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REVISÃO UNIT LEITURA OBRIGATÓRIA 2018 1

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OS ROMANCES DA UNIT
MEMORIAL DE AIRES, VIDAS SECAS, O VAMPIRO QUE DESCOBRIU O BRASIL, OS DESVALIDOS E CIDADÃO DE PAPEL
ANÁLISE DO PROF. ME. ALEXANDRE SANTOS
CIDADÃO DE PAPEL 
GILBERTO DIMENSTEIN
 
“A verdadeira democracia, aquela que implica total respeito aos direitos dos humanos, está ainda bastante longe no Brasil. Ela existe apenas no papel. O cidadão brasileiro na verdade usufrui de uma cidadania aparente, uma cidadania de papel. Existem em nosso país milhões de cidadãos de papel”.
 (Gilberto Dimenstein) 
O tema principal do livro Cidadão de Papel é resumido em sua apresentação pelo autor: “traduzir o cotidiano social do leitor, visível nas esquinas com suas crianças de rua, nos sequestros e assaltos, resultado da violência, da falta de boas escolas, hospitais, empregos e salários para a maioria da população.” 
Percebe-se, portanto, a intenção de denuncia: os direitos do cidadão Brasil existem apenas no papel, apesar de todo avanço que se verificou nos últimos anos, visto que a regra continua sendo ainda a exclusão social. 
Assim Gilberto Dimenstein procura facilitar o entendimento do conceito de cidadania de papel a partir da exposição de fatos, estatísticas e estudos, que vão desde a mortalidade infantil à desnutrição, da falta de escolaridade ao desemprego, passando pelos problemas do meio ambiente.
Contudo a abordagem que faz desses problemas é dialética, ou seja, revela suas contradições, ao mostrar os avanços e o que está ainda por fazer. 
Para Gilberto Dimenstein “não temos muitos motivos para nos orgulhar dos avanços sociais desde o fim da escravidão”, pois segundo ele, “a cidadania avançou mais no papel do que na prática.” 
Em seus onze capítulos, o autor refletiu sobre as relações entre as engrenagens da crise social brasileira e a fragilidade de nossa cidadania, através de dados provenientes de pesquisas e fatos amplamente divulgados pelos meios de comunicação de massa.
Chega à conclusão que os avanços mais efetivos na melhoria de condições de vida de nosso povo e principalmente das crianças e adolescentes só serão possíveis com uma educação mais democrática, o que de certo melhoria o nível de consciência da população para refletir sobre seus direitos básicos. 
A metáfora de “cidadão de papel” reflete a não aplicação da lei em relação aos direitos básicos do cidadão, principalmente da criança e do adolescente, mas também o desconhecimento por parte da população de seus direitos para poder exigir seu cumprimento.
O VAMPIRO QUE DESCOBRIU O BRASIL
A PROBLEMÁTICA DA OBRA
A história é a matéria prima da narrativa de Ivan Jaf. Fica claro que o autor tem a intenção didática de passar em revista cerca de quinhentos anos de formação sócio histórica do Brasil, através de um recurso muito usual na literatura moderna: a alegoria e a intertextualidade.
Entremeando ficção e história, Jaf cria uma narrativa jocosa de alguns fatos importantes do processo histórico brasileiro, cujo personagem principal é um vampiro chamado Antônio que chega aqui com a esquadra de Cabral e se mantém até o século XX, ou mais precisamente até o governo de Fernando Henrique Cardoso. 
Ao longo de cinco séculos, o vampiro, por causa de sua condição de imortalidade, vai convivendo com personagens políticos importantes da história do Brasil, sempre numa posição de observador, envolvendo-se direta ou indiretamente com eles, mas procurando compreender as causas e consequências dos fatos que fizeram a nossa história. 
Os personagens do romance se misturam em ficcionais e históricos, ou seja, criados pelo autor e retirados da história do Brasil.
O protagonista da narrativa é o vampiro Antônio Brás, que em sua condição de imortalidade, contracena com vários personagens históricos, o mesmo acontecendo com o seu colega vampiro, Domingos. 
O Velho é uma metáfora do poder, ou seja, é uma figura alegórica, portanto, não existe do ponto de vista real, sendo símbolo das classes dominantes opressoras, repressoras e dominadoras.
O Velho e Domingos se fundem alegoricamente, como símbolos das classes dominantes brasileiras, e com a morte deste, é restabelecida a mortalidade de Antônio Brás.
Do ponto de vista histórico, desfilam durante a narrativa personagens como Calabar, Tiradentes, Dom Pedro I, Getúlio Vargas, e até mesmo Fernando Henrique Cardoso. 
O FOCO NARRATIVO 
O foco narrativo é de terceira pessoa, narrador onisciente. 
Entretanto, percebe-se a presença importante de duas vozes: Antônio e Domingos. 
Trata-se, portanto, de um recurso de polifonia. 
OS PLANOS DA ENUNCIAÇÃO E DO ENUNCIADO 
No plano da enunciação, a narrativa é construída através de uma linguagem simples, com o uso de um português médio urbano, com pouca presença da oralidade, e num tom memorialista, em que se percebe a construção do fio narrativo calcado na alegoria e na história do Brasil.
Predomina a narração que é permeada com vários diálogos, observando-se a presença do discurso direto e indireto, este marcado em itálico.
O tempo histórico da narrativa é marcado pelo período de ocupação, colonização e formação do Brasil durante cinco séculos. 
Inicia-se com a partida da esquadra de Cabral encerrando-se no governo de Fernando Henrique Cardoso. 
A narrativa desenvolve-se em flash-back, com predominância do tempo cronológico, havendo uma coincidência quanto ao tempo histórico. 
Os fatos vão se desenvolvendo na sequência da formação histórica do Brasil. Quando se iniciam os fatos, Antônio Brás, o personagem central, já está há quinhentos anos no Brasil. 
O espaço predominante é o aberto. As ações se desenvolvem no território brasileiro em diversos momentos de sua história. Os fatos mais importantes acontecem em Salvador, Recife, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 
Único romance de Graciliano Ramos narrado em terceira pessoa, mas com uma temática acentuadamente psicológica.
O narrador em discurso indireto e indireto livre perscruta a vida interior do vaqueiro Fabiano e de sua família num verdadeiro estudo da alma humana.
O romance, entretanto, não se resume à interrogação psicológica, mas a uma reflexão profunda sobre o embrutecimento do homem em sua relação com o meio social e o ambiente hostil.
O tema do romance gira em torno do processo de coisificação a que são submetidos os personagens em sua relação com a estrutura social e o embrutecimento a que são reduzidos em contato com a natureza adversa. 
A disposição dos personagens no romance ocorre dentro de uma estrutura de poder: de um lado, a classe dominante formada pelo fazendeiro, pelo cobrador de impostos e pelo soldado amarelo; do outro, a classe dominada composta por Fabiano, o vaqueiro, sua mulher, Sinhá Vitória, o menino mais velho e o menino mais novo. 
A cachorra baleia e um papagaio fazem parte da estrutura familiar em sua luta pela sobrevivência.
Aparecem ainda no romance Seu Tomaz da Bolandeira, o guarda livros da fazenda, e Sinhá Terta, a costureira.
O personagem protagonista Fabiano é explorado brutalmente pelos três personagens da classe dominante, representando a estrutura social, política e fundiária do Nordeste brasileiro. 
Não bastasse a exploração a que é submetido pela estrutura social, Fabiano e sua família também é oprimido pela seca.
O romance possui uma estrutura cíclica, ou seja, inicia-se com os personagens fugindo de uma seca e termina com outra fuga, revelando, pois, uma situação que não apresenta saída.
A modernidade de Vidas Secas reside não só na estrutura cíclica, mas também na quebra da linearidade, já que os capítulos formam blocos, como se fossem pequenos contos.
A opressão e a exploração a que são submetidos os personagens marginais são os elementos temáticos de ligação entre os capítulos. 
Graciliano Ramos produziu uma obra sem concessão ao sentimentalismo e, por isso, a sua linguagem trabalhada artisticamente constitui um dos aspectos mais importantes de sua literatura.
Uma linguagem sem adjetivação abundante, eivada de frases curtas, objetivas,através de um vocabulário seco e frases sintéticas, tudo devidamente adequado ao tema abordado. 
Do ponto de vista sintático, Graciliano foi um escritor clássico, pautando sua escrita com uma linguagem correta, sem o coloquialismo que aparece exageradamente em escritores de sua época.
Sua obra é fortemente introspectiva, ensimesmada, de forte conteúdo psicológico, mas com reflexões de teor universal. 
OS DESVALIDOS
ROMANCE DE FRANCISCO DANTAS
24
ALGUMAS QUESTÕES PROPOSTAS PELA UNIT

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