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Tutorial de Compatibilidade

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Tutorial 5 - Módulo V - Compatibilidade 
Objetivo 1 - Estudar o sistema complemento 
Fonte: ABBAS, 2008 
O sistema complemento consiste em várias proteínas plasmáticas que são ativadas pelos 
microrganismos e promovem a destruição desses microrganismos e a inflamação. O reconhecimento 
de microrganismos ocorre de três maneiras. A via clássica utiliza uma proteína chamada C1 para 
detectar anticorpos IgM, IgG1 ou IgG3 ligados à superfície de um microrganismo ou outra estrutura. 
 A via alternativa é desencadeada pelo reconhecimento direto de certas estruturas da superfície 
microbiana e é, assim, um componente da imunidade natural. 
 A via da lectina é desencadeada por uma proteína plasmática chamada lectina de ligação à manose 
(MBL), que reconhece resíduos terminais de manose em glicoproteínas e glicolipídeos microbianos. A 
MBL ligada aos microrganismos ativa uma das proteínas da via clássica, na ausência de anticorpos, 
pela ação de uma serina protease associada. 
 O reconhecimento dos microrganismos por qualquer uma dessas vias resulta no recrutamento e na 
reunião sequencial de proteínas adicionais do complemento em complexos de proteases. A proteína 
central do sistema do complemento, C3, é clivada, e o seu fragmento maior, C3b, é depositado na 
superfície microbiana onde o complemento é ativado. O C3b torna-se covalentemente ligado aos 
microrganismos e atua como uma opsonina para promover a fagocitose dos microrganismos. Um 
fragmento menor, C3a, é liberado e estimula a inflamação agindo como um quimioatrativo para 
neutrófilos. O C3b liga-se a outras proteínas do complemento para formar uma protease que cliva 
uma proteína chamada C5, gerando um peptídeo secretado, C5a, e um fragmento maior, C5b, que 
permanece fixado às membranas celulares microbianas. O C5a estimula a entrada de neutrófilos no 
local da infecção, bem como o componente vascular da inflamação aguda. O C5b inicia a formação de 
um complexo das proteínas do complemento C6, C7, C8 e C9, as quais são reunidas em um poro de 
membrana que causa a lise das células onde o complemento é ativado. As células de mamíferos 
expressam várias proteínas reguladoras que bloqueiam a ativação do complemento e, assim, evitam 
a lesão às células do hospedeiro. 
 O sistema complemento consiste em proteínas séricas e de superfície celular que interagem umas 
com as outras e com outras moléculas do sistema imunológico de uma maneira altamente regulada 
para gerar produtos que eliminem os microrganismos. 
 A ativação do complemento envolve a proteólise sequencial de proteínas para gerarem complexos 
enzimáticos recém agrupados com atividade proteolítica. 
Os produtos da ativação do sistema complemento se ligam às superfícies das células microbianas 
ou a anticorpos ligados a microrganismos e a outros antígenos. 
A ativação do complemento é inibida por proteínas reguladoras que estão presentes nas células do 
hospedeiro normal e ausentes no microrganismo. Elas impedem que haja um dano maior ao 
hospedeiro, enquanto que a falta delas nos microrganismos permite que a ativação do complemento 
ocorra nas superfícies microbianas. 
 
Objetivo 3 - Listar os testes de compatibilidade para transplante de orgaos 
Fonte: http://www.hemoce.ce.gov.br/ - centro de hematologia e hemoterapia do Ceará 
são testes realizados por meio de um exame de sangue, que avaliam as caracteristicas gênicas de 
certos cromossomos, para que sejam compatíveis. Tais compatibilidades são necessárias para que 
não haja rejeição do órgão em questão. 
Exames do doador: 
Classificação sangüínea ABO/Rh. 
Pesquisa de Anticorpos Irregulares(PAI). 
Aglutininas e Hemolisinas em doadores do grupo O. 
Testes sorológicos para evitar a transmissão de doenças 
Exames do receptor: 
Classificação sangüínea ABO/Rh. 
Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI). 
Prova de Compatibilidade. 
 
Objetivo 4 - Entender o processo de transplante (parte burocrática): 
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/ 
Quem pode ser doador de órgãos e tecidos? 
Todos podemos ser doadores de órgãos desde que não sejamos portadores de doenças 
transmissíveis (aids, por exemplo), de infecções graves e de câncer generalizado. 
E quem não pode ser doador? 
Não podem ser doadores as pessoas com doenças infecciosas incuráveis e câncer generalizado, ou 
ainda as pessoas com doenças, que pela sua evolução tenham comprometido o estado dos órgãos. 
Também estão excluídos do direito de doar as pessoas sem identidade, ou menores de 21 anos sem 
a autorização dos responsáveis. 
Quais as partes do corpo que podem ser doadas para transplante? 
Os mais freqüentes são: rins, pulmões, coração, fígado, córneas, válvulas cardíacas. Menos 
freqüente: rim e pâncreas juntos. Fora do Brasil, também são feitos transplantes de estômago e 
intestino. É possível também transplantar pele e ossos, e até mesmo uma parte completa, como a 
mão. 
Posso doar um dos órgãos duplos (rim, por exemplo) para quem eu quiser? 
Pode, em termos. No caso da doação entre vivos, ela pode ser dirigida para um parente até quarto 
grau. 
Existe limite de idade para ser doador ou receptor? 
O que determina o uso de partes do corpo para transplante é o seu estado de saúde. Em geral, 
aceita-se os seguintes limites, em anos: rim (75), fígado (70), coração e pulmão (55), pâncreas (50), 
válvulas cardíacas (65), córneas (sem limite), pele e ossos (65). 
Eu quero ser doador(a). O que devo fazer? 
A atitude mais importante é comunicar à família e aos amigos este desejo, pois pela legislação atual 
todos nós podemos ser doadores, desde que a família autorize a retirada dos órgãos. Por isso, é 
muito que seus amigos e familiares saibam da sua opção de doar. Use um símbolo (um selo de 
doador, por exemplo) que indique claramente esta opção em seu documento de identidade. 
Quando podemos doar? 
A doação de rim, medula óssea ou parte do fígado pode ser feita em vida. Mas em geral nos 
tornamos doadores quando ocorre a MORTE ENCEFÁLICA. Tipicamente ocorre morte encefálica em 
pessoas que sofreram um acidente que provocou um dano na cabeça (acidente com carro, moto, 
quedas, etc.) e continuam com seus outros órgãos em perfeito estado de funcionamento. 
A morte encefálica pode ser diagnosticada em qualquer hospital? 
Em princípio sim, porque o diagnóstico básico é clínico e deve ser feito por um neurologista. 
Contudo, alguns hospitais não têm condições de complementar esse diagnóstico com um exame 
laboratorial, como a lei exige. Entretanto, desde que haja necessidade, uma equipe médica e 
equipamentos podem ser deslocados de um hospital para outro. 
Há chance de os médicos errarem no diagnóstico de morte encefálica? 
Não. Se for seguido o protocolo, que está muito bem documentado, a chance de erro não existe. 
É possível o diagnóstico de morte encefálica apenas com um exame clínico? 
Sim, o diagnóstico é clínico, mas pela legislação brasileira este diagnóstico deve ser confirmado com 
outro método de análise: eletroencefalograma, angiografia cerebral, entre outros. Em alguns países, 
essa exigência não existe. 
Os órgãos retirados podem ser guardados para posterior transplante? 
Em termos. Após a retirada os órgãos suportam muito pouco tempo sem circulação sangüínea. No 
máximo: pulmão e coração (4-6h), fígado (12-24h), pâncreas (12-24h), rim (24-48h), córneas (até 7 
dias). 
Quem retira os órgãos de um doador? 
Desde que haja um receptor compatível, a retirada dos órgãos para transplante é realizada em um 
centro cirúrgico, por uma equipe de cirurgiões com treinamento específico para este tipo de 
procedimento. Depois disso, o corpo é devidamente recomposto e liberado para os familiares. 
Como funciona o sistema de captação de órgãos? 
Se existe um doador em potencial (vítimade acidente com traumatismo craniano, derrame cerebral, 
etc., com autorização da família para que ocorra a retirada dos órgãos) a função vital dos órgãos 
deve ser mantida. É realizado o diagnóstico de morte encefálica. Seguem-se então as seguinte ações: 
(1) O hospital notifica a Central de Transplantes sobre um paciente com morte encefálica (potencial 
doador); 
(2) A Central de Transplantes pede confirmação do diagnóstico de morte encefálica e inicia os testes 
de compatibilidade entre o potencial doador e os potenciais receptores em lista de espera. Quando 
existe mais de um receptor compatível, a decisão de quem receberá o órgão, passa por critéri os tais 
como tempo de espera e urgência do procedimento; 
(3) A Central de Transplantes emite uma lista de potenciais receptores para cada órgão e comunica 
aos hospitais (Equipes de Transplante) onde eles são atendidos; 
(4) As Equipes de Transplante, junto com a Central de Transplante adotam as medidas necessárias 
para viabilizar a retirada dos órgãos (meio de transporte, cirurgiões, pessoal de apoio, etc.); 
(5) Os órgãos são retirados e o transplante realizado. 
Como fazer para um familiar falecido se tornar doador? 
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos ao médico que atendeu o 
familiar, ou à administração do hospital, ou ainda, entrar em contato com uma Central de 
Transplantes que tomará as providências necessárias. Se a sua família quer mesmo adotar esta 
atitude de doação, aconselha-se que insista com a equipe médica do hospital para que as 
providências sejam tomadas. 
Se for tomada a decisão de doar os órgãos de um familiar, quanto isso vai custar? 
A família de um potencial doador não paga pelos procedimentos de sua doação. Existem coberturas 
do SUS para este procedimento. A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de 
procedimento. 
Tenho um familiar em lista de espera por um transplante. Sou compatível com ele. Se eu morrer 
posso ser o seu doador? 
Não. Os seus familiares não podem escolher o receptor. O receptor será sempre indicado pela 
Central de Transplantes com base apenas em critérios de compatibilidade e de urgência do 
procedimento. 
Como sei se um familiar ou amigo pode doar para mim? 
Se você precisa de um rim, medula óssea ou parte do fígado, um familiar ou amigo pode ser doador. 
Antes da doação, no entanto, eles devem ser submetidos a uma bateria de exames de 
compatibilidade, sempre sob a orientação de médicos, para determinar esta possibilidade. 
Uma pessoa é doadora e vem a falecer. Se quando chegar ao hospital não encontram seus 
documentos, nem os seus familiares, seus órgãos podem ser retirados para transplantes? 
Não. Pessoas sem identidade, indigentes e menores de 21 anos sem autorização dos responsáveis, 
não são consideradas doadoras. 
Quem faz transplante no Brasil? 
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, existem no Brasil cerca de 400 equipes 
médicas cadastradas para realizar transplantes de órgãos. Parte dessa lista está indicada aqui. 
Objetivo 5 - Definir Nefrite e relacionar com Insuficiência Renal Crônica 
Fonte: http://www.pro-renal.org.br/ 
O que é nefrite? 
Nefrite (também chamada glomerulonefrite) é um termo usado para descrever enfermidades renais, 
nas quais a parte filtrante do rim (glomérulo) está inflamada. 
Existem tipos diferentes de nefrite? 
Sim. Existe a nefrite (glomerulonefrite aguda) e a nefrite crônica (glomerulonefrite crônica). No 
primeiro caso, há uma tendência para a melhora espontânea. E na forma crônica ocorre uma lesão 
progressiva dos rins. Sinais da doença podem ser a presença de proteína e sangue na urina e 
habitualmente uma elevação da pressão arterial. No Brasi l, a nefrite crônica é a causa mais comum 
da insuficiência crônica dos rins, causando uma enfermidade terminal nestes órgãos, a qual 
habitualmente termina em diálise. 
Qual é a causa da nefrite aguda? 
Os pacientes com nefrite aguda freqüentemente têm evidência de uma infecção recente. E a mais 
comum é uma infecção por estreptococo da garganta ou da pele. Existem, no entanto, outras 
bactérias e infecções virais que podem estar associadas a uma nefrite aguda. 
Quais são os sintomas e sinais de uma nefrite crônica? 
A maior parte das doenças que causa nefrite crônica tem uma evolução longa. Habitualmente há 
períodos sem nenhum sintoma. Durante esse tempo, no entanto, há uma lesão progressiva dos rins. 
Nas fases iniciais freqüentemente são detectadas apenas anormal idades no exame de urina (por 
exemplo, sangue na urina, proteína na urina). Hipertensão arterial pode ser detectada 
especialmente quando já existe uma diminuição da função renal. Com a progressão da doença existe 
inchaço das pernas (edema) e pressão alta persistente. Hipertensão arterial (pressão alta) é 
freqüentemente difícil de ser tratada. Sinais de insuficiência renal crônica (uremia) são notados 
quando existe uma perda importante da função renal. Estes sinais são: 
1. perda de apetite; 
2. náuseas e vômitos; 
3. fadiga extrema, mesmo após uma noite bem dormida e perda importante da energia; 
4. dificuldade em dormir; 
5. prurido e pele seca; 
6. câimbras, especialmente à noite. 
Quais são as causas de nefrite crônica? 
Existem várias causas, mas ocasionalmente uma nefrite aguda pode ter uma fase silenciosa depois 
do quadro agudo e aparecer muitos anos mais tarde como um problema crônico. Muitas causas da 
síndrome nefrótica (nefrose) algumas vezes causam lesões do rim, típicas de uma nefrite crônica, 
particularmente quando a nefrose não responder ao tratamento. 
Objetivo 6 - Conceituar diálise 
Fonte: http://www.portaldadialise.com/ 
Quando os rins deixam de funcionar, a hemodiálise surge como uma opção de tratamento 
que permite remover as toxinas e o excesso de água do seu organismo. Nesta técnica 
depurativa, uma membrana artificial é o elemento principal de um dispositivo designado 
dialisador, comummente conhecido por “rim artificial” 
 
 
 
 
Para o tratamento é necessário: 
 máquina de hemodiálise – bombeia o sangue; 
 linhas de sangue próprias – transportam o sangue; 
 dialisador (“rim artificial”) – filtra o sangue; 
 acesso vascular - acesso ao sangue corporal. 
 
A máquina bombeia o seu sangue, através das linhas, até ao dialisador. Os produtos tóxicos 
e a água em excesso do seu organismo são filtrados pelo dialisador e o “sangue limpo” 
regressa novamente ao seu organismo. 
O seu médico nefrologista irá definir o seu programa de hemodiálise. Normalmente o 
tratamento realiza-se 3 vezes por semana em dias alternados. Cada sessão tem uma duração 
média de 4 horas.

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