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DIREITO TRIBUTÁRIO FINANCEIRO- RESUMO E AVALIANDO

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Avaliando Aprend.: CCJ0030_SM_201307094384 V.1 
	Aluno(a): ADRIELLE PRYSCILA ALMEIDA BORGES BUTERI
	Matrícula: 201307094384
	Desemp.: 0,4 de 0,5
	24/04/2018 15:22:46 (Finalizada)
	
	
	1a Questão (Ref.:201307296726)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Para o custeio do serviço de iluminação pública, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir:
		
	 
	Contribuição, na forma das respectivas leis.
	
	Imposto, na forma das respectivas leis.
	
	Taxa, na forma das respectivas leis.
	
	Empréstimos compulsórios, na forma das respectivas leis.
	
	Tarifa, na forma das respectivas leis.
	
	
	
	2a Questão (Ref.:201307296647)
	Pontos: 0,0  / 0,1  
	O Sistema Constitucional Tributário, na visão da doutrina, é tido como o conjunto de princípios e normas constitucionais que informam a estrutura fundamental do direito tributário vigente. Esse sistema, no direito brasileiro, estabelece as espécies tributárias, sendo certo afirmar:
		
	 
	as taxas possuem como fato gerador o exercício do poder de polícia ou a efetiva prestação de serviços públicos divisíveis, obrigatórios ou não.
	
	as taxas possuem como fato gerador somente oo exercício do poder de polícia.
	
	a Constituição Federal apenas prevê como espécies tributária os impostos.
	 
	os emolumentos extrajudiciais, não obstante não se colocarem expressos na Constituição como tributos, vêm sendo considerados pelo STF como de natureza tributária, pois advêm de serviços públicos específicos e divisíveis, a caracterizar a ideia de taxa.
	
	as contribuições de melhoria surgem da simples realização de obra pública, não sendo necessária a valorização de bens imóveis do contribuinte, e podem ser cobradas dos usuários dos bens objeto da obra.
	
	
	
	3a Questão (Ref.:201307296712)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Sobre as espécies tributárias, é correto afirmar que:
		
	 
	O tributo vinculado que tem por fato gerador a valorização do imóvel do contribuinte, decorrente de obra pública, é a contribuição de melhoria.
	
	Na iminência ou no caso de guerra externa, a União, os Estados e os Municípios poderão instituir impostos extraordinários.
	
	As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados a contribuições sociais para Seguridade Social constarão dos respectivos orçamentos e integrarão o orçamento da União.
	
	A taxa é espécie de tributo vinculado a uma atividade estatal globalmente considerada, bem como à capacidade econômica do contribuinte.
	
	A União, mediante lei ordinária, tem competência privativa residual para instituir novos impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham por fato gerador ou base de cálculo próprios dos demais impostos discriminados na Constituição Federal.
	
	
	
	4a Questão (Ref.:201308178906)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	O Município Alfa realizou obras nas praças públicas de determinado bairro, incluindo iluminação e arborização. Tais obras acarretaram a valorização imobiliária de dezenas de residências daquela região. Em decorrência disso, o município instituiu contribuição de melhoria. Sobre a contribuição em questão, segundo o CTN, assinale a afirmativa correta.
		
	
	É válida, mas poderia ter sido instituída independentemente da valorização dos imóveis dos contribuintes.
	
	É inválida, porque deveria ter, como limite individual, o valor global da despesa realizada pelo Poder Público na obra e não a valorização de cada imóvel.
	
	É inválida, pois deveria ter sido instituída pelo Estado Beta, onde está localizado o Município Alfa.
	
	Todas as alternativas estão corretas.
	 
	É válida, porque foi instituída para fazer face ao custo de obra pública da qual decorre a valorização imobiliária.
	
	
	
	5a Questão (Ref.:201307296690)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Em relação aos tributos e suas espécies, assinale e opção correta:
		
	
	O fato gerador de um tributo não pode decorrer de circunstância ilícita.
	
	O tributo denominado taxa, quando cobrado em razão do serviço público específico e divisível, pode receber a denominação de tarifa pública.
	
	Excepcionalmente é admitido no direito brasileiro o tributo in labore nas contribuições de melhoria quando a obra pública for realizada pelo próprio sujeito passivo tributário.
	
	Para determinação da natureza jurídica do tributo, é essencial a destinação legal do produto da arrecadação.
	 
	O tributo tem função extrafiscal quando seu objetivo principal é a interferência do domínio econômico, não se limitando apenas a simples arrecadação de recursos financeiros.
Caso concreto aula 1
A- De acordo com o artigo 62, §  1º, I, alínea d, em caso de relevância e urgência, o presidente da republica poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-los de imediato ao congresso nacional.
 
§1º  É vedado a edição de medidas provisórias sobre matéria
I- Relativa 
Alínea ‘d’ Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no artigo 167, §3º.
B- O governador poderá editar medida provisória em caso de relevância urgencia, porém não poderá por meio de medida provisória baixar o orçamento, uma vez que a constituição veda medida provisória para criação de lei orçamentária. 
C- Não cabe medida provisória em Direito Financeiro, em regra. Exceto nos casos de imprevisíveis ou catástrofes. 
Caso concreto Aula 2
1-Os elementos da atividade financeira do Estado, entre eles a receita, a despensa e o orçamento, devem obedecer o principio do equilíbrio orçamentário que é um principio implícito na CF/88. 
Esse princípio era previsto explicitamente na Constituição de 1967, porém na atual constituição de 1988 ele não aparece, portanto apesar de ter sido excluída da CF não esta excluída da atividade financeira do estado, não sendo aplicada em toda sua amplitude. Ainda no artigo 167 da CF veda a realização de operação de credito que excedam o montante das despesas de capital, resalvados quando autorizado créditos suplementares, aprovado por maioria absoluta do poder legislativo. 
2- A emenda constitucional 95 implementou o novo regime fiscal com limites individualizados para despesas primárias, com intuito de estabelecer o equilíbrio financeiro e orçamentário. 
OBS: Elementos do direito financeiro: Despesa, orçamento e receita. 
Caso concreto Aula 6 
Resposta discursiva: Apesar da competência tributaria sobre imposto de renda PF ser da União, o artigo 157 da CF trata acerca da repartição das receitas tributarias, ou seja a arrecadação sobre a renda e os proventos de qualquer natureza, pertencem aos Estados e DF, quando cobrado sobre a renda de seus servidores das autarquias de fundações públicas. 
Conforme previsto na sumula 447 do STJ, os estados são parte legitima para figurar no polo passivo da ação de repetição de indébito do indébito do imposto de renda retido na fonte de seus servidores. 
Impostos 
Municipal (IPTU, ISSQN, ITBI)
Estadual (IPVA, ICMS, ITCD)
2. Princípios tributários aplicáveis
Aplicam-se às taxas os princípios comuns a todos os tributos, quais sejam:
· O princípio da irretroatividade, que não autoriza a cobrança pelos entes de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do inicio da vigência da lei que os houver instituído;
· O princípio da legalidade esclarece que não haverá tributo sem prévia determinação legal. A lei tem de definir o fato gerador, a base de cálculo e o contribuinte do tributo (CF, Art. 150, I);
· O princípio da anterioridade geral veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (Art. 150, III, b da CF); (anualidade).
· O princípio da anterioridade nonagesimal veda aos entes tributários cobrar tributos antes de decorridos 90 (noventa)dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; (noventena).
· O princípio da isonomia proíbe ao legislador instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
· O princípio da capacidade contributiva é derivado do princípio da isonomia, e está relacionado à idéia de justiça e graduação proporcional para a cobrança de impostos. Se traduz na possibilidade/obrigação do imposto sempre observar a pessoalidade do agente e a capacidade econômica do agente.
 No direito brasileiro, a capacidade contributiva, embora prestigiada, tem nas taxas caráter secundário. Isso porque serve como princípio programático, ou seja, a carência de capacidade contributiva para pagar a taxa, se for total, poderá levar o legislador a conceder a isenção total do seu pagamento, como tem reconhecido a doutrina. Assim, para efeitos fiscais, para obtenção de receita, poderá o legislador dimensionar a alíquota da taxa, de maneira a ser exigida em proporção maior de quem tem capacidade contributiva, compensando a redução ou isenção do tributo que deve ser concedido aos usuários do serviço público carentes de capacidade econômica.
· O princípio da proibição de confisco veda ao Estado a instituição de tributos com efeitos confiscatórios. Entende-se por confisco a absorção pelo poder do Estado da propriedade particular, sem pagar-lhe justa indenização prevista pela Constituição. É possível, sempre que se verificar a exorbitância de uma taxa, a impugnação com base neste princípio. A exagerada desproporção entre o custo da atuação estatal e o produto da arrecadação pode levar à configuração do tributo com efeito de confisco.
Quais são os 5 tipos de tributos?
Taxas
Contribuição de melhorias
Empréstimos
Imposto
Contribuições especiais
As imunidades são constitucionais?
 
Resposta: Previsão no artigo 150, IV da CF. imunidades recíproca (entes da federação,autarquias e instituições publicas), templos de qualquer culto, partido político, entidades sindicais, instituições de educação e assistência social, livros, jornais periódicos,papel destinado a sua impressão.
FATO GERADOR ARTIGO 114 A 118 CTN
A) Hipótese de incidência e fato gerador
Primeiramente é importante esclarecer que no direito tributário a relação jurídica tributária segue uma ordem cronológica de acontecimentos, que ao final vão evidenciar a maneira como o Estado se apropria do tributo.
Assim, no estudo dessa ordem de acontecimentos é possível estabelecer um panorama geral, qual seja tudo se inicia com a chamada hipótese de incidência, que se concretiza no fato gerador, este constitui a chamada obrigação tributária, a qual antecede o lançamento realizado pelos auditores fiscais, de forma a constituir o crédito tributário, dentro deste existe a cobrança administrativa do tributo, uma vez frustrada essa cobrança será inaugurada a cobrança judicial, sucedendo a cobrança administrativa. A cobrança judicial se inicia com a inscrição que promove a chamada dívida ativa, posteriormente será extraída uma certidão de dívida ativa, e com isso o Procurador vai promover a execução fiscal.
Para a realização da cobrança do tributo é necessário partir de um plano hipotético, previsto na norma, a qual vai elencar os casos em que ocorrerá o fenômeno da incidência tributária.
Sendo assim, inicialmente parte-se da chamada hipótese de incidência que pode ser igualada a auferir renda. Trata-se de uma hipótese, como o próprio nome diz, ou seja, uma situação que vai gerar a capacidade de tributar, vai haver uma aptidão para o tributo. Ademais, cumpre notar que a ilicitude não está presente nas hipóteses de incidência, portanto, todas são lícitas.
Partindo da hipótese de incidência, a concretização, materialização desta constitui o chamado fato gerador. A hipótese se concretiza no mundo real, em um plano fático, dessa forma é possível afirmar que o fato é uma hipótese acontecida.
É no momento em que ocorre o fato gerador que será definida a natureza jurídica do tributo, vale dizer, taxas, impostos, contribuições de melhoria.
O fato gerador, de acordo com o artigo 116 do Código Tributário Nacional, quando envolve uma situação jurídica que se aperfeiçoa, ou seja, quando estão presentes os seus requisitos legais, se tratar de tributo que vincula a realização de um negócio jurídico, o fato gerador se concretizará assim que tal negócio for formalizado. Quando envolver uma situação de fato, sua concretização se dará a partir da verificação de circunstâncias materiais que proporcionem a produção de seus efeitos.
O fato gerador é uma expressão plurívoca, com mais de um significado, com isso em determinados dispositivos do Código Tributário Nacional, a expressão fato gerador deve ser compreendida como hipótese de incidência. Como é o que ocorre com o artigo 118, posto que o fato gerador não possui uma definição legal e sim trata da realidade.
b) Subsunção Tributária:
A subsunção tributária envolve o fato de que a hipótese de incidência subsume o fato gerador, ou seja, é uma vinculação, um atrelamento do fato gerador à hipótese de incidência e vice-versa.
O fenômeno da subsunção ocorre com a adequação do fato ao modelo ou norma legal. A partir da subsunção surgirá a relação jurídico obrigacional, de forma a promover o nascimento da obrigação tributária, dando início a vínculo entre os sujeitos, quais sejam credor e devedor.
c) Nascimento da Obrigação Tributária:
Nesse contexto, importante é a explicação sobre a “Pecunia non olet”, decorrente de um diálogo entre imperador Vespasiano e seu filho Tito, na Roma antiga, do qual se conclui a possibilidade de tributar, em qualquer situação de ocorrência, mediante somente o fato gerador. Sendo assim, é possível afirmar que o fato gerador formará a obrigação tributária, a partir do fenômeno da subsunção tributária. Ademais, com o nascimento da obrigação tributária surge o credor e devedor da relação jurídico-tributária.
A obrigação envolve elementos referentes às partes, prestação e vínculo jurídico, os quais são estudados no direito das obrigações. É importante salientar a relação jurídica entre o credor e devedor, o vínculo entre ambos, que faz surgir a prestação devida pelo devedor em proveito do credor, o qual tem o direito de exigir essa prestação adstrita ao primeiro.
No âmbito do direito tributário, a obrigação não possui conceituação diversa, contudo os elementos recebem as denominações de sujeito ativo, sujeito passivo, objeto e causa.
d) Sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária:
Com relação ao sujeito ativo, credor do tributo ou multa, existem os diretos e indiretos.
No que tange aos sujeitos ativos diretos, trata-se de entidades tributantes, são pessoas jurídicas de direito interno, como a União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Com a competência tributária que possuem, esses entes criam os tributos, através de poder político e indelegável atribuído a eles.
Já os sujeitos ativos indiretos são os chamados entes parafiscais, que promovem a arrecadação e fiscalização do tributo. Sobre esse tema é importante ressaltar que não se trata de apenas um único sujeito que realizará essas funções, mas sim dois sujeitos, dos quais um cria e outro arrecada e fiscaliza. Sendo este último o sujeito ativo indireto.
O poder que o ente parafiscal possui de arrecadar e fiscalizar é chamado de capacidade tributária ativa, a qual é considerada como um poder administrativo e delegável, diferentemente da competência tributária.
Portanto, é possível definir a parafiscalidade como um sistema que delega capacidade tributária ativa por um ente que detém competência tributária. Quando um ente dotado de competência tributária delega capacidade tributária ativa ocorre o fenômeno da parafiscalidade
Com relação ao sujeito passivo, devedor do tributo ou multa, existetambém dois tipos, contribuinte e responsável.
O contribuinte tem sua conceituação no artigo 121, parágrafo único, inciso I do Código Tributário Nacional, trata-se daquele que detém uma relação pessoal e direta com o fato gerador. Como é o caso do IPTU, no qual o contribuinte é o sujeito proprietário do imóvel localizado na zona urbana.
Já com relação ao responsável, não há essa relação direta, trata-se de uma terceira pessoa, sem ter realizado o fato gerador, que é atribuída por lei para pagar o tributo. Para o terceiro responsável, em conformidade com o artigo 121, parágrafo único, inciso II do Código de Tributário Nacional, existe uma lógica de escolha, ou seja, é escolhido aquele possui maior aptidão para o pagamento do tributo. Um exemplo é o caso do espólio, responsável pelo pagamento dos tributos devidos pelo “de cujus”.
e) Objeto da obrigação tributária:
Perante a realização de um fato gerador tem-se a prestação, de cunho pecuniário ou não, a cargo do sujeito passivo da obrigação tributária. Essa prestação é considerada o objeto da obrigação tributária, a qual pode ser principal ou acessória.
A principal constitui no ato de pagar a multa ou tributo devido, nessa situação os civilistas denominam de “obrigação de dar”, quando tratar-se de algo dotado de patrimonialidade.
A acessória resulta da chamada “obrigação de fazer ou não fazer”, conforme titulação dos civilistas. É um ato de instrumentalidade, diferentemente do ato de pagamento. Como por exemplo: a emissão de notas fiscais, escrituração de livros etc. Essa obrigação tem o cunho de dar meios que possibilite à fiscalização tributária, investigar e controlar o recolhimento dos tributos a que o sujeito passivo da obrigação está submetido.
Outra situação que exemplifica claramente uma obrigação acessória é a instalação de um estabelecimento comercial, o que promove o dever de requerer inscrição nos cadastros fiscais correspondentes, bem como de não receber, o dono do estabelecimento, mercadorias sem o documento fiscal necessário.
Vale ressaltar que, de acordo com o artigo 113, parágrafo 3º do Código Tributário Nacional, pode ocorrer o nascimento de uma obrigação tributária, como o pagamento de uma multa, tendo em vista o descumprimento de uma obrigação acessória. O que não se confunde com o tributo devido, são situações diversas. Devido a isso é possível concluir que a obrigação acessória e a obrigação principal são totalmente independentes, a acessória não depende da principal.
f) Causa da Obrigação Tributária:
A norma que vai impor o dever de pagar (obrigação principal) e os deveres instrumentais (obrigação acessória) é a causa da obrigação tributária, ou seja, é o vínculo jurídico que justifica a existência da obrigação tributária.
Como causa da obrigação tributária principal tem-se a lei tributária, conforme o artigo 114 do Código Tributário Nacional. Dessa forma, não pode uma portaria ministerial, por exemplo, exigir o pagamento de determinado tributo, posto que esse fato decorre de lei, em consonância com o princípio da legalidade tributária.
Além disso, a causa da obrigação tributária pode ser a legislação tributária, quando se tratar de obrigação acessória, de acordo com o artigo 115 do Código Tributário Nacional. Aqui envolve as portarias, regulamentos, instruções normativas etc., ou seja, são instrumentos normativos que diferem da lei propriamente dita.
DIREITO FINANCEIRO
1.2 Natureza Jurídica:
A teoria mais adequada ao atual ordenamento jurídico brasileiro é a de Ricardo Lobo Torres que indica que o orçamento é lei formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos, sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis tributárias e financeiras. Sendo assim, pode-se afirmar que no Brasil, o orçamento é apenas AUTORIZATIVO. Os gestores só podem realizar as despesas que estejam previstas no orçamento, mas a efetivação das despesas não é obrigatória só pelo fato de estarem projetadas no orçamento. Exemplo: O governo colocou no orçamento do próximo ano despesas referentes à construção de novas rodovias. Neste caso, trata-se tão somente de uma intenção. No curso do exercício financeiro, antes de assinar qualquer contrato, o Governo poderá desistir da obra[1].
Desta feita, o próprio ordenamento jurídico brasileiro trata o orçamento público como LEI (art. 165 da CF/88). É uma LEI:
a) TEMPORÁRIA (vigência limitada);
b) ESPECIAL (de conteúdo determinado e processo legislativo peculiar);
c) LEI ORDINÁRIA (aprovada por maioria simples).
à Não confunda: As três leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são aprovadas por maioria simples e tem vigência limitada. A lei que explica o procedimento para aprovação das três leis orçamentárias, indicando o prazo e o conteúdo (art. 165 §9 da CF) é uma lei complementar que não possui vigência limitada. Atualmente, esta lei, que trata das normas gerais de direito financeiro, é a lei complementar 4.320/64.
1.3 Princípios Orçamentários:
 
a) Princípio da legalidade: não pode haver despesa pública sem a autorização legislativa prévia (art. 167, I e II da CF). São vedados, portanto, o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual, bem como a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais (exceção: abertura de créditos extraordinários em situações imprevisíveis e urgentes por meio de Medida Provisória (União) e Decretos (Estados, DF e Municípios).
b) Princípio da anterioridade ou precedência: o orçamento deve ser aprovado antes do início do exercício financeiro. Exceção: créditos suplementares, especiais e extraordinários (art. 165, §8º e 167, V, §§2º e 3º da CF). Na prática, quase sempre é descumprido.
c) Princípio da universalidade: todas as receitas e despesas orçamentárias devem estar compreendidas no orçamento (Art. 165§8º da CF). Exceção: súmula 66 do STF que informa que é legitima a cobrança de tributo se houver sido criado após o orçamento, mas antes do respectivo exercício financeiro. Para alguns dá origem a um sub-princípio: Orçamento-Bruto, que indica que todas as despesas e receitas constaram da lei orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções (não pode, por exemplo, a União simplesmente colocar o total liquido de arrecadação do IR nas receitas e “esquecer-se” da parte destinada aos Estados e Municípios).
d) Princípio da unidade: o orçamento é uno. O princípio não pode ser visto como documento único, já que a CF prevê três leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA), deve ser entendido como totalidade e harmonia (compatibilidade) da LOA com a LDO e da LDO com o PPA.
e) Princípio da exclusividade: o orçamento não pode conter dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação de despesa. Exemplo: o orçamento não pode criar cargos públicos ou criar tributos. Exceção: autorização para abertura de crédito suplementar e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita (tipo de empréstimo- art. 165,§8º da CF).
f) Princípio da não afetação de receitas (não-vinculação): é proibido vincular receitas de impostos[3] a órgão, fundo ou despesa. Excetuam-se os recursos para a saúde ou ensino, a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita ou garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta ( art. 167, IV ). Nota-se que as exceções são previstas expressamente pela própria Constituição Federal
g) Princípio da Anualidade ou periodicidade: é absolutamente imprescindível um novo orçamento a cada período de 12 meses. Este período coincide com o ano civil, no Brasil.
h) Princípio da Especialização ou Especificação ou discriminação: é vedada a consignação de dotações globais (gerais) para atender as despesas. A discriminação de despesas tem que ser dar, no mínimo, por elementos. Exemplo: não é possível que o orçamento discrimine globalmente “despesas para a manutenção de ensino” e não destrinche o item. É preciso que indique “despesas com salários de professores”, “despesas pela comprade mobiliário”, dentro da despesa geral.
i) Proibição do estorno de verbas: São vedadas a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa, bem como a utilização, sem autorização legislativa, dos recursos de orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações ou fundos.
j) Princípio do equilíbrio: o orçamento deve ser aprovado com igualdade entre receitas e despesas (o artigo 166 §8º da CF admite, excepcionalmente, nos casos lá listados, que possa haver um orçamento com desequilíbrio positivo, ou seja, que existam receitas sem as correspondentes despesas (jamais o contrário).  
Ciclo Orçamentário e o Exercício Financeiro:
Elaboração à Apreciação e Votação à Execução à Controle.
- Elaboração: estudos preliminares em que são estabelecidas as metas e as prioridades, definição de programas, de obras e as estimativas das receitas, sendo possível a discussão com a população e entidades representativas (orçamento participativo). O MP, O Judiciário, O Legislativo enviam propostas parciais quanto as suas despesas.
- Apreciação e Votação: cabe ao Poder Legislativo apreciar a proposta enviada pelo Executivo, podendo emendá-la segundo certos critérios ou até mesmo rejeitá-la. Mesmo após  o final da votação do orçamento poderá haver a votação de autorizações para a abertura de créditos adicionais.
- Execução: encerrado o processo legislativo, o Executivo terá até trinta dias para estabelecer a programação financeira e o cronograma de execução de desembolso dos valores.
- Controle: depois de executada a despesa ou de forma concomitante a esta, caberá aos órgãos de controle apreciar e julgar se a aplicação dos recursos públicos se deu nos termos previstos nas leis orçamentárias.
Tipos de leis orçamentárias:
	Lei Orçamentária
	1.Plano Plurianual (PPA)
	                         
	2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
	                           
	3. Lei Orçamentária Anual (LOA)
	Lei Orçamentária Anual
	1. Orçamento Fiscal
	 
	2. Orçamento de Investimentos
	 
	3. Orçamento de Seguridade Social
 
Em primeiro lugar, destaque-se que não existe um orçamento nacional consolidado para todos os entes da federação (União, Estados, DF e Municípios). Cada ente da federação tem o dever de elaborar sozinho suas próprias leis orçamentárias.
Existem três leis orçamentárias (plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual art. 165 da CF ), de iniciativa do Presidente da República e que devem ser apreciadas pelas duas Casas do Congresso ( art. 166 da CF ). Pode haver emendas pelo Congresso, mas há restrições do art. 166, §3º da CF.
O plano plurianual (PPA) estabelece programas e metas governamentais de longo prazo (art. 165,§1°).
Características:
- Vigência: 04 (quatro) anos, começa a produzir efeitos a partir do segundo exercício financeiro do mandado do chefe do executivo até o final do primeiro exercício do mandado subseqüente. Isto ocorre para evitar que haja descontinuidade dos programas governamentais.
- Orienta as demais leis orçamentárias.
- Todo investimento que ultrapasse mais de um ano deve estar no PPA, sob pena de crime de responsabilidade. Pode haver a inclusão de um novo investimento (não previsto inicialmente no PPA) após a sua aprovação, por meio de uma lei específica.
- Prazo para envio: Na União, o envio deve se dar até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) do primeiro mandato do presidente e o Congresso deverá devolver para a sanção do Presidente até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro).
A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) é um instrumento de planejamento de curto prazo.
A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) é um instrumento de planejamento de curto prazo.
Características:
- Elaborado em harmonia com o PPA e orientará a elaboração da LOA.
- Estabelece as metas e prioridades da Administração, incluindo as despesas de capital, para o exercício subseqüente.
- Disporá sobre as alterações na legislação tributária.
- Fixará as política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento (políticas prioritárias para o Banco do Brasil, BNDES, CEF, etc)
- Autorizará a concessão de qualquer vantagem ou aumento da remuneração de servidores, bem como a admissão e contratação de pessoal a qualquer título na administração. Exceção: Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista não precisam desta autorização (art. 169 §1º da CF).
- Prazo para envio: Na União, O Presidente deve enviar ao Congresso Nacional a proposta da LDO até 15 de abril (oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro) e o Congresso devolverá para sanção do presidente até o fim do 1º período da sessão legislativa (17 de julho).
- A Lei de Responsabilidade Fiscal ( LC 101/01 ) exige que a LDO contenha anexo de metas fiscais em que serão estabelecidas as metas anuais e serem implementadas no exercício financeiro a que se refere a lei e nos dois seguintes.
A lei orçamentária anual corresponde, na verdade, a 3 sub-orçamentos:
a) Orçamento fiscal – de toda administração pública, direta e indireta (todos os poderes, MP, TC, Autarquias, Fundações, EP e SEM) englobando a despesa e a receita de toda a União para um exercício financeiro, menos os investimentos de empresas de empresas estatais e as receitas e despesas relativas à seguridade social.
b)  Orçamento de investimentos - das empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (EP e SEM).
c) Orçamento da seguridade social (saúde, previdência e assistência social) – a existência de um sub-orçamento específico é a garantia de que os recursos da seguridade não serão desviados para qualquer fim.
Características:
- Tem que ser compatível com o PPA e a LDO.
- O governo só pode iniciar qualquer programa ou projeto se houver autorização específica na Lei Orçamentária Anual (LOA).
- A CF exige que devem acompanhar a LOA um demonstrativo regionalizado sobre os efeitos da concessão de anistia, isenção, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e credentícia. (visa manter o equilíbrio nas contas públicas).
- A lei do orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios da Universalidades, Unidade e Anualidade. 
- - Prazo para envio: Na União, o envio deve se dar até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) do primeiro mandato do presidente e o Congresso deverá devolver para a sanção do Presidente até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) – Idêntico ao PPA.
 
Processo Legislativo Orçamentário:
- A iniciativa do Processo Legislativo Orçamentário é privativa e indelegável do chefe do Poder Executivo. A apreciação das leis orçamentárias pelo Poder Legislativo é também indelegável (não pode ser alvo de lei delegada).
- Na União, a apreciação dos referidos projetos de leis orçamentárias, bem como dos projetos relativos aos créditos adicionais (suplementares e especiais) será feita CONJUNTAMENTE pelas duas casas do Congresso Nacional. A sessão é CONJUNTA, a apuração dos votos porém se darão de forma SEPARADA (exige a aprovação em cada uma das casas por maioria simples)[4].
- Emendas às leis orçamentárias – devem ser apresentadas à Comissão Mista Permanente[5] de Deputados e Senadores que emitirá um parecer e após remeterá ao plenário das duas casas[6].
- No transcurso da apreciação, pode o Presidente encaminhar mensagem retificadora da proposta, ela, porém, só será apreciada se não iniciada a votação, na comissão mista, da parte que se pretende alterar. De resto, as leis orçamentárias obedecem ao processo comum (sanção, veto, etc).
 - Não-envio da Lei Orçamentária{C}[7]:Se na receber a proposta orçamentária no prazo fixado, o PoderLegislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
- Rejeição das Leis Orçamentárias: é praticamente um consenso na doutrina que O PPA e a LDO não podem ser rejeitados porque a CF não previu esta possibilidade (art. 35 do ADCT).
Quanto à LOA há possibilidade expressa de rejeição pela CF (art. 166§8º). Neste caso a aplicação de recursos públicos se dará por créditos suplementares (rejeição parcial) ou especiais (rejeição parcial ou total).
- Não-devolução da Lei Orçamentária: é situação não regulada pelo ordenamento jurídico atual.  A CF antiga indicava que o executivo promulgaria o seu projeto como se fosse lei. Hoje, as LDOs vem tratando do assunto, indicando que o executivo fica autorizado a gastar 1/12 da proposta que está tramitando.
	CF (Art. 166)
	 
	 
QUAIS SÃO OS 2 TIPOS DE RECEITA?
Originárias: são aquelas provenientes da exploração do patrimônio publico. Ex. Petrobras.
Derivadas: São aquelas provenientes de imposto e multa
LEI de responsabilidade fiscal nº101/00.
 O limite com gasto de pessoal ente federado, Estado e DF é de 60% artigo 19 inciso II da LRF. 
Caso haja descumprimento dos percentuais estabelecidos, a consequência constitucional e infraconstitucional para o gestor será: Sofrerá improbidade da administração pública, devendo sempre evitar gastos e revisa-los para que não ultrapasse o limite com a receita liquida corrente com os gastos com pessoal.
Quais as principais características dos impostos? Quanto a sua aplicação?
Resposta: Receita geral (são aquelas sem destino definido ou seja não tem vinculação) ex. impostos.
Receita Especial ( é aquela com destino definido) ex. Contribuição de melhoria.

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