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186548032818 OAB1FASE DIREMP MAT COMPLETO

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1 
 
 
 
 
 
 
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2 
TÓPICO-SÍNTESE: 
Teoria da 
Empresa 
- 
Segundo a Teoria da Empresa, contam com a 
proteção das normas de cunho empresarial, 
aqueles que pratiquem atividade empresária; 
- 
Atividade empresária é a organização econô-
mica dos fatores de produção, desenvolvida 
por pessoa natural (pessoa física – empresário 
individual) ou jurídica (sociedade empresária ou 
Empresa Individual de Responsabilidade Limi-
tada - EIRELI), para a produção ou circulação 
de bens ou serviços, através de um estabele-
cimento empresarial e que visa o lucro. 
Empresário 
- 
Conceito: considera-se empresário quem exer-
ce profissionalmente atividade econômica orga-
nizada para a produção ou a circulação de bens 
ou de serviços (art. 966, CC). 
Capacidade 
- 
Tem capacidade para o exercício da atividade 
empresária, todos aqueles que estiverem em 
pleno gozo de sua capacidade civil e não forem 
legalmente impedidos (art. 972, CC). Estão em 
pleno gozo de sua capacidade civil todos aque-
les não enquadradas nas hipóteses de incapa-
cidade absoluta ou relativa, dos arts. 3º e 4º do 
CC, respectivamente (nos termos da redação 
dada pela Lei 13.146/15), assim como os 
emancipados (art. 5º, parágrafo único, CC). 
Registro 
- 
O registro do empresário individual, da socieda-
de empresária e da EIRELI no Registro Público 
de Empresas Mercantis, a cargo das juntas 
comerciais, e o da sociedade simples no Regis-
tro Civil de Pessoas Jurídicas (com exceção 
das cooperativas, que, embora sejam socieda-
des simples, devem ser registradas no Registro 
Público de Empresas Mercantis, a cargo das 
juntas comerciais, nos termos do art. 982, pará-
grafo único, CC c/c art. 18 da Lei 5.764/71), dá 
início à existência legal da personalidade jurídi-
ca. Assim, o registro faz nascer à personalidade 
jurídica, conferindo a regularidade necessária 
ao exercício de atividade econômica. 
Prepostos 
- 
Para o desenvolvimento da empresa, o empre-
sário individual, a sociedade empresária e a 
EIRELI contam com o auxílio de pessoas para a 
realização do objeto da atividade: os prepostos 
(art. 1.169 a 1.178, CC). Os prepostos, portan-
to, correspondem a mão de obra da empresa, 
 
 
 
 
 
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3 
TÓPICO-SÍNTESE: 
podendo atuar como empregados (regime da 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), ou 
serem profissionais autônomos cujos serviços 
são contratados para tarefas específicas (pres-
tadores de serviço). 
Escrituraçã
o 
- 
Escrituração (art. 1.179 a 1.195, CC) é o pro-
cesso pelo qual se lançam cronologicamente, 
em livros próprios, todas as operações de um 
estabelecimento empresarial, fazendo um ba-
lanço geral de seu ativo e passivo. 
Estabelecim
ento 
Empresarial 
- 
Estabelecimento empresarial (art. 1.142 a 
1.149, CC) é o conjunto de bens materiais ou 
corpóreos (máquinas, imóveis, veículos, merca-
dorias, etc.) e imateriais ou incorpóreos (marca, 
tecnologia, ponto, patente, etc.) organizados por 
empresário individual, por sociedade empresá-
ria ou EIRELI, para o desenvolvimento da ativi-
dade empresária (art. 1.142, CC). 
Ação 
Renovatória 
- 
A ação de renovação compulsória do contrato 
de locação, mais conhecida como Ação Reno-
vatória (art. 71 a 75 da Lei 8.245/91), é o meio 
do qual dispõe o locatário para, diante da im-
possibilidade de renovação amigável do contra-
to de locação não residencial, garantir o seu 
direito de inerência ao ponto por ele formado. 
Nome 
Empresarial 
- 
O nome empresarial (art. 1.155 a 1.168, CC), 
assim como o próprio nome civil, trata-se de um 
direito da personalidade, consistindo em ele-
mento de identificação do empresário individual, 
da sociedade empresária e da EIRELI, utilizado 
para apresentação em suas relações com ter-
ceiros. São duas as espécies de nome empre-
sarial: firma e denominação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
TÓPICO-SÍNTESE: 
Empre-
sário 
indivi-
dual 
- Considera-se empresário quem exerce profissio-
nalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de servi-
ços; 
- O empresário individual cuida-se de pessoa na-
tural (pessoa física); 
- O empresário individual responde com seu pa-
trimônio pessoal pelos riscos decorrentes do 
exercício da empresa. 
EIRELI 
- A EIRELI trata-se da mais nova pessoa jurídica 
de direito privado do ordenamento brasileiro (art. 
44, VI, CC); 
- A EIRELI não se trata de sociedade unipessoal, 
mas sim de pessoa jurídica sui generis; 
- A EIRELI será constituída por uma única pessoa 
titular da totalidade do capital social, devidamen-
te integralizado, que não será inferior a 100 
(cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no 
País; 
- Seu nome empresarial deverá ser formado pela 
inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou 
a denominação social da empresa individual de 
responsabilidade limitada; 
- A pessoa natural que constituir EIRELI somente 
poderá figurar em uma única empresa dessa 
modalidade; 
- A EIRELI também poderá resultar da concentra-
ção das quotas de outra modalidade societária 
num único sócio, independentemente das razões 
que motivaram tal concentração; 
- Poderá ser atribuída à EIRELI constituída para a 
prestação de serviços de qualquer natureza a 
remuneração decorrente da cessão de direitos 
patrimoniais de autor ou de imagem, nome, mar-
ca ou voz de que seja detentor o titular da pes-
soa jurídica, vinculados à atividade profissional; 
- Aplicam-se à EIRELI, no que couber, as regras 
previstas para as sociedades limitadas (arts. 
1.052 a 1.087, CC); 
- A falta de pluralidade de sócios, não reconstituída 
no prazo de cento e oitenta dias, não será causa 
para a dissolução, caso o sócio remanescente, 
inclusive na hipótese de concentração de todas 
as quotas da sociedade sob sua titularidade, re-
queira, no Registro Público de Empresas Mercan-
tis, a transformação do registro da sociedade pa-
ra empresário individual ou para EIRELI, obser-
vado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 
1.115 do CC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
TÓPICO-SÍNTESE: 
Socie-
dade 
Simples 
- Consistem em sociedades personificadas, regu-
ladas pelo Código Civil entre os arts. 997 e 
1.038, representando uma forma societária pró-
pria para o exercício de atividades civis (não 
empresárias), como no caso, por exemplo, de 
uma sociedade de advogados, de uma coopera-
tiva, ou mesmo das atividades desenvolvidas por 
profissionais intelectuais, desde que ausente o 
“elemento de empresa” (art. 966, parágrafo úni-
co, CC). São atividades civis: 
- Aquelas exercidas por quem não é empresário; 
- Aquelas fundadas em profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, salvo se 
o exercício da profissão constituir “elemento de 
empresa” (art. 966, parágrafo único, CC); 
- As exercidas por empresários rurais não regis-
trados no RPEM (art. 970 e 971, CC); 
- As desempenhadas pelas cooperativas, as 
quais, por expressa disposição de lei, serão 
sempre sociedades simples, desenvolvendo as-
sim atividade civil (art. 982, parágrafo único, CC). 
Socie-
dade em 
Nome 
Coletivo 
- A sociedade em nome coletivo é regida de forma 
direta pelo Código Civil (art. 1.039 – 1.044), apli-
cando-se subsidiariamente as normas da socie-
dade simples (art. 997 – 1.038); 
- Trata-se de uma sociedade personificada, haja 
vista o seu registro no Registro Público de Em-
presas Mercantis, a cargo das juntas comerciais 
(quando sociedade empresária), ou no Registro 
Civil de Pessoas Jurídicas (quando sociedade 
simples impura); 
- A sociedade em nome coletivo trata-se de socie-
dade de pessoas, que tem como atoconstitutivo 
um contrato social, sendo formada exclusiva-
mente por pessoas físicas. 
Socie-
dade em 
Coman-
dita 
Simples 
- A sociedade em comandita simples é regida pelo 
Código Civil (art. 1.045 – 1.051), aplicando-se 
subsidiariamente as normas da sociedade em 
nome coletivo (1.039 – 1.044); 
- Trata-se de uma sociedade personificada, consi-
derando o seu registro no Registro Público de 
Empresas Mercantis, a cargo das juntas comer-
ciais (quando sociedade empresária), ou no Re-
gistro Civil de Pessoas Jurídicas (quando socie-
dade simples não pura); 
- A sociedade em comandita simples é uma soci-
edade de pessoas, que tem como ato constituti-
vo um contrato social, sendo formada por duas 
classes de sócios: 
• sócios comanditados (os quais respondem ilimi-
tadamente pelas obrigações sociais), e 
• sócios comanditários (os quais respondem limi-
tadamente pelas obrigações sociais). 
 
 
 
 
 
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6 
TÓPICO-SÍNTESE: 
Socie-
dade 
Limita-
da 
- A sociedade limitada é regida diretamente pelo 
Código Civil (art. 1.052 – 1.087), aplicando-se 
subsidiariamente as normas da sociedade sim-
ples (art. 997 – 1.038) ou, se o contrato previr 
expressamente, as disposições da Lei 6.404/76 
(Lei das S/A), conforme disposto pelo art. 1.053, 
CC; 
- Trata-se de uma sociedade contratual, podendo 
assumir a forma de sociedade de pessoas ou de 
capital (natureza híbrida), circunstância de deve-
rá ser aclarada por seu contrato social; 
- É sociedade personificada, considerando o seu 
registro no Registro Público de Empresas Mer-
cantis, a cargo das juntas comerciais (quando 
sociedade empresária), ou no Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas (quando sociedade simples 
não pura). 
Socie-
dade em 
Coman-
dita por 
Ações 
- A sociedade em comandita por ações é regida 
pela Lei 6.404/76 (art. 280 – 284), sem prejuízo 
das disposições do Código Civil, compreendidas 
entre os arts. 1.090 – 1.092; 
- Trata-se de uma sociedade personificada (consi-
derando o seu registro no Registro Público de 
Empresas Mercantis, a cargo das juntas comer-
ciais), com capital social dividido em ações; 
- A sociedade em comandita por ações é uma 
sociedade de capital, sendo livre o ingresso de 
terceiros estranhos ao seu quadro social. Portan-
to, nela há livre circulação de ações; 
- Tem como ato constitutivo um estatuto social, 
sendo formada por duas classes de sócios: 
• sócios diretores – exercem cargo de administra-
ção, respondendo de forma subsidiária, solidária 
e ilimitada pelas obrigações sociais, e 
• sócios comuns – não exercem cargo de adminis-
tração, respondendo de forma subsidiária e limi-
tada pelas obrigações sociais. 
Socie-
dade 
Anôni-
ma 
- Também conhecida como companhia, a socie-
dade anônima é regida por lei especial (Lei 
6.404/76 – Lei das S/A), aplicando-se-lhe, nos 
casos omissos, subsidiariamente, as disposições 
do Código Civil; 
- Trata-se de uma sociedade personificada, consi-
derando o seu registro no Registro Público de 
Empresas Mercantis, a cargo das juntas comer-
ciais; 
- As sociedades anônimas serão sempre socieda-
des empresárias, consoantes o disposto pelo art. 
982, parágrafo único, do CC c/c art. 2º, § 1º da 
Lei 6.404/76; 
- A sociedade anônima é uma sociedade de capi-
tal, que tem como ato constitutivo um estatuto 
social e capital social dividido em ações. Nela, é 
 
 
 
 
 
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7 
TÓPICO-SÍNTESE: 
livre o ingresso de terceiros estranhos ao quadro 
social, havendo livre circulação de ações. 
Socie-
dade em 
Comum 
- Enquanto o ato constitutivo da sociedade não for 
levado a registro, não se terá uma pessoa jurídi-
ca, mas um simples contrato de sociedade. É a 
chamada sociedade em comum; 
- É a sociedade cujos atos constitutivos não foram 
objeto de registro, encontrando regulação em 
dispositivos próprios (arts. 986 a 990 do CC, e 
supletivamente arts. 997 a 1.038, CC); 
- Não se trata de um tipo societário, mas sim da 
designação de uma situação irregular, sendo di-
vidida doutrinariamente em: 
Sociedade em Comum de Fato (não possui ato 
constitutivo) e, 
Sociedade em Comum Irregular (possui ato consti-
tutivo, embora este não tenha sido levado à re-
gistro). 
- Nas sociedades em comum todos os sócios res-
pondem solidária e ilimitadamente pelas obriga-
ções sociais, face a ausência de separação pa-
trimonial. Embora não conte com personalidade 
jurídica, seus sócios estão contemplados pelo 
benefício de ordem (art. 1.024, CC), com a exce-
ção daquele que contratou pela sociedade, o 
qual responde diretamente. 
Socie-
dade em 
Conta 
de 
Partici-
pação 
- Regulada pelo Código Civil entre os arts. 991 e 
996 e subsidiariamente pelos arts. 997 a 1.038 
(normas das sociedades simples), a sociedade 
em conta de participação constitui um eficaz ins-
trumento de captação de recursos. 
- Dotada de natureza secreta, trata-se de socie-
dade sem sede e proibida de possuir nome em-
presarial (art. 1.162, CC). Contudo, o fato de se-
rem secretas ou ocultas não as converte em ilíci-
tas ou irregulares. 
Des-
consi-
deração 
da Per-
sonali-
dade 
Jurídica 
- Diante da utilização abusiva da pessoa jurídica, 
caracterizada pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a re-
querimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os 
efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particula-
res dos administradores ou sócios da pessoa ju-
rídica (art. 50, CC); 
- A jurisprudência pátria consolidou entendimento 
no sentido da admissão da desconsideração in-
versa da personalidade jurídica; 
- O Novo CPC (Lei 13.105/15) positiva a descon-
sideração inversa da personalidade jurídica, 
acompanhando entendimento da doutrina e ju-
risprudência pacificada dos tribunais superiores 
 
 
 
 
 
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8 
TÓPICO-SÍNTESE: 
(vide art. 133, parágrafo 2º). 
 
 
TÓPICO-SÍNTESE: 
Bens ima-
teriais pro-
tegidos 
pela Lei de 
Proprieda-
de Indus-
trial (Lei 
9.279/96) 
Para a proteção da propriedade industrial, o 
Estado institui a patente e o registro, através dos 
quais o empresário terá o direito de explorar 
com exclusividade o objeto de sua criação. São 
quatro os bens imateriais protegidos pelo Direito 
Industrial (art. 2º, I, II, III, LPI): 
- A patente de invenção; 
- A patente de modelo de utilidade; 
- O registro de desenho industrial; 
- O registro de marca. 
Invenção 
É um ato de originalidade, fruto do espírito in-
ventivo do gênio humano. Toda vez que alguém 
projeta algo que desconhecia, estará produzindo 
uma invenção (art. 8º, LPI). 
Modelo de 
Utilidade 
É o objeto de uso prático, ou parte deste, susce-
tível de aplicação industrial, com novo formato 
ou disposição do qual resulte melhores condi-
ções de uso ou fabricação. Não há propriamente 
invenção, mas sim acréscimo na utilidade de 
alguma ferramenta, instrumento de trabalho ou 
utensílio, pela ação da novidade parcial que se 
lhe é agregada. O modelo de utilidade goza de 
proteção autônoma em relação à da invenção 
cuja utilidade foi melhorada (art. 9º, LPI). 
Marca 
É um sinal distintivo visualmente perceptível, 
cujo requerimento de registro pode ser apresen-
tado por pessoa física ou jurídica, de direito 
público ou privado (art. 128, LPI), que visa dife-
renciar produtos e serviços de outros iguais ou 
semelhantes (art. 122, LPI). 
Desenho 
 Industrial 
Considera-se desenho industrial a forma plástica 
ornamental de um objeto ou conjunto ornamen-
tal de linhas e cores que possa ser aplicado a 
um produto, proporcionando resultado visual 
novo e original na sua configuração externa e 
que possa servir de tipo de fabricaçãoindustrial 
(art. 95, LPI). 
Extinção 
da propri-
edade in-
dustrial 
São hipóteses de extinção da propriedade in-
dustrial: 
- O término do prazo de duração; 
- A caducidade; 
- A renúncia aos direitos industriais (que so-
mente poderá ser feita se não houver prejuízo 
 
 
 
 
 
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9 
para terceiros, como por exemplo, os licenci-
ados); 
- A falta e pagamento da taxa devida ao INPI, 
denominada retribuição anual, ou 
- A falta de representante no Brasil, quando o 
titular for domiciliado no exterior. 
 
 
 
 TÓPICO-SÍNTESE 
 
LETRA 
DE 
CÂMBIO 
NOTA 
PROMIS-
SÓRIA 
CHEQUE 
DUPLI-
CATA 
ACEITE X X 
ENDOSSO X X X X 
AVAL X X X X 
TÍTULO À 
ORDEM 
X X X 
ORDEM 
PAGTº 
X X X 
ABSTRA-
ÇÃO 
(EMISSÃO) 
X X X 
 
 
 
TÓPICO-SÍNTESE 
Contrato 
de Fatu-
rização 
Também conhecido como contrato de “factoring” 
ou de fomento mercantil, consiste em espécie de 
contrato oneroso e bilateral, através do qual um 
empresário (cedente) cede a outro (cessionário) 
os seus créditos provenientes de vendas a prazo, 
recebendo deste os respectivos valores, descon-
tada remuneração (fator de compra). Nessa espé-
cie de contrato, portanto, está contida uma cessão 
de crédito, razão pela qual lhe são aplicáveis os 
dispositivos do Código Civil que respondem por 
esse tema (arts. 286 a 298, CC). 
Contrato 
de Fran-
quia 
Também conhecido como contrato de franquea-
mento ou “franchising”, trata-se de uma espécie 
de contrato oneroso e bilateral, em que uma das 
partes (franqueador) cede à outra (franqueado) o 
direito de comercializar produtos ou marcas de 
sua propriedade (geralmente já consagradas no 
mercado), mediante remuneração previamente 
 
 
 
 
 
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10 
TÓPICO-SÍNTESE 
ajustada, sem que estejam ligadas por um vínculo 
de subordinação. Assim, regido pela Lei 8.955/94 
(Lei de Franquias), o contrato de franquia respon-
de pela formação de duas posições jurídicas: a do 
franqueador e a do franqueado. 
Contrato 
de Ar-
renda-
mento 
Mercantil 
Espécie de contrato oneroso e bilateral, segundo o 
qual uma pessoa jurídica (arrendador) arrenda a 
uma pessoa física ou jurídica (arrendatário), por 
tempo determinado e mediante o pagamento de 
prestações periódicas, um bem comprado pela 
primeira de acordo com as indicações da segun-
da, cabendo ao arrendatário à opção de adquirir o 
bem arrendado ao final do contrato, mediante o 
pagamento de um preço residual previamente 
acertado (VRG), devolver o bem ou pleitear a re-
novação do contrato (tríplice opção). 
Contrato 
de Alie-
nação 
Fiduciá-
ria 
Habitualmente vinculado ao contrato de mútuo, 
trata-se de espécie contratual que possibilita aqui-
sição de um bem móvel ou imóvel por uma pessoa 
que, querendo adquiri-lo, não quer ou não conta 
com as condições necessárias para sua compra à 
vista. 
O adquirente recebe o bem do comprador, ficando 
com sua posse para que dele se utilize, compro-
metendo-se a pagar parceladamente o valor acor-
dado ao credor, que deterá a propriedade resolú-
vel do bem. Caso o devedor pague a dívida, toma-
rá o domínio pleno do bem. Caso se torne inadim-
plente, o bem será vendido pelo credor para que 
possa ser ressarcido. Logo, o contrato de aliena-
ção fiduciária responde pela formação de duas 
posições jurídicas: fiduciário (credor) e fiduciante 
(devedor). 
Contrato 
de Re-
presen-
tação 
Comerci-
al (ou 
Agência) 
Trata-se de uma espécie de contrato oneroso e 
bilateral, em que uma das partes (o representante 
comercial), que deve ser um empresário (pessoa 
física ou jurídica), se obriga, mediante remunera-
ção, a angariar, com habitualidade, negócios mer-
cantis, como a compra e venda de produtos fabri-
cados ou comercializados pelo representado em 
uma zona geográfica delimitada, inexistindo entre 
eles vínculo de subordinação. 
Contrato 
de Con-
cessão 
Mercantil 
Regido pela Lei 6.729/79, trata-se de espécie de 
contrato em que um empresário (concessionário), 
se obriga a comercializar, com ou sem exclusivi-
dade, com ou sem cláusula de territorialidade, os 
produtos fabricados por outro empresário (conce-
dente). Disciplina apenas a concessão comercial 
referente ao comércio de veículos automotores 
 
 
 
 
 
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11 
TÓPICO-SÍNTESE 
terrestres, como os automóveis, caminhões, ôni-
bus, tratores, motocicletas e similares. 
Contrato 
de Co-
missão 
Mercantil 
Regido pelo Código Civil entre os arts. 693 e 709, 
trata-se de espécie contratual em que um dos 
contratantes (comissário) adquire ou vende bens 
em nome próprio, mas em proveito de um terceiro 
(comitente). 
Contrato 
de Man-
dato 
Mercantil 
Regulado pelo Código Civil entre os arts. 653 e 
691, trata-se de espécie contratual na qual alguém 
(mandatário) recebe de outrem (mandante) pode-
res para, em seu nome, praticar atos ou adminis-
trar interesses. 
 
 
 
TÓPICO-SÍNTESE 
Recupera-
ção judicial 
- Regulada de maneira específica entre o arts. 
47 – 72 da LRE, trata-se de medida excepcio-
nal, que tem por objetivo viabilizar a supera-
ção da crise econômico-financeira do empre-
sário individual, da sociedade empresária e da 
EIRELI. 
- Diferentemente da antiga concordata, prevista 
pelo revogado Dec.-Lei 7.661/45, que restrin-
gia os meios de recuperação a remissão de 
dívidas e a dilação de prazos, a RJ da Lei 
11.101/05 prevê um verdadeiro plano de rees-
truturação, com diversas medidas de ordem 
financeira, jurídica e econômica, conferindo 
assim efetivas chances de superação do qua-
dro de crise. Ademais, enquanto na concorda-
ta os credores eram meros expectadores, na 
RJ os mesmos exercem participação ativa, 
sendo os responsáveis pela aprovação ou re-
jeição do plano de RJ apresentado pelo deve-
dor, assim como pela fiscalização do seu 
cumprimento. 
- São objetivos da recuperação judicial: 
(1) a manutenção da fonte produtora; 
(2) a manutenção do emprego dos trabalha-
dores, e 
(3) a garantia dos interesses dos credores. 
- Os objetivos da recuperação judicial estão 
marcados por ordem de prioridade e permea-
dos pelos princípios da função social da em-
presa e da preservação da empresa. Através 
da realização desses objetivos, buscou o le-
 
 
 
 
 
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12 
TÓPICO-SÍNTESE 
gislador garantir a preservação da empresa 
viável, sua função social e o estímulo à ativi-
dade econômica. 
Recupera-
ção extra-
judicial 
- A Recuperação Extrajudicial trata-se de 
instituto novo, advento da Lei 11.101/05 
(arts. 161 a 167, LRE), caracterizado pela 
possibilidade de o devedor convocar os seus 
credores para apresentar proposta de rene-
gociação. 
- A legislação anterior (Dec.-Lei 7.661/45) 
estabelecia ser ato de falência a convocação 
de credores visando a renegociação (exem-
plo: convocação para pedido de dilação pra-
zo para pagamento de determinados contra-
tos). Sem embargo, o livre gerenciamento de 
ativos e passivos é, em todo o mundo, uma 
realidade da administração da empresa, 
permitindo ao mercado a sua auto resolução. 
- Logo, representava um contrassenso consi-
derar similar iniciativa um ato de falência, si-
tuação que foi revista a partir da LRE, atra-
vés do instituto da RE. Respaldado pela prá-
tica reiterada do mercado (da então conhe-
cida como concordata branca) e através da 
LRE, positivou o legislador uma nova siste-
mática (como normalmente ocorre no Direito 
Empresarial, os costumes impõe-se no dia-
a-dia e, só depois, quando já consolidados, 
vem a lei.). Assim, coube ao art. 161 da LRE 
afastar a ilicitude da então chamada con-
cordata branca, reconhecendo a possibilida-
de de o devedor convocar os seus credores 
para apresentar proposta de renegociação,agora, sem o risco de que qualquer credor 
possa pedir a decretação da sua falência 
sob a alegação de prática de ato 
falimentar. 
- De tal modo, o devedor em crise não precisa 
mais, necessariamente, buscar a RJ para 
equacionamento de sua crise econômico-
financeira, podendo reunir-se com seus cre-
dores extrajudicialmente e tentar com eles 
um entendimento a partir da repactuação 
das condições dos créditos envolvidos. 
Falência 
- Trata-se de um processo de execução coleti-
va contra devedor insolvente (art. 75 e ss., 
LRE). Processo de execução coletiva por 
congregar todos os credores, através da 
chamada vis attractiva do juízo falimentar 
(art. 76, LRE), ou seja, do poder de atração 
 
 
 
 
 
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TÓPICO-SÍNTESE 
exercido pelo juízo universal da falência so-
bre todas as ações que versem sobre bens e 
direitos do devedor, de modo a permitir a 
centralização das discussões no juízo uno e 
indivisível da falência, e dessa forma, a dis-
tribuição equitativa do produto da realização 
do patrimônio ativo do devedor, entre o cole-
tivo de credores (par conditio creditorum). 
Falência 
- Ora, sendo a falência a abertura do concurso 
de credores (vários credores concorrendo 
simultaneamente a uma “fatia” do patrimônio 
ativo do devedor), esta apenas se justifica na 
hipótese de pluralidade de credores, o que 
pode ser demonstrado, por exemplo, pela 
existência de outros pedidos de falência ou 
simplesmente pela existência de diversos 
protestos promovidos por distintos credores. 
Isso porque o pedido de falência não pode 
ser reduzido a uma simples ação de cobran-
ça, consubstanciando-se em verdade, em um 
instrumento capaz de permitir ao judiciário o 
afastamento do meio empresarial daqueles 
empresários ou sociedades empresárias que 
já se encontram falidos de fato. 
- Diferentemente do que pode parecer à pri-
meira vista, a simples condição de credor 
não é suficiente para que seja acolhido o pe-
dido de decretação da falência contra o de-
vedor inadimplente. Em verdade, o pedido 
deverá fundar-se em uma das proposições 
específicas enumeradas pelo art. 94 da LRE. 
Nesse sentido, são três as hipóteses que jus-
tificam o pedido de decretação da falência: a 
impontualidade injustificada, a execução frus-
trada e a prática de atos falimentares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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