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Principais doenças de pele causadas por parasitas

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ZOODERMATOSES
José Paulo Ribeiro Junior			UFRN 2018.1
	ESCABIOSE/Sarna/”xanha”
	Etiologia
-Sarcoptes scabiei (hoje já se conhece outros ácaros causadores).
	Epidemiologia
-Doença cosmopolita.
-Contágio por contato direto, mas também por roupa pessoal e de cama.
-Geralmente há mais de um caso no ambiente familiar.
	Fisiopatologia
-A doença é produzida pela fêmea fecundada. O macho apenas copula e morre. Ela penetra a epiderme e escava um túnel principalmente durante a noite (calor do leito) deixando ovos. 
- O prurido da doença ocorre pela lesão direta e por mecanismo alérgico (responsável pelo prurido residual pós tratamento).
	Clínica/Diagnóstico
- Prurido preferencialmente noturno.
- Lesão típica: túnel escabiótico (10-15mm).
- Localização: Especialmente em dobras. Dedos, pregas interdigitais, punhos, face antecubital, mailios, genitália, nádegas e hipogástrio.
- Crianças: lesões em couro cabeludo, palmas e plantas.
- Pode haver escoriações (coçadura) e impetiginização secundário. Logo há possibilidade de complicar com glomerulonefrite pós estreptocócica. 
- Pode-se utilizar o dermatoscopio para visualização do ácaro e seus ovos.
*Sarna nodular: pênis e saco escrotal.
	Tratamento
- Avaliar/tratar todos os moradores da casa. Na dúvida tratar todos. 
Tópico:
-Permetrina 5% loção. Aplicar em todo o corpo do pescoço para baixo por duas noites seguidas e repetir 1 semana depois. Trocar roupas pessoais e de cama no dia seguinte às aplicações. O prurido pode continuar (mecanismo alérgico) após aplicações. Em caso de prurido excessivo pode-se utilizar um corticoide de alta potência nos locais (betametasona 0,05%) ou anti-histaminico (Allegra, loratadina).
-Benzoato de benzila 25%
Sistêmico:
-Ivermectina: 1cp de 6mg para cada 30kg. 3 dias seguidos e repetido 1 dia após 10 dias. Crianças maiores que 5 anos e 15kg. Preferível em caso de infecção secundária
	SARNA CROSTOSA/NORUEGUESA
	Mesma etiologia da Escabiose. Porém mais grave. Há formação de crostas estratificadas que acometem principalmente proeminências ósseas.
Relacionada a hábitos de higiene precários e imunodeficiências.
Acometimento mais amplo, atingindo face e pavilhão auricular.
Nesses casos é comum fazer a pesquisa do ácaro.
	Tratamento
- Mais intenso! Ivermectina por 2 semanas diariamente.
	PEDICULOSE/PIOLHO
	Etiologia
-Cabeça: Pediculus humanus var. capitis
-Tronco: Pediculus humanus var. corporis
-Região pubiana: Phithirus púbis.
	Epidemiologia
- Cospopilita. Porém mais comum em grupos de baixo nível socioeconômico. É a ectoparasitose mais frequente.
- Na cabeça é mais comum em mulheres e escolares.
- Já foram relatados casos de Phithirus púbis na cabeça.
- Transmissão pelo contato pessoal e objetos (bonés, escovas, roupas, lençóis).
	Clínica/Diagnóstico
- Prurido intenso na cabeça e nuca, deixando escoriações. Pode-se observar o piolho e seus ovos (lêndeas). 
- Complicações: Impetigo.
	Tratamento
Cabeça: 
- Xampu de permetrina 1% ou benzoato de benzila 25%. 1 Aplicação e repete em 1 semana.
- Permetrina 5% loção. Aplicar e deixar 20min por 2 noites seguidas e repetir em 1 semana.
- Ivermectina: 2noites seguidas e repete em 7 dias.
- Remoção de lêndeas: Água morna + vinagre (pode-se colocar vinagre num condicionador) + pente fino.
- Em caso de infecção secundário antibiótico oral.
Pubiana:
- Permetrina 5% ou Ivermectina. Repetir em 1 semana.
	ESTRÓFULO
	Etiologia
- Hipersensibilidade a toxinas de insetos.
	Epidemiologia
- Principalmente crianças com atopia.
	Fisiopatologia
- Hipersensibilidade.
	Clínica/Diagnóstico
- Eritema, pápula, vesículas e crostas.
- Lesões predominam em membros e face (áreas expostas).
Obs. Diferenciar de escabiose nas formas disseminadas! Estrófulo não ocorre em palma e planta.
	Tratamento
- Dexcloferinamina 2mg (anti-histaminico): 2-3x/dia.
- Repelentes de insetos.
- Roupas compridas.
	DERMATOSE POR CANTÁRIDAS (“POTÓ”)
	Etiologia
- Coleópteros e Paederus braziliensis (potó). 
	Epidemiologia
- Ocorre no inverno! Período em que há o inseto.
	Fisiopatologia
- Libera líquido vesicante (pederina) quando o inseto é tocado ou esmagado. 
	Clínica/Diagnóstico
- Dor, queimação, eritema e vesículas (lembra herpes zóoster).
- As vesículas podem confluir e formar bolha.
	Tratamento
- Analgésico/ Anti-inflamatório sistêmico (dexcloferinamina)/corticoide tópico/compressa de chá de camomila gelado.
	ARACNIDISMO
	Etiologia
- Picada de aranha.
	Epidemiologia
	Fisiopatologia
	Clínica/Diagnóstico
- Dor intensa e queimação.
- Lesão necrótica.
	Tratamento
- Analgesia, compressas geladas, debridamento cirúrgico, antibiótico, anti-inflamatório.
	DERMATOSE POR TATURANA
	Etiologia
- “Lagarta de fogo”.
	Clínica/Diagnóstico
- Eritema, edema e vesículas de conteúdo turvo.
- Dor intensa e queimação.
- Pode lembrar equimose.
	Tratamento
- Analgesia, compressas geladas (chá de camomila).
	LARVA MIGRANS
	Etiologia
Larvas de ancilostominios: A. caninum e A. braziliensis. “Bicho geográfico”
	Fisiopatologia
- Transmissão por areia contaminada. Animal defeca os ovos, que evoluem para larvas filariformes infectantes.
	Clínica/Diagnóstico
- Acomete mais comumente mão, pé, glúteos e pernas (áreas de contato com areia).
Classificação:
- Eritêmato-pápulo-vesiculosa.
- Vesiculosa linear serpiginosa.
- Papulosa.
- Bolhosa.
- Edematosa (rara).
	Tratamento
- Albendazol 400mg dose única.
- Ivermectina 6mg/30kg dose única.
- Tabendazol 30mg/kg 12/12h por 3 dias.
	LARVA CURRENS
	Etiologia
- Strongiloide stercoralis. 
	Epidemiologia
- Raro
	Fisiopatologia
- Ele atinge a circulação sanguínea. Parasita que consegue completar o ciclo de vida inteiro no homem.
	Clínica/Diagnóstico
- Rash urticariforme linear transitório (apenas enquanto o parasita está na pele).
- Dor epigástrica, diarreia, náuseas, vômitos.
- Exame parasitológico de fezes positivo para estrongiloides.
	Tratamento
- Albendazol 400mg 3 dias seguidos.
	TUNGÍASE/”bicho de pé”
	Etiologia
- Tunga penetrans.
	Epidemiologia
- Contato com estábulos, quintais, pocilga, sombra de árvores (mangueija, cajueiros).
	Fisiopatologia
- Fêmea entra na pele e se alimenta do sangue para produzir seus ovos, que são expelidos. Ela morre após isso, logo é uma doença autolimitada.
	Clínica/Diagnóstico
- Pápula amarelada com ponto escuro central.
- Se há várias confluentesaspecto em favo de mel.
- Dor e prurido.
- Pode evoluir com linfangite, gangrena e tétano.
- Atenção para diferenciar da verruga plantar – olho de peixe (HPV):
	Tratamento
- Enucleação com agulha estéril. Não pode estourar! Senão parasita penetra na pele.
- Ivermectina em caso de infestação maciça.
- Permanganato de potássio 100mg diluídos em 1L de água. Banho de imersão (pés de molho) por 30 minutos.
- Profilaxia para o tétano.
- Antibiótico em caso de infecção secundária.
	DERMATOSE POR CELENTERADOS
	Etiologia
- “Caravelas”.
	Epidemiologia
- Frequentadores de praia, banhistas, surfistas, mergulhadores, etc.
	Fisiopatologia
Liberação de toxina eritema dor intensa.
	Clínica/Diagnóstico
- Pápulas lineares em rosário.
- Prurido e dor.
	Tratamento
- Corticoide tópico ou sistêmico.
- Permanecer na água do mar alivia a dor.
	MIÍASE
	Etiologia
- Larvas de mosca (dermatóbia e callitroga).
	Epidemiologia
- Regiões tropicais.
	Clínica/Diagnóstico
Primária: Moscas parasitas obrigatórias.
- Furunculoide: Nódulo doloroso com orifício. É possível observar o movimento da larva.
Secundária: Moscas parasitas não obrigatórias. Depositam seus ovos em lesões abertas, gerando numerosas larvas (bicheiras). 
- Cavitária: Ocorre em úlceras e orifícios naturais (nariz, ouvido, genitária).
 
	Tratamento
- Remoção da larva (colocar éter e ela se expões espontaneamente).
- Ivermectinana forma cavitária.
	CIMIDÍASE 
	Etiologia
- Percevejo/ “bed bugs”.
	Epidemiologia
- Ocorre mundialmente. Transportados por roupas, malas, lençóis.
	Clínica/Diagnóstico
- As picadas são indolores, mas surge uma reação alérgica, deixando pápulas eritematosas pruriginosas.
- Podem estar distribuídas de forma irregular ou linear (“café da manhã, almoço e janta”).
	Tratamento
- Corticoide tópico e anti-histamínicos para as lesões.
- Aplicar inseticidas contra o percevejo.
	IXODIDÍASE
	Etiologia
- Carrapatos.
	Epidemiologia
- Zona rural.
	Clínica/Diagnóstico
	Tratamento
- Não se deve tracionar com pinça! Pode gerar uma reação do tipo corpo estranho pela permanência de partes do inseto dentro da pele.
- Aquecer a região e só depois remover.
	EQUINOIDÍASE
	Etiologia
- contato com ouriços do mar.
	Clínica/Diagnóstico
- Urticação e/ou granuloma.
	Tratamento
- Remoção das espículas.
	LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
	Etiologia
- Leishmania 
	Epidemiologia
- Proximidade com cães infectados (feridas, áreas de perda de pelo, emagrecimento, crescimento anormal de unhas, diarreia, vomito, apatia, sangramentos).
	Fisiopatologia
- Participação de mosquito vetor (mosquito-palha/flebotomíneos).
- Indivíduos que desenvolvem a forma tegumentar são os que tendem a desenvolver uma resposta do tipo Th1.
	Clínica/Diagnóstico
- Úlcera com dobras emolduradas.
- Biópsia de pele com pesquisa direta da leishmania.
- Sorologias: Mais positivas na forma visceral (resposta Th2).
	Tratamento
- Glucantime 15-20mg/kg/dia IM ou IV 20 dias.

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