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RESUMO DA AV1 DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO TERMOS IMPORTANTES: GLICÓLISE – degradação da molécula de glicose em duas moléculas de piruvato pra gerar ATP. GLICONEOGÊNESE – síntese de glicose, principalmente no fígado, a partir dos resíduos de carbono de outros compostos. GLICOGENÓLISE – reconversão do glicogênio para glicose. GLICOGÊNESE – síntese do glicogênio a partir da glicose. função: servir como combustível biológico e preservar a integridade estrutural. + VOLTADO PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA CARBOIDRATOS LIGAÇÕES DE CARBONO, MACRONUTRIENTES LIPÍDIOS HIDROGÊNIO E OXIGÊNIO PROTEÍNAS DIFERENCIA-SE POR TER NITROGÊNIO ALANINAMICRONUTRIENTES – VITAMINAS, SAIS MINERAIS E ÁGUA. Função: regula o processo metabólico. CARBOIDRATOS Único que pode gerar energia anaerobicamente e aerobicamente. MONOSSACARÍDEOS – unidade básica dos carboidratos. (hexoses) Ex: glicose, frutose e galactose. OLIGOSSACARÍDEOS – união de 2 a 10 monossacarídeos quimicamente. DISSACARÍDEOS – união de 2 monossacarídeos.Todos os dissacarídeos contém glicose. Ex: sacarose = glicose + frutose; lactose = glicose + galactose; maltose = glicose + glicose. POLISSACARÍDEOS – 3 milhares de moléculas de açúcar e se diferencia em animal e vegetal: VEGETAL – AMIDO: possui duas formas: amilose (ritmo lento de fracionamento químico-hidrólise) e amilopectina (absorção e digestão rápida). FIBRA: hidrossolúveis + importante: redução do colesterol sérico. ALTO ÍNDICE GLICÊMICO – (amidos) são digeridos + rapidamente e penetram no sangue com maior velocidade, o que causa oscilação na glicose e acentua a hiperinsulemia. BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO – (fibras) tornam + lenta a absorção de carboidratos minimizando as oscilações da glicose sanguínea. ANIMAL – GLICOGÊNIO: reserva de glicose. Em um exercício ativo, o glicogênio no fígado é transformado em glicose sendo lançado no sangue (glicogenólise) FUNÇÃO DOS CARBOIDRATOS Principal fonte de energia Preservação das proteínas Ativador metabólico para o catabolismo das gorduras Funcionam como combustível para o sistema nervoso central MUDANÇAS NAS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DA GLICOSE NUTRIENTES (MOL) NORMAL 40 HRS DE JEJUM 7 DIAS DE JEJUM GLICOSE 5,5 3,6 3,5 ÁCIDOS GRAXOS 0,3 1,15 1,19 CETONAS 0,01 2,9 4,5 ALANINAS 0,03 2,8 5,2 EXPLICAÇÃO: Num quadro de supressão de nutrientes por 40h a 7dias, sobre as concentrações de glicose plasmática, ocorre grande redução da glicose sanguínea, nas primeiras 40h. Porém, não diminuindo, consideravelmente no período de 7 dias. Paralelamente, os ácidos graxos se tornam a fonte compensatória de energia, começando um aumento acentuado já nas primeiras 40h de supressão. Consequentemente há uma elevação notória da concentração de corpos cetônicos que ao final dos 7 dias poderá concorrer como acidose cetoacética, inibindo a lipólise. Neste processo inicia-se a depleção das alaninas, reduzindo a massa magra (músculo). LIPÍDIOS SIMPLES – triglicerídeos (1glicerol + 3 ácidos graxos). COMPOSTO – formado por lipídios simples + substâncias químicas (fosfolipídios, glicolipídios e lipoproteínas). DERIVADO – sintetizado a partir de lipídios simples e composto (colesterol). ÁCIDO GRAXO SATURADO – cheios de hidrogênio ÁCIDO GRAXO INSATURADO – ligações duplas de carbono FUNÇÃO DOS LIPÍDIOS Fonte e reserva de energia Proteção dos órgãos vitais Isolamento térmico Carreador de vitaminas (A, D, E, K) e supressor da fome. OBS: Os ácidos graxos liberados pela lipólise podem: 1.ser reestretificados para triglicerídeos após sua conversão para um acetil-coA adiposa 2. sair do adipócito e combinar com albumina para ser transportada para os tecidos do corpo. O termo Ácido Graxo Livre (AGL) descreve essa combinação albumina – ácido graxo. LIPÓLISE Lipólise descreve o catabolismo dos triglicerídeos para produzir glicerol e três moléculas de ácidos graxos ricos em energia. BETA OXIDAÇÃO DAS GORDURAS FIBRA MUSCULAR ADIPÓCITO TRIGLICERÍDEO AGL AGL AGL GLICEROL QUEBRA O TRIGLICERÍDEO EM 1 GLICEROL E 3 ÁCIDOS GRAXOS GLIC EROL GLICONEOGÊNESE FÍGADO LIPASE CORPOS CETÔNICOS GLICOGÊNIO GLICOSE RINS ARMAZENADO NO FÍGADO ESTIMULA A LIPASE CIRCULAÇÃO LEPTINA SE NÃO EXCRETADOS EXCRETADOS DIMINUIÇÃO DO PH ACIDOSE CETOACÉTICA INIBIÇÃO DA LIPASE EXPLICAÇÃO: A leptina estimula a lípase que é uma enzima que quebra a molécula de triglicerídeo presente no adipócito em um glicerol e três moléculas de ácido graxo. Estes vão para a circulação, o glicerol vai para o fígado e os ácidos graxos livres vão para a fibra muscular onde ocorre a beta oxidação das gorduras. No fígado, ocorre a gliconeogênese, onde forma, a partir do glicerol a glicose onde será lançada na circulação ou será armazenado no fígado na forma de glicogênio. Como produto da gliconeogênese é liberado corpos cetônicos que através dos rins serão excretados. Se não for excretado, o PH diminui ocasionando acidose cetoacética inibindo a lípase o que ocorrerá diminuição da utilização do triglicerídeo. PROTÉINAS São formados por aminoácidos. + de 100 aminoácidos = proteína BALANÇO NITROGENADO POSITIVO – ingestão de nitrogênio (proteínas) ultrapassa a excreção de nitrogênio, com a proteína adicional sendo usado para sintetizar novos tecidos. Nitrogênio aportado maior que nitrogênio excretado. BALANÇO NITROGENADO NEGATIVO - utilização da proteína para obter energia (proveniente do músculo esquelético). Nitrogênio aportado menor que nitrogênio excretado. AMINOÁCIDO NÃO ESSENCIAL – são sintetizados pelo organismo. AMINOÁCIDO ESSENCIAL – não são sintetizados pelo organismo sendo necessária a ingestão. Crianças e idosos são incapazes de sintetizar 9 aminoácidos e o adulto é incapaz de sintetizar 8. O adulto sintetiza a Arginina. ENZIMAS COMO CATALIZADORES BIOLÓGICOS ENZIMA é um grande catalisador proteico altamente específico, acelera os ritmos das reações dentro do organismo sem serem consumidas nem modificadas durante a reação. Energia de Ativação: é o influxo de energia necessário para iniciar uma reação no organismo. Turnover: renovação das enzimas do corpo. Mecanismo chave-fechadura É a interação do substrato com a enzima específica. Os locais ativos da enzima e o substrato se alinham para conseguir um encaixe perfeito formando um produto final liberando a enzima para poder agir sobre outro substrato. COENZIMAS - substâncias não proteicas que facilitam a ação enzimática, fixando o substrato à sua enzima específica. HIDRÓLISE – cataboliza moléculas orgânicas complexas em formas mais simples que o corpo consegue absorver. CONDENSAÇÃO – anabolismo. Sintetizam biomoléculas complexas para a manutenção e o crescimento do organismo. ATP E ENERGIA Primeira Lei da Termodinâmica – o corpo não produz, não consome, nem utiliza energia; pelo contrário, a energia será transformada de um estado para outro à medida que o sistema fisiológico sofrer uma transformação contínua. Energias Primárias – NUCLEAR, LUMINOSA, TÉRMICA, QUÍMICA, MECÂNICA, ELÉTRICA O CORPO + UTILIZA A transferência de energia no corpo humano favorece uma de três formas de trabalho biológico: químico (biossíntese de moléculas), mecânico (contração muscular) ou de transporte (transferência de substâncias entre as células). EXERGÔNICO – energia produzida é dispersa para fora (baixa a energia do organismo). EX: contração muscular – energia térmica (suor). ENDERGÔNICO – armazenam ou absorvem energia. Aumenta a energia livre para o trabalho biológico. O catabolismo de nutrientes (carboidratos,proteínas e gorduras) tem a formação de ATP num processo de doação de energia livre (exergônico). Depois esse ATP irá doar esta energia armazenada em outras reações aceptoras de energia (endergônicas). FOTOSSÍNTESE – processo endergônico. O pigmento de clorofila absorve energia radiante para sintetizar glicose a partir do dióxido de carbono e da água, enquanto o oxigênio flui para o meio ambiente. DIA= anabolismo do oxigênio, NOITE= catabolismo do oxigênio. RESPIRAÇÃO – processo exergônico. As células extraem, na presença de oxigênio, a energia química proveniente dos macronutrientes. OXIDAÇÃO – transferem átomos de oxigênio, hidrogênio ou elétrons. Ocorre sempre uma perda de elétrons nas reações de oxidação com ganho correspondente em termos de valência. REDUÇÃO – átomos de um elemento ganham elétrons, com uma redução global correspondente na valência. REAÇÃO REDOX – quando a reação oxidação e redução estão acopladas. Ou seja, quando uma substância perde elétrons, a outra os ganha. Isso é importante porque as reações redox representam a base para os processos de transferência de energia do organismo. A síntese de ATP acontece durante as reações de oxidação-redução. OBS: O transporte de elétrons por moléculas carreadoras específicas constitui a cadeia respiratória. O transporte de elétrons representa a via comum final no metabolismo aeróbico (oxidativo). Para cada par de átomos de hidrogênio, dois elétrons fluem através da cadeia e reduzem um átomo de oxigênio. O processo termina quando o oxigênio aceita dois hidrogênios para formar água. À medida que o exercício é intensificado, os átomos de hidrogênio são arrancados do substrato do carboidrato com maior rapidez que o ritmo com que são oxidados na cadeia respiratória. Para que o metabolismo energético possa prosseguir, uma substância diferente do oxigênio terá que “aceitar” os hidrogênios em excesso que não foram oxidados. Uma etapa que está explicada logo abaixo (glicólise anaeróbica). Resumindo... AMP – possui 1 fosfato ADP – possui 2 fosfatos ATP – possui 3 fosfatos Quando um fosfato se liga ao ADP então esse passa a ter 3 fosfatos se transformando em ATP, o mesmo ocorre com o AMP quando se liga a 2 fosfatos. Se o ATP perder 1 fosfato, este fica com 2 fosfatos (ADP) e se perder 2 (AMP). Moeda Corrente de Energia – significa que a energia proveniente da hidrólise do ATP aciona todas as formas de trabalho biológico. SISTEMAS DE ENERGIA ANAERÓBICOS Tendo em vista as características das necessidades energéticas de treinamento de força (muita energia rapidamente) podemos observar que apenas dois sistemas energéticos podem fornecer energia dessa forma: Via dos fosfagênicos (ATP-CP) alática; (fibra muscular 2B) Via da glicólise lática. ( fibra muscular 2A) SISTEMA FOSFOCREATINA Uma das fontes imediatas de fosfato de alta energia. A Creatina quinase (CK) catalisa a reação em que retira o grupo fosfato da CP e o transfere para o ADP. A clivagem da PCr é reversível, ou seja, o fosfato (P) e a creatina (Cr) podem voltar a unir-se e formar PCr. Tanto o ATP quanto a PC, ao terem os seus grupamentos fosfatos removidos, liberam uma grande quantidade de energia, que imediatamente fica disponível ou é acoplada à ressíntese de ATP. ADP +P ADP + Pi ATP CONTRAÇÃO MUSCULAR MÚSCULO RELAXADO ATPASE P + Cr PCr CREATINA QUINASE (CK) EXERCÍCIOS DE ALTA INTENSIDADE EXPLICAÇÃO: Durante o todo o tempo ocorre a utilização de energia em nosso corpo que é feita pela quebra de ATP pela enzima ATPase dando origem ADP e fosfato inorgânico (Pi). Em exercícios de curta duração e alta intensidade quando ocorre um aumento no acumulo de ADP + Pi é acionada a enzima Creatina quinase (CK) que tem por função fazer a quebra da fosfocreatina (CP ou PCr). A partir dessa quebra é obtido a Creatina (Cr) e Fosfato (P), essa energia gerada na quebra de PCr é utilizada para a ressintese do ATP. A função da fosfocreatina é ceder esse fosfato para ADP dando origem a uma nova molécula de ATP. Esse trabalho de ressíntese de ATP através de PCr não necessita de oxigênio e durará até durarem os estoques de Creatina, em torno de 10 segundos. Assim sendo, o PCr funciona como um “reservatório” de ligações fosfato de alta energia. Se o esforço máximo continua por mais de dez segundos, a energia para a ressintese de ATP terá que provir do catabolismo menos rápido dos macronutrientes armazenados. REAÇÃO ADENILATOQUINASE A reação utiliza duas moléculas de ADP para produzir uma única molécula de ATP e de AMP. É, também, uma reação reversível. A formação de ATP é favorecida quando a concentração de ATP é alto, como durante o exercício intenso. AMP ATP + AD P ADP ADELINATO CINASE OBS: As reações catalisadas por creatina cinase e adenilato cinase não aprimoram apenas a capacidade do músculo de aumentar rapidamente a produção de energia (disponibilidade de ATP); elas produzem também co-produtos moleculares (AMP, Pi, ADP) que ativam os estágios iniciais do catabolismo do glicogênio e da glicose e a vias da respiração da mitocôndria. GLICÓLISE ANAERÓBICA SUBSTÂNCIA INVESTIMENTO PRODUÇÃO RESULTADO GLICOSE C6 H12 O6 2 ATP NADH +H 4 ATP 2 PIRUVATO2 ATP GLICOGÊNIO Nx C6 H12 O6 1 ATP 4 ATP 3 ATP SEM O2 RECORRE AO PIRUVATO NAD+ ACEITA OS 2 HIDROGÊNIOS FORMANDO O LACTATO FOSFORILAÇÃO COM A PRESENÇA DE OXIGÊNIO DIMINUIÇÃO DO PH MITOCÔNDRIA ACIDOSE LÁTICA FADIGA EXPLICAÇÃO: Na glicólise, a molécula de glicose sofre degradação (dez reações) para formar duas moléculas de piruvato afim de gerar ATP. Nas três primeiras reações, é a fase de investimento de ATP, ou seja, pra ser degradada ela necessita de duas moléculas de energia, diferentemente da glicose proveniente do glicogênio, pois essa molécula já se encontra fosforilada sendo necessário apenas o gasto de uma molécula de ATP. E nas reações seguintes será a fase de produção de ATP, para que essa fase ocorra é necessário que entre o NAD fazendo a retirada de 2 moléculas de hidrogênio ficando NADH+H. Tanto a glicose proveniente da circulação quanto a do glicogênio produzirão quatro moléculas de ATP. O resultado final da glicose será de dois ATP já que ela gastou dois e produziu quatro e da glicose proveniente do glicogênio será de três ATP, pois ela produziu quatro, mas seu gasto foi de apenas um ATP. Ao final de todas as reações a molécula de glicose formará 2 moléculas de piruvato. O NDH+H precisa voltar a ser apenas NAD+ para repetir o processo de oxidação de elétrons, então ele lança os seus hidrogênios na membrana da mitocôndria. Como na glicólise anaeróbica não há oxigênio e as mitocôndrias só trabalham aerobicamente, o NAD+ recorre à molécula de piruvato. O piruvato aceita os dois hidrogênios formando o lactato. O acúmulo de dessa substância gerará diminuição do PH e consequentemente acidose lática que levará a fadiga. EXPLICAÇÃO 2: Consiste em uma série de reações químicas, com participação enzimática, em que a glicose produz anaerobicamente duas moléculas de Piruvato com a finalidade de liberar energia (ATP). Este processo requer um gasto de energia, na fase de investimento (2 mols para a glicose sanguínea e 1 mol para a glicose extraída do glicogênio por estar parcialmente fosforilada). Em seguida, para que haja produção de energia, são liberados 2 pares de hidrogênio para a coenzima NAD, formando NADH + H. Esta reação resulta em 4 moléculas de ATP sendo que a quantidade real disponível são de 2 mols provenientes da glicose sanguínea e 3 da glicose obtida pelo glicogênio, levando em conta o gasto energético nas primeiras reações. Na ausência de oxigênio o NADH + H lança seus elétrons no piruvato para retomar seu estado original e continuar realizando a oxidação. O piruvato é transformado em lactato. O acúmulo dessa substância no organismo diminui o PHe gera a acidose Lática que leva a fadiga.
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