Buscar

AULA DE PROCESSO SAÚDE E DOENÇA E SEUS CONDICIONANTES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O Processo Saúde e O Processo Saúde e 
DoençaDoença
• Prof. Dr. Edesio Martins
• Doutor em Ciências da Saúde FM/UFG
• Prof. Convidado Departamento de Medicina (PUC-GO)
• Prof. Adjunto Dept. Enfermagem e Farmacia – FacUnicamps
• Epidemiologista HAJ/ACCG
ConceitosConceitos
• Prática clínica
• “Ausência de doença”
• “Doença: Falta ou perturbação da saúde”
• OMS (1948)
• “Saúde é um completo estado de bem estar físico, mental e social.” 
• Aurélio
• “Saúde é o estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e 
mentais se acham em situação normal.”
SER HUMANO
BIOPSICOSOCIAL
Conceito de Saúde – Conceito de Saúde – Mais Mais 
abrangenteabrangente
• Saúde é a resultante das condições de 
alimentação, educação, renda, meio ambiente, 
trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, 
acesso e posse da terra, acesso a serviços de 
saúde.... resultado de formas de organização 
social de produção, as quais podem gerar 
profundas desigualdades no níveis de saúde. 
8a. Conferência Nacional de Saúde
Conceitos de Doença / Qualidade de vidaConceitos de Doença / Qualidade de vida
• A doença é um sinal da alteração do equilíbrio 
homem-ambiente, estatisticamente relevante e 
precocemente calculável, produzida pelas 
transformações produtivas, territoriais, 
demográficas e culturais.
• A qualidade de vida resulta da adequação 
das condições sócio-ambientais às exigências 
humanas.
Causas dos fatores 
determinantes
• O que leva uma doença a ocorrer?
• Teorias causais
História da Causa
Sociedade Primitiva
homem – receptáculo
causa – mística
intervenção – mística
Antiguidade
• Assírios = primitiva
• Chineses
homem - ativo
causa – desequilíbrio com os elementos da natureza, 
Ying/Yang
intervenção – reestabelecimento do equilíbrio – energia
Grécia - Hipócrates
Idade Média
homem – receptáculo
causa – mística
intervenção – religiosa
Renascimento
teoria do contágio –Fracastoros
teoria miasmática
causa – miasmas
intervenção – cuidar do ambiente
Revolução Industrial – Medicina Social
causa – estrutura social
intervenção – alterar a estrutura da sociedade
História da Causa
História da Causa
Teoria Unicausal - Bacteriologia
causa – uma bactéria
intervenção – eliminação da mesma
Teoria Multicausal
Balança de Gordon
Medicina Integral
MacMahon
Leavell-Clark
Modelo Ecológico
causa – múltiplos fatores, fundamentalmente biológicos
intervenção – parcial, nos fatores
Modelo de Determinação Social da Doença
Teorias causais
UNICAUSALIDADE
• Avanço da biologia
• Descoberta das bactérias
• Pesquisas de Pasteur, Kock – micróbios 
associados às doenças
• Teoria – toda doença tem um agente 
biológico (final séc XIX)
• Era dos antibióticos
Teorias de Causais
• John Snow, meados séc XIX desenvolve 
e aplica o método epidemiológico no 
estudo do cólera
• Desprendeu da medicina individual teve 
visão da doença na população 
• Doença tendo como origem apenas no 
agente etiológico
Teorias Causais
• Classificação dos Agentes Etiológicos
 - Biológicos – Bactérias, vírus.
 - Genéticos – Translocação de cromossomos
 - Químicos – nutrientes, drogas, gases, fumo, 
álcool
 - Físicos – radiação, atrito e impacto de veículos 
automotores
 - Psíquicos ou psicossociais – estresse do 
desemprego e da migração
MULTICAUSALIDADE
• Nem toda doença tinha origem apenas no 
agente etiológico
• Havia infecção sem doença e doenças não 
infecciosas
• Outros fatores envolvidos 
Teorias causais
Hospedeiro
agente Meio Ambiente
Tríade Ecológica
• Fatores Ambientais
 Ambiente Físico
- Clima, altitude, umidade relativa do ar, 
temperatura.
 Ambiente Biológico
- Seres vivos da terra
- Podem constituírem como agente, hospedeiro, 
reservatório de doença
 Ambiente Social
- Características sociais, econômicas, políticas e 
culturais.
Teorias causais
• Fatores do Hospedeiro
Herança Genética
- Alterações cromossômicas – Hemofilia e anemia 
falciforme
 Anatomia e Fisiologia do Organismo Humano
- Imunidade natural e a adquirida
- Idade, sexo, raça.
 Estilo de Vida
- Controle social e autocontrole
- Usuários d drogas injetáveis, fumantes... 
Teorias causais
Teoria Causais
• Ações para intervir no processo saúde-doença
 Hospedeiro (homem)
1. Em relação a herança genética
 - aconselhamento genético
 - diagnóstico pré-natal
 - aborto terapêutico
2. Em relação à anatomia e fisiologia
 - imunização ativa ou passiva
 - manutenção do peso corporal em níveis aceitáveis
3. Estilo de vida
 - não fumar
 - evitar promiscuidade sexual
 
Teoria Causais
• Ações para intervir no processo saúde-doença
 Meio ambiente
1. Meio Físico
 - saneamento das águas
 - saneamento do ar
 - saneamento do solo
2. Meio biológico
 - controle biológico de vetores
 - vigilância de alimento
 - eliminação de vetores na cidade
3. Meio social
 - Provisão de empregos, habitações, transportes, 
escolas, lazeres.
 - Melhor qualidade nos serviços de saúde. 
Determinação Social da Doença sec. XX
– Centralização no hospedeiro
– Desigualdades sociais
– Desencadeadora dos fatores associados às 
doenças
– Doença – sociedade injusta
– Exemplo: mortalidade infantil – bolsões de 
pobreza
Teorias causais
História natural da doençaHistória natural da doença
“as inter-relações do agente, do 
suscetível e do meio ambiente que 
afetam o processo global e seu 
desenvolvimento, desde as primeiras 
forças que criam o estímulo processo 
patológico no meio ambiente, ou em 
qualquer outro lugar; passando pela 
resposta do homem ao estímulo, até as 
alterações que levam a um defeito, 
invalidez, recuperação ou morte”
(Leavell & Clark, 1976) 
FATORES DETERMINANTES 
DA DOENÇA
• Endógenos: Fatores determinantes que, no 
quadro geral da ecologia da doença, são 
inerentes ao organismo e estabelecem a 
receptividade do indivíduo.
• Herança genética.
• Anatomia e fisiologia do organismo humano.
• Estilo de vida.
• Exógenos: Fatores determinantes que dizem 
respeito ao ambiente.
• Ambiente biológico: determinantes biológicos.
• Ambiente físico: determinantes físico-químicos.
• Ambiente social: determinantes sócio-culturais.
Modelo Biomédico
Patologia Clínica médica
Saúde é definida negativamente:
Ausência de doença
Livre de valores
Aplica-se indiferentemente a todas as espécies
Ausência defeitos em um sistema físico
Patologia: mecanismo etiopatogênico
Infecciosas Não-infecciosas
Clínica Médica: tempo de duração
Agudas Crônicas
Modelo Biomédico
Risco
Fatores etiológicos
Fatores de risco
Multicausalidade
Sócio-político 
cultural
Biológico
Físico
Ambiente Externo ou
Meio ambiente
Ambiente Interno
Fatores hereditários ou congênitos
Defesas específicas
Alterações organicas já existentes
História Natural da Doença
Modelo Processual
História Natural da Doença
Modelo Processual
Pré-Patogênese Patogênese: SER HUMANO
AG
MAH
Horizonte Clínico
Morte
Cronificação
Cura com sequela
Cura
Determinantes
Nível Sub-clínico Nível Clínico
Avanço: um processo de múltiplas e complexas determinações
Determinação Social
As oportunidades – probabilidades com que contam as 
pessoas para satisfazerem suas necessidades e desejos 
não diferem de forma aleatória, nem devido a outros 
fatores ambientais, genéticos ou biológicos. São 
calculadamente diferentes principalmente porque tem sua 
base na estrutura social, especialmente nos
processos de produção e distribuição de bens 
escassos.
Potencialidades Riscos
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
CONCEPÇÃO DE SAÚDE
Concepção 
biológica
Concepção 
Processo Saúde Doença
Caso Definido “a priori” 
Classificação de 
patologiasNão definido “a priori” 
Identificado no modo de 
andar a vida
Determinação 
do caso
Alterações 
fisiopatológicas
Resultantes do modo de 
vida das pessoas 
Expressão do 
caso
Indivíduo doente Indivíduos que vivem, 
adoecem, morrem segundo 
a sua inserção na 
organização social
Coletivo Somatória de 
indivíduos
Expressão do resultado das 
tensões sociais que formam 
classes e frações de 
classes
27
Conceitos básicos em epidemiologia
• ETMOLOGICAMENTE: EPI=SOBRE 
 DEMOS= POPULAÇÃO LOGOS = TRATADO
• Epidemiologia é portanto, o estudo de alguma coisa que aflige 
(afeta) a população.
• - epidemiologia clássica: fatores de risco - prevenir e retardar a 
mortalidade
• - epidemiologia clínica: melhoria do diagnóstico e tratamento, 
bem como o prognóstico de pacientes doentes
• Maneiras como os estudos científicos de doenças podem ser 
abordados:
• 1) nível submolecular ou molecular (biologia celular, 
bioquímica e imunologia)
• 2) nível dos tecidos e órgãos (anatomia patológica)
• 3) nível individual dos pacientes(clínica)
• 4) nível de populações (epidemiologia)
28
Definições de epidemiologia:
• “A epidemiologia é o campo da ciência médica preocupada com o 
inter-relacionamento de vários fatores e condições que determinam 
a freqüência e a distribuição de um processo infeccioso, uma 
doença ou um estado fisiológico em uma comunidade humana” 
(1951)
• “Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a 
ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos 
relacionados com a saúde” (1978)
• “Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades 
humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das 
enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde 
coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou 
erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de 
suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de 
saúde” (Rouquayrol, 1999) 
29
APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
• Descrever as condições de saúde da população
• Investigar os fatores determinantes da situação de 
saúde
• Avaliar o impacto das ações para alterar a situação de 
saúde
• Comparar: uma obsessão fundamental da epidemiologia
• A epidemiologia se estrutura no conceito de RISCO.
• RISCO: é o grau de probabilidade dos membros de uma 
população desenvolverem uma determinada doença ou 
evento relacionado à saúde, em um período de tempo.
30
Comparar: uma obsessão 
fundamental da epidemiologia
• Indicadores que medem o risco de adoecer: incidência e 
prevalência
• Indicadores que medem o risco de morrer: coeficientes e taxas 
de mortalidade.
• População de risco: pessoas que correm o risco de 
desenvolver uma doença ou agravo à saúde.
• Cálculo do risco
• Risco absoluto (ou taxa de incidência): mostra quantos casos 
novos da doença aparecem no grupo, em um dado período. Ex: 
• - 15 óbitos anuais por coronariopatias por mil adultos com 
colesterol sérico elevado
• - 5 casos de coronariopatias por mil adultos com colesterol 
sérico baixo
31
Cálculo do risco
• Risco relativo: informa quantas vezes o risco é maior em um 
grupo, quando comparado a outro. É a razão entre duas 
taxas de incidências. Exemplo: RR=15/5 = 3
• Interpretação: risco 3 vezes maior de mortalidade por 
coronariopatia entre os que têm colesterol sérico elevado, 
quando comparado aos que tem colesterol sérico baixo
• Risco atribuível (à exposição): indica a diferença de 
incidência entre dois grupo (ou seja, entre duas taxas de 
incidência)
• Exemplo: RA=15-5= 10 óbitos anuais por coronariopatia por 
1000 adultos com colesterol sérico elevado .
• Interpretação: são os óbitos em excesso, atribuídos a 
presença de colesterol sérico elevado, nas pessoas 
integrantes no grupo considerado
32
Características básicas da Epidemiologia
1. Todos os achados devem se referir à população
2. As doenças ou problemas de saúde não ocorrem ao acaso: a 
distribuição destes problemas é produto dos fatores causais, ou 
determinantes que se distribuem desigualmente na população – a 
comparação de subgrupos populacionais é essencial para a 
identificação de determinantes das doenças
3. Fatores causais estão associados, ao nível populacionais, com a 
ocorrência de doenças:
 - Fator de risco: é qualquer fator associado à ocorrência de uma 
doença ou problema, isto é, mais freqüente entre os doentes do 
que não doentes. 
4. O conhecimento epidemiológico é essencial para a prevenção de 
doenças
33
Principais usos da epidemiologia
1. Diagnóstico de saúde comunitária
2. Monitoramento das condições de saúde
3. Identificação dos determinantes de doenças ou 
agravos
4. Validação de métodos diagnósticos
5. Estudo da história natural das doenças
6. Avaliação epidemiológica de serviços de saúde
Os princípios metodológicos da epidemiologia têm aplicação 
direta no manejo clínico dos doentes e no planejamento, 
gerenciamento e avaliação dos serviços de saúde
34
Epidemiologia e os serviços de saúde
epidemiologia
Estuda a distribuição dos problemas em
Saúde em populações
Aponta quem é mais 
propenso a adquirir e
morrer destes problemas
Investiga as
Causas destes
problemas
Avalia vacinas
Testes diagnósticos
Tratamentos
Serviços de saúde
Mudanças de
comportamento
Por que esta pessoa/população ficou vulnerável a este problema/evento
neste momento?
• Três dimensões da epidemiologia
• Epidemiologia descritiva – põe em 
evidência as características da ocorrência 
das doenças nas populações utilizando 
dados relativos à distribuição espacial, 
temporal e segundo características dos 
indivíduos afetados.
Conceitos básicos
• Epidemiologia analítica – formula uma 
hipótese de trabalho e, valendo-se de 
métodos estatísticos, busca a 
comprovação científica da hipótese 
formulada, através do estabelecimento de 
associações entre doenças e fatores de 
risco ou exposição.
Conceitos básicos
• Vigilância epidemiológica – é o conjunto 
de atividades sistemáticas de avaliação 
das doenças com objetivo de detectar ou 
prever alterações de seu comportamento 
epidemiológico.
Conceitos básicos
• Coleta, análise e interpretação dos dados 
de rotina
• Investigação epidemiológica
• Recomendação ou aplicação de medidas 
de bloqueio
• Divulgação das informações
Objetivos da Vigilância 
Epidemiológica
• Notificação compulsória de casos
• Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação – SINAN
• Prontuários médicos
• Atestados de óbito
• Laboratórios
• Bancos de sangue
• Farmácias dispensadoras
Coleta, análise e interpretação dos 
dados de rotina
• Objetivos:
• Confirmar o diagnóstico
• Seguir a cadeia epidemiológica
• Identificar os contatos 
• Proteger os suscetíveis
• Bloquear a transmissão
Investigação epidemiológica
• Justificativas:
• Doença prioritária
• Número de casos excedendo a freqüência 
habitual
• Suspeita de fonte comum de infecção
• Evolução da doença mais severa do que 
habitualmente
• Dano à saúde desconhecido 
Investigação epidemiológica
• A investigação permite determinar:
• A fonte da infecção
• As vias de transmissão
• Os contatos
• Os demais casos
• As medidas de controle apropriadas
• Os fatores de risco
• Ensinamentos para situações futuras
Investigação epidemiológica
• Recomendação ou aplicação de medidas 
de bloqueio – vacinação, tratamento, 
isolamento
• Divulgação das informações – boletim 
epidemiológico
Medidas e divulgação
• Surto x Epidemia
• Tecnicamente são sinônimos mas, na linguagem 
cotidiana, dá-se a conotação de surto a um 
aumento localizado de casos – de pequenas 
proporções.
• Usa-se epidemia quando o episódioé de maior 
vulto – envolvendo grande número de pessoas 
afetadas ou extensas áreas geográficas.
Terminologia
• Casos primário e secundário:
• É chamado caso primário o que introduz o 
conhecimento da doença.
• Os casos secundários são os que 
ocorrem decorrido o período de incubação 
ou são descobertos através de 
investigação.
Terminologia
• Caso índice
• Na prática de vigilância epidemiológica é 
o mais importante – pois é o primeiro 
diagnóstico – a partir dele são 
identificados os contatos.
• Pode não ser o caso primário. 
Terminologia
• Definição de caso
• Mudança de critérios
• Sub-notificação
• Super-notificação – epidemia de papel
• Níveis hierárquicos – local, regional, 
central
Terminologia
• Sazonalidade – aumento “normal” 
esperado em determinados períodos do 
ano para algumas doenças.
• Efeito geração – devido a influências 
específicas relacionadas a uma 
determinada época – e sua respectiva 
geração
Terminologia
• Vigilâncias ativa e passiva – esquema 
“normal” de notificação e busca ativa de 
casos. Costuma ocorrer em situações 
alarmantes e/ou com propósito de 
erradicação de doenças. 
• Ex.: erradicação da poliomielite
Esquemas especiais de vigilância 
epidemiológica
• Vigilância sentinela – esquema especial 
que define alguns postos ou sítios 
sentinela como referências para coleta 
dos dados.
• Premissas básicas – representatividade, 
estabilidade (ao longo do tempo) da 
população alvo.
Esquemas especiais de vigilância 
epidemiológica
ALGUMAS 
REFLEXÕES 
SOBRE SAÚDE!
“O SUS É UMA 
POLÍTICA DE 
ESTADO”
Política de Saúde
“ É a ação ou omissão do Estado, 
enquanto resposta social, diante dos 
problemas de saúde e seus 
determinantes, bem como em relação 
à produção, distribuição e regulação 
de bens, serviços e ambientes que 
afetam a saúde dos indivíduos e da 
coletividade.”
Paim, 2003
O QUE É O SUS
• DECRETO 7.508/11, ART. 3º
[...] conjugação das ações e serviços de 
promoção, proteção e recuperação [...] 
executados pelos entes federativos, de 
forma direta ou indireta, mediante a 
participação complementar da iniciativa 
privada, sendo organizado de forma 
regionalizada e hierarquizada.
(conforme CF/88 e LOS 8.080/90, Art. 4º)
• CONJUNTO, CONJUGAÇÃO...
O SUS É UM 
SISTEMA!
O QUE SISTEMA?
• Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos 
interdependentes que interagem com objetivos comuns 
formando um todo, e onde cada um dos elementos 
componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema 
cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades 
poderiam ter se funcionassem independentemente. 
Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser 
considerado um sistema, desde que as relações entre as 
partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção 
(ALVAREZ, 1990
PORTANTO...
CONJUNTO DE AÇÕES E SERVIÇOS...
PÚBLICO (DIRETO E INDIRETO)...
FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL
ÚNICO...
SISTÊMICO...
FUNDAMENTADO EM PRINCÍPIOS
O PROCESSO DE PROGRAMAÇÃO NA 
LEGISLAÇÃO DO SUS
• Lei 8.080/90, Art. 18,
À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) 
compete:
[...]
II - participar do planejamento, programação e 
organização da rede regionalizada e hierarquizada do 
Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com 
sua direção estadual;
O PROCESSO DE PROGRAMAÇÃO NA 
LEGISLAÇÃO DO SUS
• Lei 8.080/90, Art. 33,
 
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, 
através de seu sistema de auditoria, a conformidade à 
programação aprovada da aplicação dos recursos 
repassados a Estados e Municípios. Constatada a 
malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, 
caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas 
previstas em lei.
O PROCESSO DE PROGRAMAÇÃO NA 
LEGISLAÇÃO DO SUS
• Lei 8.080/90, Art. 36,
 
O processo de planejamento e orçamento do 
Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do 
nível local até o federal, ouvidos seus órgãos 
deliberativos [...]
§ 1º Os planos de saúde serão a base das 
atividades e programações de cada nível de direção 
do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu 
financiamento será previsto na respectiva proposta 
orçamentária.
Decreto 7.508/11, Art. 20. 
A integralidade da assistência à saúde se inicia e se 
completa na Rede de Atenção à Saúde, mediante 
referenciamento do usuário na rede regional e 
interestadual, conforme pactuado nas Comissões 
Intergestores.
O PROCESSO DE PROGRAMAÇÃO NA 
LEGISLAÇÃO DO SUS
Decreto 7.508/11 - Do Contrato Organizativo Da Ação Pública - 
COAP
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes federativos para a 
organização da rede interfederativa de atenção à saúde será 
firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação Pública da 
Saúde.
Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da 
Saúde é a organização e a integração das ações e dos serviços 
de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma 
Região de Saúde, com a finalidade de garantir a integralidade 
da assistência aos usuários.
Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde 
resultará da integração dos planos de saúde dos entes federativos 
na Rede de Atenção à Saúde, tendo como fundamento as pactuações 
estabelecidas pela CIT.
O PROCESSO DE PROGRAMAÇÃO NA 
LEGISLAÇÃO DO SUS
O PROCESSO DE PROGRAMAÇÃO NA 
LEGISLAÇÃO DO SUS
• Portaria 399 (Pacto Pela Saúde)
 
 Os principais instrumentos de planejamento da 
Regionalização são o Plano Diretor de Regionalização 
– PDR –, o Plano Diretor de Investimento – PDI – e a 
Programação Pactuada e Integrada da Atenção à 
Saúde – PPI –, detalhados no corpo deste documento.
E OS RECURSOS...?
O PROCESSO DE PLANEJAMENTO E 
FINANCIAMENTO DO SUS
• Plano de Saúde:
não é possível definir “o quanto 
financiar” sem a definição de 
“necessidades” e “prioridades”. Com a 
elaboração do Plano de Saúde se 
define:
– Objetivos;
– Diretrizes;
– Metas
• Dimensão: 4 em 4 anos
• Elaboração: primeiro ano de governo.
O PROCESSO DE PLANEJAMENTO E 
FINANCIAMENTO DO SUS
• Programação Anual:
É o instrumento que operacionaliza as 
intenções expressas no Plano de Saúde
• Deve conter:
– as ações que, no ano específico, irão 
garantir o alcance dos objetivos e o 
cumprimento das metas do PS;
– as metas anuais pretendidas; e 
– os recursos orçamentários necessários. 
• Dimensão: anual
PLANO DE SAÚDE (2012-2015)
2 ºANO/PS
(3º ano de gestão)
3º ANO/PS
(4º ano de gestão)
4º ANO/PS
(1º ano de gestão)
1º ANO/PS
(2º ano de gestão)
PLANO DE SAÚDE
vigente
4º ANO/PS
(1º ano de gestão)
Elaboração
do PS
Elaboração
da PAS
Programação
Anual 
de Saúde
Relatório 
Anual 
de Gestão
Programação
Anual 
de Saúde
Programação
Anual 
de Saúde
Programação
Anual 
de Saúde
Relatório 
Anual 
de Gestão
Relatório 
Anual 
de Gestão
Relatório 
Anual 
de Gestão
Avaliação
preliminar do PS
vigente
Avaliação do Plano de Saúde
Interdependência dos instrumentos de Planejamento 
em Saúde
Fontes: Coordenação PlanejaSUS, 2009
INTER-RELACIONAMENTO DOS 
INSTRUMENTOS
Fontes: PROGESTORES, 2011
A PPI NA POLÍTICA DE 
REGULAÇÃO DO SUS
REGULAÇÃO DO ACESSO À 
ASSISTÊNCIA
Compreende:
• Atenção Básica resolutiva (estruturante)
• Encaminhamentos responsáveis e 
adequados (PDR e PPI)
• Protocolos Assistenciais
• Complexos Reguladores
»Centrais de regulação de urgência
»Central de regulação de leitos
»Central de regulação de consultas e exames
»Central Nacional de Regulação da Alta 
Complexidade
DIRETRIZES DA REGULAÇÃO
Princípios Orientadores:
1.Cada prestador responde apenas a um gestor
2.A regulação dos prestadores de serviço deve ser preferencialmentedo município conforme desenho da rede de assistência pactuada na 
CIB, observado o Termo de Compromisso de Gestão do Pacto.
3.A regulação das referências intermunicipais é 
responsabilidade do gestor estadual, expressa na 
coordenação do processo de construção da PPI, do 
processo de regionalização e do desenho das redes.
4. A operação dos complexos reguladores no que se refere à referencia 
intermunicipal deve ser pactuada na CIB, podendo ser operada nos 
seguintes modos:
a.Pelo gestor estadual que se relacionará com a central municipal que 
faz a gestão do prestador
b.Pelo gestor estadual que se relacionará diretamente com o 
prestador quando este estiver sob gestão estadual
c.Pelo gestor municipal com co-gestão do estado e representação 
dos municípios da região
A GESTÃO FINANCEIRA
Parágrafo 2º - a União, os estados e os municípios 
aplicarão anualmente em ações e serviços públicos 
de saúde recursos mínimos derivados da aplicação 
de:
• União: montante do recurso orçamentário 
empenhado no ano anterior, corrigido pela variação 
nominal do PIB;
• Estados: 12% do produto da ‘arrecadação de 
impostos (TCMD, ICMS, IPVA, IRRF) e 
transferências recebidas, deduzidas as parcelas que 
forem transferidas aos respectivos municípios;
• Municípios: 15% do produto da arrecadação de 
impostos (IPTU, ITBI, ISS, IRRF) e transferências 
recebidas da União (quotas parte: FPM, ITR, ICMS-
Exportação) e do estado (quotas parte: ICMS, IPVA, 
IPI-exportação) e receitas de cobrança da dívida 
ativa.
EC 29/00 - Recursos mínimos a 
aplicar
• I - vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária; 
• II - atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo 
assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais; 
• III - capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS); 
• IV - desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por 
instituições do SUS; 
• V - produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, 
tais como: imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos 
médico-odontológicos; 
• VI - saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que seja 
aprovado pelo Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja de 
acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nesta Lei Complementar; 
• VII - saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades 
remanescentes de quilombos; 
• VIII - manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças; 
• IX - investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de obras de recuperação, 
reforma, ampliação e construção de estabelecimentos públicos de saúde; 
• X - remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade nas ações de que trata este 
artigo, incluindo os encargos sociais; 
• XI - ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e 
imprescindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde; e 
• XII - gestão do sistema público de saúde e operação de unidades prestadoras de serviços 
públicos de saúde. 
QUAIS SÃO OS GASTOS EM SAÚDE?
(Lei Complementar 141/2012)
Fundo
Nacional
Fundo
Estadual
Fundo
Municipal
MS SES SMS
Orçamento 
Nacional
Orçamento 
Estadual
Orçamento 
Municipal
U
nidades 
de saúde
Orçamentos próprios
Transf. intergovernamentais
Pagamento a prestadores
Descentralização e fluxos financeiros no SUS
Gasto em Saúde
Despesas das administrações públicas em saúde, em 
percentagem do total das despesas públicas, em dolares. 2012*
Gasto Per Capita - MAC
Fontes: SES/ GO, 2011
PROGRAMAÇÃO PACTUADA 
E INTEGRADA
Programação Pactuada e Integrada 
da Assistência
É um processo instituído no 
âmbito SUS, onde em 
consonância com o processo 
de planejamento são definas e 
quantif icadas as ações de saúde 
para população residente em cada 
território, bem como efetuados os 
pactos intergestores para garantia 
de acesso da população aos 
serviços de saúde.
A PPI BUSCA...
• eqüidade no acesso;
• orientar a alocação dos recursos pelas 
necessidades;
• definir os limites financeiros (população 
própria e referenciada);
• visualizar o financiamento tripartite;
• subsidiar o processo de regulação;
• contribuir na organização das redes.
4 DESAFIOS PARA A GESTÃO DO SUS...
1. CONHECER BEM A GESTÃO
2. USAR A CRIATIVIDADE
3. MOTIVAR OS COLABORADORES
4. PLANEJAR PARA ASSEGURAR O 
ACESSO
“A BOA QUALIDADE EM 
SAÚDE, COM MUITO OU 
POUCO RECURSO, RESIDE 
NO
 CORAÇÃO E NA ALMA DOS 
PROFISSIONAIS DE 
SAÚDE”
Fonte: Gilson Carvalho

Outros materiais