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ETICA DE KANT TRABALHO 1

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
PRODUÇAO AVANÇADA DO TRABALHO ACADÊMICO
Rosiane Ferreira da Silva Mat 201303029618
Rio de janeiro
2018
UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
 
O PERDÃO
 Trabalho de pesquisa com o Pr Richad Couto da materiade Produção Avançada do trabalho Academico da Universidade Estacio de Sá no ano de 2017.
Rio de janeiro
2018
EMANUEL KANT
 Immanuel Kant nasceu em 1724, na cidade de Konigsberg, na Prússia, onde estudou, ensinou e viveu até à sua morte, em 1804. Apesar de Kant ter escrito bastante sobre geografia e etnologia de terras remotas, nunca abandonou a sua terra natal. Descendia de uma família modesta que deixara a Escócia cem anos antes do seu nascimento. A mãe era uma devota pietista e o pai um modesto artesão correeiro. De 1732 a 1740, frequentou o Collegium Fredericianum, onde obteve uma formação clássica. De seguida, entra como aluno na Universidade de Konigsberg, iniciando aí, em 1755, a sua actividade docente. Durante 15 anos exerceu funções docentes com carácter provisório. Por duas vezes não ser bem-sucedido a sua candidatura a professor efectivo e só em 1770 foi nomeado como conhecedor de detrminado assunto, lógica e metafísica. Por essa altura escreveu um tratado de pedagogia, do qual dizia ter recomendações pedagógicas excelentes, embora ele não utilizasse nenhuma. Na Universidade de Konigsberg ensinou metafísica, lógica, geografia, matemática e física. A sua vida cheias de métodos e sedentária era conhecida de todos. Quando, diariamente, aparecia de bengala à porta de casa, a caminho da pequena alameda de tílias, a que o povo deu nome de O Passeio do Filósofo, os vizinhos sabiam ser exactamente três e meia da tarde. Celibatário até morrer, Kant viveu isolado da família, embora gostasse do convívio com os alunos. Viveu modestamente apenas para o ensino e para a escrita. Embora a sua fama ultrapassasse as fronteiras da rússia nunca teve o desejo de conhecer outros países europeus. Kant levou uma vida tranquila, inteiramente dedicado ao ensino e à escrita. Até ao fim, acreditou no poder da razão, no respeito das leis justas, na autonomia da escolha moral e no papel civilizacional da educação. A sua admiração pela Revolução Francesa foi mantida até ao fim, embora não lhe agradassem os excessos do radicalismo da Convenção. Kant deixou a Universidade, em 1797, devido a problemas de saúde. Continuou a escrever até morrer, em 1804.
A ética de Kant 
 Foi considerada, durante muito tempo, uma ética iluminista,como tal era representante. Ele achava que, ao enfatizar a felicidade, compreendia completamente a natureza da moralidade. Em sua opinião, a base para nosso entendimento do que é bom ou ruim, certo ou errado, é a nossa consciência de que os seres humanos são agentes livres e racionais que devem receber o respeito apropriado a esses seres. Para entender a filosofia moral de Kant, é crucial entender antes de tudo o problema com o qual ele, como outros pensadores da época, estava tentando lidar. Desde tempos antigos, as crenças e práticas morais das pessoas foram baseadas na religião.
 Desde o século XVI, duas correntes filosóficas se enfrentavam na Europa: de um lado o Empirismo Britânico; de outro, o Racionalismo da filosofia continental. A tradição do Empirismo Britânico negava a importância da metafísica e também a existência de ideias inatas no ser humano. Todo o conhecimento, para eles, tinha origem nos sentidos e na experiência, o que nada mais é do que o antigo ensinamento de Aristóteles.
 Já o Racionalismo Continental dava importância à metafísica e afirmava a existência das ideias inatas no homem. As duas correntes não poderiam chegar a um comum acordo. Kant simplesmente ultrapassou este debate antigo e afirmou que ambos estavam certos e errados ao mesmo tempo. As ideias inatas existem sim, só que Kant prefere o termo a priori, mas esse a priori necessita da experiência para confirmar-se. A matemática, por exemplo, é totalmente a priori, não teve origem na experiência. Nem mesmo nossas ideias morais. Para entender a filosofia moral de Kant, é crucial entender antes de tudo o problema com o qual ele, como outros pensadores da época, estava tentando lidar. Desde tempos antigos, as crenças e práticas morais das pessoas foram baseadas na religião.
 Kant era contra a toda amarra social, á um feudalismo que tirava a liberdade do indivíduo, que era injusto, e que se baseava no fundamento de uma ordem social totalmente irracional. Mas tenta fundar uma moralidade universal, baseada na razão, ou seja encherga a todos com igualdade, independendo da classe social, religião , crenças etc. 
 A Crítica da Razão Pura.
Adquirir Conhecimento
 Umas das obras mais importantes da filosofia em todos os tempos, A Crítica da Razão Pura. Kant, busca, antes de tudo, responder sobre o que o ser humano pode conhecer ou, até onde a nossa mente pode chegar nos questionamentos sobre os porquês do mundo, ou seja até aonde o ser humano pode adquirir o conhecimento através da razão . Kant esclarece a diferença, fundamental para seu sistema, entre os "juízos sintéticos" e "juízos analíticos", sendo o primeiro aquele que, através da junção de informações distintas chega a uma nova informação. O segundo refere-se a dividir um mesmo objeto em seus constituintes, de modo que suas partes se tornem mais claras, mas que nada mais surja, a não ser aquilo que previamente já estava contido no próprio objeto. Com relação aos "juízos sintéticos" e "analíticos" a posteriori, Kant não coloca qualquer problema. Mas afirma que os pensamentos filosóficos correntes se utilizavam de "juízos analíticos" a priori, isto é, apenas andavam em círculos sobre algum conhecimento, reproduzindo-o com palavras diferentes, chegando a conclusões que em nada diferiam daquilo que já estava contido no primeiro pensamento, sem produzir, assim, qualquer novo conhecimento a respeito das questões sobre as quais eram formuladas. Porém o que chamou a atenção de Kant foi a possibilidade de juízos a priori na matemática e na física proporcionarem conhecimento novo, diferente dos sofismas filosóficos. Assim, Kant percebeu que estas duas ciências eram capazes de elaborar "juízos sintéticos" a priori, por tratarem justamente das leis que regem o conhecimento, dispensando, assim, qualquer experiência para validar seus achados. A partir daí Kant se pergunta se é possível realizar também juízos sintéticos a priori na Metafísica, que estava enfraquecida pela obscuridão dos idealistas e praticamente destruída pela perspicácia dos empiristas.
 A Critica da Razão Pratica 
Nos orienta a agir 
 Para o Kant, toda a vontade, como sujeito da moral, não supõe apenas uma regra; antes, visa um fim primordial. Este deve ser apropriado à regra, constituindo ambos a condição inicial da moralidade, ou seja, a possibilitação de um imperativo categórico, de uma necessidade moral absoluta. Como todo o princípio ético reside em nossa razão autônoma, o fim de sua vontade só poderá ser absoluto, isso de tal modo que não seja tomado como um meio de qualquer outro escopo. Dessa forma, a personalidade humana inclui o único fim absoluto. Kant, preludiando essa afirmativa, já exemplificara que toda a vontade, como sujeito da moral, não supõe apenas uma regra; visa necessariamente um fim, o qual deve ser apropriado à mesma, ajustando-se ambos à condição inicial, à possibilidade desse imperativo categórico. O exercício da liberdade, em sua plenitude, todavia, é inseparável do conceito da moral.
“Devemos, logo podemos”. Nesse ambiente, a pureza da intenção lutará sempre contra as influências de máximas sugeridas pelas inclinações que se apresentam. É um terreno complexo, porque na impossibilidade em que nos encontramos de ver como a nossa liberdade escolhe as suas regras de conduta, a nossa natureza, consoante a elas, não faz mais do que marcar os limites do conhecimento. Com isso, a potência prática da razão não é relegada ao desprezo. Todo o princípioda moral — afirma Kant — reside em nossa razão autônoma.(Kant.(1959) p.10)
 Crítica do Juízo Estético
 Qual a natureza do juízo em geral?, isto é, qual o mecanismo da faculdade de julgar? (como julgar?);
 Qual a finalidade da faculdade de julgar? (Porquê?).
 Ora, a Crítica do Julgar Estética está ligada, segundo Kant á Crítica da Faculdade de Julgar Teleológica, isto é, a crítica da faculdade de julgar está ligada a uma interrogação sobre a finalidade dos nossos juízos. 
 Para Kant, existem vários tipos de juízos: Analíticos; Sintéticos; Sintéticos à priori.
Juízos Analíticos: são aqueles que se limitam a descrever o que existe na realidade empírica. Descrição daquilo que existe na realidade empírica.
Juízos Sintéticos: procedem da experiência, isto é . elas são empíricas à posteriori. Por exemplo, se eu digo que alguns corpos são pesados. A análise do conceito corpo não permite por si só a ideia de pensamento, por isso tenho de sintetizar estas ideias e contribuir para a síntese.
Juízo sintético à priori: são aqueles que em matemática e em física permitem chegar a juízos necessários e universais. Exemplo: 7+5=12, ou todo o efeito tem uma causa. Isto não provém da experiência, isto é, eu posso verificar empiricamente que isso seja falso mas, essa verificação apenas confirma a existência de um princípio à priori que obviamente é universal e necessário.
 Ora esta primeira distinção de juízos analíticos e juízos sintéticos á priori é essencial para compreender a natureza dos juízos de gosto.
 Outra distinção importante é a dos juízos determinantes e os juízos reflexivos.
Juízo determinante: é aquele que se situa sob uma regra universal. É aquele cujo movimento vai do universal para o particular. Ex: leis físicas.
Juízo reflexivo: é aquele que inversamente parte do particular para o universal. Exemplo: A beleza não e uma qualidade da rosa mas um juízo do sujeito transcendental quando se depara com a rosa. Sou eu quem atribuiu a beleza a um objeto. Este juízo reflexivo ocorre quando quero transformar um juízo particular numa regra ou numa norma universal através de uma extrapolação. Portanto, neste exemplo parto de um caso específico para chegar a um conceito universal.
Juízo teleológico: (fim; finalidade; Telos). É aquele que se emite acerca da finalidade é também reflexivo porque na realidade a finalidade não é nem uma propriedade nem qualidade e do objeto. Sou eu, na qualidade de sujeito quem procura determinar a de todas as coisas. Não é um juízo determinante mas sim reflexivo. Ela decorre de uma atribuição que faço de uma qualidade de fim a um objeto.
 O âmbito do conhecimento é regido pela causalidade e pelo determinismo, então não coloca o problema da finalidade porque dentro de um encadeamento causal a finalidade não tem qualquer lugar. A finalidade não é uma categoria à priori do entendimento. Há uma surpresa de Kant em relação aos princípios estéticos.
 Um juízo reflexivo parece não poder ser à priori nem universal. Ora, justamente é aí que reside o paradoxo. O juízo de gosto é reflexivo e universal.
 Kant fala do juízo de gosto vinculado à reflexão; aquele que determina, por exemplo, um juízo do Belo.
 Não se trata do simples gosto vinculado aos sentidos em que cada um é livre de representar. Não é este tipo de subjetividade. É um juízo subjetivo sem conceito. Porque se existisse um conceito do belo esse conceito (estaria vinculado a uma regra ou a uma lei universal) poderia aplicar-se a toda a gente. Mesmo sem conceito, o juízo é universal.
 Contudo, não existe nenhuma prova á priori capaz de impor o juízo de gosto a alguém. Se existisse um conceito de Belo estaríamos não no âmbito da Estética, mas no âmbito da lógica.
 Sem o conceito de Belo é impossível uma ciência do Belo mas é possível elaborar uma estética do juízo de gosto. Ora, o juízo de gosto não se baseia num à priori resultante de uma experiência ou de razões demonstrativas. Porém, ele propõe a possibilidade de um acordo universal, como se essa universalidade desempenha-se uma função á priori. Contudo, essa função de à priori não está ligada a nenhum tipo de leis e regras que demonstrativamente procurem alargar a representatividade de um conceito. Este juízo tem a aparência de um juízo sintético à priori, vindo este à priori da ideia de que todos os olhos partilham um sentido comum estético. Esta ideia não afirma que cada um admite o juízo do Belo; mas sim que cada um deve admiti-lo. O juízo do Belo é subjetivo e sem conceitos mas também sem interesse que remete imediatamente para uma dimensão individual. Esta necessidade do dever é teórica e está articulada com a existência em cada um de um sentido comum estético. Não é porque exista em cada um a mesma forma de ajuizar qualitativamente sobre o mesmo objeto; Capacidade que todos possuem de ajuizar e que permite, justamente, a comunicabilidade entre sujeitos acerca do Belo.
“Sensus communis” – Oportunidade de se poder transmitir aos outros (porque todos possuem essa mesma capacidade) a representação que faço do sentimento de prazer. Portanto, aquilo que se está a comunicar o meu gosto vinculado aos sentidos (juízo subjetivo). É um sentido partilhado por todos os homens. Toda a gente tem a mesma aptidão para representar-se aquilo que eu sinto. É a representação do sentimento de prazer criado pelo Belo. Neste sentido, trata-se de um sentimento que é universalmente comunicável, contudo sem mediação de conceito.
 Para Kant é o juízo de gosto e não o Belo. “ o gosto é a faculdade de julgar á priori acerca da comunicabilidade dos sentimentos vinculados a uma representação dada”. Representação sem mediação de conceitos. O gosto não é julgar à priori acerca da determinação qualitativa da Beleza.
 Neste sentido, o juízo de gosto é ao mesmo tempo um juízo reflexivo, subjetivo e particular mas é também um juízo sintético à priori. Ésintético porque não posso a partir do conceito de rosa deduzir a sua beleza. É o meu juízo de gosto quem opera a síntese entre sujeito (rosa) e o predicado (bela) e é à priori porque se baseia na hipótese de um “Sensus communis” que não é demonstrável empiricamente (porque decorre de uma capacidade que todos os homens partilham, de estabelecer um juízo acerca do Belo e que é constitutiva de um sujeito transcendental.) Se fosse demonstrável empiricamente seriam juízos analíticos mas não estamos a falar de um simples juízo de gosto ligado aos sentidos.
O conceito de imperativo categórico e hipotético
  Foi desenvolvido pelo Kant, como conceito central que trata dos deveres. O objetivo de Kant era definir uma forma de avaliar as motivações para a ação humana em todos os momentos da vida. Um imperativo seria qualquer proposição que declara uma determinada ação como necessária, a partir desta noção Kant divide os imperativos em duas categorias: categóricos e hipotéticos.
 Aquelas máximas que seriam aceitáveis como lei universal, podendo ser consideradas motivação adequada para a ação humana, seriam os imperativos categóricos, implicando em exigência absoluta e incondicional. Este não pode ser desobedecido, não importando as circunstâncias, sendo um fim em si mesmo, ou seja, nenhuma outra finalidade pode justificar a desobediência e o imperativo categórico não carece de qualquer outra justificação. 
 O imperativo hipotético tem como objetivo atingir algum fim determinado, por exemplo, se desejamos adquirir conhecimento, é imperativo que aprendamos. O imperativo hipotético está atrelado ao fim, ou a finalidade, almejado por aquele que age, facilitando assim a decisão de qual a ação correta a se tomar, é hipotético pois, uma vez que o agente não tenha interesse em realizar aquele fim, ou não esteja disposto a ação necessária para realiza-lo, não existe qualquer obrigação de segui-lo. É, neste sentido, facultativo e condicionado a nossas inclinações.
 Por sua vez, o imperativo categórico é uma decisão moral pautada pela razão e não por nossas inclinações, já que encerra o fim em si mesmo, é categórico porque diz "não faça x"e nunca "não faça x se teu fim é F". Por isto, não está vinculado a nenhuma particularidade, incluindo a identidade da pessoa, devendo ser aplicável a qualquer ser racional. Esta é a razão pela qual o imperativo categórico, em suas primeiras formulações, foi chamado "princípio da universabilidade". 
... a razão nos foi proporcionada como razão prática, isto é, como algo que deve ter influência sobre a vontade, então a verdadeira destinação da mesma tem de ser a de produzir uma vontade boa, não certamente enquanto meio em vista de outra coisa, mas, sim, em si mesma – para o que a razão era absolutamente necessária... (KANT, 2009, p. 113)
 O grande desafio de Kant, que determinou o objetivo de seu trabalho, foi o de apresentar um sistema moral que pudesse escapar dos aspectos subjetivos do utilitarismo. Em sua distinção entre Imperativos Categóricos e Imperativos Hipotéticos, Kant vê a filosofia moral de sua época com profunda insatisfação, uma vez que, segundo ele, esta não seria capaz de ultrapassar o nível dos imperativos hipotéticos. A maximização do bem para os envolvidos, premissa utilitarista, é irrelevante do ponto de vista daqueles que preocupam-se com a maximização do bem, ou do resultado positivo, apenas para si mesmos, sem importar-se com as demais pessoas. Por isto, afim de persuadir a ação moral e ser base para julgamentos morais contra as outras pessoas, seria preciso ir além do nível dos imperativos hipotéticos, que são subjetivos, uma vez que dependem do fim que se almeja atingir. Era preciso buscar um sistema moral deontológico baseado no imperativo categórico e suas exigências, uma forma de sistema moral que estivesse para além da subjetividade e pudesse ser aplicado universalmente.
 Ainda, sob as condições do imperativo categórico, devemos aceitar que o valor moral de uma ação se deriva-se de sua máxima e não por suas consequências. Em outras palavras, para determinar a moralidade de uma ação devemos considerar os motivos do agente e não as consequências da ação promovida por ele. Se, por exemplo, um comerciante decide nunca enganar seus clientes por receio de que eles não retornem ao seu estabelecimento, segundo Kant, este comerciante age corretamente, embora pelos motivos errados, ele deveria agir desta forma por ser a atitude moral, já que "não enganar os clientes" é uma regra moral independente da finalidade. Pensar o oposto permitiria que, em não tendo receio de ser descoberto, o comerciante enganasse seus clientes.
 A resposta de Kant é que temos que trabalhar essas coisas por nós mesmos. Mas isso não é algo para lamentar. Em última análise, é algo para comemorar. A moralidade não é uma questão de capricho subjetivo. O que ele chama de “lei moral” – o imperativo categórico e tudo o que isso implica – pode ser descoberto pela razão. Mas é uma lei que nós, como seres racionais, impomos a nós mesmos. Não nos é imposto de fora. É por isso que um dos nossos sentimentos mais profundos é a reverência pela lei moral. E quando agimos como fazemos por respeito a isso – em outras palavras, por um senso de dever – nos preenchemos como seres racionais.
Bibliografia
Rohden V. e Moosburger U.; Santos M. P e MorujãoA.F; Mattos F.C.; Rodrigues de Merege J. (1781). A Crtica da razão pura, p.18
Bertagnoli.A. (2004) Critica da Razão Pratica. Brasil ed. São Paulo, p. 10
Durant, W. (s/d). História da Filosofia. Lisboa: Livros do Brasil, p. 274
Kant,E. (2016). Critica da Razão Pratica: ed. Vozes. Petrololis Rj. p. 193
ALMEIDA, Guido Antônio de. Kant e as “Fórmulas” do Imperativo Categórico. . São Paulo: Discurso Editorial, 2004

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