Biossegurança em Laboratórios Biomédicos

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BIOSSEGURANÇA
EM
LABORATÓRIOS BIOMÉDICOS
 
Conjunto de ações voltadas para prevenção, 
minimização ou eliminação de riscos inerentes 
às atividades de pesquisa, produção, 
ensino, desenvolvimento tecnológico e 
prestação de serviços, as quais possam 
comprometer a saúde do homem, dos 
animais, do meio ambiente ou a qualidade dos 
trabalhos desenvolvidos.
BIOSSEGURANÇA
(Teixeira & Valle, 1996) 
 
Entende-se por agente de risco qualquer 
componente de natureza FÍSICA, QUÍMICA
ou BIOLÓGICA que possa “comprometer a 
saúde do homem, dos animais, do meio 
ambiente ou a qualidade dos trabalhos 
desenvolvidos”
RISCOS
 
–Acidentes
–Ergonômicos
–Físicos
–Químicos
–Biológicos
RISCOS
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)
 
RISCO DE ACIDENTES
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o 
trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem 
estar físico e moral. 
Ex.: máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, 
infraestrutura física inadequada, armazenamento inadequado, etc.
RISCOS ERGONÔMICOS
Qualquer fator que possa interferir nas características 
psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou 
afetando sua saúde. 
Exemplos: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo de 
trabalho, a monotonia, a repetitividade, a postura inadequada de trabalho, o 
trabalho em turnos, etc.
 
RISCOS FÍSICOS
Diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes,
radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e
ponteagudos, etc.
RISCOS QUÍMICOS
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias,
compostas ou produtos que possam penetrar no organismo
pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
 
RISCOS BIOLÓGICOS
Agentes de risco biológico: bactérias, fungos, parasitos, 
vírus, microrganismos patogênicos em geral.
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes 
de 1 a 4 por ordem crescente de risco, classificados segundo os seguintes 
critérios:
· Patogenicidade para o homem
· Virulência.
· Modos de transmissão
· Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes
· Disponibilidade de tratamento eficaz
· Endemicidade
Classificação de risco biológico
 
Representação gráfica do conjunto de fatores 
presentes nos locais de trabalho capazes de 
acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: 
acidentes e doenças de trabalho. 
MAPA DE RISCO
NÃO EXISTE RISCO ZERO
 
Identificação dos riscos existentes no local 
analisado, conforme a classificação 
específica dos riscos ambientais
MAPA DE RISCO
Instrumento de levantamento preliminar de riscos, de 
informação para empregados e visitantes, e de 
planejamento para as ações preventivas a serem adotadas
 
Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade
MAPA DE RISCO
 
TAMANHO DOS CIRCULOS
LEGENDA:
CORES
INDICA RISCOS FÍSICOS
INDICA RISCOS QUÍMICOS
INDICA RISCOS BIOLÓGICOS
INDICA RISCOS ERGONÔMICOS
INDICA RISCOS DE ACIDENTES
INDICA RISCO PEQUENO
INDICA RISCO MÉDIO
INDICA RISCO GRANDE
MAPA DE RISCO
 
Exemplo de um Mapa de Risco 
Grande
Médio
Pequeno
Químico
Físico
Biológico
Ergonômico
Acidente
1
8
2
3
8
2
2
Numeral dentro dos 
círculos - quantidade de 
trabalhadores expostos 
ao(s) risco(s)
Setas - riscos em todo o 
setor.
 
PRINCÍPIOS DA BIOSSEGURANÇA
Métodos de contenção primária
Métodos de contenção secundária
Métodos de Controle de agentes de risco
 
Princípios de Biossegurança
Contenção
Métodos de segurança usados na 
manipulação de materiais contaminados 
em laboratório
 
Princípios de Biossegurança
Contenção
�Primária
�Secundária
 
Princípios de Biossegurança
Contenção Primária
Proteção da equipe laboratorial e do 
ambiente de trabalho à exposição de 
agentes infecciosos
 
Princípios de Biossegurança
Contenção Primária
BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
 
Princípios de Biossegurança
Contenção Secundária
Proteção do ambiente externo ao 
laboratório à exposição de agentes 
infecciosos
 
Princípios de Biossegurança
Contenção Secundária
PROJETO DE INSTALAÇÃO
 
Princípios de Biossegurança
Contenção Primária
BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
 
Boas Práticas Laboratoriais
BPL
Também chamadas de Precauções Padrão são técnicas, 
normas e procedimentos de trabalho que possuem o 
objetivo de minimizar, controlar, prevenir e eliminar os 
riscos inerentes às atividades desenvolvidas. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS
• Não consumir alimentos e bebidas no laboratório.
•Usar os equipamentos do laboratório apenas para seu propósito 
designado.
•Informar ao responsável pelo laboratório qualquer condição de falta de 
segurança. 
•Conhecer a localização e o uso correto dos equipamentos
• de segurança disponíveis.
• Evitar perturbar ou distrair quem esteja realizando algum trabalho no 
laboratório. 
•Verificar que tanto alunos quanto visitantes estejam equipados com os 
equipamentos de segurança apropriados. 
Boas Práticas Laboratoriais
BPL
 
PRINCÍPIOS GERAIS
• Conhecer a localização e o uso correto dos equipamentos de segurança 
disponíveis.
• Evitar perturbar ou distrair quem esteja realizando algum trabalho no 
laboratório. 
•Verificar que tanto alunos quanto visitantes estejam equipados com os 
equipamentos de segurança apropriados. 
•Assegurar-se que todos os agentes que ofereçam algum risco estejam 
rotulados e estocados corretamente.
•Consultar os dados de segurança existentes ao manusear reagentes 
químicos e seguir os procedimentos apropriados ao manusear ou 
manipular agentes perigosos. 
•Seguir os procedimentos de descarte adequados para cada reagente ou 
material de laboratório. 
Boas Práticas Laboratoriais
BPL
 
Boas Práticas Laboratoriais
BPL
Cuidados com materiais perfuro-cortantes
Manusear materiais cortantes com cuidado
Não reencapar agulhas
Não desconectar as agulhas das seringas
Não quebrar ou entortar as agulhas
Não deixar agulhas na bancada
Não usar agulhas para pregar cartazes nos murais
Não jogar perfuro-cortantes no lixo comum
Desprezar perfuro-cortantes em recipiente adequado
Não ultrapassar a capacidade do coletor de material perfuro cortante
Utilizar luvas de procedimentos para punção venosa e coleta de sangue
 
PRINCÍPIOS GERAIS
•Nunca pipetar ou sugar diretamente com a boca materiais biológicos, 
perigosos, cáusticos, tóxicos, radioativos ou cancerígenos.
•Manter a bancada livre de material (bolsas, cadernos, etc)
•Lavar as mãos antes e após o trabalho 
Boas Práticas Laboratoriais
BPL
 
Boas Práticas Laboratoriais
BPL
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO 
–––– POP POP POP POP ----
Objetivo
Padronizar todas as ações
Pessoas que executam uma tarefa, a façam de forma uniforme.
 
Princípios de Biossegurança
Contenção Primária
BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
 
Equipamentos de Segurança
Barreiras Contenção Primárias
Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI’s)
Equipamento Proteção Coletiva (EPC’s)
 
Equipamentos de Proteção Individual - (EPI’s)
• Jaleco comprido
• Luvas
• Óculos/Proteção facial
• MáscaraProteção 
• Sapatos
• Gorro
• Luvas criopreservação
• Luvas material aquecido
• Respirador
• Vacinação
 
Equipamentos de Proteção Individual - (EPI’s)
Cabines de Segurança Biológica
(Barreira Primária)
Classe I
Classe II
Classe III
 
Equipamentos de Proteção Coletiva - (EPC’s)
Equipamentos de segurança destinados a 
proteger um grupo de pessoas que realiza 
determinado trabalho aos riscos de 
contaminação.
Chuveiro descontaminação
Lava-olhos
Kit primeiros socorros
Extintores
Capela Segurança Química
ExaustorPrincípios de Biossegurança
Contenção Secundária
PROJETO DE INSTALAÇÃO
 
Contenção Secundária
� Restrição de acesso a área de trabalho
�Dependências/Equipamento para 
descontaminação (autoclaves)
�Sistema tratamento do ar
�Dependência para lavagem de mãos, etc
 
Contenção Secundária
PROJETO DE INSTALAÇÃO
Barreiras Secundárias para:
•Proteção para pessoas fora do laboratório
•Proteção contra ag. infecciosos liberados 
acidentalmente do laboratório
 
Níveis de Biossegurança
1. NB-1 
2. NB-2 
3. NB-3 
4. NB-4 
Crescentes no maior grau de contenção e
complexidade do nível de proteção biológica
 
Níveis de Biossegurança
Combinação de:
� Práticas 
�Equipamento de segurança
�Instalações
 
Nível de Biossegurança – NB-1
NB-1 – Agentes nunca descritos como causadores 
de doenças e que não constituem risco para o meio
ambiente. Baixo risco individual e coletivo.
Ex.: Laboratórios didáticos
 
Nível de Biossegurança – NB-2
NB-2 – Agentes associados com doença humana com 
pouco risco para os profissionais de laboratório. 
Moderado risco individual e baixo risco coletivo.
Ex.: Maioria dos laboratórios de pesquisas 
biomédicas
 
Nível de Biossegurança – NB-3
NB-3 – Patógenos associados com doença humana
podendo causar graves enfermidades aos
profissionais de laboratório. Risco individual elevado
e risco coletivo baixo.
Ex.: Laboratórios para pesquisa de AIDS e 
tuberculose
 
Nível de Biossegurança – NB-4
NB-4 – Agentes perigosos/exóticos que causam 
graves doenças para o homem e representam elevado
risco para os profissionais de laboratório e para
a coletividade.
Ex.: Laboratórios que trabalham com agentes 
altamente infecciosos e que se propagam facilmente 
podendo levar a morte (vírus Ebola, da Raiva, etc)
 
Sinalização
 
Produto Corrosivo
Os produtos com este símbolo corroem a pele, os olhos e as 
mucosas do nariz e da garganta, quando respirados 
directamente.Também corroem os tecidos do vestuário
Simbologia
Produto Explosivo
Os produtos com este símbolo explodem em presença de 
uma chama ou através do choque. 
Produto Tóxico
Os produtos com este símbolo atuam como venenos 
Produto Inflamável
Os vapores destes produtos inflamam-se em presença 
de uma chama ou de uma fonte de calor.