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trabalho de orientaçao profissional

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Os estudiosos supõem que a história da palavra trabalho se refere a passagem pré-histórica da cultura da caça e da pesca para a cultura agraria (Albornoz,1992).
O trabalho na antiguidade era completamente desprezado, e cabia aos escravos trabalhar, o que garantia aos cidadãos, o direito de não fazer nada ou seja o ócio, dedicando-se a outras funções como a política. Não havia perspectiva de crescimento com o trabalho e nem ascensão social. O trabalho rural era passado de geração para geração, bem como ser nobre, dependia da família em que se nascia. Um exemplo desse tipo de trabalho pode ser visto na idade média, o trabalho era visto como castigo e sofrimento, cabiam aos servos sustentar os senhores feudais, que nasciam em famílias ricas e poderosas do qual não precisavam trabalhar.
Esta noção de trabalho perdurou, nas sociedades ocidentais até o início do século XV, sofrendo significativas alterações com o advento da idade moderna e das profundas transformações sociais, culturais, cientificas e econômicas atrelados a ela (Albornoz,1992). Toda essa mudança no cenário global da época, trouxeram mudanças significativas na relação do homem com o trabalho. A igreja católica condenou o ócio e ressaltou o trabalho como salvação e virtude. O mercantilismo promoveu a ascensão da burguesia enquanto classe social. O crescimento das artes e das ciências influenciaram a ideia de trabalho como libertação. Ideias iluministas alavancaram os avanços científicos e tecnológicos agregando um valor positivo ao trabalho. Nessa época cresceu a esperança do homem em subir de classe social através do trabalho. 
Com a revolução industrial e o aumento capitalismo, o trabalho migrou para as fabricas, os trabalhadores do campo passaram a vender seu tempo em troca de um salário, mas em condições precárias de trabalho e jornadas extensas e sub humanas, onde o trabalhador não possuía qualquer direito ou garantia social, enquanto isso a burguesia detentora dos meios de produção industrial enriquecia cada vez mais, o que levantou várias críticas a exploração do trabalho, com obras como a ideologia do trabalho de Max. Engels e Max apontavam o enriquecimento brutal da burguesia, explorando o trabalhador com salários precários e longas jornadas de trabalho. Max e Engels passaram a apoiar lutas contra a burguesia e a destituição de poder da mesma, querendo que o proletariado percebesse seu valor e assim destitui-se a burguesia do poder, assim como a burguesia fez com o regime feudal. A grande contribuição desses autores foi a fundação das lutas por direitos e garantias sociais da época, melhorando um pouco as condições de trabalho. 
O movimento Taylor-fordista deu origem a sociedade capitalista de produção e consumo em massa, que atingiu seu auge na década de 1920, começou a mostrar sinais de decadência com a primeira guerra mundial e a crise de 1929 (Celia; Sparta, Monica, 2003). Nessa época regime industrial atingiu seu ápice na sociedade, com a ideia de trabalho por produção em massa, mecanicista, repetitiva, da qual o trabalhador, não tinha nenhuma autonomia, era pura e simplesmente fazer sua função de modo repetitivo. Com esse modelo de produção, a indústria acumulou riquezas e gerou vários postos de emprego, aproveitando o aumento considerável no capitalismo. O modelo adotado por Taylor e Ford tomou conta das fabricas e consolidou o modelo de produção em massa. 
A orientação profissional nasceu para resolver problemas práticos da prospera sociedade industrial da época (Celia; Sparta, Monica, 2003). A orientação nasceu na época devido a demanda das industrias, que eram gigantes e empregavam um grande contingente de trabalhadores. Voltada pura e simplesmente para o aumento da produtividade industrial. Os orientadores da época, procuravam avaliar o indivíduo apenas por suas habilidades e competências, mensurando através de testes, para o melhor encaixe do sujeito com o trabalho que era oferecido, desprezando qualquer interesse do trabalhador, em relação a sua perspectiva no trabalho bem como sua auto realização. O trabalhador era visto de forma secundaria, sempre colocado em segundo plano, priorizando as metas de produção bem como os lucros. 
Durante a segunda metade do século XX, com a decadência da sociedade industrial e a revalorização da criatividade, a orientação profissional passou a tomar novos rumos (Celia; Sparta, Monica, 2003). Com as ideias humanistas em alta e com a terapia centrada na pessoa de Carl Rogers, terapia que coloca o homem no centro de tudo, como um ser único e capaz de tomar decisões e responder por elas, o homem toma outro papel na sociedade como um ser liberto. 
A queda da sociedade industrial mudou a forma de orientação profissional, cujo o foco deixou de ser a produção e passou a ser o indivíduo. A orientação profissional da contemporaneidade, tem como tarefa, promover uma reflexão critica e ética sobre o compromisso social implicado nas escolhas profissionais dos indivíduos, assumindo um papel de agente da mudança social, oferecendo vários caminhos a serem seguidos, mas a decisão final e o caminho a se trilhar na escolha profissional ou na vida em geral, sempre será decidido pelo homem, ninguém pode escolher ou decidir o rumo da sua vida por você.

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