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CÁLCULOS FARMACIA MAGISTRAL-SINCOFARMA SP

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Desejamos um ótimo Curso!
Cálculos aplicados 
a farmácia magistral
Sumário
• Conceitos em matemática e estatística:
Regras de Arredondamento
Porcentagem
Regra de três
Cálculos estatísticos
• Cálculos em Controle de qualidade
• Cálculos em Manipulação
Conceitos em matemática e estatística
Matemática
Ramo da ciência que estuda a aplicação cálculos. 
Principais cálculos matemáticos em farmácia 
• Conhecimento prévio: regras de arredondamento, divisão, multiplicação, 
subtração e adição. 
• Porcentagem
• Regra de três
• Cálculos específicos com fórmulas 
Regras para Arredondamento de Números
Para efectuar um arredondamento de um número, poderemos considerar três
situações distintas:
• Se o algarismo a suprimir for inferior a 5, mantém-se o algarismo anterior.
Exemplo: 3,234 → 3,23
• Se o algarismo a suprimir for superior a 5, acrescenta-se uma unidade ao algarismo
anterior.
Exemplo: 4,38 → 4,4
Regras para Arredondamento de Números
• Se o algarismo a suprimir for superior a 5, acrescenta-se uma unidade ao
algarismo anterior.
Exemplo: 4,38 → 4,4
Definição de porcentagem
É uma fração de denominador centesimal, ou seja, fração de denominador 100.
Representamos percentagem pelo simbolo %.
Representação de porcentagem
Forma de fração
A fração 20 / 100 é uma percentagem que podemos representar por 20,0%. 
Representação de porcentagem
Forma decimal
75% = 75 = 0,75
100
Cálculo de porcentagem
Para cálculo de porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p por V.
100
p% de V = p X V
100
Exemplo
Preparar 100 mL de solução de hidróxido de sódio a 20% p/v.
Cálculo de porcentagem
p% de V = p X V
100
20% de 100 = 20 X 100 = 20 gramas 
100
Exercício
Preparar 50 mL de uma solução de ácido cítrico a 10%. 
Resolução: 5 gramas
Resolução do exercício
p% de V = p X V
100
10% de 50 = 10 X 50 = 5 gramas 
100
Atenção!
• Porcentagem (%) é o mais simples de expressar as
concentrações.
• As concentrações podem ser expressas: p/v, p/p e v/v.
Atenção !!
• % peso volume (p/v) – gramas de 
soluto em 100 mL de solução.
• p% x V = 0,9 x 100 mL
100 mL
Resultado = 0,9 gramas em 100 mL 
de solução. 
Atenção 
• % peso / peso (p/p) = gramas do 
soluto em 100 gramas de produto.
• p % x V = 1 x 30 g = 0,3 gramas
100 
Atenção dobrada!!
Preparo do álcool (FB)
• Para preparar o álcool diluído, siga as seguintes instruções:
• Medir o volume de álcool e água separadamente.
• Fazer a mistura dos dois líquidos.
• Deixar em repouso até acomodação das moléculas.
• Fazer a conferência do álcool obtido, usando o alcoômetro.
• Fazer os ajustes necessários adicionando água ou álcool.
• Refazer a conferência do álcool obtido, usando o alcoômetro e repetir os dois
últimos itens até atingir o valor desejado.
Determinação do teor alcoólico (FB)
• Colocar 1000mL do álcool neutro em uma proveta de mesma capacidade. 
• O menisco inferior do líquido deve ficar acima da linha (divisão). 
• Deixar o álcool por alguns minutos para que haja acomodação das 
moléculas. 
• Colocar a ponta inferior do termômetro. Anotar a temperatura. 
• Mergulhar no líquido o alcoômetro previamente molhado no álcool em 
ensaio e enxugado cuidadosamente e imprimir uma rotação de 360º, sentido 
anti-horário no alcoômetro que deverá flutuar livremente na proveta, sem 
aderir às paredes. 
Determinação do teor alcoólico (FB)
• Quando o alcoômetro deixar de oscilar, fixar o olhar abaixo do plano da 
superfície do líquido. 
• Elevar o olhar até que o raio visual fique no mesmo plano da superfície do 
líquido. Ler o nº da graduação correspondente ao afloramento. 
• A correspondência entre % V/V (ºGL) e % p/p é demonstrada através da 
tabela no próximo slide:
Determinação do teor alcoólico (FB)
Formulário Nacional 
Formulário Nacional 
Aplicações da porcentagem 
Aplicações 
• Preparo de soluções:
Soluções estoques na manipulação: Solução de ácido cítrico 
10,0% p/v (ajuste do pH)
Soluções estoques no controle de qualidade: Solução de NaOH 
20,0% p/v (ajuste de pH)
Prescrições médicas: Hipossulfito de sódio 40% ......10 mL
Regra de três
Comparar duas ou mais quantidades
Procedimento de razão e proporção
Cálculo de regra de três
Pede-se para preparar 60 mL de uma solução de hipossulfito de sódio 40 % (p/v).
40 g = X g 
100 mL 60 mL
100 mL x Xg = 40 g x 60 mL
X = 2400 / 100 
X = 24 g
Cálculo de regra de três
• Fórmulas em mg/g
• Cetoconazol 20 mg / g em 30 g de creme
• 20 mg...............1 g
• X mg................30 g
• X = 600 mg ou 0,6 gramas 
Estatística: principais cálculos aplicados na farmácia
Estatística
É o ramo do conhecimento que se destina ao estudo dos processos de
obtenção, coleta, organização, apresentação, análise e interpretação de
dados numéricos variáveis referentes a qualquer fenômeno, sobre uma
população, coleção ou conjunto de seres, com dupla finalidade: (a) descrever
esses conjuntos (b) fazer inferências sobre conjuntos maiores dos quais se
supõe, provenientes os dados em estudo.
MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003. 
Principais cálculos estatísticos
• Média aritmética
• Variação 
• Desvio padrão
• Coeficiente de variação
Onde se aplica estes cálculos?
Principal aplicação farmacêutica magistral 
Peso médio das cápsulas semi-acabadas.
Outras aplicações farmacêuticas 
• Calibração dos conta-gotas
• Titulação ( Média de 3 resultados)
• Peso das cápsulas vazias (estoque) 
Média Aritmética
Média aritmética
É o mais simples dos valores descritos de uma amostra. 
Representada: 
• Pelo símbolo - x (x barra)
• Pela fórmula - x =  X
n
MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003.
X =  x1+x2.....x9
n
X = 774
9
X = 86 mg 
Número de 
Amostra (n) 
X
1
2
3
4
5
6
7
8
9
90 mg
86 mg
78 mg
90 mg
98 mg
90 mg
82 mg 
76 mg
84 mg
n = 9  = 774 
Variância 
Variância
As medidas de tendência central são insuficientes para descrever 
adequadamente uma amostra. 
É necessário também descrever em que medida os dados de observações 
estão agrupados ao redor da média. 
MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003.
Variância
A variância mede a dispersão dos dados de observações de uma amostra em 
relação à respectiva média. 
Representada:
• Pelo símbolo: s2
• Pela fórmula: s2 =  (x – x )2
n – 1 
MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003.
s2 =  (x – x )2
n – 1 
s2 = 376
9 – 1
s2 = 376
8
s2 = 47 
X X – X ( X – X )2
90 
86
78
90
98
90
82
76
84
4
0
-8
4
12
4
-4
-10
-2 
16
0
64
16
144
16
16
100
4
 0 376 
Principal aplicação farmacêutica
Variação do peso individual com relação ao peso médio.
Fonte: MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003.
Desvio Padrão
Desvio padrão
É a medida de dispersão dos valores individuais ao redor da média. 
S =  (x – x )2
n – 1
Fonte: MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003.
Desvio padrão 
S =  (x – x )2
n – 1
S = 376
9 – 1
S = 47
S = 6,85 
Coeficiente de Variação
Coeficiente de variação (CV)
É a magnituderelativa do desvio padrão expresso em porcentagem da média. 
Fórmula = CV = s x 100
X
Fonte: MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003.
Coeficiente de variação
CV = s x 100
X
CV = 6,85 x 100
86 
CV = 7,96%
Onde comparar os resultados?
Farmacopéia Brasileira
Fonte: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/index.htm
Tabela de desvio padrão para cápsulas
Peso Desvio
Até 300 mg 10,0%
Acima de 300 mg 7,5%
Requisito: não mais que 10,0% das cápsulas ensaiadas 
podem afastar da média mais ou menos o desvio. E se isto 
ocorrer, as cápsulas que se afastarem desse valor, as 
cápsulas que se afastarem deve ficar entre a média mais ou 
menos duas vezes o desvio. 
Cálculo de concentrações
Concentração comum
Molaridade
Densidade relativa
Concentração
Quantidade de uma substância em volume definido de solução. 
Concentração comum
E o quociente da massa do soluto (em gramas) pelo volume da solução dado
em litros.
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Fórmula da concentração comum
Fórmula: C = m1
V
m1 = massa do soluto em gramas
V = volume da solução em litros
Unidade C = g / L
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Cálculo da concentração comum
Calcule a concentração, em g/L, de uma solução de nitrato de potássio,
sabendo que ela encerra 60 g do sal em 300 cm3 de solução.
Resolução do problema
C = m1
V
C = 60
0,3 
C = 200 g / L
Exercício
Calcule a massa de ácido nítrico necessária para a preparação de 150 mL de uma
solução de concentração 50 g/L.
Resposta:_________
Exercício
Qual a quantidade em gramas de uma solução de HCl cujo concentração comum
da é 20 g/L.
Resposta:_________
Principal aplicação farmacêutica
Preparo de soluções padrões (SR, SI, Soluções Titulante) para o controle de 
qualidade. 
Prescrições médicas na forma farmacêutica líquidas 
Principal aplicação farmacêutica
Preparo de soluções titulantes para o controle de qualidade.
Padronização das soluções titulantes (aplicar fator de correção). 
Concentração molar ou molaridade
Definição
É o quociente do número de moles do soluto pelo volume da solução dada em 
litros. 
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Fórmula da molaridade
Fórmula: M = n1
V
Temos: n1 = m1
M1
Substituindo a 1 fórmula teremos: M = m1
M1V
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Fórmula da molaridade
M = m1
M1V
M = molaridade
m1 = massa do soluto dada em gramas
M1 = massa molar ou peso molecular
V = volume da solução dada em litros
Unidade: moles por litro
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Cálculo da molaridade
Qual a molaridade de uma solução de iodeto de sódio que encerra 45 g do sal 
em 400 mL de solução? Massas atômicas: Na = 23; I = 127. 
Resolução do problema
M = m1
M1V
M = 45
150 x 0,4
M = 0,75 mol / litro ou 0,75 molar ou 0,75M
Exercício
Calcule a massa de NaOH necessária para preparar meio litro de solução 0,1
molar. Massas atômicas: H = 1; O = 16; Na = 23.
Resposta:_________
Principal aplicação farmacêutica
Preparo e padronização de soluções titulantes para o controle de qualidade.
Cálculo de teor para titulação
• Fórmula
• Teor (%) = V x M x Mol x 100 
Tea
• V = volume gasto na titulação
• M = molaridade da solução
• Mol = mol do titulado
• Tea = tomada de ensaio da amostra
Principal aplicação do cálculo de teor
Doseamento do fármaco.
Resultado do doseamento expresso em porcentagem. 
Cálculo da titulação ( ácido salicilico)
• Volume gasto de titulante: 36,4 mL NaOH
1 mL de NaOH .... 13,81 mg de ácido salicilico 
36,4 mL (gasto).... X mg
• X = 502,684 x (FC = 0,98)
• X = 492,63 mg (converter em %)
• TEA = 500 mg .............100%
• 492,63 mg..........x % 
• X = 98,54% (Comparar c/ FB)
•
Cálculo de teor para titulação c/ fórmula
• Fórmula
• Teor (%) = V x M x Mol x 100 
Tea
• V = volume gasto na titulação
• M = molaridade da solução
• Mol = mol do titulado
• Tea = tomada de ensaio da 
amostra
Teor (%) = 36,4 x (0,1x0,98)x138,12 x 100
500 mg
Teor (%) = 49270,1664/ 500
Teor (%) = 98,54
Densidade relativa
Indica relação entre massa e volume da solução.
d = m
V 
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Densidade relativa
d = densidade
M = massa da solução em gramas
V = volume da solução em mL
Unidade = g / mL
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Densidade relativa
• H2SO4 solução aquosa
• Densidade = 1,2 g / cm3
• Cada 1 cm3 de solução possui uma massa igual a 1,2 gramas
• Cada 10 cm3 de solução possui uma massa igual a 12 gramas
• Cada 100 cm3 de solução possui uma massa igual a 120 gramas
Densidade relativa
• Picnômetro
• Calibração: peso vazio e peso contendo água destilada e fervida, medida 
a 20ºC.
• Colocar a amostra no picnômetro a 20ºC.
• Pesar
• Peso da amostra (g) e o peso da diferença do picnômetro cheio e vazio 
de água
• Densidade relativa = massa da amostra líquida
Massa da água
Principal aplicação farmacêutica
Controle de qualidade das matérias-primas principalmente óleos essenciais
para avaliar adulteração.
Cálculo da densidade de produtos acabados 
e matérias-prima
• D = Mpic (amostra) - Mpic (H2O)
Mpic (vazio) - Mpic (H20)
Obs: comparar o valor da 
densidade com a especificação. 
Picnômetro de vidro com termômetro
Para calcular densidade de liquidos 
matérias-prima ou produtos 
acabados (xarope). 
Picnômetro metálico
• Densidade de produtos acabados: 
picnômetro metálico
Shampoos: 1,010 a 1,020 g/mL a 
25ºC
Condicionadores: 0,99 a 1,00 g/ mL a 
25ºC
Diluição das soluções
Definição de diluição
Diluir uma solução consiste em adicionar uma porção do solvente puro. 
O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais.
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Fórmula da diluição
V1C1 = V2C2
C1 = concentração inicial
V1 = volume inicial
C2 = concentração final
V2 = volume final
Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v.
Cálculo da diluição de solução
Diluindo-se 200 mL de solução 5 molar de ácido sulfúrico a 250 mL, qual a
molaridade final?
Resolução do problema
V1M1 = V2M2
200 mL x 5 molar = 250 mL x M2
M2 = 200 x 5
250 
M2 = 4 molar
Exercício
5 mL de uma solução aquosa de furosemida 20,0% p/v foi diluída para 10 mL.
Qual é a concentração final da solução de furosemida?
Resposta________
Diluição de fármacos na manipulação de fórmulas
Porque diluir os fármacos?
Aumentar exatidão de pesagem.
Transformar uma forma líquida em pó.
Qual diluição?
Faixa de dose Diluição
0,1 mg 100 mcg 1:1000
0,11 a 0,99 mg 110 a 990 mcg 1: 100
1 a 5 mg 1:10
Como fazer?
• Exemplo
• Diluição geométrica 1/ 10 = 10 gramas
• 1 grama do fármaco + 9 gramas de excipiente
• Início 
• 1 g do Fármaco + 1 g de excipiente = 2 g
• 2 g da mistura + 2 g de excipiente = 4 g
• Assim por diante
Correção do teor e conversão de sais dos fármacos
Fator de equivalência
Fator de correção
Fator de equivalência
Fator utilizado para conversão da massa do sal ou ester para a massa do 
fármaco ativo, ou substância hidratada para a substância anidra.
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual deequivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. 
Fator de equivalência (sal/base)
Sal cujo produto de referência é dosificado em relação a molécula base. 
F eq = Eq-g do sal
Eq-g da base
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. 
Fator de equivalência (sal/base)
Sulfato de salbutamol
• Salbutamol base PM = 239,31- C13H21NO3
• Sulfato de salbutamol PM = 576,71 – (C13H21NO3)2
• F eq = 576,71 / 2 = 1,20 Eq = PM / Valência
239,31/ 1
• F eq = 1,20
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000.
Fator de equivalência (sal/base)
Fluoxetina cloridrato
• Fluoxetina base PM = 309,33
• Fluoxetina cloridrato PM = 345,79
• F eq = 345,79
309,33
• F eq = 1,12
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000.
Fator de equivalência (hidratado/anidro)
Sal ou base hidratada cujo produto de referência é dosificado em relação a base 
ou sal anidro. 
F eq = Eq-g do sal ou base hidratada
Eq-g do sal ou base anidra
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000.
Fator de equivalência (hidratado/anidro)
Amoxicilina triidratada
• Amoxicilina anidra – PM = 365,41
• Amoxicilina triidratada – PM = 419,46
• F eq = 419,46
365,41
• F eq = 1,15
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000.
Fator de correção
Fator utilizado para corrigir a diluição de uma substância, o teor do princípio 
ativo, o teor elementar de um mineral ou umidade.
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000.
Fator de correção (Fc) 
Para calcular o fator de correção, divide-se 100 pelo teor da substância ou do 
elemento.
Fc = 100
teor
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000.
Fator de correção 
(teor da matéria-prima) 
Betacaroteno
Teor especificado no certificado = 11,0%
Fc = 100
11
Fc = 9,09
Fator de correção 
(teor da matéria-prima)
• Betacaroteno – Fc = 9,09
• Betacaroteno 10 mg / cápsula
• Cálculo
• 10 mg x 1caps x 9,09 = 90,9 mg / cápsula
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000.
Fator de correção
(perda de umidade)
Para correção da umidade, a partir do teor de umidade indicado no 
certificado de análise.
Fc = 100
100 - teor
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. 
Fator de correção
(perda de umidade)
• Betacaroteno
• Teor por perda por dessecação = 5,5%
• Fc = 100
100 – teor
• Fc = 100 
100 – 5,5
• Fc = 1,058
Fatores de correção para o betacaroteno
• Betacaroteno
• Fc (teor da matéria-prima) = 9,09
• Fc (teor por perda da umidade) = 1,058
• Cálculo
• 10 mg x 1 cáps x 9,09 x 1,058 = 96,1722 mg / cápsula
Fator de correção
(diluição dos ativos)
Realizados por motivos farmacotécnicos
Diluição 1:10 - Fc = 10 
Diluição 1:100 – Fc = 100
Diluição 1:1000 – Fc = 1000
Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000.
Densidade e volume aparente dos pós
Seleção do número da cápsula. 
Densidade aparente
É a relação existente entre a massa e o volume aparente dos pós. 
D ap = massa
V ap
Fonte: VILA-JATO, J. L. Tecnologia farmacêutica: formas farmacêuticas. Madrid. Editorial Sintesis, 2001. v.1-2. 
Cálculo de densidade aparente
• Tarar a balança com uma proveta graduada de 10 mL
• Encher a proveta até 10 mL de pó
• Ajustar o menisco
• Anotar o peso do pó
• Calcular a densidade aparente
Exemplo de cálculo da densidade aparente
• V = 10 mL de pó
• Peso = 10 g de pó
• D ap = m (g) / V (mL)
• Densidade aparente = 10 / 10 
• Densidade aparente = 1 g / mL
Principal aplicação farmacêutica
Conhecer a densidade aparente do pó servirá como dado para identificar o 
volume de pó e selecionar a cápsula adequada pelo seu volume. 
Volume aparente
Soma do volume ocupado pelas partículas do pó e o volume de ar entre as 
partículas. 
V ap = m 
d ap
Fonte: VILA-JATO, J. L. Tecnologia farmacêutica: formas farmacêuticas. Madrid. Editorial Sintesis, 2001. v.1-2. 
Volume aparente
Medido na proveta. 
Fonte: VILA-JATO, J. L. Tecnologia farmacêutica: formas farmacêuticas. Madrid. Editorial Sintesis, 2001. v.1-2.
Principal aplicação farmacêutica
Seleção do número da cápsula pelo seu volume. 
Capacidade de volume das cápsulas
00 0,95 mL
0 0,68 mL
1 0,50 mL
2 0,37 mL
3 0,30 mL
4 0,21 mL
Qual problema pode acarretar ao utilizar 
simplesmente dados do peso teórico?
Exemplificação de cálculo de seleção do número da 
cápsula
Calculo para seleção da cápsula 
• 10 cápsulas 
• Volume aparente = 10 mL
• Qual o número da cápsula?______
Capacidade x 10 cápsulas
00 0,95 mL x 10 9,50 mL
0 0,68 mL x 10 6,8 mL
1 0,50 mL x 10 5,0 mL
2 0,37 mL x 10 3,7 mL
3 0,30 mL x 10 3,0 mL
4 0,21 mL x 10 2,10 mL
Capacidade do volume das 10 cápsulas 00
• Volume 9,5 mL
• Volume aparente de pó = 10 mL
• Faltam 0,5 mL de pó (difícil de medir na 
proveta)
• Aplicar o cálculo da densidade aparente (d ap 
= 1 g / mL)
• D ap = m / v ap ----- 1 g / mL= m / 0,5 mL
• m = 0,5 g de excipiente para completar
Contextualização 
Quantidade
de cápsulas
Dose 
(mg)
Fator 
equivalência
Fator 
correção
Fator
diluição
Fator por 
perda por
dessecação
Peso 
(mg)
Peso (g) 
5 1000 1 1 1 1 5.000 
mg
5 g
Exemplo 1 
Volume aparente (proveta) das 10 gramas
Leitura na proveta = ____6 mL_________
Exemplo 2
Volume aparente (proveta) das 10 gramas
Leitura na proveta = ____3 mL_________
Excel – tamanho cápsula
Cálculo de isotonia
Ajuste da isotonicidade para solução nasal. 
Isotonicidade
Método de equivalente em cloreto de sódio.
É a quantidade de cloreto de sódio em gramas que é osmoticamente 
equivalente a 1 grama da substância. 
Fonte: GENNARO, Alfonso R. Remington farmácia. Buenos Aires: Médica Panamericana, 1995.
Soro Fisiológico – gotas nasais
• Solução nasal – isotônica 
Composição 
• Cloreto de sódio qs................isotonia 
• Cloreto de benzalcônio........0,01% p/v
• Água purificada qsp...............100 mL
Fonte: GENNARO, Alfonso R. Remington farmácia. Buenos Aires: Médica Panamericana, 1995.
Soro fisiológico – gotas nasais
Cálculo da isotonia
Passo 1 – Solução referência
Cloreto de sódio a 0,9% p/v 
Soro fisiológico – gotas nasais
Cálculo da isotonia
Passo 1: solução referência
0,9 g de NaCl x 100 mL = 0,9 g de NaCl
100 mL
Soro fisiológico – gotas nasais
Cálculo de isotonia
Passo 2: contribuição dos outros componentes
E = equivalentes em cloreto de sódio
Cloreto de benzalcônio
E = equivalente em cloretos de sódio = 0,16 g de NaCl
Soro fisiológico – gotas nasais
Cálculo de isotônia
Passo 2 – Quanto o conservante contribui em equivalentes em NaCl
0,16 g de NaCl x 0,01g do conservante x 100 mL
1 g 100 mL 
= 0,0016 g de NaCl
Soro fisiológico – gotas nasais
Cálculo da isotônia
Passo 3 = Diferença de equivalentes em cloreto de sódio
Passo 3 = Passo 1 – Passo 2 
Passo 3 = 0,9 g de NaCl – 0,0016 g de NaCl = 
Passo 3 = 0,8984 g de NaCl
Exercício
• Sulfato de atropina...............................1,0%
• Cloreto desódio..............qs p/isotonicidade
• Água purificada estéril qsp..................30mL
• E = 0,12 g
• Calcule a quantidade de cloreto de sódio necessária para deixar a solução 
isotônica?
• Resposta: 234 mg de NaCl
Unidades de conversão
Unidades de conversão
x 1000 x 1000 x 1000 
Kg - - g - - mg - - mcg
: 1000 : 1000 : 1000
Unidades de conversão com especificação
Vitamina D3 – 40.000.000 UI / g
Thiomucase – 350 UTR / mg
Cálculo para a vitamina D3
Quanto devo pesar de vitamina D3?
• 100 cápsulas de 400 UI de vitamina D3 (100 caps x 400 UI = 40000 UI)
Conversão 
• Regra de três
• 40.000.000 UI-------------------1 g
• 40000 UI-------------------------x g
• X = 0,001 g de vitamina D3
Exercício
• Uma prescrição pede 60 g de pomada contendo 150.000 unidades de 
nistatina/g de pomada.
• Qual a quantidade de nistatina a ser pesada.
• Sabe-se que a nistatina possui 4400 unidades por mg
• Resposta___________
QSP
Bases concentradas
Base não concentrada
• Creme base
Fase A
Cera autoemulsionante 10g
Cetiol V.........................3 g
Oleo de silicone..........0,5 g
Fase B
Solução conservante....3,3 g
EDTA..........................0,5 g
Propilenoglicol...............2 g
Água destilada qsp......100 g
• Prescrição 1
Óleo de amêndoas ......5,0%
Uréia............................5,0%
Creme não iônico qsp 100g
Ativos = 10 g
Creme base = 90 g = 100 g 
(ativo+base)
Cera autoemulsionante 9 g
Cetiol V.........................2,7 g
Oleo de silicone...........0,45 g
Solução conservante....2,97 g
EDTA..........................0,45 g
Propilenoglicol...............1,8 g
Base concentrada
• Creme base
Fase A
Cera autoemulsionante 10g
Cetiol V.........................3 g
Oleo de silicone..........0,5 g
Fase B
Solução conservante....3,3 g
EDTA..........................0,5 g
Propilenoglicol...............2 g
Água destilada qsp.......80 g
Para 100 g = 80 g de base + 
20 g de H2O
• Prescrição 2
Óleo de amêndoas ......5,0%
Uréia............................5,0%
Creme não iônico qsp 100g
Ativos = 10 g
Creme base = 80 g = 90 (base) 
+ 10 (H20)
Cera autoemulsionante 10 g
Cetiol V............................3,0 g
Oleo de silicone................0,5 g
Solução conservante.........3,0 g
EDTA................................0,5 g
Propilenoglicol..................2,0 g
• Prescrição 2
Óleo de amêndoas ......5,0%
Uréia............................5,0%
Creme não iônico qsp 100g
Ativos = 10 g
Creme base = 80 g = 90 
(base) + 10 (H20)
Cera autoemulsionante 10 g
Cetiol V............................3,0 g
Oleo de silicone................0,5 g
Solução conservante.........3,0 
g
EDTA................................0,5 g
Propilenoglicol..................2,0 g
• Prescrição 1
Óleo de amêndoas ......5,0%
Uréia............................5,0%
Creme não iônico qsp 100g
Ativos = 10 g
Creme base = 90 g = 100 g 
(ativo+base)
Cera autoemulsionante 9 g
Cetiol V.........................2,7 g
Oleo de silicone...........0,45 g
Solução conservante....2,97 g
EDTA..........................0,45 g
Propilenoglicol...............1,8 g
Calibração do molde para supositório ou óvulo
Quantidade de excipiente a ser utilizado
• Calibragem do molde: em volume ou peso
• Cálculo da quantidade de excipiente:
a) Pelo fator de deslocamento
b) Quando não conhece o fator de deslocamento – pelo peso
Fórmula para o cálculo
• M = F (d.S) 
• M = quantidade total de excipiente a utilizar em gramas 
• F = capacidade do molde para o número de supositórios a 
serem manipulados
• d = fator de deslocamento do fármaco 
• S = quantidade de fármaco para o número de supositórios a 
serem manipulados. 
Cálculo da massa de supositório
• Fármaco X....................................300 mg
• Manteiga de cacau (MC)......................qs
Cálculo da massa de 12 supositórios
• Molde MC = 2 g D mc = 0,9 g/mL Dx = 4 g/mL
• Total da MC = 12 x 2 = 24 gramas
• Razão entre densidades 4 / 0,9 = 4,44 g / mL
• M x = 0,3 g x 12 supositórios = 3,6 g
• Deslocamento = 3,6 / 4,44 = 0,81 g
• Quantidade de MC necessária para preparar 12 supositórios: 
• 24 g – 0,81 g = 23,19 gramas
Calibração de conta-gotas
Cálculo para calibração de gotas
• Proveta graduada de 10 mL
• Contar o número de gotas em 2 mL
• Divide por 2 = número de gotas por mL
Cálculo para calibração de gotas
Se uma solução tem 60 gotas em 2 mL, quantas gotas terá 0,3 mL deste 
líquido?
60 gotas / 2 mL = 30 gotas / mL
1 mL = 0,3 mL
30 gotas x gotas 
X = 9 gotas
Exercício
• Uma solução colinérgica foi prescrita para um bebê, em uma dose de 0,25 mL.
• O conta-gotas que acompanha o medicamento libera 2 mL de liquido a cada
56 gotas.
• O farmacêutico deve instruir os pais a ministrar quantas gotas?
• Resposta__________
Foto
André Luiz Alves Brandão
Farmacêutico Industrial, graduado pela Universidade de Alfenas –
UNIFENAS. Especialista em Manipulação Magistral Alopática pelo
Instituto Racine. Aperfeiçoamento em diversos cursos de
desenvolvimento e pesquisa de formulações medicamentosas e
cosmeticas pelo Instituto Racine e Programa de desenvolvimento
educacional pelo SENAC - SP. Possui 18 anos de experiência na
área farmacêutica em farmácias de manipulação, atuando como
Farmacêutico no setor de desenvolvimento, controle, manipulação
e markentig farmacêutico em empresas como Eficácia – BH,
Biopharma – Uberlândia, Gardênia – Sumaré e instituições de
ensino como docente e analista técnico-científico como Racine,
Senac, Centro Universitário São Camilo, Centro Universitário São
Caetano do Sul e Universidade de Santo Amaro. Atualmente é
docente na empresa Ensino em Farmácia, Enfermagem e
Alimentos – EFEA . Residente Multiprofissional em Farmácia
Clínica no Hospital Municipal Tatuapé. Docente do Instituto Racine.
Agradecemos a sua participação!
efeaensino@outlook.com
SINCOFARMA/SP Tel.: (11) 3224-0966 Rua Santa Isabel N° 160, 6° Andar - Vila Buarque, São Paulo - SP - CEP 01221-010
www.sincofarma.org.br

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