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UNESA – DIREITO ADMINISTRATIVO I Márcia Gueiros - 201408321157 Semana de Aula 7 - ATOS ADMINISTRATIVOS I. Aplicação Prática Teórica Caso Concreto: Caio, Tício e Mévio são servidores públicos federais exemplares, concursados do Ministério dos Transportes há quase dez anos. Certo dia, eles pediram a três colegas de repartição que cobrissem suas ausências, uma vez que sairiam mais cedo do expediente para assistir a uma apresentação de balé. No dia seguinte, eles foram severamente repreendidos pelo superior imediato, o chefe da seção em que trabalhavam. Nada obstante, nenhuma consequência adveio a Caio e Tício, ao passo que Mévio, que não mantinha boa relação com seu chefe, foi demitido do serviço público, por meio de ato administrativo que apresentou, como fundamentos, reiterada ausência injustificada do servidor, incapacidade para o regular exercício de suas funções e o episódio da ida ao balé. Seis meses após a decisão punitiva, Mévio, o procura para, como advogado, ingressar com medida judicial capaz de demonstrar que, em verdade, nunca faltou ao serviço e que o ato de demissão foi injusto. Seu cliente lhe informou, ainda, que testemunhas podem comprovar que o seu chefe o perseguia há tempos, que a obtenção da folha de frequência demonstrará que nunca faltou ao serviço e que sua avaliação funcional sempre foi excelente. Como advogado, considerando o uso de todas as provas mencionadas pelo cliente, indique a peça processual adequada para amparar a pretensão de seu cliente e os fundamentos adequados. R.: No caso em tela, não será possível o uso do Mandado de Segurança em face do esgotamento do prazo decadencial de 120 dias. Contudo, a decadência no M.S. não implica perda do direito de postular por meio de ação civil própria, qual seja, Ação Ordinária de Anulação de Ato Administrativo c/c Pedido de Tutela Provisória de Urgência, para requerer a reintegração do servidor e pagamento dos atrasados, com efeitos “ex tunc”. Na petição inicial, deverá ser arguida: 1º - a nulidade do ato de demissão em razão da violação aos princípios da Isonomia, da Impessoalidade e do Desvio de Finalidade, bem como a ausência do P.A.D., ou seja, ausência do devido processo legal, em que não foi assegurado ao servidor o contraditório e a ampla defesa; 2º deverá ser requerido que o ente público apresente a ficha funcional do servidor e sua folha de frequência. O ordenamento jurídico pátrio não admite a aplicação da verdade sabida, devendo prevalecer o devido processo legal, assegurados o contraditório e a ampla defesa. O ato administrativo deve estar dentro da lei. Se estiver fora da lei, ele não terá validade e será considerado nulo ou anulável.
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