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ESPINHA BÍFIDA Prof.ª Andréa da Nóbrega Cirino Nogueira DEFINIÇÃO Termo usado para designar defeitos do tubo neural resultante de falha, durante o período embrionário, da fusão normal dos arcos vertebrais. oMais comum na região lombar oDiagnosticado ao nascimento oPode envolver várias vértebras ETIOLOGIA - Predisposições genéticas (EB presente, chance de 2 a 5% maior de ter uma segunda criança com a doença) - Ambientais (medicações – anticonvulsivantes e hipertermia – uso de banhos de banheiras quentes, saunas, febres - primeiro trimestre) - Nutricionais (baixo nível de ácido fólico – laranjas, cereais, farinhas, arroz e sal). ESPINHA BÍFIDA MENINGOCELE (MIELOCELE): Os arcos costais não se fundiram e existe herniação das meninges, formando uma saliência que contém líquido cefalorraquidiano. É a forma mais branda permanecendo intactas as raízes nervosas e a medula espinhal e a condução do impulso se processa normalmente. Costumam ter um bom prognóstico após reparo cirúrgico. Raramente está associado a déficits sensoriais e/ou motores, hidrocefalia. MIELOMENINGOCELE: Caracteriza-se pela presença de tecido neural exposto (meninges, medula espinhal e raízes nervosas) podendo apresentar-se em qualquer ponto da coluna vertebral (mais comum na lombossacra). Déficit motor e sensorial abaixo do nível do defeito e perda do controle das funções da bexiga e do intestino. FOTOS MIELOMENINGOCELE QUADRO CLÍNICO • Paralisia flácida • Diminuição da força muscular • Atrofia muscular • Diminuição ou abolição dos reflexos tendíneos • Diminuição ou abolição da sensibilidade • Incontinência dos esfíncteres de reto e bexiga •Deformidades de origem paralíticas e congênitas •Hidrocefalia (acomete 100% das crianças com mielomeningocele torácica; 90% das lombotorácicas; 78% das lombares; 60% das lombossacras e 50% das sacrais: causada por malformação de Chiari II). HIDROCEFALIA E MALFORMAÇÃO DE CHIARI II Caracteriza-se pelo deslocamento em direção caudal do cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal, provocando obstrução do LCR pelo forame magno A maioria das crianças com espinha bífida tem a malformação de Chiari II. Entre as crianças com essa malformação, a probabilidade de desenvolver hidrocefalia é maior que 90% HIDROCEFALIA Principal manifestação pós-cirúrgica da EB. - Características da hidrocefalia: olhar do “sol poente” ou olhar ao pôr- do-sol (desvio para baixo dos olhos) separação das suturas cranianas com abaulamento da fontanela anterior. ESPINHA BÍFIDA ESPINHA BÍFIDA MIELOMENINGOCELE Testes e diagnósticos pré-natais: - A alfa-fetoproteína (AFP): encontra-se aumentado no líquido amniótico após a 14º semana de gestação (aminiocentese ou sangue coletado da mãe) - US: confirma o diagnóstico da amniocentese e identifica anormalidades cranianas - Parto cesáreo US FETAL FISIOTERAPIA PARA BEBÊS COM EB Visão Geral: A fisioterapia pode começar no período pré-operatório, mas é limitado pelo estado clínico do bebê. Prona ou DL - Objetivos: monitorização, evitar contraturas e deformidades, encorajar o desenvolvimento sensório-motor - Tratamento: Exercícios passivos, posicionamento, estímulos auditivos e visuais FISIOTERAPIA PARA BEBÊS COM EB Teste muscular manual: Objetivo: presença e quantidade de força, realizado antes da cirurgia e repetido após 10 dias após a cirurgia, aos seis meses e depois anualmente. Identificar o nível da lesão. Fatores que influem na habilidade do movimento: anestesia da mãe, aumento da PIC, letargia e fadiga do parto. FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA EXERCÍCIOS Passivos, devem ser breves e realizados 2 ou 3 vezes por dia Usar braço de alavanca curta Devem ser contínuos por toda a vida para evitar contraturas. FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA POSICIONAMENTO E MANUSEIO Pós-operatório (primeiros dias) limitado a posição prona e lateral Importante: boa cicatrização, rápida recuperação da inserção do dreno e alta hospitalar Curtos períodos em posição supina e sentada com apoio nos braços do terapeuta Posicionamento vertical: sustentação de peso FISIOTERAPIA PARA A CRIANÇA EM CRESCIMENTO Posição prona: - Fortalecimento do tórax e pescoço - Há contração também de glúteos, quadríceps e flexores plantares se houver inervação - Inclinando para a lateral favorece as reações de equilíbrio e fortalecimento da musculatura do pescoço FISIOTERAPIA PARA A CRIANÇA EM CRESCIMENTO Posição supina: - Controle de cabeça na linha média - Facilita atividades bilaterais dos MMSS FISIOTERAPIA PARA A CRIANÇA EM CRESCIMENTO Estimular a posição sentada (sessões de 10 a 15min) - Melhora equilíbrio - Melhora o controle da cabeça e tronco - Aumenta o campo visual - Experiência mão-olho Inclinação lenta para os lados, diagonais e para trás FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA OBRIGADA !
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