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RESENHA DO LIVRO ADMIISTRACAO, PODER E IDEOLOGIA- MAURICIO TRAGTENBERG

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Referencias bibliográficas
TRAGTENBERG, Maurício. Administração, poder e ideologia, 3ª edição, São Paulo: editora UNESP, 2005. 
Eli Franklin Pereira Silva Pinto[1: PINTO, Eli Franklin Pereira Silva. E-mail: franklimlive@live.com. Graduando em Administração de empresas pela Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança; CV: http://lattes.cnpq.br/8307058528835839]
Credencias do autor
Socialista libertário e autodidata conseguiu habilitação para prestar vestibular na USP sem ter o primário concluído pela aceitação do ensaio Planificação - Desafio do século XX, sendo aprovado no curso de Ciências Sociais e, posteriormente, no curso de História. Doutor em Política pela USP, título adquirido durante a Ditadura Militar, foi professor de graduação e pós-graduação na PUC/SP, USP, UNICAMP e da EAESP-FGV. Crítico da burocracia acadêmica foi um dos precursores do estudo da pedagogia libertária no Brasil. Manteve durante vários anos a coluna No Batente para o Jornal Notícias Populares, de São Paulo, além de ter publicado 8 livros e inúmeros artigos em jornais e revistas de grande circulação no país.
Resumo 
O livro está dividido em quatro capítulos, o primeiro capítulo intitulado de A ideologia administrativa das grandes corporações, o autor levanta questionamentos sobre as grandes corporações a respeito das relações que a envolvem, sobre papel social, ético, econômico , e indaga sobre como os diretores podem ser estimulados se os lucros ficam com os acionistas, logo revela como funciona esse sistema corporativo além de apresentar as visões diferenciadas de diversos autores da administração como Peter Drucker, Kaysen, Warner, entre outros sobre o que seria as grandes corporações quanto a objetivos e forma estrutural das partes que as compõe. Em seguida, Tragtenberg, apresenta os conceitos de relação de autoridade e subordinação mostrando os misticismos existentes nessas relações e critica a forma das formações de grupos, afirmando que a dimensão do grupo não permite a emergência da dimensão política do indivíduo, ao passo que relata que as formações propostas pelas empresas são para beneficiar as próprias empresas e não aos colaboradores defende, logo, que o modelo ideal da educação e formação, quanto à sua finalidade é de formar homens que sabem se comunicar um com o outro e tem o poder de devir, de transformar. Adiante o autor trata sobre a cogestão e a participação na Alemanha, explana sobre as regras de eleição e elegibilidade bem como a formação dos conselhos de estabelecimento quanto às partes que representarão os interesses dos colaboradores , onde o objetivo de a representatividade é de ser proporcional aos semelhantes que compõe a corporação, para isso aplica-se um cálculo de representatividade, após a formação do conselho o autor retrata às atribuições e influencias dos mesmos nos processos administrativos e construção do clima organizacional. Após apresentar os processos de cogestão e participação, o autor apresenta a exploração do trabalho, e os relatos dos sentimentos de frustrações dos operários sobre como se sentem em relação à empresa, apresenta também estratégias das firmas para apropriarem-se ao máximo da força de trabalho de seus trabalhadores, comprando os momentos de descanso por valores que dão mais vantagens do que contratar outros funcionários a fim de eliminar a adesão de encargos sociais, além disso trata de assuntos como sexismo, racismo e greves espontâneas nas corporações. Posteriormente dá continuidade ao tema exploração do trabalho trazendo à tona como continua a exploração dos trabalhadores de uma maneira mais civilizada, onde as empresas sugam ao máximo dos trabalhadores, com pouco retorno salarial, acúmulo de horas de trabalho extras, e demonstra como as forças de trabalho estão sujeitas às regras do capitalismo enquanto o Estado tenta lutar por alguns poucos benefícios sociais para os trabalhadores, em meio a isso apresenta as burocracias e falhas do FGTS, cita manchetes de revistas e jornais sobre ocorrências de exploração de trabalho e acidentes decorrentes da exploração, além de depoimentos de trabalhadores de diferentes épocas, locais e contextos sobre a situação enquanto trabalhador explorado, e sem esperança diante do capitalismo que podemos chamar de déspota. No capítulo seguinte, o autor retoma alguns conceitos citados no decorrer do livro, como a cogestão, e as questões de exploração da mão de obra advinda da força capitalista das empresas retratando como os trabalhadores ficam sujeitos às condições do sistema no qual estão inseridos e adaptam-se arbitrariamente às condições que são impostas. 
Apreciação crítica
A obra é inicialmente desenvolvida por meio de uma dialética de trabalhosa compreensão, contudo com o passar dos capítulos o autor utiliza exemplos e situações que esclarecem a ideia do livro, haja vista ao passo que rebusca na linguagem, também detalha ao máximo fornecendo retratos fiéis das situações expostas. Obra essa que pode ser indicada para estudantes de administração no intuito de conhecer a filosofia das grandes corporações focalizando em áreas que deixam a desejar, a saber, representação dos trabalhadores, condições de trabalho, exploração entre outras que retrata o quanto que as corporações dominam na sociedade capitalista. Uma das inúmeras citações marcantes de Tragtenberg é a seguinte “ Os tormentos “civilizados” na exploração do trabalho substituem os tormentos bárbaros do pré-capitalismo”, uma demonstração clara de como há um sistema que usufrui ao máximo da força de trabalho da forma mais maquiada possível.

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