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Desejamos um ótimo Curso! Cálculos aplicados a farmácia magistral Sumário • Conceitos em matemática e estatística: Regras de Arredondamento Porcentagem Regra de três Cálculos estatísticos • Cálculos em Controle de qualidade • Cálculos em Manipulação Conceitos em matemática e estatística Matemática Ramo da ciência que estuda a aplicação cálculos. Principais cálculos matemáticos em farmácia • Conhecimento prévio: regras de arredondamento, divisão, multiplicação, subtração e adição. • Porcentagem • Regra de três • Cálculos específicos com fórmulas Regras para Arredondamento de Números Para efectuar um arredondamento de um número, poderemos considerar três situações distintas: • Se o algarismo a suprimir for inferior a 5, mantém-se o algarismo anterior. Exemplo: 3,234 → 3,23 • Se o algarismo a suprimir for superior a 5, acrescenta-se uma unidade ao algarismo anterior. Exemplo: 4,38 → 4,4 Regras para Arredondamento de Números • Se o algarismo a suprimir for superior a 5, acrescenta-se uma unidade ao algarismo anterior. Exemplo: 4,38 → 4,4 Definição de porcentagem É uma fração de denominador centesimal, ou seja, fração de denominador 100. Representamos percentagem pelo simbolo %. Representação de porcentagem Forma de fração A fração 20 / 100 é uma percentagem que podemos representar por 20,0%. Representação de porcentagem Forma decimal 75% = 75 = 0,75 100 Cálculo de porcentagem Para cálculo de porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p por V. 100 p% de V = p X V 100 Exemplo Preparar 100 mL de solução de hidróxido de sódio a 20% p/v. Cálculo de porcentagem p% de V = p X V 100 20% de 100 = 20 X 100 = 20 gramas 100 Exercício Preparar 50 mL de uma solução de ácido cítrico a 10%. Resolução: 5 gramas Resolução do exercício p% de V = p X V 100 10% de 50 = 10 X 50 = 5 gramas 100 Atenção! • Porcentagem (%) é o mais simples de expressar as concentrações. • As concentrações podem ser expressas: p/v, p/p e v/v. Atenção !! • % peso volume (p/v) – gramas de soluto em 100 mL de solução. • p% x V = 0,9 x 100 mL 100 mL Resultado = 0,9 gramas em 100 mL de solução. Atenção • % peso / peso (p/p) = gramas do soluto em 100 gramas de produto. • p % x V = 1 x 30 g = 0,3 gramas 100 Atenção dobrada!! Preparo do álcool (FB) • Para preparar o álcool diluído, siga as seguintes instruções: • Medir o volume de álcool e água separadamente. • Fazer a mistura dos dois líquidos. • Deixar em repouso até acomodação das moléculas. • Fazer a conferência do álcool obtido, usando o alcoômetro. • Fazer os ajustes necessários adicionando água ou álcool. • Refazer a conferência do álcool obtido, usando o alcoômetro e repetir os dois últimos itens até atingir o valor desejado. Determinação do teor alcoólico (FB) • Colocar 1000mL do álcool neutro em uma proveta de mesma capacidade. • O menisco inferior do líquido deve ficar acima da linha (divisão). • Deixar o álcool por alguns minutos para que haja acomodação das moléculas. • Colocar a ponta inferior do termômetro. Anotar a temperatura. • Mergulhar no líquido o alcoômetro previamente molhado no álcool em ensaio e enxugado cuidadosamente e imprimir uma rotação de 360º, sentido anti-horário no alcoômetro que deverá flutuar livremente na proveta, sem aderir às paredes. Determinação do teor alcoólico (FB) • Quando o alcoômetro deixar de oscilar, fixar o olhar abaixo do plano da superfície do líquido. • Elevar o olhar até que o raio visual fique no mesmo plano da superfície do líquido. Ler o nº da graduação correspondente ao afloramento. • A correspondência entre % V/V (ºGL) e % p/p é demonstrada através da tabela no próximo slide: Determinação do teor alcoólico (FB) Formulário Nacional Formulário Nacional Aplicações da porcentagem Aplicações • Preparo de soluções: Soluções estoques na manipulação: Solução de ácido cítrico 10,0% p/v (ajuste do pH) Soluções estoques no controle de qualidade: Solução de NaOH 20,0% p/v (ajuste de pH) Prescrições médicas: Hipossulfito de sódio 40% ......10 mL Regra de três Comparar duas ou mais quantidades Procedimento de razão e proporção Cálculo de regra de três Pede-se para preparar 60 mL de uma solução de hipossulfito de sódio 40 % (p/v). 40 g = X g 100 mL 60 mL 100 mL x Xg = 40 g x 60 mL X = 2400 / 100 X = 24 g Cálculo de regra de três • Fórmulas em mg/g • Cetoconazol 20 mg / g em 30 g de creme • 20 mg...............1 g • X mg................30 g • X = 600 mg ou 0,6 gramas Estatística: principais cálculos aplicados na farmácia Estatística É o ramo do conhecimento que se destina ao estudo dos processos de obtenção, coleta, organização, apresentação, análise e interpretação de dados numéricos variáveis referentes a qualquer fenômeno, sobre uma população, coleção ou conjunto de seres, com dupla finalidade: (a) descrever esses conjuntos (b) fazer inferências sobre conjuntos maiores dos quais se supõe, provenientes os dados em estudo. MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003. Principais cálculos estatísticos • Média aritmética • Variação • Desvio padrão • Coeficiente de variação Onde se aplica estes cálculos? Principal aplicação farmacêutica magistral Peso médio das cápsulas semi-acabadas. Outras aplicações farmacêuticas • Calibração dos conta-gotas • Titulação ( Média de 3 resultados) • Peso das cápsulas vazias (estoque) Média Aritmética Média aritmética É o mais simples dos valores descritos de uma amostra. Representada: • Pelo símbolo - x (x barra) • Pela fórmula - x = X n MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003. X = x1+x2.....x9 n X = 774 9 X = 86 mg Número de Amostra (n) X 1 2 3 4 5 6 7 8 9 90 mg 86 mg 78 mg 90 mg 98 mg 90 mg 82 mg 76 mg 84 mg n = 9 = 774 Variância Variância As medidas de tendência central são insuficientes para descrever adequadamente uma amostra. É necessário também descrever em que medida os dados de observações estão agrupados ao redor da média. MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003. Variância A variância mede a dispersão dos dados de observações de uma amostra em relação à respectiva média. Representada: • Pelo símbolo: s2 • Pela fórmula: s2 = (x – x )2 n – 1 MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003. s2 = (x – x )2 n – 1 s2 = 376 9 – 1 s2 = 376 8 s2 = 47 X X – X ( X – X )2 90 86 78 90 98 90 82 76 84 4 0 -8 4 12 4 -4 -10 -2 16 0 64 16 144 16 16 100 4 0 376 Principal aplicação farmacêutica Variação do peso individual com relação ao peso médio. Fonte: MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003. Desvio Padrão Desvio padrão É a medida de dispersão dos valores individuais ao redor da média. S = (x – x )2 n – 1 Fonte: MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003. Desvio padrão S = (x – x )2 n – 1 S = 376 9 – 1 S = 47 S = 6,85 Coeficiente de Variação Coeficiente de variação (CV) É a magnituderelativa do desvio padrão expresso em porcentagem da média. Fórmula = CV = s x 100 X Fonte: MOTTA, T. V.;WAGNER M. B. Bioestatistica. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe Editorial, 2003. Coeficiente de variação CV = s x 100 X CV = 6,85 x 100 86 CV = 7,96% Onde comparar os resultados? Farmacopéia Brasileira Fonte: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/index.htm Tabela de desvio padrão para cápsulas Peso Desvio Até 300 mg 10,0% Acima de 300 mg 7,5% Requisito: não mais que 10,0% das cápsulas ensaiadas podem afastar da média mais ou menos o desvio. E se isto ocorrer, as cápsulas que se afastarem desse valor, as cápsulas que se afastarem deve ficar entre a média mais ou menos duas vezes o desvio. Cálculo de concentrações Concentração comum Molaridade Densidade relativa Concentração Quantidade de uma substância em volume definido de solução. Concentração comum E o quociente da massa do soluto (em gramas) pelo volume da solução dado em litros. Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Fórmula da concentração comum Fórmula: C = m1 V m1 = massa do soluto em gramas V = volume da solução em litros Unidade C = g / L Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Cálculo da concentração comum Calcule a concentração, em g/L, de uma solução de nitrato de potássio, sabendo que ela encerra 60 g do sal em 300 cm3 de solução. Resolução do problema C = m1 V C = 60 0,3 C = 200 g / L Exercício Calcule a massa de ácido nítrico necessária para a preparação de 150 mL de uma solução de concentração 50 g/L. Resposta:_________ Exercício Qual a quantidade em gramas de uma solução de HCl cujo concentração comum da é 20 g/L. Resposta:_________ Principal aplicação farmacêutica Preparo de soluções padrões (SR, SI, Soluções Titulante) para o controle de qualidade. Prescrições médicas na forma farmacêutica líquidas Principal aplicação farmacêutica Preparo de soluções titulantes para o controle de qualidade. Padronização das soluções titulantes (aplicar fator de correção). Concentração molar ou molaridade Definição É o quociente do número de moles do soluto pelo volume da solução dada em litros. Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Fórmula da molaridade Fórmula: M = n1 V Temos: n1 = m1 M1 Substituindo a 1 fórmula teremos: M = m1 M1V Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Fórmula da molaridade M = m1 M1V M = molaridade m1 = massa do soluto dada em gramas M1 = massa molar ou peso molecular V = volume da solução dada em litros Unidade: moles por litro Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Cálculo da molaridade Qual a molaridade de uma solução de iodeto de sódio que encerra 45 g do sal em 400 mL de solução? Massas atômicas: Na = 23; I = 127. Resolução do problema M = m1 M1V M = 45 150 x 0,4 M = 0,75 mol / litro ou 0,75 molar ou 0,75M Exercício Calcule a massa de NaOH necessária para preparar meio litro de solução 0,1 molar. Massas atômicas: H = 1; O = 16; Na = 23. Resposta:_________ Principal aplicação farmacêutica Preparo e padronização de soluções titulantes para o controle de qualidade. Cálculo de teor para titulação • Fórmula • Teor (%) = V x M x Mol x 100 Tea • V = volume gasto na titulação • M = molaridade da solução • Mol = mol do titulado • Tea = tomada de ensaio da amostra Principal aplicação do cálculo de teor Doseamento do fármaco. Resultado do doseamento expresso em porcentagem. Cálculo da titulação ( ácido salicilico) • Volume gasto de titulante: 36,4 mL NaOH 1 mL de NaOH .... 13,81 mg de ácido salicilico 36,4 mL (gasto).... X mg • X = 502,684 x (FC = 0,98) • X = 492,63 mg (converter em %) • TEA = 500 mg .............100% • 492,63 mg..........x % • X = 98,54% (Comparar c/ FB) • Cálculo de teor para titulação c/ fórmula • Fórmula • Teor (%) = V x M x Mol x 100 Tea • V = volume gasto na titulação • M = molaridade da solução • Mol = mol do titulado • Tea = tomada de ensaio da amostra Teor (%) = 36,4 x (0,1x0,98)x138,12 x 100 500 mg Teor (%) = 49270,1664/ 500 Teor (%) = 98,54 Densidade relativa Indica relação entre massa e volume da solução. d = m V Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Densidade relativa d = densidade M = massa da solução em gramas V = volume da solução em mL Unidade = g / mL Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Densidade relativa • H2SO4 solução aquosa • Densidade = 1,2 g / cm3 • Cada 1 cm3 de solução possui uma massa igual a 1,2 gramas • Cada 10 cm3 de solução possui uma massa igual a 12 gramas • Cada 100 cm3 de solução possui uma massa igual a 120 gramas Densidade relativa • Picnômetro • Calibração: peso vazio e peso contendo água destilada e fervida, medida a 20ºC. • Colocar a amostra no picnômetro a 20ºC. • Pesar • Peso da amostra (g) e o peso da diferença do picnômetro cheio e vazio de água • Densidade relativa = massa da amostra líquida Massa da água Principal aplicação farmacêutica Controle de qualidade das matérias-primas principalmente óleos essenciais para avaliar adulteração. Cálculo da densidade de produtos acabados e matérias-prima • D = Mpic (amostra) - Mpic (H2O) Mpic (vazio) - Mpic (H20) Obs: comparar o valor da densidade com a especificação. Picnômetro de vidro com termômetro Para calcular densidade de liquidos matérias-prima ou produtos acabados (xarope). Picnômetro metálico • Densidade de produtos acabados: picnômetro metálico Shampoos: 1,010 a 1,020 g/mL a 25ºC Condicionadores: 0,99 a 1,00 g/ mL a 25ºC Diluição das soluções Definição de diluição Diluir uma solução consiste em adicionar uma porção do solvente puro. O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais. Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Fórmula da diluição V1C1 = V2C2 C1 = concentração inicial V1 = volume inicial C2 = concentração final V2 = volume final Fonte: FELTRE, R. Fisico-química. 3 ed. São Paulo:Moderna, 1988. 2v. Cálculo da diluição de solução Diluindo-se 200 mL de solução 5 molar de ácido sulfúrico a 250 mL, qual a molaridade final? Resolução do problema V1M1 = V2M2 200 mL x 5 molar = 250 mL x M2 M2 = 200 x 5 250 M2 = 4 molar Exercício 5 mL de uma solução aquosa de furosemida 20,0% p/v foi diluída para 10 mL. Qual é a concentração final da solução de furosemida? Resposta________ Diluição de fármacos na manipulação de fórmulas Porque diluir os fármacos? Aumentar exatidão de pesagem. Transformar uma forma líquida em pó. Qual diluição? Faixa de dose Diluição 0,1 mg 100 mcg 1:1000 0,11 a 0,99 mg 110 a 990 mcg 1: 100 1 a 5 mg 1:10 Como fazer? • Exemplo • Diluição geométrica 1/ 10 = 10 gramas • 1 grama do fármaco + 9 gramas de excipiente • Início • 1 g do Fármaco + 1 g de excipiente = 2 g • 2 g da mistura + 2 g de excipiente = 4 g • Assim por diante Correção do teor e conversão de sais dos fármacos Fator de equivalência Fator de correção Fator de equivalência Fator utilizado para conversão da massa do sal ou ester para a massa do fármaco ativo, ou substância hidratada para a substância anidra. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual deequivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de equivalência (sal/base) Sal cujo produto de referência é dosificado em relação a molécula base. F eq = Eq-g do sal Eq-g da base Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de equivalência (sal/base) Sulfato de salbutamol • Salbutamol base PM = 239,31- C13H21NO3 • Sulfato de salbutamol PM = 576,71 – (C13H21NO3)2 • F eq = 576,71 / 2 = 1,20 Eq = PM / Valência 239,31/ 1 • F eq = 1,20 Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de equivalência (sal/base) Fluoxetina cloridrato • Fluoxetina base PM = 309,33 • Fluoxetina cloridrato PM = 345,79 • F eq = 345,79 309,33 • F eq = 1,12 Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de equivalência (hidratado/anidro) Sal ou base hidratada cujo produto de referência é dosificado em relação a base ou sal anidro. F eq = Eq-g do sal ou base hidratada Eq-g do sal ou base anidra Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de equivalência (hidratado/anidro) Amoxicilina triidratada • Amoxicilina anidra – PM = 365,41 • Amoxicilina triidratada – PM = 419,46 • F eq = 419,46 365,41 • F eq = 1,15 Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de correção Fator utilizado para corrigir a diluição de uma substância, o teor do princípio ativo, o teor elementar de um mineral ou umidade. Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de correção (Fc) Para calcular o fator de correção, divide-se 100 pelo teor da substância ou do elemento. Fc = 100 teor Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de correção (teor da matéria-prima) Betacaroteno Teor especificado no certificado = 11,0% Fc = 100 11 Fc = 9,09 Fator de correção (teor da matéria-prima) • Betacaroteno – Fc = 9,09 • Betacaroteno 10 mg / cápsula • Cálculo • 10 mg x 1caps x 9,09 = 90,9 mg / cápsula Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de correção (perda de umidade) Para correção da umidade, a partir do teor de umidade indicado no certificado de análise. Fc = 100 100 - teor Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Fator de correção (perda de umidade) • Betacaroteno • Teor por perda por dessecação = 5,5% • Fc = 100 100 – teor • Fc = 100 100 – 5,5 • Fc = 1,058 Fatores de correção para o betacaroteno • Betacaroteno • Fc (teor da matéria-prima) = 9,09 • Fc (teor por perda da umidade) = 1,058 • Cálculo • 10 mg x 1 cáps x 9,09 x 1,058 = 96,1722 mg / cápsula Fator de correção (diluição dos ativos) Realizados por motivos farmacotécnicos Diluição 1:10 - Fc = 10 Diluição 1:100 – Fc = 100 Diluição 1:1000 – Fc = 1000 Fonte: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2000. Densidade e volume aparente dos pós Seleção do número da cápsula. Densidade aparente É a relação existente entre a massa e o volume aparente dos pós. D ap = massa V ap Fonte: VILA-JATO, J. L. Tecnologia farmacêutica: formas farmacêuticas. Madrid. Editorial Sintesis, 2001. v.1-2. Cálculo de densidade aparente • Tarar a balança com uma proveta graduada de 10 mL • Encher a proveta até 10 mL de pó • Ajustar o menisco • Anotar o peso do pó • Calcular a densidade aparente Exemplo de cálculo da densidade aparente • V = 10 mL de pó • Peso = 10 g de pó • D ap = m (g) / V (mL) • Densidade aparente = 10 / 10 • Densidade aparente = 1 g / mL Principal aplicação farmacêutica Conhecer a densidade aparente do pó servirá como dado para identificar o volume de pó e selecionar a cápsula adequada pelo seu volume. Volume aparente Soma do volume ocupado pelas partículas do pó e o volume de ar entre as partículas. V ap = m d ap Fonte: VILA-JATO, J. L. Tecnologia farmacêutica: formas farmacêuticas. Madrid. Editorial Sintesis, 2001. v.1-2. Volume aparente Medido na proveta. Fonte: VILA-JATO, J. L. Tecnologia farmacêutica: formas farmacêuticas. Madrid. Editorial Sintesis, 2001. v.1-2. Principal aplicação farmacêutica Seleção do número da cápsula pelo seu volume. Capacidade de volume das cápsulas 00 0,95 mL 0 0,68 mL 1 0,50 mL 2 0,37 mL 3 0,30 mL 4 0,21 mL Qual problema pode acarretar ao utilizar simplesmente dados do peso teórico? Exemplificação de cálculo de seleção do número da cápsula Calculo para seleção da cápsula • 10 cápsulas • Volume aparente = 10 mL • Qual o número da cápsula?______ Capacidade x 10 cápsulas 00 0,95 mL x 10 9,50 mL 0 0,68 mL x 10 6,8 mL 1 0,50 mL x 10 5,0 mL 2 0,37 mL x 10 3,7 mL 3 0,30 mL x 10 3,0 mL 4 0,21 mL x 10 2,10 mL Capacidade do volume das 10 cápsulas 00 • Volume 9,5 mL • Volume aparente de pó = 10 mL • Faltam 0,5 mL de pó (difícil de medir na proveta) • Aplicar o cálculo da densidade aparente (d ap = 1 g / mL) • D ap = m / v ap ----- 1 g / mL= m / 0,5 mL • m = 0,5 g de excipiente para completar Contextualização Quantidade de cápsulas Dose (mg) Fator equivalência Fator correção Fator diluição Fator por perda por dessecação Peso (mg) Peso (g) 5 1000 1 1 1 1 5.000 mg 5 g Exemplo 1 Volume aparente (proveta) das 10 gramas Leitura na proveta = ____6 mL_________ Exemplo 2 Volume aparente (proveta) das 10 gramas Leitura na proveta = ____3 mL_________ Excel – tamanho cápsula Cálculo de isotonia Ajuste da isotonicidade para solução nasal. Isotonicidade Método de equivalente em cloreto de sódio. É a quantidade de cloreto de sódio em gramas que é osmoticamente equivalente a 1 grama da substância. Fonte: GENNARO, Alfonso R. Remington farmácia. Buenos Aires: Médica Panamericana, 1995. Soro Fisiológico – gotas nasais • Solução nasal – isotônica Composição • Cloreto de sódio qs................isotonia • Cloreto de benzalcônio........0,01% p/v • Água purificada qsp...............100 mL Fonte: GENNARO, Alfonso R. Remington farmácia. Buenos Aires: Médica Panamericana, 1995. Soro fisiológico – gotas nasais Cálculo da isotonia Passo 1 – Solução referência Cloreto de sódio a 0,9% p/v Soro fisiológico – gotas nasais Cálculo da isotonia Passo 1: solução referência 0,9 g de NaCl x 100 mL = 0,9 g de NaCl 100 mL Soro fisiológico – gotas nasais Cálculo de isotonia Passo 2: contribuição dos outros componentes E = equivalentes em cloreto de sódio Cloreto de benzalcônio E = equivalente em cloretos de sódio = 0,16 g de NaCl Soro fisiológico – gotas nasais Cálculo de isotônia Passo 2 – Quanto o conservante contribui em equivalentes em NaCl 0,16 g de NaCl x 0,01g do conservante x 100 mL 1 g 100 mL = 0,0016 g de NaCl Soro fisiológico – gotas nasais Cálculo da isotônia Passo 3 = Diferença de equivalentes em cloreto de sódio Passo 3 = Passo 1 – Passo 2 Passo 3 = 0,9 g de NaCl – 0,0016 g de NaCl = Passo 3 = 0,8984 g de NaCl Exercício • Sulfato de atropina...............................1,0% • Cloreto desódio..............qs p/isotonicidade • Água purificada estéril qsp..................30mL • E = 0,12 g • Calcule a quantidade de cloreto de sódio necessária para deixar a solução isotônica? • Resposta: 234 mg de NaCl Unidades de conversão Unidades de conversão x 1000 x 1000 x 1000 Kg - - g - - mg - - mcg : 1000 : 1000 : 1000 Unidades de conversão com especificação Vitamina D3 – 40.000.000 UI / g Thiomucase – 350 UTR / mg Cálculo para a vitamina D3 Quanto devo pesar de vitamina D3? • 100 cápsulas de 400 UI de vitamina D3 (100 caps x 400 UI = 40000 UI) Conversão • Regra de três • 40.000.000 UI-------------------1 g • 40000 UI-------------------------x g • X = 0,001 g de vitamina D3 Exercício • Uma prescrição pede 60 g de pomada contendo 150.000 unidades de nistatina/g de pomada. • Qual a quantidade de nistatina a ser pesada. • Sabe-se que a nistatina possui 4400 unidades por mg • Resposta___________ QSP Bases concentradas Base não concentrada • Creme base Fase A Cera autoemulsionante 10g Cetiol V.........................3 g Oleo de silicone..........0,5 g Fase B Solução conservante....3,3 g EDTA..........................0,5 g Propilenoglicol...............2 g Água destilada qsp......100 g • Prescrição 1 Óleo de amêndoas ......5,0% Uréia............................5,0% Creme não iônico qsp 100g Ativos = 10 g Creme base = 90 g = 100 g (ativo+base) Cera autoemulsionante 9 g Cetiol V.........................2,7 g Oleo de silicone...........0,45 g Solução conservante....2,97 g EDTA..........................0,45 g Propilenoglicol...............1,8 g Base concentrada • Creme base Fase A Cera autoemulsionante 10g Cetiol V.........................3 g Oleo de silicone..........0,5 g Fase B Solução conservante....3,3 g EDTA..........................0,5 g Propilenoglicol...............2 g Água destilada qsp.......80 g Para 100 g = 80 g de base + 20 g de H2O • Prescrição 2 Óleo de amêndoas ......5,0% Uréia............................5,0% Creme não iônico qsp 100g Ativos = 10 g Creme base = 80 g = 90 (base) + 10 (H20) Cera autoemulsionante 10 g Cetiol V............................3,0 g Oleo de silicone................0,5 g Solução conservante.........3,0 g EDTA................................0,5 g Propilenoglicol..................2,0 g • Prescrição 2 Óleo de amêndoas ......5,0% Uréia............................5,0% Creme não iônico qsp 100g Ativos = 10 g Creme base = 80 g = 90 (base) + 10 (H20) Cera autoemulsionante 10 g Cetiol V............................3,0 g Oleo de silicone................0,5 g Solução conservante.........3,0 g EDTA................................0,5 g Propilenoglicol..................2,0 g • Prescrição 1 Óleo de amêndoas ......5,0% Uréia............................5,0% Creme não iônico qsp 100g Ativos = 10 g Creme base = 90 g = 100 g (ativo+base) Cera autoemulsionante 9 g Cetiol V.........................2,7 g Oleo de silicone...........0,45 g Solução conservante....2,97 g EDTA..........................0,45 g Propilenoglicol...............1,8 g Calibração do molde para supositório ou óvulo Quantidade de excipiente a ser utilizado • Calibragem do molde: em volume ou peso • Cálculo da quantidade de excipiente: a) Pelo fator de deslocamento b) Quando não conhece o fator de deslocamento – pelo peso Fórmula para o cálculo • M = F (d.S) • M = quantidade total de excipiente a utilizar em gramas • F = capacidade do molde para o número de supositórios a serem manipulados • d = fator de deslocamento do fármaco • S = quantidade de fármaco para o número de supositórios a serem manipulados. Cálculo da massa de supositório • Fármaco X....................................300 mg • Manteiga de cacau (MC)......................qs Cálculo da massa de 12 supositórios • Molde MC = 2 g D mc = 0,9 g/mL Dx = 4 g/mL • Total da MC = 12 x 2 = 24 gramas • Razão entre densidades 4 / 0,9 = 4,44 g / mL • M x = 0,3 g x 12 supositórios = 3,6 g • Deslocamento = 3,6 / 4,44 = 0,81 g • Quantidade de MC necessária para preparar 12 supositórios: • 24 g – 0,81 g = 23,19 gramas Calibração de conta-gotas Cálculo para calibração de gotas • Proveta graduada de 10 mL • Contar o número de gotas em 2 mL • Divide por 2 = número de gotas por mL Cálculo para calibração de gotas Se uma solução tem 60 gotas em 2 mL, quantas gotas terá 0,3 mL deste líquido? 60 gotas / 2 mL = 30 gotas / mL 1 mL = 0,3 mL 30 gotas x gotas X = 9 gotas Exercício • Uma solução colinérgica foi prescrita para um bebê, em uma dose de 0,25 mL. • O conta-gotas que acompanha o medicamento libera 2 mL de liquido a cada 56 gotas. • O farmacêutico deve instruir os pais a ministrar quantas gotas? • Resposta__________ Foto André Luiz Alves Brandão Farmacêutico Industrial, graduado pela Universidade de Alfenas – UNIFENAS. Especialista em Manipulação Magistral Alopática pelo Instituto Racine. Aperfeiçoamento em diversos cursos de desenvolvimento e pesquisa de formulações medicamentosas e cosmeticas pelo Instituto Racine e Programa de desenvolvimento educacional pelo SENAC - SP. Possui 18 anos de experiência na área farmacêutica em farmácias de manipulação, atuando como Farmacêutico no setor de desenvolvimento, controle, manipulação e markentig farmacêutico em empresas como Eficácia – BH, Biopharma – Uberlândia, Gardênia – Sumaré e instituições de ensino como docente e analista técnico-científico como Racine, Senac, Centro Universitário São Camilo, Centro Universitário São Caetano do Sul e Universidade de Santo Amaro. Atualmente é docente na empresa Ensino em Farmácia, Enfermagem e Alimentos – EFEA . Residente Multiprofissional em Farmácia Clínica no Hospital Municipal Tatuapé. Docente do Instituto Racine. Agradecemos a sua participação! efeaensino@outlook.com SINCOFARMA/SP Tel.: (11) 3224-0966 Rua Santa Isabel N° 160, 6° Andar - Vila Buarque, São Paulo - SP - CEP 01221-010 www.sincofarma.org.br
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