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ECA Resumo Aulas 1 5

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AULA 1
PRINCIPIOS BASILARES (TRINA)
Doutrina da proteção integral (Base, ECA entra em vigor e revoga o código de menores, garantia de direitos a toda criança e adolescente independentemente da situação.)
Principio do melhor interesse do menor (Art. 6º, ECA é melhor para a situação do menor. “Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.” Pela regra ascendentes e irmãos não podem adotar. Porém o STJ já decidiu que, por achar melhor para a criança, que o avô adotasse. Relativizou a regra do ECA e fez preponderar o principio do interesse do menor.)
Prioridade absoluta (crianças e adolescentes tem atendimento prioritário em serviços públicos e de relevância publica)
OUTROS PRINCIPIOS
Principio da municipalização
Principio da cidadania
Principio do bem comum
Principio do peculiar desenvolvimento	
ENUNCIADOS SUMULADOS DO STJ	
108 – A aplicação da medida socioeducativa para o adolescente é de competência EXCLUSIVA do juiz da infância e da juventude, e não do Ministério Publico (salvo alguns julgados extraordinários). Complemento: Art. 148, I.
265 – É necessária a OITIVA do adolescente antes de decretar a regressão da medida sócioeducativa.
338 – A prescrição penal é aplicada nas medidas sócioeducativas. Art. 109 CC art. 115 do Código PENAL. A prescrição é reduzida pela metade. Ex: Internação - prazo máximo de 3 anos. A prescrição no CP seria de 8 anos, porém por ser menor de 21 anos a prescrição será de 4 anos (metade).
342 – Caso o adolescente confesse que cometeu a infração, não será nula as outras provas do processo. Deverão ser analisadas juntamente da confissão.
383 – A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse do menor é, em principio, do foro do domicilio do DETENTOR DE SUA GUARDA.
492 – Art. 122 do ECA. 3 ÚNICAS hipóteses de medida de internação. O ato infracional análogo ao tráfico de drogas , POR SI SÓ, não conduz obrigatoriamente à imposição de internação.
500 – Art. 244-B. A pessoa que corromper um adolescente a praticar estelionato responde por estelionato e corrupção de menores. Por se tratar de DELITO FORMAL, independe se a pessoa corrompeu ou não o menor. Independe de prova.
Temas relacionados: Aplicação de medidas socioeducativas, oitiva do adolescente em conflito com a lei para regressão da medida, prescrição, nulidade da desistência de outras provas em caso de confissão, competência, internação e corrupção de menores.
DIFERENÇAS ENTRE CRIANÇA E ADOLESCENTE	(art. 2º do ECA)
Criança – Até 12 anos INCOMPLETOS.
Adolescente – Pessoa entre 12 e 18 anos INCOMPLETOS.
Excepcionalmente podemos usar o ECA para adultos entre 18 e 21 anos no âmbito penal. Ex: pessoa que mata alguém 1 dia antes de fazer aniversário pode ser internada mesmo depois de completar 18 anos, contanto que a medida cesse aos 21 anos.
No âmbito cível NÃO! Após atingir a plena capacidade aos 18 anos já era.
ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS VICENCIADAS PELO ECA
Lei 12.955 - Prioridade na tramitação de processos de adoção para crianças com doenças crônicas, por exemplo.
Lei 12.962 - Direito de crianças e adolescentes que possuem pais presos. Direito de visitação INDEPENDENTEMENTE de autorização do juiz. Para que possam conviver.
Lei 13.010 – Lei do menino Bernardo. Proibição de castigo físico (sofrimento físico ou lesão), cruel (ridiculariza, humilha, ameaça) e degradante. Não é só pra pai e mãe: pode ser tutor, etc. Medidas aplicáveis pelo conselho tutelar. 
Lei 13.046 – Nova atribuição do conselho tutelar: Promover capacitação de pessoas que sejam aptas a conseguir identificar com mais clareza a violência, maus tratos, para que não avaliem mal a situação.
Lei 13.106 – Até a vigência dessa lei, o STF entendia que servir bebida alcoólica ao menor era mera contravenção penal. Com o Advento dessa lei, passa a ser crime mais severo. Portanto deve se analisar se a conduta foi praticada antes ou depois de MAR/2015.
Lei 13.257 – Lei da Primeira Infância. Alterou 19 artigos do ECA. Conceitos de primeira infância. Os Primeiros 6 anos de vida.
Lei 13.306 – Alterou o art. 54 e o art. 208 do ECA. A respeito da educação. O direito de creche para até 5 anos (antes era 6 anos).
Lei 13.431, 13.436, 13.438, 13.440 e 13.441. Alteração de crianças e adolescentes que agora vão testemunhar, indicar o agressor. Deveres dos estabelecimentos de atenção especial às gestantes. 
AULA 2
DIREITOS FUNDAMENTAIS PREVISTOS NO ECA (Arts. 8º a 18)
Direito à Vida e à Saúde – 
Direito do nascituro.
 Boa alimentação da gestante. Saúde física e psicológica à gestante. 
Aleitamento materno, inclusive às mães presas.
 Caso o médico com dolo ou culposamente deixe de arquivar algum documento hospitalar da criança/adolescente de até 18 anos responde CRIMINALMENTE de acordo com o art. 228 ou 229 do ECA.
Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade – 
A Lei 13.010 deixou de ser Lei da Palmada e passou a sei Lei do Menino Bernardo. Proíbe apenas os exageros punitivos: castigo físico (sofrimento físico/tortura/lesão) ou tratamento cruel e degradante (ridiculariza, humilha ou ameaça gravemente). Conceitua tais vedações. Medidas a serem aplicadas aos pais pelo descumprimento. Alterou alguns artigos do ECA (art. 18-A e 18-B e art. 13). Conselho tutelar deve aplicar medidas caso haja uma infração dessas na pratica, com a intenção de proteger essa criança ou adolescente. 
Art. 13: Quem tem a legitimidade para aplicar as medidas que descumprem o ECA? O conselho tutelar. ‘sem prejuízo a outras providencias legais. ’ Pode chamar a polícia caso for algum crime estabelecido no ECA.
AULA 3
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR
Art. 25 –Da Família:
 Família natural (pai e mãe ou apenas um deles ‘família monoparental’) 
 Família extensa ou ampliada (sobrinho que mora com o tio). Necessitam de 3 requisitos: Parentesco próximo, convivência e afinidade/afetividade.
Família Substituta: Apenas em último caso. Guarda (continua o poder familiar), Tutela (rompe o poder familiar) ou Adoção (rompe o poder familiar/todos os poderes familiares/quem é pais deixa de ser pai, quem é irmão deixa de ser irmão, exceto se quiser casar com o próprio filho!). Curatela não se encaixa! Servem para proteger a criança ou o adolescente. Art. 101 c/c art. 98.
Os conceitos de família não se confundem com acolhimento. O acolhimento, ainda que realizado por uma família, não se confunde com família da criança ou do adolescente.
Modalidades de Acolhimento (medida de proteção):
Familiar –Acolhimento em lar familiar, apenas uma criança na minha casa, dando mais atenção.
Institucional – Acolhimento em lar coletivo, várias crianças até que provavelmente ela seja efetivamente adotada.
Reavaliação (a cada 6 meses) para saber se a criança pode sair do acolhimento. Via de regra: Prazo máximo de 2 anos de acolhimento, porem o juiz pode protelar caso o menor não tenha pra onde ir.
Poder Familiar
Dever de Sustento, Educação.
Art. 155 – Procedimento para destituição do poder familiar.
Início por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse. 
A petição inicial indicará: a autoridade judiciária a que for dirigida; o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido, dispensada a qualificação em se tratando de pedido formulado por representante do Ministério Público; a exposição sumária do fato e o pedido e as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo, o rol de testemunhas e documentos.
Possibilidade de suspensão liminar ou incidental do Poder familiar. (Pai que espanca a criança – durante o processo o pai já vai ficar sem o poder familiar)
Prazo de dez dias para oferecimento de resposta escrita
Citação pessoal
Obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem identificados e estiverem em local conhecido
O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 120 (cento evinte) dias.
GUARDA (Art. 33 – 35)
A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. O poder dos pais podem ser confrontados pela guarda! Porém não afasta dos pais o direito de visitação e alimentação. A guarda pode mudar a qualquer tempo, dependendo das condições. A guarda não é definitiva!
Espécies de Guarda no ECA:
Guarda para regularizar a situação de fato (a pessoa já cria a criança)
Guarda liminar ou incidental nos processos de adoção (exercer a guarda durante o processo de adoção, exceto por ESTRANGEIROS)
Guarda para suprir falta eventual ou atender situação peculiar (falta enquanto a mãe ta viajando).
TUTELA (Art. 36, 37 e 38)
A tutela é medida de colocação em família substituta que, diferentemente da guarda, pressupõe a morte dos pais, sua declaração de ausência, qualquer outra forma de perda ou ainda suspensão do Poder Familiar. A tutela é definitiva!
ADOÇÃO (Art. 39 – 62)
Quem não pode adotar? Ascendentes e Irmão. O avô ou avó podem ser guardião ou tutor apenas. Evitar confusão patrimonial, parentesco.
Quem pode adotar?
 Em relação a idade, a pessoa deve ter capacidade plena para adotar alguém. Deve haver uma diferença mínima de 16 anos entre o adotante e o adotado. Tio pode adotar sobrinho! 
Em relação ao estado civil, a pessoa solteira pode adotar livremente. Para adotar junto com alguém (relação conjunta) deve haver casamento ou união estável. Relação homoafetiva pode!
Quando pode adotar com ex-marido? Vão poder adotar conjuntamente se preencher três requisitos: 1) Convivência se iniciou quando estavam juntos. 2) Devem chegar a um acordo sobre a guarda que pode ser unilateral/compartilhada e o regime de visitação. 3) Aquele que não vai ter a guarda, deve ter um vínculo de afinidade com o adotado.
Igualdade Plena entre filhos: Filho é filho. 
É vedado adoção por procuração. Direito extremamente personalíssimo. Adoção é irrevogável. A morte dos pais adotivos não transfere o poder familiar aos pais biológicos.
Estrangeiro deve ter um estágio de convivência de 30 dias com o adotado. (art. 46) Deve ser cumprido em território nacional.
Necessidade de consentimento dos pais biológicos para adoção. O adolescente tem que consentir em ser adotada por uma família. Já a criança vai ser ouvida, porém não necessariamente o juiz tem que decidir com a opinião dela.
Posso mudar o prenome quando for adotado? O adolescente pode, já a criança o juiz vai decidir.
Não pode ter nenhuma averbação no registro. O registro anterior é cancelado, e dele não se expede qualquer tipo de documento. Só pode ver isso o adotado. Art. 48. Direito ao conhecimento da origem biológica. Assistência jurídica/psicológica ao menor, etc.
AULA 4
Direito à educação
O ECA foi alterado pois dizia que a pré-escola era de 0-6 anos. Já a CF/88, juntamente com a Lei de diretrizes e base da educação, dizia que era de 0-5 anos. Atualmente estão em concordância de atendimento de creche e pré-escola de 0-5 anos após analise e discussão do assunto. 
Arts. 205 ao 214, CF/88.
Art. 54, ECA.
Objetivando a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Instrumento de tranformação social.
Pleno desenvolvimento da pessoa, preparo para o exercicio da ciadania e qualificação para o trabalho.
É obrigatório e gratuito.
Oferta de ensino noturno.
Os dirigentes do estabelecimento educacional devem comunicar o conselho tutelar casos de:
Maus-tratos.
Reiteração de faltas, elevados níveis de repetência.
A análise do ECA deve ser de acordo com o art. 7º,XXXIII, CF/88. Entre 16 - 18 anos: Vedado trabalho noturno, insalubre ou perigoso.ECA ainda veda o trabalho penoso. Menor de 16 anos: Não pode exercer qualquer trabalho, salvo aprendiz.
Direito à cultura, ao esporte e ao lazer:
Prevenção especial:
Diversões e espetáculos públicos: Crianças menores de 10 anos só entram acompanhadas, INDEPENDENTE do espetáculo. 
Produtos e serviços vedados – Bebida alcoólica, explosivos, armas, munição, bilhetes lotéricos, revistas impróprias, Como devem ser comercializadas informações/revistas/livros inapropriados? Embalagem opaca, sem acesso, lugar restrito/fechado. Art. 81, ECA. Proibido a hospedagem de menor em hotel, motel, pensão, salvo autorizado pelos pais. Art. 82, ECA.
Viagem do menor – art. 83, 84, 85. Cuidar se é viagem dentro do território nacional (Adolescente viaja livremente. *PORÉM não pode se hospedar em hotel etc.*. A criança não pode viajar sozinha sem autorização do juiz. Logo, a criança de até 12 anos incompletos estiver viajando acompanhado do tio, irmão, de pessoa maior com autorização do pai e mãe) ou viagem internacional (mesmo tratamento para criança e adolescente. Ou estão acompanhados por ambos os pais ou acompanhado por um documento com firma reconhecida que autorize o outro pai/mãe a viajar com o filho. A resolução 131/CNJ autoriza terceiros, caso autorizado pelo pais, levarem o menor para excursão internacional *CRITICADO, pois resolução não tem força de lei*). 	
AULA 5
Política de Atendimento
Conjunto de leis, instituições, políticas e programas criados para atender aos direitos da criança e do adolescente.
Assistência Social ao menor da CFRB/88.
Conjunto de ações governamentais e não governamentais. 
Art. 87, ECA – Principais ações:
Política social básica / mínimo existencial (educação, saúde, habitação, saneamento).
Criação de serviços que visam à complementação de renda, aceleração escolar, etc.
Serviços especiais de prevenção, atendimento médico e psicossocial às vítimas de abuso, maus tratos, etc.
Serviço de identificação e localização de pais responsáveis, crianças e adolescentes desaparecidos.
Proteção jurídico-social por entidades de defesa dos menores.
Política e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar do menor (vínculo familiar).
Campanha de estímulo de guarda ou adoção de criança maiores ou com deficiência, por ser mais difícil de serem adotadas/aguardadas. Ex: facilidade e agilidade no processo de adoção de deficiente (lei 12.955/14).
Art. 88, Lei da Primeira Infância:
Conceito de primeira infância: “os 6 primeiros anos de vida ou os 72 primeiros meses da criança”. Proteções e direito especiais.
Realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil (área cognitiva) e sobre prevenção da violência.
Especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil.
Os arts. 87 e 88 são COMANDOS, de obrigatória execução.
São Diretrizes:
Municipalização
Conselhos de direitos da criança e do adolescente
Criação e manutenção de programas específicos
Fundos dos Conselhos de Direitos
Integração operacional dos órgãos para atendimento ao adolescente em conflito com a lei (pratica ato infracional). Sanção: internação do menor.
Integração operacional dos órgãos para atendimento de crianças e adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional
Participação da sociedade 
Políticas de atendimento:
Execução de medidas protetivas (art. 101) e socioeducativas (art. 112)
Situações de risco. Criança tem seu direito ameaçado ou lesionado. (art. 98)
Entidades de atendimento:
Os objetos das entidades estão determinados no art. 90 (rol exemplificativo). Ex: entidades para colocação familiar, entidades para liberdade assistida, entidade para prestação de serviços à comunidade, etc.
O dirigente de entidade é equiparado ao guardião. Tem obrigações, podendo ser responsabilizado caso haja descumprimento.
Os dirigentes de entidades de programas de acolhimento familiar ou institucional farão, no máximo a cada 6 meses, relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança ou adolescente, para fins de reavaliação.
As entidades, comopor exemplo, o conselho tutelar pode acolher uma criança perdida, porém devem avisar um juiz em até 24 horas, sob pena de responsabilidade. Não necessita de uma prévia judicial antes de pegar a criança. Caráter EXCEPCIONAL e de URGÊNCIA.
Fiscalização das entidades:
As entidades de atendimento, sejam elas governamentais ou não, serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares. Esta fiscalização consiste na verificação das condições estabelecidas pela lei.
Caso atrapalhem a fiscalização, art. 236, ECA
. 
O descumprimento das obrigações dos arts. 90 ao 94 acarretam sanções previstas no ECA.
As entidades governamentais e não governamentais deverão proceder à inscrição de seus programas, especificando os regimes de atendimento, na forma definida neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária.
 
Art. 92, ECA: Princípios das entidades
Preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração familiar; 
Integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família natural ou extensa;
Atendimento personalizado e em pequenos grupos;
Desenvolvimento de atividades em regime de co-educação;
Não desmembramento de grupos de irmãos;
Evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados;
Participação na vida da comunidade local;
Preparação gradativa para o desligamento;
Participação de pessoas da comunidade no processo educativo.
SANÇÕES PREVISTAS NO ECA:
Para Entidades Governamentais:
Advertência;
Afastamento provisório de seus dirigentes;
Afastamento definitivo de seus dirigentes;
Fechamento de unidade ou interdição de programa.
Para Entidades Não Governamentais:
advertência;
suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas;
interdição de unidades ou suspensão de programa;
cassação do registro.
PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO
O procedimento tem início mediante portaria da autoridade judiciária do local da entidade ou por representação do MP ou do Conselho Tutelar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos que caracterizem as irregularidades.
Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, tendo ouvido o Ministério Público, decretar, liminarmente, o afastamento provisório do dirigente da entidade, mediante decisão fundamentada.
O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a autoridade judiciária designará audiência de instrução e julgamento, intimando as partes.
Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão cinco dias para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo. Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para a substituição.

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