bem como as políticas públicas favorecedoras da garantia de acesso, permanência e ensino com qualidade a todos os alunos.
 Não buscamos, com isso, creditar aos educadores o lugar de únicos sujeitos responsáveis por essa virada educacional, mas pensar que para instituição de políticas públicas educacionais precisamos reconhecer as contribuições daqueles que vivenciam cotidianamente as questões trazidas pelos educando para o contexto da sala de aula, ou seja, os educadores. Para tanto, necessitamos nos sentir implicados, incomodados com processos que segregam e excluem os alunos do contexto e do convívio escolar. Refletir a respeito de uma escola emancipatória, no sentido proposto por Paulo Freire, não exclui nem hierarquiza sujeitos, porém, busca incluí-los na medida em que todos são oprimidos na sociedade de classe e todos se libertam na luta pela superação das contradições das injustiças produzidas pela produção e distribuição desigual de bens materiais e simbólicos.
 O salto da escola dos diferentes para a escola das diferenças demanda conhecimento, determinação, decisão. As propostas de mudança variam e dependerão de disposição, discussões, estudos, levantamento de dados e iniciativas a serem compartilhadas pelos seus membros, enfim, de gestões democráticas das escolas, que favoreçam essa mudança. Muitasdecisões precisam ser tomadas pelas escolas ao elaborarem seus Projetos Político Pedagógico, entre as quais destacamos algumas, que estão diretamente relacionadas com as mudanças que se alinham aos propósitos da inclusão: fazer da aprendizagem o eixo das escolas, garantindo o tempo necessário para que possam aprender; reprovar a repetência; abrir espaço para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam praticados por seus professores, gestores, funcionários e alunos, pois essas são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania; valorizar e formar continuamente o professor, para que ele possa atualizar-se e ministrar um ensino de qualidade.
 É importante destacar que uma educação inclusiva de qualidade está fundamentada no direito de todos os alunos receberem uma educação de qualidade que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem e enriqueça suas vidas, pontua Fávero ET AL (2009).
 Um dos princípios fundamentais da escola com práticas inclusivas e o de que “todas as crianças devem aprender” juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter (UNESCO, 1994.p, 4); e um dos grandes desafios encontrados atualmente para a realização de tais práticas nas escolas de ensino regular, está estritamente relacionado com as concepções dos professores que nelas atuam.
 A proposta da inclusão escolar não se restringe apenas a ideia de oferecer aos alunos com necessidades educacionais especiais, um lugar nas salas comuns nas escolas como meros expectadores, mas sim uma proposta que visa atender as necessidades individuais dos alunos com respeito e responsabilidades.
Por tudo isso a inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita aos alunos com deficiência e aos que apresentam dificuldades de aprender, mas a todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. (MANTOAN, 2003, p.24).
 Precisamos enfrentar os desafios trazidos, pelo movimento de inclusão escolar, com ferramentas eficientes e afinadas. Precisamos de diálogo na escola, precisamos aprender a construir juntos e a criar o que Boaventura (2007), chama de subjetividades rebeldes, ou seja, uma atitude que nos leva a intensificar nossa vontade de mudança, de luta contra tudo que tem de segregar, de exclui, de provoca invisibilidade e lançar para fora do convívio social tudo o que não é refletido como belo, perfeito e produtivo no espelho social de nossa sociedade capitalista. Para atender a todos e atender melhor, a escola atual tem de mudar, e a tarefa de mudar a escola exige trabalho em muitas frentes. Cada escola, encontrar soluções próprias para os seus problemas. As mudanças necessárias não acontecem por acaso e nem por Decreto, mas fazem parte da vontade política do coletivo da escola, explicitadas no seu Projeto Político Pedagógico - PPP e vividas a partir de uma gestão escolar democrática. 
 O professor, como organizador da sala de aula, guia e orienta as atividades dos alunos durante o processo de aprendizagem para aquisição dos saberes e competências. O projeto pedagógico da escola direciona as ações do professor, que deve assumir o compromisso com a diversidade e com a equalização de oportunidades, privilegiando a colaboração e a cooperação.
 Na perspectiva da promoção da Educação Inclusiva existem novos recursos e novos olhares sobre os recursos existentes, que é necessário desenvolver. Mas, por certo que o professor com todo o conjunto de competências e experiências que tem é certamente o principal recurso em que a Educação Inclusiva se pode apoiar (FERREIRA, 2006, p.139). Portanto, para promover a Educação Inclusiva à questão não é, muitas vezes, a de encontrar mais pessoas ou pessoas com perfis profissionais diferentes, não é, talvez, encontrar novos recursos ou recursos diferentes; é, sobretudo, por meio de estratégias reflexivas, de o trabalho cooperativo lançar um novo olhar sobre as práticas docentes, sobre a equipe e os recursos que a escola dispõe.  Como diz Ainscow (op. cit.), as escolas e os professores sabem mais do que pensam que sabem. Aqui, como sempre, é importante reconceptualizar as finalidades da Educação. Precisamos, assim, de um professor que, para além das áreas conteúdistas habituais de formação possa, ainda, conhecer e desenvolver um conjunto de práticas que permita aos alunos alcançar o sucesso, isto é, atingirem o limite superior das suas capacidades.
 Como se depreende, a resposta a este desafio da Educação Inclusiva parece ser algo que deveria estar disseminado, embutido em todas as matérias de formação. Será possível ensinar Psicologia Educacional sem referir e estudar os alunos diferentes pela precocidade, agilidade ou dificuldade no seu processo de aprendizagem? Será possível ensinar Metodologias de Intervenção sem mencionar como se ensina uma criança com problemas linguísticos? Será possível ensinar Desenvolvimento Curricular sem fazer uma extensa referência às formas que podem tornar mais dúctil e mais flexível o currículo? Parece difícil responder afirmativamente a qualquer uma desta perguntas.
 A formação inicial de professores com relação à inclusão deveria toda ela ser feita contemplando em cada disciplina da formação conteúdos que pudessem conduzir a uma atuação inclusiva. Conhece-se o argumento que mais impede este modelo: nem todos os formadores sabem como lecionar nas suas áreas disciplinares estes conteúdos. E a questão é: senão sabem, vamos encarar esta situação de modo a que aprendam, dado que esta falta de competência dos formadores poderá criar graves problemas para o sucesso dos alunos. Não podemos encarar os formadores como “completos”, mas como profissionais em aprendizagem.
 O professor tem um papel essencial para a realização de uma proposta de educação realmente inclusiva. Sua ação, tanto no que se refere ao ato de planejar seu trabalho como na sua atuação em sala de aula é determinado pela sua visão de mundo, pela leitura que faz da sociedade, da educação, de si mesmo como cidadão, de seu compromisso com seu aluno e das suas relações com ele.
 Esta nova forma de educação impõe ao professor o desafio de disseminar conhecimentos que visem á construção de uma melhor qualidade de vida, desencadeadora e satisfatoriamente seu papel de agente transformador da educação.
Educar significa instituir a integração dos educandos como agentes em seu lugar designados num conjunto social, do qual nem eles, nem seus educadores, têm o controle. Significa assegurar ao mesmo tempo a promoção desses mesmos educandos e, portanto, de seus educadores, em atores de sua própria história individual e da história coletiva em curso (NÓVOA, 1997, p.109).
 Quando se parte do princípio de que todas as pessoas se diferenciam umas das outras e podem conviver harmonicamente com esta diversidade, dadas às peculiaridades, cada aluno receberia atendimento diferenciado sem que isso desencadeasse um processo de marginalização. Esta convivência não deveria ser interpretada como uma concessão de um determinado grupo a outros, mas sim como um direito de todos reconhecidos pela sociedade, sem qualquer discriminação.
 Os questionamentos são inúmeros, e considerando que as políticas de inclusão garantem acesso e permanência de todos os alunos nas salas de aula regulares, na formação de professor seria importante prever um preparo par lidar com a diversidade.
Nota-se algumas impropriedades que vem sendo cometidas na forma de compreender e interpretar como se daria a formação de professores neste contexto, principalmente a formação do professor de educação especial. Falar de uma educação inclusiva que pressupõe, entre outras, a inserção de alunos com deficiência em classes comuns do ensino regular, é falar de uma pedagogia de suporte para que as diferenças não sejam meros pretextos pra a não aprendizagem.Assim, formar professores competentes e qualificados pode ser o alicerce para que se garanta o desenvolvimento das potencialidades máximas de todos os alunos, entre eles, os com deficiência (OLIVEIRA, 2004, p.2).
 Cabe ao professor, não se preocupar com as rotulações e organizar práticas educativas que permitam aos alunos ajudarem uns aos outros nas soluções das dificuldades encontradas. Deve ser flexível nos seus métodos de avaliação, contribuindo para o aprimoramento do sistema escolar, no sentido de melhorar o acesso á educação das pessoas com necessidades educativas especiais.
 O princípio geral é o da igualdade de direitos, a questão da educação especial também precisa ser repensada como um conjunto de serviços e de recursos de apoio, orientados para a educação regular, em benefício de todos os aprendizes.
 A inclusão educacional exige que o professor reconheça que as dificuldades escolares encontradas não devem focalizar no aluno como culpado, mas sim considerar as limitações existentes nos sistemas de ensino e nas escolas. O desafio implica numa nova visão de necessidades educacionais especiais das escolas, dos professores e de todos os recursos humanos que nela trabalham.
 O professor deve pesquisar e se atualizar a respeito das necessidades educacionais de seus alunos, a ponto que possa planejar suas aulas e desenvolver práticas pedagógicas verdadeiramente inclusivas, de modo a atender a todos e a cada um valorizando o trabalho na diversidade entendida como um recurso e não como um obstáculo.
 As práticas avaliativas não devem ter o objetivo de rotular os alunos, estigmatizando-os ou segregando-os, mas necessariamente devem ter o objetivo de sinalizar as mudanças que precisam ocorrer para que o processo de ensino-aprendizagem seja efetivamente concretizado.
 Os currículos escolares devem ser adaptados de modo que atendam as necessidades de todos os alunos, promovendo oportunidades que sejam apropriadas aos diversos tipos de habilidades.
 O sucesso das escolas inclusivas depende muito do comprometimento de todos os envolvidos neste processo, principalmente dos professores, que são os que desempenham um papel diretamente com os alunos.
 Dessa forma, pode-se perceber que a inclusão não é só uma meta a ser alcançada, mas uma jornada com um propósito. Durante o curso desta jornada, os professores vão construir e ampliar suas habilidades sobre as experiências que já possuem com o objetivo de alcançar todas as crianças e suas necessidades de aprendizagem. Porém, eles também têm o direito de esperar apoio e oportunidades para o seu desenvolvimento profissional neste caminho, da mesma maneira que os pais e mães tem o direito para esperar que suas crianças sejam ensinadas por professores cuja capacitação preparou-os para ensinar todas elas.
 Essa tarefa pode não ser tão difícil quanto possa parecer, pois grande parte dos professores já tem muito do conhecimento e das habilidades que eles precisam para ensinar de forma inclusiva. O que muitas vezes lhes falta e confiança em sua própria competência.
Isso acontece, em parte, ao mito existente há muito tempo acerca da especialização das necessidades especiais que os fazem acreditarem que a capacitação especializada e um requisito para a inclusão. Além disso, poucos professores tiveram a oportunidade de ensinar todas as crianças na sua comunidade local, porque alguns alunos foram enviados para escolas especiais ou para escolas independentes (MITTER, 2003, p.184).
 De acordo com Mittler (2003), esta atitude não justifica a falta de oportunidades de capacitação que a grande maioria dos professores vem vivenciando, mas representa uma base para futuras oportunidades de desenvolvimento profissional sobre os fundamentos que já existem.
 A criação de oportunidades para capacitação não significa influenciar o modo como os professores se sentem com relação à inclusão. Os professores precisam de oportunidades para refletir sobre as propostas de mudança que mexem com seus valores e com suas convicções, assim como aquelas que afetam a sua prática profissional cotidiana. Entretanto, a maioria dos professores não recebe capacitação adequada para que se desenvolvam suas qualidades. A capacitação da maioria dos professores está voltada aos conteúdos, quando se faz preciso para que esta capacitação se volte para a interação humana, abrangendo a emoção e o vínculo afetivo no momento de ensinar.
 Davis e Oliveira (1993, p.84) comentam que “os fatores afetivos e cognitivos do professor e alunos exercem influência decisiva na interação que se estabelece na escola”. Para eles, cria-se uma rede de expectativas reciprocas entre professor e alunos, que pode ser ou não harmoniosa. Apesar da importância, os recursos tecnológicos que facilitam e enriquecem a aprendizagem, não podem substituir a relevância do conhecimento mediado interativamente pelo professor.
É preciso que o professor entenda que essa inclusão deve ser pautada no princípio da igualdade entre os homens, no respeito à individualidade e nas possibilidades de cada um, na equidade e na justiça, na paz e na cooperação. Mas, mesmo que o professor tenha claro para si todas essas condições, é necessário investir na sua formação profissional. Portanto, eles terão de voltar a estudar, a pesquisar, a refletir sobre suas práticas e a buscar metodologias inovadoras de ensino para esse fim.
Conclusão
 O princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Para incluir é necessário romper com os preconceitos criados pelas sociedades, para trabalhar com um objetivo de ter uma sociedade mais justa na qual os professores não tenham medo do novo, dando-lhes formação adequada para que se sintam seguros em sala de aula e possam passar um os conteúdos com qualidade. Melhorar o pensamento das crianças em relação ao colega que é diferente, ensinando-os a respeitá-los, pois muitas crianças chegam às escolas cheias de preconceitos, a própria sociedade precisa passar por reformas em sua forma de ver o próximo e esse é um longo caminho a ser percorrido para que as novas gerações tenham êxito na convivência com as diferenças, trabalhando o pensamento das crianças de hoje, pois elas serão os cidadãos de amanhã. A família precisa fazer parte desse processo, o amparo e compreensão familiar são imprescindíveis para a inclusão educacional e social, primeiramente é preciso que as famílias aceitem suas crianças, rompendo com o preconceito de que elas são dependentes para tudo, por outro lado, muitos pais superprotegem seus filhos não os levam para a escola na tentativa de não fazê-los sofrer.
 A sociedade, a família e as instituições têm buscado juntas soluções e encaminhamento para fazer com que todos os portadores de necessidades educativas especiais possam desenvolver todas as suas potencialidades. Não tem sido tarefa fácil, porém, há cada dia melhores resultados. Isso mostra que quando todos se unem em prol de uma boa causa não há como não atingir os objetivos almejados. O melhor de tudo é observar que a inclusão dos alunos nas escolas regulares tem sido feita de modo a fazer com que sua qualidade de vida melhore que ele sinta parte de um grupo e que, neste grupo ninguém é exatamente igual. Cada sujeito que faz parte dele é diferente, aprende de uma forma diferente e deve ser tratados de acordo com as suas peculiaridades.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Maria Cecília Carareto. Os movimentos possíveis e necessários para que uma escola faça a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. In:  JESUS, Denise Meyrelles de; BAPTISTA, Claudio Roberto;  VICTOR, Sonia Lopes (Org.). Pesquisa e educação especial: mapeando produções. Vitória: EDUFES, 2006. p.139-154.
FÁVERO, O; FERREIRA, T.I, BARREIRAS, D.Tornar a educação inclusiva.Brasília:UNESCO,2009.
MITTLER, P. Da exclusão à inclusão. In: PETER MITTLER. EducaçãoInclusiva: Contextos sociais; Trad.Windyz Brazao Ferreira. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar. O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
OLIVEIRA, F.M.G.S. As salas de recurso como apoio pedagógico especializado à educação escolar de deficiente mental. 2004. Dissertação (mestrado e educação)-programa de pós-graduação em Educação. Universidade Federal do Mato Grosso do SUL. Campo Grande.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Renovar a teoria crítica e reiventar à emancipação social. São Paulo: Bomtempo, 2007. São Paulo: Editora Record,  2005.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: Corde, 1994
https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/educacao-inclusiva-desafio-no-ambiente-escolar-e-na-pratica-pedagogica © Psicologado.com

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