Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sucessão ecolSucessão ecolóógica e recuperagica e recuperaçção de ão de ááreas degradadasreas degradadas Fabiana Fabiana UmetsuUmetsu Quais seriam os efeitos da perda da cobertura vegetal? Efeitos da perda da cobertura vegetal Com a perda da vegetação, há muitas vezes impactos como: erosão do solo, formação de voçoroca, deslizamento de terra, Efeitos da perda da cobertura vegetal Com a perda da vegetação, há muitas vezes impactos como: erosão do solo, formação de voçoroca, deslizamento de terra, com consequente perda de fertilidade do solo, prejuízos econômicos e diminuição da área economicamente aproveitável Efeitos da perda da cobertura vegetal Para entender como ocorre a regeneração da vegetação de forma natural e também a regeneração feita pelo homem, vamos ver o conceito de sucessão ecológica SUCESSÃOSUCESSÃO ECOLECOLÓÓGICAGICA Sucessão “É a substituição ou mudança de espécies ou da estrutura da comunidade ecológica ao longo do tempo, freqüentemente progredindo para uma comunidade terminal estável a que se chama clímax” CLÍMAX: É a etapa de maior maturidade em uma sucessão Campo de gramíneas temperado Deserto subtropical Floresta tropical pluvial Vegetação arbustiva - Mediterrâneo • Clima é principal determinante para o tipo de vegetação mais avançada para cada região (clímax), como nestes exemplos, mas solo e altitude tambmas solo e altitude tambéém podem influenciarm podem influenciar • Na maior parte do bioma Mata Atlântica e Amazônia, o clímax da vegetação é uma floresta de grande porte, primária, madura, antiga Sucessão As comunidades existem num estado dinâmico: ÄOrganismos morrem e nascem � substituições de espécies constantes -Abundâncias (n. de indivíduos) modificam-se no tempo - Sucessão ocorre em etapas, e há uma ordem para estas etapas no tempo Idade sucessional (anos) A b u n d â n c i a r e l a t i v a ( % c o b e r t u r a v e g e t a l ) Sucessão de plantas em campo nativo Sucessão pode ser dividida em 2 tipos principais: sucessão primária Sucessão primária: Sucessão primária: É o estabelecimento e o desenvolvimento de comunidades de plantas e animais em habitats recém-expostos ou recém-formados que não tinham vida anteriormente, como: Rochas expostas por parte de uma geleira que derreteu Sucessão primária: Superfície recentemente coberta por espessa camada de lava vulcânica Nestes locais, ocorre a chegada de sementes, esporos de plantas, ácaros, bactérias, que iniciarão do zero a colonização do ambiente Krakatoa – ilha onde ocorreu erupção vulcânica que cobriu ilha de lava Sucessão primária: Crateras causadas pelo impacto de meteoros Dunas de areia recentemente formadas Sucessão primária: Nestes casos, a superfície terrestre recentemente exposta ou formada não havia sido previamente influenciada por uma comunidade (não houve formação de solo nem acúmulo de nutrientes) Sucessão primária: A sucessão primária sobre uma rocha recentemente exposta geralmente leva muitos séculos para atingir um estágio avançado (formação de uma floresta madura, por exemplo) Sucessão secundária Sucessão Æ 2o. tipo: Sucessão secundária Sucessão secundSucessão secundáária:ria: ÉÉ a regeneraa regeneraçção da vegetaão da vegetaçção nativa de uma ão nativa de uma áárea aprea apóós umas uma perturbaperturbaçção, com uma ão, com uma sequênciasequência de espde espéécies sofrendo substituicies sofrendo substituiçções ões no tempono tempo Sucessão secundSucessão secundáária:ria: ÉÉ quandoquando a a vegetavegetaççãoão de de umauma áárearea foifoi parcialmenteparcialmente ouou completamentecompletamente removidaremovida porpor estaesta perturbaperturbaççãoão, , masmas sobraramsobraram um solo um solo bembem-- desenvolvidodesenvolvido (com (com algunsalguns nutrientesnutrientes), ), sementessementes e e esporosesporos A regeneraA regeneraçção não se inicia do zero, como ocorre na primão não se inicia do zero, como ocorre na primááriaria IMPACTO Sucessão secundária em florestas Floresta madura IMPACTO Sucessão secundária em florestas Floresta madura Vegetação em diferentes estágios de sucessão (não-madura) Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 IMPACTO Sucessão secundária em florestas Floresta madura Vegetação em diferentes estágios de sucessão (não-madura) Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 Sucessão secundária é uma progressiva mudança na composição florística (de espécies) da floresta, partindo de espécies pioneiras até espécies clímax Sucessão secundária: A perda de árvores resultante de doença devastadora, tornados, fogo ou queda de árvores podem levar à sucessão secundária, como também o abandono de terreno após a agricultura Definição de estágios de sucessão (Resolução n. 10 CONAMA - 1993): Vegetação Secundária ou em Regeneração (engloba inicial, médio, avançado) resulta dos processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais Podem ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária Estágio Inicial ou Capoeirinha (apremavi.org.br): Surge logo após o abandono de uma área agrícola ou pastagem A l t u r a d a v e g e t a ç ã o Estágio inicial < 4 m até 6 anos Plantas anuais – gramíneas (capins), algumas herbáceas (samambaias) Tempo após abandono de agricultura ou pastagem Definição de estágios de sucessão (Resolução n. 10 CONAMA - 1993): I - Estágio Inicial: a) arbustos e herbáceas, porte baixo, cobertura vegetal de fechada a aberta b) Arbustos e arvoretas - troncos homogeneamente finos c) Poucas espécies de líquens, musgos e samambaias d) trepadeiras, se presentes, são herbáceas e) serapilheira, quando existente - camada fina pouco decomposta, contínua ou não f) poucas esppoucas espéécies de cies de áárvoresrvores g) Plantas pioneiras abundantes, ausência de sub bosque Estágio Médio ou Capoeira (apremavi.org.br): 12 m A l t u r a d a v e g e t a ç ã o Estágio médio Estágio inicial < 4 m até 6 anos 6 a 15 anos Árvores pioneiras (intolerantes à sombra), arbustos, muitos cipós, taquaras Tempo após abandono de agricultura ou pastagem Plantas anuais – gramíneas (capins), algumas herbáceas (samambaias) Definição de estágios de sucessão (Resolução n. 10 CONAMA - 1993): II - Estágio Médio: a) Predomínio de arbustos e árvores b) cobertura arbórea de aberta a fechada c) Troncos finos, pouca variação d) trepadeiras, quando presentes, são lenhosas e) serapilheira presente f) Número de espécies médio g) Sub bosque presente Estágio Avançadoou Capoeirão (apremavi.org.br): Dentre florestas remanescentes na Mata Atlântica, são grande maioria 12 m A l t u r a d a v e g e t a ç ã o Sucessão secundária Estágio médio Estágio inicial < 4 m >12 m Estágio avançado até 6 anos 6 a 15 anos > 15 anos Árvores pioneiras (intolerantes à sombra), arbustos, muitos cipós, taquaras Começam a aparecer árvores nobres – cedro, sapucaia, canelas, imbuias Tempo após abandono de agricultura ou pastagem Plantas anuais – gramíneas (capins), algumas herbáceas (samambaias) Definição de estágios de sucessão (Resolução n. 10 CONAMA - 1993): III - Estágio Avançado: a) Predomínio de árvores, dossel fechadoe ~uniforme, pode ter emergentes, muitas espécies b) Árvores finas a calibrosas c) Orquídeas e bromélias com grande abundância e riqueza, trepadeiras lenhosas e) serapilheira profunda f) Sub bosque menos denso, pois há pouca luz 12 m 20 m ou mais A l t u r a d a v e g e t a ç ã o Floresta madura (= primária ou clímax) Sucessão secundária Estágio médio Estágio inicial < 4 m >12 m Estágio avançado até 6 anos 6 a 15 anos > 15 anos 60 a 200 anos Árvores tolerantes à sombra (clímax) Árvores pioneiras (intolerantes à sombra), arbustos, muitos cipós, taquaras Começam a aparecer árvores nobres – cedro, sapucaia, canelas, imbuias Tempo após abandono de agricultura ou pastagem Plantas anuais – gramíneas (capins), algumas herbáceas (samambaias) Definição de estágios de sucessão (Resolução n. 10 CONAMA - 1993): Vegetação Primária (clímax): vegetação de máximo desenvolvimento e porte, muitas espécies Efeitos das ações antrópicas mínimos, não afetam significativamente características originais de estrutura e de espécies (vegetação clímax na maior parte da Amazônia e Mata Atlântica é a floresta primária, chamada também de floresta madura, clímax) Sucessão secundária Floresta tropical Floresta secundária Floresta clímax (madura) Tempo Florestas maduras (clímax) mantem ritmo de abertura de pequenas clareiras com sucessão dinâmica Vegetação em diferentes estágios de sucessão Floresta clímax (madura) – Mata Atlântica Palmitos adultos Orquídeas e bromélias Palmeiras de sub- bosque Pouca luz chega ao sub bosque (+ aberto) Dossel + alto Árvores mais grossas Serrapilheira (camada de folhas) espessa e úmida Floresta clímax (madura) – Mata Atlântica – Cotia, SP, 50 km da cidade de São Paulo Floresta clímax (madura) – Mata Atlântica costeira Onde haveria matas primárias no RJ? Matas primárias no RJ Alguns trechos relativamente pequenos: P. N. Serra dos Órgãos Reserva de Guapiaçu - Cachoeiras de Macacu P. N. de Itatiaia P. N. Serra da Bocaina SP: Trechos na Serra do Mar, Mantiqueira (Parques e reservas) Qual a composição de espécies em uma floresta madura? Dentro de uma floresta madura, não há apenas espécies de árvores clímax, há geralmente um mosaico de vegetação, com predominância de espécies clímax Há também árvores de espécies pioneiras e secundárias nas clareiras, nas bordas da floresta, etc Estas espécies pioneiras e secundárias tem sementes geralmente mais resistentes, que ficam no chão da mata madura, esperando abertura de uma clareira pela queda de árvores Há outras formas vegetais também além de árvores clímax em uma floresta madura: plantas do sub-bosque - herbáceas, arbustos, palmeiras pequenas, Qual a composição de espécies em uma floresta madura? orquídea trepadeira bromélia Sucessão secundária em florestas: No surgimento e desenvolvimento de uma floresta, espécies tem exigências ambientais e biológica muito especificas Dinâmica florestal Assim, simples plantio de espécies da vegetação regional em área que perdeu vegetação não garante sobrevivência destas mudas, nem reconstrução da floresta Dinâmica florestal Diferentes espécies ou composições de espécies desempenharão distintos papéis no desenvolvimento ou manutenção da comunidade Dinâmica florestal Dessa forma, a sucessão não deve ser entendida como uma simples substituição de espécies no tempo, mas sim como uma substituição de grupos ecológicos ou categorias sucessionais Dinâmica florestal Facilitação uma espécie já estabelecida facilita o estabelecimento de outra - árvores pioneiras e secundárias iniciais facilitam crescimento de secundárias tardias e também climácicas -musgos e líquens facilitam o estabelecimento de plantas herbáceas em rocha - plantas rasteiras podem facilitar estabelecimento de arbustos Sucessão secundária e escalas espaciais: Sucessão secundária e escalas espaciais: Escala pequena - área que foi aberta em floresta nativa devido à queda de uma árvore (clareira) Escala ampla - vários hectares de uma cultura agrícola abandonada, região que sofreu muito desmatamento CLAREIRAS NATURAIS • Formadas pela queda de árvores – são perturbações naturais que levam à sucessão naquele local, da vegetação da floresta ABERTURA DO DOSSEL Sucessão secundária Formação de clareiras é um distúrbio natural, sem necessidade de intervenção humana para ocorrer a regeneração Dinâmica de clareiras e regeneração mantém alta diversidade nos trópicos A sucessão secundária da vegetação é acompanhada por substituição da fauna, em qualquer floresta Floresta temperada Tempo (anos) Sucessão secundária Sucessão secundária em floresta de coníferas acompanhada por fauna Tempo Animais associados a gramíneas e arbustos Animais associados a florestas + maduras • Importância de florestas secundárias X maduras • Substituição faunística durante a regeneração E essas substituições se devem a mudanças na estrutura do habitat e oferta de recursos Mata Atlântica, por exemplo: Substituição da fauna Animais são frequentemente afetados pela sucessão, e cada estádio de desenvolvimento da vegetação atrai um grupo de animais Mas animais também afetam andamento da sucessão, interagindo através da dispersão de sementes, predação de sementes, polinização, ciclagem de nutrientes Tipos de perturbações relacionadas ao estádio de sucessão da floresta Perturbações antrópicas: geralmente há necessidade de intervenção, pois distúrbio ultrapassou a capacidade natural de recuperação do ecossistema Perturbações: - naturais: abertura de clareiras, catástrofes naturais - antrópicas perda completa da cobertura vegetal para: agropecuária, urbanização, abertura de estradas, etc Perturbações - antrópicas - Há ainda perturbações que causam apenas degradação da floresta, sem corte raso, floresta pode perder sua estrutura madura e se tornar semelhante a uma floresta mais jovem: Cubatão - SP chuva ácida (poluição industrial) corte seletivo Incêndios frequentes Perturbações - antrópicas Método de desmatamento na Amazônia tipo “Corte e queima” 1o. Floresta tropical queimada Floresta tropical queimada Método de desmatamento na Amazônia tipo “Corte e queima” 2o. Método de desmatamento na Amazônia tipo “Corte e queima” 1o. 3o. Método de desmatamento na Amazônia tipo “Corte e queima” 1o. 3o. Método de desmatamento na Amazônia tipo “Corte e queima” 1o. 2o. 3o. 4o. Desmatamento é rápido e intensivo, facilmente detectável por satélite – alguns meses Outro tipo de desmatamento atualmente comum na Amazônia: Processo de degradação progressiva Lento - média dois a três anos (degradação lenta, para dificultar detecção e escapar da fiscalização) Outro tipo de desmatamento atualmente comum na Amazônia: Processo de degradação progressiva Lento - média dois a três anos Início da eliminação do dossel Início da eliminação do sub-bosque 5o. corte raso Eliminação de 50% do dossel 1o. retiradas madeiras mais nobres 2o. madeiras para construção civil 3o. madeira para compensado 4o. queima total e entrada do pasto Outro tipo de desmatamento atualmente na Amazônia: Processo de degradação progressiva Mais difícil de monitorar, por causa da necessidade de boa definição das imagens de satélite, e por ser processo muito lento Inpe – sistema de monitoramente por satélite Deter (detecta estádios dedegradação da floresta) melhor que sistema Prodes (detecta só corte raso) www.obt.inpe.br Para que recuperar áreas degradadas? • Se somado com corte seletivo, 1/3 das florestas tropicais restantes será derrubado ou degradado nos próximos 30 anos. FLORESTA TROPICAL INTACTA COBERTURA FLORESTAL PERDIDA FLORESTAS SECUNDÁRIA OU DEGRADADA E PLANTAÇÕES SSDGSGFG SDSDFSSD SGDSGSDG PANORAMA EM 1997 Para que recuperar áreas degradadas? Para que recuperar áreas degradadas? Objetivo geralmente não é restaurar floresta exatamente como era antes Mas recuperar funções daquela vegetação, do ecossistema Controlar erosão em encostas e topos de morro Evitar deslizamentos, voçorocas, empobrecimento do solo, assoreamento dos rios Motivos estéticos, fornecimento de água Para que recuperar áreas degradadas? Presença de florestas diminui impacto de mudanças climáticas absorvem CO2 diminuem impacto de enchentes mantem serviços do ecossistema Quais sãs as características da área degradada, e do entorno desta área, que favorecem a sucessão secundária? O ritmo e a trajetória da regeneração não dependem apenas do tempo após o abandono, mas também de características como a distância às fontes de sementes, Área aberta mais isoladaÁrea aberta circundada por floresta Quanto mais perto de outras manchas de floresta, melhor Quanto mais florestas na região inteira, melhor Quais sãs as características da área degradada, e do entorno desta área, que favorecem a sucessão secundária? O ritmo e a trajetória da regeneração também dependem da intensidade do uso antes do abandono Se área perdeu vegetação e está em uso agrícola há muito tempo, pode não restar sementes viáveis no solo, e solo pode estar muito degradado, compactado, sem nutrientes Áreas que perderam vegetação recentemente, e que sofreram pouca exploração, tem mais potencial de sofrer sucessão e se regenerar Quais sãs as características da área degradada, e do entorno desta área, que favorecem a sucessão secundária? A capacidade de regeneração das florestas tropicais é considerada alta, desde que fontes de sementes sejam próximas e a intensidade de uso do solo antes do abandono não tenha sido severa Quais sãs as características da área degradada, e do entorno desta área, que favorecem a sucessão secundária? A Mata Atlântica e a regeneração A Mata Atlântica, entretanto, está inserida na região historicamente mais explorada do Brasil, o litoral leste, onde o solo já foi submetido a intenso uso e a vegetação encontra-se altamente fragmentada Fragmentos florestais 2005 (11% restante) Estudos em floresta tropical: Qdo é pouco fragmentada e com solo submetido a pouco uso Estimam cerca de 70 anos para ocorrer regeneração a partir de solo nu, Floresta formada adquirir características estruturais próximas às de áreas maduras Porém, mesmo nestes locais mais propícios à regeneração, há muitas áreas abandonadas de Mata Atlântica com muito mais de 80 anos de abandono, e que não atingiram características de floresta madura Pode demorar muito mais (200 anos), ou nunca chegar a estágio maduro Isso evidencia a fragilidade desse ecossistema e a necessidade de proteção dos raros remanescentes de Mata Atlântica madura Legislação sobre manutenção e recuperação de vegetação nativa Código Florestal Área de Preservação Permanente (APP): Todas as formas de vegetação natural situadas nos topos e encostas de morros (inclinação >45o), em dunas e restingas, em altitudes superiores a 1800m, e matas ciliares Áreas podem ter perdido a vegetação, mas devem ser recuperadas, ou deixadas para regenerar (no caso de condições do ambiente favoráveis) Reservas Legais: São percentual da propriedade que não é passível de desmatamento Varia de acordo com bioma, cabe ao poder público fiscalizar (20% Mata Atlântica; 80% Amazônia) O que são medidas de compensação ambiental? grandes empreendimentos com alto impacto ambiental (hidrelétricas, estradas, gasodutos) – frequentemente há projetos de reflorestamento, como medida compensatória Árvores com 1,5m de diâmetro, de floresta madura Mas reflorestamento não é capaz de substituir uma floresta madura, primária Estas devem ser conservadas ainda mais que secundárias Reflorestamentos nem sempre dão certo, são caros áreas a serem recuperadas são sempre bem menores que áreas impactadas pelos empreendimentos Como conhecimento sobre sucessão ecológica ajuda nas técnicas de reflorestamento? Reflorestamento tem sucesso muito baixo com uso apenas de espécies de árvores não-pioneiras, pois estas não toleram sol direto Reflorestamento - combinação de espécies de árvores pioneiras e não-pioneiras Seria melhor fazer reflorestamente com espécies de árvores da região ou trazer espécies de outras regiões? Por que? Seria melhor fazer reflorestamente com espécies de árvores da região ou trazer espécies de outras regiões? Por que? Uso de espécies nativas que fazem parte naturalmente do processo de sucessão no local, e não de outras regiões, pois espécies da região estariam mais adaptadas às características locais como clima, solo Conhecimento sobre quais espécies de árvores são pioneiras e não- pioneiras na região a ser reflorestada Qual a semelhança entre teoria de sucessão ecológica em florestas e técnicas de reflorestamento? Há plantio ao mesmo tempo de árvores pioneiras e não-pioneiras no reflorestamento – na sucessão ecológica natural, geralmente árvores pioneiras formam cobertura vegetal no solo e apenas depois, árvores não-pioneiras se estabelecem Qual a semelhança entre teoria de sucessão ecológica em florestas e técnicas de reflorestamento? Pioneiras irão crescer mais rápido e fornecer sombra para não- pioneiras Pioneiras tem ciclo de vida mais curto, e morrerão mais cedo, abrindo espaço para árvores não-pioneiras atingirem maturidade Qual a semelhança entre teoria de sucessão ecológica em florestas e técnicas de reflorestamento? Com vegetação formada pelo reflorestamento, haverá atração de animais dispersores de sementes e polinizadores Dispersores aumentarão o número de plantas na área por chegada de sementes Polinizadores e dispersores manterão espécies que já estão lá dispersores dispersores Grupos ecológicos sucessionais de espécies arbóreas Grupos ecológicos sucessionais de espécies arbóreas Pioneira – em geral são plantas de ciclo muito curto (até 10 anos), germinam no sol, crescem rápido, sementes produzidas em grande quantidade, sementes pequenas, dispersadas pelo vento Croton floribundus (sanga-d’água) Espécies de Cecropia (embaúba) Schinus terebinthifolius (Aroeira pimenteira) Grupos ecológicos sucessionais de espécies arbóreas Secundária Inicial – ciclo curto - 10 a 25 anos Lonchocarpus sp. (embira-de-sapo) Chorisia speciosa (Paineira) Grupos ecológicos sucessionais de espécies arbóreas Secundária Tardia – ciclo longo - 25 a 100 anos Aspidosperma polyneuron (Peroba rosa) ipêipê jatobjatobáá Clímax – plantas de ciclo muito longo (mais de 100 anos), germinam na sombra, crescimento lento, sementes produzidas em pequenas quantidades, dispersadas pela fauna Jatobá (fauna), jequitibá AltaBaixaTolerância à sombra GrandePequenoTamanho do adulto LentaRápidaTaxa de crescimento AltaBaixaTaxa de brotamento da raiz CurtaLonga, latente no soloViabilidade da semente Barocoria, endozoocoriaVento, ectozoocoriaDispersão GrandePequenoTamanho da semente PoucasMuitoNº de sementes Estágio finalEstágio inicialCaracterísticas árvores clímax(tardias)árvores pioneiras Embaúbas, aroeira- pimenteira Jatobá, jequitibá Exemplos Há exceções para as características Classificação em grupos sucessionais É complicada, pois faltam dados ecológicos para maioria das espécies Há muita sobreposição de características Como deve ser feita recuperação? Vários modelos: - sucessional (plantios baseados em grupos sucessionais de árvores) - de regeneração natural - outros Modelo sucessional: São usados conhecimentos sobre sucessão ecológica no reflorestamento de áreas degradadas Assim, é imitado, nesta regeneração artificial, o modelo como ela ocorre ocorre naturalmente na floresta Modelo sucessional: No plantio sucessional, árvores pioneiras são espécies chave, irão dar condições para desenvolvimento normal das mudas das árvores não-pioneiras Este modelo separa espécies em grupos ecológicos Modelo sucessional: Como as plantas são arranjadas no campo: Módulos uma planta central, dos grupos finais da sucessão, rodeada por 4 ou mais plantas sombreadoras (grupos iniciais) Módulos Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Climax Módulos uma planta central, dos grupos finais da sucessão, rodeada por 4 ou mais plantas sombreadoras (grupos iniciais) Módulos Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Climax embaúba, aroeira pimenteira paineira jatobá, jequitibá ipê, peroba rosa Núcleo de diversidade Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Climax Núcleo de Diversidade Usado em áreas com mais de 20ha, geralmente o núcleo possui 4ha Permite o recobrimento rápido do solo Núcleo de diversidade Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Climax Núcleo de Diversidade Plantas secundárias tardias e clímax vão posteriormente colonizar o restante da área a partir do núcleo, quando ela já estiver coberta de pioneiras e iniciais Núcleo de diversidade Núcleo de diversidade entre ilhas de pioneiras Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Climax Núcleo de Diversidade entre ilhas de pioneirasCusto de implantação menor Núcleo de diversidade entre ilhas de pioneiras Linhas Alternância de plantas pioneiras e não-pioneiras na mesma linha: Alternância de linhas Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Climax Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Climax Alternância de linhas espaçamento de 2m entre linhas e 3m entre plantas Total 803 mudas / ha 1 linha - pioneiras 1 linha - não-pioneiras Linhas Alternância entre linhas: Outra variação das técnicas de linhas Distanciamento maior entre linhas, de 4m Mistura de 75% pioneiras e iniciais com 25% tardias e clímax Engº Florestal Alessandro de P. Silva - GUANDU Linhas 75% Pioneira e secundárias iniciais 25% tardias e clímax 1m 1m 1m 4m Permite passar o trator para roçar de forma rápida e eficiente 8 meses depois Na reabilitação de ecossistema florestal degradado, sucessão secundária pode se estender por 100 anos ou mais Intervenções humanas - visam acelerar regeneração, permitindo restabelecimento dos processos naturais Quando restauração se baseia no plantio de mudas, escolha das espécies tem grande peso para sucesso do empreendimento Modelo de regeneração natural: Modelo de regeneração natural: Banco de sementes ou plântulas de espécies pioneiras e áreas de vegetação nativas próximas, atuam como fonte de sementes de espécies não-pioneiras por dispersão natural à área de interesse FLORESTAFLORESTA ÁÁREA REA ABERTAABERTA Modelo de regeneração natural: A presença de uma significativa regeneração ocorre em região com uma razoável quantidade de cobertura florestal remanescente, podendo oferecer uma grande diversidade de espécies Modelo de regeneração natural: Neste caso, não é necessário introduzir espécies, pois é possível utilizar a própria regeneração natural para restauração da área Tanto neste como em outros modelos, há necessidade de controle de plantas invasoras muito agressivas (Brachiaria, etc) O modelo de regeneração natural depende muito de contexto da região (distância a fontes de propágulos de diferentes espécies e fonte de dispersores) Modelo de regeneração natural: Pode haver aceleração da regeneração por implantação de poleiros artificiais (morcegos, aves) Modelo de regeneração natural: Torre de cipó Modelo envolve recuperar interações A partir de determinado estádio, floresta pode regenerar naturalmente, pois haverá interações para sua manutenção Modelo de regeneração natural: Outros modelos: Modelo de plantio por semente: -Semeadura direta - área de difícil acesso (topos de morro com maior altitude) - indicado para introdução de pioneiras em área sem cobertura vegetal - Pode ser usado para introdução de não-pioneira em área com cobertura vegetal de pioneiras já presente - Quando não há cobertura vegetal nenhuma, mortalidade é muito alta Modelo de plantio por semente: Problemas no estabelecimento das mudas em qualquer modelo: Adubação adequada Necessidade de água Ataque de formigas Competição com gramíneas e trepadeiras Obrigada!
Compartilhar