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alunos AULA 11. PRISÃO EM FLAGRANTE

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AULA 11. PRISÃO NO CURSO DO PROCESSO E PRISÃO EM FLAGRANTE. 
(material de apoio) 
 
 
 
1. FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL. Art. 5º LXI “Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por 
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos 
de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”. 
 
LEGAL. Artigo 283 do CPP. 
 
 
2. PRISÃO PENA. É aquela imposta em virtude de sentença condenatória transitada em 
julgado. 
 
3. PRISÃO CAUTELAR OU PROCESSUAL. Trata-se de prisão de natureza processual imposta 
ANTES do transito em julgado da sentença penal condenatória com a finalidade cautelar e 
deve observar as hipóteses excepcionais e legais para a sua concessão. (art. 5º LVII) 
 
 
4. MEDIDAS CAUTELARES de natureza pessoal. 
 
Medidas restritivas ou privativas de liberdade que o juiz ou tribunal adotam contra o 
imputado com o objetivo de assegurar os fins penais do procedimento. 
 
 
a) Espécies: 
i. ART. 319 (ver a lei) 
ii. PRISÃO 
 
b) Finalidade: TUTELA DO PROCESSO. Resguardar o desenvolvimento regular do 
processo. Garantir o resultado prático das investigações e do processo. 
 
 
c) Requisitos. 
FUMUS COMISSI DELICTI. Fato aparentemente punível ou probabilidade da 
ocorrência de um delito. A fumaça deve ser do cometimento do delito e não do bom 
direito. 
 Indícios de autoria 
 Prova da existência do crime. 
 
 
PERICULUM LIBERTATIS. O perigo decorrente do estado de liberdade do imputado. 
(e não o perigo na demora da prestação jurisdicional) 
 
5. ESPÉCIES. 
 PRISÃO CAUTELAR 
o TEMPORÁRIA. Lei 7.960/89 
o PREVENTIVA. 
 
 MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. ARTIGO 319 CPP. 
 
Obs. PRISÃO PRÉ-CAUTELAR. Prisão em flagrante (controvérsia quanto a 
sua natureza). 
 
 
Finalidade: TUTELA DO PROCESSO. Resguardar o desenvolvimento regular do processo. 
Garantir o resultado pratico das investigações e do processo (NA) 
 
 
 
 
6. CARACTERISTICAS 
 
a) JURISDICIONALIDADE e MOTIVAÇÃO. Arts. 5º LXI e 93 IX da CF e artigo 315 do CPP. 
Significa que toda prisão só pode ser decretada por ordem judicial fundamentada. 
 
b) PROVISORIEDADE. . 5º LXXVIII. CF. Toda prisão deve se submeter a um prazo razoável. 
 
c) HOMOGENEIDADE. Um meio é proporcional se as vantagens que promovem superam as 
desvantagens que provoca. 
 
O mal causado durante o curso do processo não pode superar aquele 
que possivelmente o acusado estaria submetido com a sentença 
definitiva. 
 
 
d) EXCEPCIONALIDADE. 
 A prisão deve ser a ultima ratio. Em virtude do Principio da Presunção de Inocência as 
medidas restritivas de liberdade deverão ser determinadas excepcionalmente quando 
presentes periculum libertatis e fumus comissi delicti. 
 
 ART. 282 § 6º. Significa que a decretação da prisão preventiva apenas é cabível se 
não for aplicável outra medida cautelar ou esta for insuficiente. 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE. 
 
1. SIGNIFICADOS 
 FLAGRANTE. Sentido etimológico: vem do latim, do verbo flagare: significa queimar, 
ardente, que esta em chamas, brilhando, incandescente, ,... 
 
 FLAGRANTE. Algo que é evidente ou manifesto. O que se pode observar no exato 
momento em que ocorre. 
 
 FLAGRANTE DELITO. Ocorre no momento em que o sujeito é surpreendido no 
cometimento da infração penal. 
 
 PRISÃO EM FLAGRANTE. É aquela que ocorre no momento em que se desenvolve 
ou termina de se concluir a infração penal. Decorre do flagrante delito. 
 
 
 
2. FUNDAMENTO NORMATIVO 
 CONSTITUCIONAL. Art. 5º LXI 
 Autoriza essa modalidade sem a expedição de mandado de prisão. 
 LEGAL. Art. 301 do CPP 
 
 
 
3. PROCEDIMENTO, FORMALIDADES E NOTA DE CULPA. Artigos. 304 a 309 do 
CPP 
 
 Dentro de 24h a contar da efetivação da prisão, deve-se dar NOTA DE CULPA ao 
preso e enviar o autos da prisão em flagrante ao juiz competente. Artigo 306 CPP. 
 NOTA DE CULPA. É o documento informativo oficial, dirigido ao indiciado, 
comunicando-lhe o motivo de sua prisão, bem como a autoridade que lavrou o auto, da 
pessoa que o prendeu e das testemunhas. 
Nucci. Entende que se a nota de culpa for expedida fora do prazo 
configura constrangimento ilegal proporcionando o relaxamento de 
prisão. 
 
 
 
4. PRISÃO EM FLAGRANTE NOS CRIMES DE AÇÃO PRIVADA OU PÚBLICA 
CONDICIONADA. 
 
Pode haver a prisão em flagrante desde que no ato de formalização do auto a 
vitima estiver presente a fim de dar legitimidade à concretização da prisão. 
 
 
 
5. JECRIM. LEI 9.099.95. Art. 69 § único. 
QUESTÃO. Nas infrações de menor potencial ofensivo é possível a prisão em 
flagrante?? 
R – Se o autor do fato se recusar a assumir o compromisso de comparecer ao JEC 
será preso em flagrante e será lavrado o APF que será remetido ao JEC. Por outro 
lado, se o autor do fato assumir o compromisso o APF não será lavrado e sim um TC. 
 
TERMO CIRCUNSTANCIADO. Apesar da prisão captura ser realizada, o auto não 
precisa ser formalizado, desde que o detido comprometa-se a comparecer ao juizado. 
Obtém-se uma liberdade desvinculada. 
 
 
6. FLAGRANTE NOS CRIMES PERMANENTES E HABITUAIS. 
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o 
agente em flagrante delito enquanto não cessar a 
permanência. 
 
PERMANENTE. Crime permanente (art. 303 CPP): são aqueles que se consumam com uma 
única ação, mas o resultado ou consumação se alonga no tempo. Ex. sequestro, extorsão 
mediante sequestro, bando ou quadrilha, ocultação de cadáver, porte e posse de arma, 
receptação, ... 
 
Entende-se o agente em flagrante enquanto não cessar a permanência. A 
CONSUMAÇÃO SE PROLONGA NO TEMPO FAZENDO COM QUE EXISTA UM 
ESTADO DE FLAGRANCIA IGUALMENTE PROLONGADO. 
 
HABITUAL. Crime habitual: são aqueles cuja consumação se dá através da prática de várias 
condutas em sequencia. Uma única ação é irrelevante para o direito penal. Ex: curandeirismo, 
casa de prostituição... 
 
 
 
ESPÉCIES DE FLAGRANTE 
a. FLAGRANTE FACULTATIVO. Art. 301 CPP. 
Qualquer pessoa do povo pode prender em flagrante. Age no exercício regular de 
direito. 
 
 
b. FLAGRANTE OBRIGATÓRIO. Art. 301, 2ª parte 
Quanto às autoridades policiais e seus agentes. Age no estrito cumprimento do dever 
legal. 
 
 
c. PRÓPRIO. Art. 302 I e II CPP. O sujeito é abordado durante o iter criminis. 
Inciso I – está em pleno desenvolvimento dos atos executórios. TENTATIVA. 
Inciso II – acaba de praticá-la. CONSUMADO. 
 
d. IMPROPRIO ou IMPERFEITO. (quase flagrante) 
Ocorre quando o agente conclui a infração penal ou é interrompido pela chegada de 
terceiros, mas sem ser preso no local do delito, consegue fugir fazendo que haja 
perseguição. 
 
 
e. PRESUMIDO. Art. 302 IV CPC. 
 Modalidade de flagrante impróprio. 
 
 Situação do agente que logo depois da prática do crime, embora não tenha sido 
perseguido, é encontrado portando instrumentos do crime que demonstrem por presunção ser 
ele o autor da infração. 
 
 
f. PREPARADO ou PROVOCADO. 
 
Agentes provocadores induzem, convencem alguém a praticar um suposto delito, 
tomando ao mesmo tempo todas as providencia para que se torne impossível a sua 
consumação. 
 
Trata-se de crime impossível. Súmula 145 STF: “Não há crime quando a preparação do 
flagrante pela policia torna impossível a sua consumação”. 
 
 
 
G. FLAGRANTE FORJADO. 
 
Constitui o flagrante simulado por terceiro (policial ou particular) objetivando incriminar 
falsamente pessoa que não praticou nenhuma infração penal. 
 
 
h. FLAGRANTE ESPERADO. 
 
 Ocorre em razão do conhecimento prévio de terceira pessoa sobre a prática do delito. 
Trata-se de prisão legal. 
 
 
 
i. FLAGRANTE DIFERIDO ou retardado. 
 É a possibilidade que a policia possui de retardar a realizaçãoda prisão em flagrante 
para obter maiores informações a respeito do funcionamento da prática criminosa. 
 
 Art. 8º Lei 12.850/13. Ação Controlada. 
 Art. 53, II da Lei 11.343/2006. 
 
 
CASO CONCRETO. Segundo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma 
equipe de policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita, 
presenciando alguma movimentação de pessoas, entrando e saindo do imóvel, que também 
servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à autoridade policial e esta 
autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim foi feito e os policiais lograram apreender 
grande quantidade de pedra de crack, que estava escondida sob uma tábua do assoalho. 
Levado o morador à DP local, foi ele submetido ao procedimento legal de flagrante, sendo 
imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O defensor público requereu o 
relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste razão a defesa? 
 
Resposta. No caso em tela trata-se de crime de tráfico de drogas (artigo 33 da 
Lei 11343/06), na modalidade: guardar, ter em depósito, trazer consigo ou transportar, 
o que caracteriza estado de flagrância permanente (art. 303 CPP). Em que pese a 
aparência de ilegalidade da atividade persecutória, não houve violação do domicílio, 
em razão do estado de flagrante delito, sendo assim, a prisão é considerada legal 
portanto incabível o relaxamento. 
 
2- LETRA C 
 
3- LETRA A 
Considerações

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