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EMP. Titulos de credito

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Constituição e exigibilidade dos TC 
Parâmetro normativo: 
Lei Uniforme de Genebra: Convenção de Genebra, que a uniformização dos títulos de créditos nos direitos dos países signatários 
Todavia, tendo sido editada sob o Decreto n. 57.663/30, não possuía status para revogar o Decreto n. 2.044/08 que possui estatuto de lei ordinária. 
Dessa forma, STF: como não se operou revogação expressa do Decreto n. 2.044/08, por força do art. 2º, § 1º, da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, os dispositivos correspondentes à matéria não disciplinada pela lei uniforme continuam vigentes. 
Constituição do Título de Crédito: O Saque 
• É o ato de criação do título de crédito. 
 
criação X emissão (confecção material do documento) (entrega do doc. ao tomador) 
 
• Saque e Cláusula-mandato: pessoa se obriga, em decorrência de ato cambial, por meio de procurador. Ex.: Contratos bancários: devedor nomeia a própria instituição financeira credora (ou empresa coligada) como sua mandatária, para os fins de sacar, na hipótese de inadimplemento, um título de crédito representativo da obrigação. X Súmula 60 STJ = nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário vinculado ao mutuante 
Constituição do Título de Crédito: O Aceite 
• Efeitos do Aceite (ou recusa) Parcial: a recusa do aceite significa que a ordem de pagamento dada pelo sacador não foi devidamente prestigiada. Reconhece-se se ao tomador, então, o direito de exigir prontamente do sacador a garantia pela ordem que ele havia emitido. Em relação ao sacado da letra de câmbio, a recusa do aceite não opera nenhum efeito. 
O Sacador pode, no prazo aceito, cobrar o sacado, no limite de seu aceite.
Cláusula Não Aceitável 
Impede a procura imediata do tomador ao sacado 
“aos trinta e um de janeiro de ...., pagará V. S ª por esta única via de letra de câmbio não aceitável, a importância de ….” 
protege o sacador contra a antecipação da exigibilidade da obrigação
Constituição do Título de Crédito: O Endosso 
 Transferência da titularidade do crédito (exceção ao endosso impróprio) 
• dois efeitos:  transfere o título ao endossatário  vincula o endossante ao seu pagamento Mas atenção: 1) O ato de transferência do título nominativo não à ordem não é o endosso, mas a cessão civil de crédito. 2) Se não for intuito do endossante assumir a responsabilidade pelo pagamento do título, e com isso concordar o endossatário, operar-se-á a exoneração da responsabilidade pela cláusula “sem garantia” 3) Não se aplica à letra de câmbio o art. 914 do Código Civil. Esse dispositivo, que isenta, em regra, o endossante de garantir o pagamento do título.
ENDOSSO IMPRÓPRIO: ato que torna legítima a posse do endossatário sobre o documento, sem que ele se torne credor. 
Duas modalidades dessa categoria de ato cambial: o endosso mandato e o endosso-caução. 
• O portador da letra em decorrência de endosso impróprio, na medida em que não é investido na condição de credor do título, não o pode transferir a outra pessoa. 
Constituição do Título de Crédito: Cessão Civil de crédito 
Instituto de transferência deste que gera enormes inseguranças por admitir que sejam invocadas contra o cessionário as defesas pessoais do cedente.  Faz-se a título derivado e não em caráter autônomo e independente.  art. 919 do Código Civil: o recebimento de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil de crédito.
Com efeito, enquanto o endosso é ato unilateral, a cessão de crédito é negócio jurídico, portanto, bilateral (formada pelo acordo de vontades das partes). A cessão pode ser feita da mesma forma que qualquer outro contrato, ao contrário do endosso, que só é admitido mediante assinatura e declaração apostas no título. O endosso confere direitos autônomos ao seu beneficiário (direitos novos em relação aos anteriores), ao passo que a cessão confere direitos derivados (os mesmos direitos de quem cedeu). Assim, enquanto o endossante, em regra, responde pela existência do crédito e pagamento do título, o cedente responderá apenas pela existência do crédito. Para o endosso vigora o princípio da inoponibilidade das exceções; já a cessão admite que o devedor oponha contra o cessionário exceções que tinha contra o cedente (CC, art. 294). O endosso não pode ser parcial; a cessão civil, sim.
Endosso e Cessão Civil de Crédito: O endosso é o ato de transferência do título de crédito à ordem, mas a cláusula obstativa da circulação cambial pode ser inserida pelo sacador ou pelo endossante. 
A cláusula não à ordem não impede, propriamente, a circulação do crédito, mas altera o regime jurídico aplicável à circulação: Tratamento do direito civil: Cessão Civil de Crédito 
Cessão Civil: duas as diferenças: 1) O endossante, em regra, responde pela solvência do devedor, o cedente, em regra, responde apenas pela existência do crédito; 
 2) O devedor não pode alegar contra o endossatário de boa-fé exceções pessoais, mas as pode alegar contra o cessionário. 
Constituição do Título de Crédito: Títulos de Crédito e a solidariedade 
Devedores de um título de crédito são solidários? 
Ulhôa: “Os devedores de título de crédito não são, portanto, propriamente solidários. Eles se submetem, ao contrário, a um complexo sistema de regressividade, que é exclusivo da obrigação de natureza cambial. 1) nem todos têm direito de regresso (aceitante de letra ou subscritor de nota) 2) os devedores anteriores respondem perante os posteriores, que não podem ser acionados por aqueles 3) o regresso cambiário se exerce pela totalidade e não pela quota parte do valor da obrigação 
Constituição do Título de Crédito: O Aval 
• Situação em que credor não se considera garantido com o título 
• O aval é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar título de crédito, nas mesmas condições que um devedor desse título (avalizado) (fiança do direito cambiário). • Permitido o aval antecipado • O avalista assume, perante o credor do título, uma obrigação autônoma, mas equivalente à do avalizado. • E por ser autônoma, eventuais benefícios do devedor não se estendem ao avalista (mora, falsificação da assinatura do devedor etc) • Pode ser no anverso e no verso (“por aval”) e em branco ou em preto.
avais simultâneos, ou coavais (garantem solidariamente o cumprimento da obrigação avalizada e o regresso é pela quotaparte) 
X 
avais sucessivos (avalista de avalista, e não existe entre eles nenhuma solidariedade, mas responsabilidade pelo total e não quota-parte) 
Súmula 189 do STF: Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos
Exigibilidade do Título de Crédito: O Vencimento 
• o fato jurídico que torna exigível o crédito cambiário nela mencionado. 
• vencimento ordinário: decurso do tempo Vencimento extraordinário: no caso de recusa do aceite pelo sacado (LU, art. 43) e na falência do aceitante (antecipação de vcto) 
quatro espécies:
 a) letra com vencimento em dia certo; 
 b) letra à vista; 
 c) letra a certo termo da vista; 
 d) letra a certo termo da data. 
Constituição do Título de Crédito: O Pagamento 
• extingue uma, algumas ou todas as obrigações cambiais nela mencionadas, dependendo de quem paga. 
• Cadeia de anterioridade-posteridade dos devedores cambiais: 
 Regras: a) o devedor principal é o primeiro; b) sacador e endossantes se localizam, pelo critério cronológico; c) o avalista é o devedor imediatamente posterior ao seu avalizado. Prazo para apresentação: o dia do vencimento mas a inobservância do prazo de apresentação a pagamento, por si só, não traz nenhuma consequência de relevo ao portador da letra de câmbio. A lei o estabelece, na verdade, para disciplinar o início da fluência do prazo para o protesto.
Cautelas no Pagamento: 
• exigir a quitação no próprio título; • exigir a entrega do título; • registrar a conferência da regularidade dos endossos como medida de cautela no pagamento dos títulos de crédito
Constituição do Títulode Crédito: Do Protesto • ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida, ou ainda pela simples falta de aceite. 
• protesto necessário e o facultativo: No primeiro caso, destaca que a formalização do ato deve ser providenciada dentro do prazo, para fins de conservação do direito creditício contra os codevedores (sacador e endossantes) e respectivos avalistas. No segundo, dá relevo ao fato de que a cobrança judicial do devedor principal (aceitante) e respectivo avalista independe de protesto.
 • A partir do vencimento do título, incidem juros de mora e correção monetária. Por isso, o pagamento da letra de câmbio em cartório, para fins de evitar a efetivação do protesto, deve compreender esses encargos, além do valor do título. Também será devido, na hipótese, o reembolso das despesas e custas incorridas pelo credor, na tentativa de protestar a cambial. 
Constituição do Título de Crédito: Da ação cambial 
• É a cobrança judicial do direito creditício mencionado em título de crédito. 
 • Diferencia-se das demais ações de cobrança unicamente porque apresenta a particularidade de limitar as matérias de defesa do devedor, quando o credor é terceiro de boa-fé.
 • Cobram-se, normalmente, os títulos de crédito por execução, já que a lei processual os define como títulos executivos extrajudiciais
 • Nesse caso, os embargos à execução submetem-se aos limites decorrentes do princípio da inoponibilidade.
 • O credor pode executar o título de crédito contra todos os devedores, identificando como executados, em sua petição inicial, o devedor principal, os codevedores e avalistas da letra. A ordem de anterioridade-posteridade dos devedores cambiais só interessa, para fins de cobrança amigável ou para o exercício de direito de regresso.
• Prescrição
 Vide legislação específica. Ex: contra o devedor principal e seu avalista, em 3 anos, a contar do vencimento; contra os codevedores, em 1 ano, contado do protesto (ou do vencimento, no caso de cláusula “sem despesas”); para o exercício de direito de regresso contra codevedor, em 6 meses, a partir do pagamento ou do ajuizamento da execução  Prescrita a execução, ninguém poderá ser acionado em virtude da letra de câmbio, salvo se a obrigação que se encontrava representada pelo título de crédito tinha origem extracambial, seu devedor poderá ser demandado por ação de conhecimento (Dec. n. 2.044/08, art. 48) ou por monitória (ações causais)  Se inexistir regra específica, prescreverão, em 5 anos, contados da data em que poderiam ter sido propostas (CC, art. 205, § 5º, I). O termo inicial de prescrição da ação causal, portanto, não é o exaurimento do prazo prescricional da ação cambial, mas a data — que pode mesmo ser até anterior à do saque do título de crédito — em que a medida poderia ter sido ajuizada.
Ação para substituição do título 
• Código Civil 
Art. 908. O possuidor de título dilacerado, porém identificável, tem direito a obter do emitente a substituição do anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas. 
Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for injustamente desapossado dele, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos. 
Parágrafo único. O pagamento, feito antes de ter ciência da ação referida neste artigo, exonera o devedor, salvo se se provar que ele tinha conhecimento do fato. 
 
Letra de Câmbio 
Lei Uniforme de Genebra: 
Art. 1º - A letra contém: 
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título; 2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; 3 - O nome daquele que deve pagar (sacado); 4 - A época do pagamento; 5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; 7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; 8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador).
 
Art. 31 - O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação entender-se-á ser pelo sacador. 
Art. 40 - O portador de uma letra não pode ser obrigado a receber o pagamento dela antes do vencimento. O sacado que paga uma letra antes do vencimento fá-lo sob sua responsabilidade.
Art. 43 - O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros co-obrigados: No vencimento: Se o pagamento não foi efetuado. Mesmo antes do vencimento: 1 - Se houve recusa total ou parcial de aceite; 2 - Nos casos de falência do sacado, quer ele tenha aceite, quer não, de suspensão de pagamentos do mesmo, ainda que não constatada por sentença, ou de ter sido promovida, sem resultado, execução dos seus bens. 3 - Nos casos de falência do sacador de uma letra não aceitável.
Art. 21 - A letra pode ser apresentada, até o vencimento, ao aceite do sacado, no seu domicílio , pelo portador ou até por um simples detentor.
 Art. 22 - O sacador pode em qualquer letra, estipular que ela será apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo. O sacador pode também estipular que a apresentação ao aceite não poderá efetuar-se antes de determinada data.
 Art. 24 - O sacado pode pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira apresentação. Os interessados somente podem ser admitidos a pretender que não foi dada satisfação a este pedido no caso de ele figurar no protesto.
Art. 44 - A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento). O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1 do artigo 24, a primeira apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia seguinte. O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos dois dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o protesto deve ser feito nas condições indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite.
Art. 70 - Todas as ações contra ao aceitante relativas a letras prescrevem em três anos a contar do seu vencimento. As ações ao portador contra os endossantes e contra o sacador prescrevem num ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil ou da data do vencimento, se se trata de letra que contenha cláusula "sem despesas". As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em seis meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado. 
Art. 71 - A interrupção da prescrição só produz efeito em relação a pessoa para quem a interrupção foi feita. 
PREENCHENDO O TÍTULO 
Pascoale Martino, CPF: 50.278.987-80, residente e domiciliado em São Paulo, na Rua Nathalia Clark, 276, CEP.: 12345-000, realizou negócio mercantil em sua praça com Fausto Avila, CPF 345.876.765-12, na Cidade de São Paulo, tornando-se devedor desse. Sendo credor de Martin Sales, CPF: 254.765.765-90 e residente e domiciliado em Campinas, na Rua Alfonso Greco, 234, CEP.: 01287-002, sacou no momento do negócio Letra de Câmbio, ordenando então a Martin, que pagasse em sua praça a quantia representativa da negócio mercantil havido entre Pascoale e Fausto, à razão de R$ 11.000,00, 60 dias após o aceite. 
Preencha corretamente o título, bem como o correto aceite do sacado, que, todavia, pretende garantir-se quanto ao não pagamento de todo o valor, uma vez que só deve R$ 8.000,00 ao seu credor Pascoale.Nota Promissória 
Lei Uniforme de Genebra: Art. 75 - A nota promissória contém: 1 - Denominação "Nota Promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;
 2 - A promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada;
3 - A época do pagamento;
 4 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
 5 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
 6 - A indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada;
 7 - A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). 
 Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a natureza deste título, as disposições relativas as letras e concernentes: • Endosso (artigos 11 a 20); • Vencimento (artigos 33 a 37); • Pagamento (artigos 38 a 42); • Direito de ação por falta de pagamento (artigo 43 a 50 e 52 a 54); • Prescrição (artigos 70 e 71); 
Art. 78 - O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma letra. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O termo de vista conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é comprovada por um protesto (artigo 25), cuja data serve de início ao termo de vista. 
Nota Promissória: preenchendo o título 
Na qualidade de credor – beneficiário, preencha uma nota promissória em seu favor, devida por Pedro Enriques, CPF n° 256.765.987-90, residente e domiciliado na Capital do Estado de São Paulo, na Rua José Jorge, 500, CEP.: 08987000. 
Sua esposa Flávia Enriques, CPF n° 254.567.987-65 firmará como avalista. 
OBS.: Nota sacada e firmada pelas partes na presente data, em Campinas, mas será paga no domicílio do devedor. Vencimento da obrigação: 31/07/2016.
Cheque 
Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de provisão que o emitente possui junto ao sacado, proveniente essa de contrato de depósito bancário ou de abertura de crédito. 
Pela necessidade de provisão de fundos, alguns doutrinadores defendem cheque como título de crédito imprópio. 
Fonte normativa: LUD e Lei do Cheque (Lei nº 7.357/85) 
 Nota promissória/Letra de Câmbio: podem ser lançadas em qualquer papel, apresentando os mais variados padrões, já que é título de modelo livre – deve, assim, atender aos requisitos legais relativos à promessa (LU, arts. 75 e 76). 
Cheque: modelo vinculado: papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso) - parâmetros regulamentares de padronização do cheque
Nesse sentido, são essenciais ao cheque (LC, arts. 1º e 2º): 
 
a) a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua redação; 
 b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada; 
 c) o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);
 d) data do saque;
 e) lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente; 
 f) assinatura do emitente (sacador). 
 • requisito essencial no direito brasileiro, para os cheques superiores a R$ 100,00: identificação do tomador, da pessoa em favor de quem é passada a ordem de pagamento. 
• Lei n. 9.069/95, art. 69: Cheques ao portador somente são liquidados se o valor é de até R$ 100,00, inclusive 
• não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido 
• Circulação do Cheque: Naturalmente: cláusula “à ordem” no próprio título • cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula ‘’não à ordem’’, ou outra equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão civil 
• Endosso mandato: LC, art . 26: Quando o endosso contiver a cláusula ‘’valor em cobrança’’, ‘’para cobrança’’, ‘’por procuração’’, ou qualquer outra que implique apenas mandato, o portador pode exercer todos os direitos resultantes do cheque, mas só pode lançar no cheque endossomandato. Neste caso, os obrigados somente podem invocar contra o portador as exceções oponíveis ao endossante. 
• Endosso póstumo: art. 27: O endosso posterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de apresentação produz apenas os efeitos de cessão. Salvo prova em contrário, o endosso sem data presume-se anterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à expiração do prazo de apresentação. 
Cheque: modalidades 
• a) visado: o é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de fundos suficientes para a liquidação do título. Banco reserva quantia para pagamento.
 • b) administrativo: O cheque administrativo é o emitido nominalmente pelo banco sacado, para liquidação por uma de suas agências. Nele, emitente e sacado são a mesma pessoa.
 • c) cruzado: aposição, no anverso do cheque, de dois traços transversais e paralelos. Duas espécies: geral (ou “em branco”), que não identifica nenhum banco e o especial (ou “em preto”), em que certo banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os traços. 
 • d) para se levar em conta: emitente ou o portador proíbem o pagamento do título em dinheiro. A cláusula “para ser creditado em conta” deve constar do anverso do cheque, na transversal, com expressa menção do número da conta de depósito do credor. 
• Prazo de Apresentação: O cheque deve ser apresentado, pelo credor, ao banco sacado, para liquidação, dentro do prazo assinalado pela lei (LC, art. 33): Para os “da mesma praça”, o prazo é de 30 dias; para os “de praças diferentes”, 60, sempre a contar do saque. 
A inobservância do prazo de apresentação acarreta a perda do direito de executar os endossantes do cheque, e seus avalistas, se o título é devolvido por insuficiência de fundos (LC, art. 47, II). 
Cheque: apresentação Na prática: • credor conserva o direito de executar o emitente, e seus avalistas, mesmo que não tenha apresentado o cheque no prazo. Trata-se de possibilidade reconhecida pela jurisprudência, inclusive em razão da Súmula 600 do STF, que diz: “cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária”.
 • (se não houver revogação ou contra-ordem): mesmo após o transcurso dos 30 ou 60 dias da lei, ainda poderá ser apresentado ao banco sacado, para fins de liquidação. Apenas depois de prescrita a execução — quer dizer, ultrapassados 6 meses do término do prazo de apresentação —, o sacado não poderá mais receber e processar o cheque 
Cheque: ação cambial 
Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador. Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado.
 Art . 60 A interrupção da prescrição produz efeito somente contra o obrigado em relação ao qual foi promovido o ato interruptivo.
 Art . 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei. 
Art . 62 Salvo prova de novação, a emissão ou a transferência do cheque não exclui a ação fundada na relação causal, feita a prova do não-pagamento. 
preenchendo o título
 Carlos Augusto Silva, CPF 453.212.999-60 deve a seu colega à esquerda a importância de R$ 7.000,00. Para tanto, sacará cheque nominativo, mas com a intenção de que somente seja apresentado Banco onde possui conta. 
A relação jurídica entre as partes, bem como a emissão e entrega do título ocorreram em São Paulo/SP. 
Tarefa 1: redigir a emissão do cheque 
Tarefa 2: Na qualidade de endossatário do título, providencie você para que o endosso nominal lhe seja feito corretamente e, em seguida, endosse ao colega à esquerda, sem que ele possa endossá-lonovamente.
Duplicata 
A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. 
Código Comercial de 1850: emissão da fatura ou conta (relação por escrito das mercadorias entregues) em duas vias (duplicado), as quais, assinadas pelas partes, ficariam uma em poder do comprador, e outra do vendedor. 
Diferença X Letra de Câmbio: aceite obrigatório 
Regime Jurídico: Lei das Duplicatas: Lei n° 5.474/68 
Duplicata: características 
• A duplicata mercantil é título causal: emissão somente se pode dar para a documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil : insubsistência da duplicata originada de ato ou negócio jurídico diverso 
• Aceite: Nos 30 dias seguintes à emissão, o sacador deve remeter a duplicata ao sacado. Se o título é emitido à vista, o comprador, ao recebê-lo, deve proceder ao pagamento da importância devida; se a prazo, ele deve assinar a duplicata, no campo próprio para o aceite, e restituí-la ao sacador, em 10 dias. Isto, por evidente, se não existirem motivos para a recusa do aceite, hipótese em que a duplicata é devolvida ao vendedor acompanhada da exposição deles (LD, art. 7º § 1º). 
 • a recusa só pode ocorrer nos seguintes casos: a) avaria ou não recebimento das mercadorias, quando transportadas por conta e risco do vendedor; b) vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade; c) divergência nos prazos ou preços combinados. 
Assim, aceite é obrigatório, mas não é irrecusável. 
Duplicata: Requisitos Lei n° 5.474/68 Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. § 1º A duplicata conterá: I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem; II - o número da fatura; III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador; V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso; VI - a praça de pagamento; VII - a cláusula à ordem; VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial; IX - a assinatura do emitente. 
Duplicata: Pagamentos 
É possível pagá-la antes do aceite ou do vencimento. 
• A prova do pagamento é o recibo, passado pelo legítimo portador ou por seu representante com poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento, em separado, com referência expressa à duplicata. 
• Constitui também prova de pagamento, total ou parcial, da duplicata, a liquidação de cheque, a favor do estabelecimento endossatário, no qual conste, no verso, que seu valor se destina a amortização ou liquidação da duplicata nele caracterizada. 
• No pagamento da duplicata poderão ser deduzidos quaisquer créditos a favor do devedor resultantes de devolução de mercadorias, diferenças de preço, enganos, verificados, pagamentos por conta e outros motivos assemelhados, desde que devidamente autorizados. 
Duplicata: Protesto 
• A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. 
• Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. 
• O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. 
Duplicata: Ação cambial 
Execução: • Com aceite (só o título) • Sem aceite (com prova da compra e venda) 
Prescreve a execução da duplicata: • em 3 anos, a contar do vencimento, contra o sacado e seu avalista;
 • em 1 ano, contado do protesto, contra os endossantes e seus avalistas; 
 • em 1 ano, a partir do pagamento, para o exercício de direito de regresso contra codevedor (LD, art. 18). 
Duplicata: preenchendo o título 
preenchendo o título A empresa TEXTIL FABRIL LTDA (CNPJ n° NNNNNNNNNNNNN, com sede na Rua Oliveiras, 123, CEP: 12340-761, Campinas, SP) vendeu, em 17/02/2016, a CCC Confecções LTDA (CNPJ n° MMMMMMMMMMM, com sede na Rua Milton Cintra, 324, CEP: 12987-732, Campinas, SP), a quantia de 30 rolos de tecido em cor crua, ao preço de 15.000,00. O pedido e a respectiva Nota fiscal foram representadas pela Fatura 123456. As partes combinaram que o pagamento seria realizado em Campinas, por meio de Duplicata, em parcela única, a ser remetida para aceite quinze dias após a venda, e para ser paga em 05/05/2016. Sendo assim: 
1) Preencha a duplicata corretamente, com as assinaturas e datas de assinaturas inclusive de emitente e devedor. 
2) Considerando que, em 15/03/2016 o devedor procurou o credor para pagamento antecipado, firme corretamente o recebimento da quantia, paga em sua totalidade.

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