Trabalho Filosofia e Ética Profissional

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Faculdades Drummond – Campus Ponte Rasa 
Curso Superior Tecnológico de Análise e Desenvolvimento de Sistemas 
Matérias: Filosofia e Ética Profissional 
Nome: Filipe Araújo Lima – 1º módulo 
 
FILOSOFIA E ÉTICA PROFISSIONAL 
 
Desde que o Homem começou a viver em sociedade, passou a ter 
influência sobre o grupo em que vive. E desde os primórdios até nos dias atuais o 
Homem cria, inventa e quanto mais cria e inventa mais tem a necessidade de criar 
coisas para que lhe facilite e de conforto em sua vida. Tanto que nos últimos 50 
anos a humanidade teve um grande avanço em termos científicos e tecnológicos. 
Como o Homem passou a ter essa influência surgiram as regras e então alguns 
filósofos começaram a estudar e tentar os termos moral e ética. 
O termo ética vem do grego ethos e representa o caráter ou “modo de ser” 
cultural e social de uma sociedade. 
O termo moral vem do latim mos ou mores, “costumes”, e indica o conjunto 
de normas ou regras adquiridas por hábito. 
Os primeiros estudiosos da reflexão ética foram os filósofos gregos 
Aristóteles, Platão e Sócrates a mais ou menos dois milênios atrás. Para os 
gregos, o ideal ético representava a conduta de uma vida ordenada, cujo comando 
das decisões estivessem nas mãos da racionalidade. 
Segundo Marilena Chauí, a ética iniciou com Sócrates, onde questionava a 
sociedade de Atenas quais os valores que acreditavam e respeitavam. Quando 
Sócrates indagava aos atenienses sobre quais os sentidos dos valores morais da 
coletividade, transmitidos de geração a geração e também quais as disposições 
das características pessoais, sentimentos, atitudes, condutas individuais que 
levavam as pessoas a respeitar ou transgredir valores estabelecidos. Com esse 
conceito Sócrates inaugura a ética ou filosofia moral onde os pontos de partida 
são as questões éticas, a consciência do agente moral. 
Para Aristóteles a distinção entre o saber teor ético e o saber prático. 
Entende-se por saber teor ético que é o conhecimento dos seres e fatos que 
existem e agem independentes de nós. Já o saber prático é o inverso pois é o 
conhecimento daquilo que só existe como conseqüência da nossa ação, em 
outras palavras, depende de nós. Aristóteles diz que a ação e a finalidade da ação 
são separadas, independem uns dos outros. 
Já na Idade Média, devido o catolicismo ter se tornado tão popular a ética 
foi inserida no dia-a-dia como meio de salvação religiosa. Pois quem não seguisse 
as doutrinas de comportamento éticas e morais pré-estabelecidos pela Igreja, 
seriam castigados por Deus não alcançando a eternidade no paraíso. 
Na idade Moderna, quem destacou-se foi as correntes filosóficas como a de 
Thomas Hobbes, nestas correntes de defendia que o ser humano necessitava de 
um Estado forte e capaz de repreender, assim desta forma se tinha como garantia 
a ética. Mas para Jean-Jacques Rousseau defendia que a natureza dos seres 
humanos edificava-se sobre a bondade e a pureza de espírito. 
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Mas as idéias iluministas prevaleceram sobre o pensamento filosófico 
europeu durante séculos XVII e XVIII, pois construindo um comportamento ético 
com base nos conceitos de liberdade, fraternidade e igualdade, pois acreditavam 
em um homem racional com autonomia. 
No século XIX acreditava-se em um comportamento ético com base numa 
vida livre dentro de um Estado livre, onde os seres humanos teriam direitos e 
deveres, mais leis para que fizessem eles cumprirem os mesmos. 
Tiveram-se várias reflexões desses filósofos citados, porém no da segunda 
metade do século XX e inicio do século XXI a sociedade enfrenta o dilema da 
massificação cultural, o que vem se notando de devido o comportamento e valores 
a sociedade vem se afastando a cada dia mais da prática de reflexão ética. 
Vejamos agora nos demais parágrafos deste texto, uma síntese estudo de 
Adolfo Sanchez Vasquez e Marilena Chauí que foi realizada no final do século XX, 
onde conceituam os fundamentos éticos e morais. 
Diante da tecnologia de informação que temos atualmente, onde a 
velocidade e facilidade nas transmissões de informações começaram a questionar 
as condutas e comportamentos dos seres humanos. 
No cotidiano as pessoas se defrontam com a necessidade de controlar o 
comportamento através de normas que muitas vezes são reconhecidas como 
obrigatórias. Assim temos de um lado atos e formas de comportamentos dos 
homens em face de determinados problemas, que chamamos morais e de outro 
lado juízos que aprovam ou desaprovam moralmente os mesmos atos. 
Não cabe a ética formular juízos de valor sobre a prática moral de todas as 
sociedades de todas as épocas. A ética não cria a moral, mas supõe 
determinados princípios, normas ou regras de comportamento, porém não é a 
ética que os estabelece na comunidade. 
A ética é a ciência da moral, o objeto de estudo da ética é constituído dos 
atos conscientes dos indivíduos que afetam outros indivíduos. A ética relaciona-se 
estreitamente com a ciência do homem que se manifesta em diversos planos 
sendo eles: psicológico, social, prático-utilitário, jurídico, religioso ou estético. 
Segundo Vasquez a ética contextualiza-se nos dias atuais onde a cultura 
globaliza e as facilidades técnicas provocam a reflexão sobre as ações com as 
tecnologias da informação e da comunicação e as conseqüências desta para a 
vida individual e coletiva. 
A moral é um fato histórico, e a ética é como a ciência da moral, sob ponto 
de vista dos valores, a ética exprime a maneira como a cultura e a sociedade 
define para si próprios os que julgam como más condutas. 
Segundo Vasquez, a divisão em classes da sociedade antiga produziu a 
divisão da moral, por exemplo, na Grécia Antiga a moral está relacionada com a 
política como técnica de organizar as relações entre os membros da sociedade 
sobre bases racionais. Outro exemplo, na sociedade feudal, cujo regime 
econômico-social se caracteriza pela divisão de duas classes sociais: a dos 
senhores feudais e a dos camponeses servos, a moral da sociedade medieval tem 
como características econômico-social e espirituais, pois a Igreja era o 
instrumento do senhor supremo. Caracteriza-se pelo desprezo ao trabalho físico e 
a sua exaltação ao ócio e da guerra, A moral partia da premissa de que o nobre, 
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por motivos de sangue, já possuía uma série de qualidades morais que o 
diferenciava dos demais. 
Mas a moral vivida na sociedade muda historicamente de acordo com as 
reviravoltas que se verificam no desenvolvimento social. O bem e mal, certo e 
errado, justo e injusto são valores relativos a cada momento histórico e com isso 
independente de qualquer etnia, religião e cultura os seres humanos possam viver 
em plenitude diante de alguns valores que devem ser preservados. 
Segundo Vasquez e Chauí, filósofos que fundamentam estas 
considerações, somente o conhecimento, de um lado, e a liberdade, do outro, 
permitem falar de responsabilidade. Mas devido à ignorância de uma parte e a 
falta de liberdade da outra, entendida como coação, permite o sujeito da 
responsabilidade moral. 
Vimos que desde cedo, somos educados a distinguir o certo do errado, a 
partir de valores que recebemos durante nossa vida, tudo isso para garantir um 
bom convívio em sociedade e desde os primeiros estudos os gregos desejavam 
que com isso nós possamos alcançar o ideal que é ser feliz e garantir o bem-estar 
de todos. 
Este texto foi elaborado com base na síntese de estudo de Marilena Chauí, 
Adolfo Sanchez Vasquez, de acordo com as obras: “Ética e Introdução a Filosofia” 
e um texto referente à “Filosofia e Ética Profissional”. 
 
 
 
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