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Direito Constitucional I 1. Teoria da Constituição 1.1 Conceito Direito Constitucional (conceito): é o ramo do Direito Público que estuda a organização e o funcionamento do Estado e a defesa dos direitos e garantias fundamentais. Direito Público se caracteriza pela existência de normas cogentes (aquilo que deve ser integralmente cumprida), impositivas ou de ordem pública. A máxima do Direito Público é a de que “só se pode fazer aquilo que está autorizado no texto da lei”. ● No Direito Privado, em contrapartida, a regra é a presença de normas dispositivas, ou seja, admitem disposições em contrário (“pode ser feito tudo aquilo que a lei não proíbe”). 1.2 Constitucionalismo É o movimento social, jurídico e político que tem como principal característica a limitação do poder do Estado por meio do texto constitucional, com o objetivo de preservar os direitos fundamentais do povo. O Constitucionalismo na contemporaneidade recebe o nome de Neoconstitucionalismo, sendo fruto de uma série de princípios constitucionais do século XX. Constitucionalismos que o precedem: ● O Constitucionalismo Social é o movimento que passou a prever na constituição os direitos sociais, como por exemplo, o direito à saúde, à educação, à moradia, à alimentação, dentre outros. ● O Transconstitucionalismo trata da relação que há entre o direito interno e o Direito Internacional para melhor tutela dos direitos fundamentais. ● O Constitucionalismo Transnacional defende a possibilidade de se elaborar uma única constituição para mais de um Estado. O principal objetivo do Neoconstitucionalismo é buscar uma maior eficácia da constituição, em especial, dos direitos fundamentais, limitando o poder do Estado e exigindo dele o cumprimento integral do que está prescrito no texto constitucional. O ativismo judicial é o “pedido de ajuda” ao judiciário para que se faça valer a constituição. Mas é preciso dosar para que não se torne um Estado Judicial. A Constituição é interpretada quando está sendo aplicada. A cada aplicação da norma, há uma interpretação. ● Judicialização da política: quanto questões políticas passam a ser discutidas pelo poder judiciário; Página 1 Direito Constitucional I ● A teoria da justiça busca equilibrar a ética com o direito natural. Discute se uma norma viola o direito natural ou não, mesmo estando na C.F. 1.3 Conceito de Constituição É o instrumento que viabiliza a conexão entre o direito e a política, como ciência, administração e estruturação as vontades populares nos Estados Democráticos. O direito dá legitimidade à atividade política e a política confere coercibilidade ao direito. A noção de que a constituição é a lei suprema do Estado (segundo Hans Kelsen) estabelece que todas as leis e atos normativos devem se fundar na constituição. Página 2 Direito Constitucional I Presidencialismo: Países que adotam esse sistema. Ex: (EUA - Brasil); Parlamentarismo: País que adota esse sistema. Ex: (Inglaterra) Emenda Constitucional - PEC (Projeto de Emenda Constitucional) Cláusulas Pétreas - Parágrafo 4º do art. 60 da C.F. Página 3 Direito Constitucional I Câmaras dos Deputados Senado Iniciativa PEC (Presidente ou ⅓ S.F./C.D- Assembleia Legislativa) Discussão Votação Aprovação (⅗ ou ⅗) Rejeitada (arquivada) Promulgação Publicação Presidente da República Requisitos Medida Provisória (MP) (força de lei, porém não é lei) - Vigora na data da sua publicação - validade de 60 dias + 1 vez por igual período. Art. 01. Forma de Governo Sistema de Governo Regime de Governo Forma de Estado República Presidencial Democracia Federação Monarquia Parlamentar Aristocracia Unitário Art. 60º (Cláusula Pétra) Regime democrático: semi direta (art.14) I, II, III Entidades Federativas: ● União - Constituição Federal; ● Estado - Constituição Estadual; ● Município - Lei Orgânica Municipal; ● D.F. (Distrito Federal) - Direito de Estado + Município- Constituído + Constituinte - Lei Orgânica Distrital. Página 4 Direito Constitucional I 1.4 Classificação das Constituições 1) Quanto a forma: a) Escrita - Codificada e sistematizada em um único texto; b) Não escrita - As normas não constam em documento, sendo baseada em costumes, convenções e jurisprudência; 2) Quanto à extensão: a) Sintética - Resumida. b) Analítica - Completa. 3) Quanto ao conteúdo: a) Material - Possui apenas matérias constitucionais; b) Formal - Possui matérias constitucionais e outros assuntos. 4) Quanto à origem: a) Promulgada - É democrática, Votada; b) Outorgada - É autoritária, Imposta; c) Cesarista - Elaboração autoritária do Estado mas aprovada por plebiscito. 5) Quanto a estabilidade; a) Rígida - Possui rigorosos procedimentos de alteração; b) Super rígida - Maria H. Diniz - mesma coisa que o conceito de rígida; c) Semi flexível - Possui parte rígida e parte flexível; d) Flexível - Mesmo procedimento de alteração das demais leis; e) Imutável - Não pode ser modificada; f) Silenciosa - Não estabelece os procedimentos de alteração; g) Transitoriamente flexível - É flexível por tempo determinado. Página 5 Direito Constitucional I 6) Quanto ao modo de elaboração: a) Dogmática - Elaborada de uma só vez; b) Histórica - Surge com o passar do tempo e com a evolução da sociedade. 7) Quanto à Dogmática: a) Ortodoxa - Fundada em uma só ideologia; b) Eclética - Compromissória, fundada em várias ideologias. 8) Quanto à legitimidade e efetividade; a) Normativa - Determina o exercício do poder, obrigando todos à sua submissão; b) Nominal - Apesar de jurídica e existente, não é respeitada e não produz efeitos; c) Semântica - Serve para justificar a dominação daqueles que exercem o poder político. 9) Quanto ao papel de Legislador infraconstitucional: a) Constituição-lei - Cumpre a função de diretriz ao legislador, que poderá ou não seguí-la; b) Constituição-fundamento - Suas normas determinam e fundamentam toda a atividade do Estado e da sociedade c) Constituição-moldura - Poder público. A liberdade do legislador é média. 10) Quanto ao Sistema: a) Principiológica - Predominam os princípios, embora existam regras; b) Normativa ou preceitual - Predominam as regras, embora existam princípios. 11) Quanto à função: a) Provisória - Define as regras da elaboração da constituição que será definitiva e o poder político durante a transição; b) Definitiva - Resulta do processo constituinte e são instituídas por um prazo de duração indeterminado. 12) Outras Classificações: a) Garantia - Limita-se a fixar os direitos individuais e garantias. É uma carta declaratória; b) Dirigente - Fixa direitos, garantias, metas estatais e direção para o Estado; c) Auto Constituição; d) Hetero Constituição - Feita por um país para vigorar em outro; e) Constituição Dúctil - Plataforma de partida para construção da constituição definitiva. Página 6 Direito ConstitucionalI 1.6 Normas Constitucionais: aplicabilidade e eficácia Aplicabilidade da Norma Constitucional (conceito): A Constituição possui normas de diferentes graus de aplicabilidade, ou seja, algumas normas Constitucionais dependem da legislação infraconstitucional (termo utilizado para se referir a qualquer lei que não esteja incluída na norma constitucional) para produção integral dos seus efeitos. ● Normas Constitucionais de eficácia plena - tem possibilidade de produzir efeitos desde o momento em que são editadas e entram em vigor, pois não dependem de outras normas para serem efetivadas. ● Normas Constitucionais de eficácia contida - era normas de eficácia plena que tiveram a abrangência restrita após a entrada em vigor. ● Normas Constitucionais de eficácia limitada - oposta às de eficácia plena pois, no momento de entrada em vigor, não possuem a possibilidade de serem aplicadas por dependerem de regulação específica para serem regulamentadas. ○ Normas de Princípio Institutivo - legislador indica que é necessária estruturação posterior do órgão estatal; ○ Normas de Princípio Pragmático - tratam de programas institucionais a serem cumpridos pelo governo em prol do interesse social. Tende-se ainda as normas de eficácia exaurida (art. 3º ADCT) aquelas que não podem mais sofrer emendas, pois já produziram todos os seus efeitos. Página 7 Direito Constitucional I Concepções da Constituição: A- sociológico (Ferdinand lassale) B- político (Cal Schmitt) C- jurídico (Hans Kelsen) D- culturalista (Henrique Meireles) Página 8 Direito Constitucional I Retroatividade da norma Constitucional: A- retroatividade mínima: a constituição pode atingir efeitos futuros de fatos do passado(regra); B- retroatividade média: a constituição atinge a prestações vencidas e ainda não pagas. C- retroatividade Máxima: a constituição atinge a fatos consumados do passado e efeitos no passado. Elementos de uma constituição: A- direitos fundamentais B- organização do Estado C- elemento limitativo D- elemento sócio ideológico E- elementos formais de aplicabilidade Constitucionalidade superveniente: uma norma que nasce constitucional pode se transformar em inconstitucional devido a uma mudança formal na constituição vigente ou através de mutação condicional. No entanto o contrário não poderá acontecer assim uma norma que nasce inconstitucional não pode posteriormente se tornar constitucional. Classificação da interpretação 1. Classificação segundo o resultado A. interpretação declaratória B. interpretação restritiva C. interpretação extensiva 2 classificação segundo a origem A autêntica ou pública B judicial C doutrinária D poder executivo 3 Classificação segundo a forma A subjetiva ( vontade do legislador) B objetiva ( vontade da lei) 4 classificação segundo a metodologia A casos fáceis B casos difíceis 5 classificação quanto a atualização do método A retrospectiva B prospectiva. 1.7 Hermenêutica das Normas Constitucionais Consiste na teoria científica que visa interpretar a norma através de métodos e princípios. Regras da interpretação: A- a constituição deve ser aplicada em todas as relações sociais B- não existem Normas sobrando no texto da constituição C- não existe conflito entre normas constitucionais mas apenas conflitos aparentes. Página 9 Direito Constitucional I Para interpretação devemos levar em consideração a teoria de o círculo hermenêutico ou seja nenhuma norma deve ser interpretada isoladamente, é necessário para o intérprete uma pré compreensão do texto; uma análise do sistema que aquela norma pertence e a relação da norma com o caso concreto. A hermenêutica funciona melhor nas chamadas cláusula abertas devido ao seu conceito jurídico indeterminado, desta forma a solução não está no enunciado e sim na integração da norma através da interpretação. 1.7.1 Métodos da hermenêutica constitucional: Método Hermenêutico Jurídico Clássico o intérprete se utiliza de métodos tradicionais de interpretação, a saber: ● gramatical ● literal ● lógico - utiliza-se de raciocínio lógico para entender a lei ● histórico - analisa o contexto histórico da criação da lei ● teleológico - analisa os objetivos pelos quais a lei foi criada Outros métodos: ● Hermenêutico Concretizador - o intérprete parte de uma pré-compreensão da norma para depois fazer um círculo indo do fato à norma e da norma ao fato quantas vezes forem necessárias para sua compreensão; ● Tópico Problemático - parte do problema para chegar na interpretação adequada da norma; ● Científico Espiritual - busca o espírito, a vontade da constituição para compreendê-la; ● Normativo Estruturante - busca-se o real sentido da norma, que não é a mesma coisa que o texto constitucional; ● Comparativo - Compara-se o texto da constituição do seu Estado com a de outros Estados. Princípios da hermenêutica constitucional estabelecem: ● Unidade - quando houver conflito entre normas constitucionais elas devem se compatibilizar. ● Máxima Efetividade - o intérprete deve extrair das normas constitucionais a maior eficácia, eficiência possível; ● Força Normativa da Constituição - deve durar o máximo possível, evitando ao máximo reformas constitucionais, trazendo estabilidade e segurança jurídica; ● Concordância Prática - conflitos de direitos fundamentais devem ser harmonizados na sua aplicabilidade; ● Justeza - o intérprete não pode alterar as competências constitucionais; Página 10 Direito Constitucional I ● Integração (força integradora) - no caso de conflito de normas, o intérprete deve prestigiar aquela que busca maior integração política e social do Estado; ● Presunção de Constitucionalidade das leis - as leis presumem-se constitucionais até que se prove o contrário; Dois dos mais importantes princípios que regem a Hermenêutica Constitucional são os princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade. Estes exigem do agente público que, ao realizar atos discricionários, utilize prudência, sensatez e bom senso, evitando condutas absurdas, bizarras e incoerentes. Assim, o administrador tem apenas liberdade para escolher entre opções razoáveis. Atos absurdos são absolutamente nulos. Considere o exemplo a seguir para diferenciar os dois princípios: Ex.: Um assassino confesso é condenado a 40 anos de reclusão sem direito a fiança ou condicional. ★ Razoabilidade - deve haver uma relação de equivalência entre a medida adotada e o critério que a dimensiona. (É razoável que um assassino não tenha a possibilidade de andar na sociedade, sendo privado de fiança e condicional). ★ Proporcionalidade - deve haver uma relação de causalidade entre meio e fim, de forma que, adotando-se o meio, chega-se ao fim. (A pena de 40 anos de reclusão é proporcional ao crime cometido, e permite-se que através do meio (40 anos de reclusão) se atinja o fim esperado (punição pelo crime cometido)). Outros princípios: ● conteúdo implícito ??? ● supremacia da constituição ??? ● imperatividade da norma constitucional ??? ● simetria - Tem como objetivo buscar a norma constitucional e transportar o textopara norma infraconstitucional (ex: Constituição Estadual). 1.8 Preâmbulo e Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 1.8.1 Preâmbulo da Constituição É a parte preparatória do texto constitucional. No caso brasileiro, encontra-se antes do artigo 1º da Constituição. Apesar de todas as constituições brasileiras terem tido um preâmbulo, a sua existência NÃO É OBRIGATÓRIA. O preâmbulo não é dotado de força normativa. Página 11 Direito Constitucional I 1.8.2 Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) Estão presentes no texto da constituição, após a parte permanente. É norma constitucional e se difere do texto da constituição pois não tem caráter permanente. Não são permitidas emendas ao ADCT pois são normas com caráter temporal. 2 Poder Constituinte É o responsável pela criação, reforma, revisão e mutação das constituições. 2.2 Espécies de poder constituinte 2.2.1 Poder constituinte originário Tem a capacidade de criar uma constituição. A organização da sociedade, realizada por este poder, não deriva de uma norma jurídica, mas sim de um fato social. Portanto, a natureza do poder constituinte originário é fática ou extrajurídica. Características: Inicial Ponto de partida do regramento de um Estado, ou seja, inaugura a existência do ordenamento jurídico e o Estado. Soberano Não reconhece nenhuma força superior a si próprio. Autônomo Pode estruturar a constituição como bem entender. Incondicionado Não se vincula à ordem jurídica anterior. Ilimitado Juridicamente Não encontra limite temático. Pode tratar dos temas que desejar. Obs.: Quando a primeira constituição é criada, seu poder constituinte originário é chamado de histórico (como foi a primeira constituição brasileira, em 1824). Todas as demais constituições criadas são criadas por meio de poder constituinte originário revolucionário. 2.2.2 Poder constituinte derivado Também chamado de instituído, secundário, de 2º grau ou remanescente. Tem esses sinônimos por não ser, tecnicamente, um poder constituinte visto que a própria constituição estabelece como ela será alterada no futuro. A constituição estabelece três espécies de poder constituinte derivado: Página 12 Direito Constitucional I ● Revisional - A revisão é ampla e genérica, sendo exceção, e se dá por meio de emendas constitucionais amplas. A revisão constitucional está prevista no artigo 3º do ADCT. ● Reformador - É a via comum de alteração da constituição, tendo caráter pontual e específico, tratando de temas específicos do texto constitucional. A reforma se dá por meio de emendas constitucionais. A C.F., no art. 60, impõe limitações à sua alteração: ● Dentre as causas materiais, estão as dispostas no inciso 4º do art. 60 da C.F., chamadas Cláusulas Pétreas. Os direitos dispostos nessas cláusulas não podem ser restringidos ou extintos mas podem sofrer emendas constitucionais que os ampliem. ● Decorrente - É outorgado aos entes estaduais de editarem as suas próprias constituições. No Brasil, esse tipo de poder é limitado pois ele é obrigado a estar de acordo com a Constituição Federal. Está previsto no art. 25 da C.F. 2.4 Poder constituinte difuso É a possibilidade de mudar a Constituição Federal através da Interpretação. Não há alteração do texto constitucional mas na forma de interpretá-lo. 2.5 Poder constituinte supranacional Formação de uma constituição para mais de um Estado. 2.6 Nova constituição e a ordem jurídica anterior No surgimento de uma nova constituição, a constituição anterior pode sofrer três possíveis consequências: Página 13 Direito Constitucional I ● Revogação - É a regra. Estabelece a perda de validade do texto da constituição anterior. ● Recepção - É a análise de uma Lei anterior a Constituição vigente quanto a matéria e a forma, contudo mesmo que existia uma incompatibilidade formal a norma continuará produzindo seus efeitos. ○ Na recepção de uma nova norma, essa precisa estar de acordo com a norma que lhe dá validade. A norma recepcionada é aquela que é compatível na matéria, ou seja, que é compatível com o texto constitucional, do contrário é inconstitucional. ● Desconstitucionalização - É a transformação da Constituição anteriormente a vigente em uma norma infraconstitucional, quando houver compatibilidade material, visando o processo de transição. A Teoria da repristinação estabelece a possibilidade de que uma lei que já tenha sido revogada volte a ter validade. 3 Direitos e Garantias Fundamentais Resumo do Áudio: Aula 01: Concepções da Constituição: Constituição em Sentido Sociológico - Principal autor Ferdinand Lassale Constituição no Sentido Político - Principal autor Cal Schmitt Constituição no Sentido Jurídico - Principal autor Hans Kelsen Constituição na Concepção Culturalista - Principal autor Henrique Meireles Quem defende à concepção jurídica? Resp: Hans Kelsen A Constituição é pura? Resp: Norma, vale o que está escrito e vamos cumprir a norma. Quem vai fazer a norma? Resp: O Poder Constituinte que são eleitos pelo povo. Para Ferdinand lassale que tem a tese sociológica diz o seguinte: a Constituição é uma característica dela espelhar os fatores reais de poder. Página 14 Direito Constitucional I Obs: Toda vez que espelhar fatores reais de poder o texto é sociológico; Quando falar em sentido político você fala em Cal Schmidt (ex; Colégio Pedro II) no texto Constitucional, mas não é tema relevante para estar no texto constitucional. Ele diz que os temas relevantes tem que estar na Constituição, ou seja, tem que ter matéria e conteúdo constitucional, não só matéria. A constituição ela pode ser de caráter liberal ou caráter social. O que é um estado liberal? Resp: É um estado mínimo. O que é um estado mínimo? Resp: Quando o estado intervém pouco na sociedade. É um estado que está preocupado com o formal ou material? Res. Forma e a sociedade será tratado com igualdade pelo estado. O que é um estado social? Resp: O nosso país é um estado social, onde o estado intervém na sua vida. O estado tenta colocar todos em pé de igualdade (teoria)- Igualdade material. Aula 2. Como o pluralismo principiológico pode favorecer estabilidade? Como a pluralidade de idéias e tendência na constituição Brasileira, onde eu garanto a propriedade privada tem a função social. Resp: Sim, favorece por quê? Agrada a todos, ou seja, se agrado ao grupo da direita e da esquerda se torna mais estável. Nossa constituição é estável. Nossa constituição é eclética e tem mais de uma concepção. Classificação da Constituição: Promulgada; Formal; Analítica; Rígida; (porque ela tem procedimento rigoroso na sua alteração) Artº 60 C.F (Cláusulas Pétreas): Quem elabora a Constituição? Resp: Poder Constituinte que é Originário - é ilimitado (Pode tudo) -com tendência positivista e numa tendência (limitada) ele seria jusnaturalista. Página 15 Direito Constitucional I Poder Constituinte derivado: por reforma - que vai ser feita por emenda ou porrevisão que é o art. 3 do ADCT (ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS). Deverá obedecer aos procedimentos e limites constitucionais que lhes foram traçados, sob pena de inconstitucionalidade. Como o presidente vai fazer a reforma da previdência? Quem pode fazer emenda constitucional? Resp: Presidente- (⅓ senadores ou ⅓ deputados) - assembleia legislativa. Quem vai aprovar? Resp: Câmara dos deputados e senado federal e aprovação será de forma separada em dois turnos com quórum de ⅗ em cada casa. Quem vai promulgar? Resp: Mesa das casas legislativas. Se essa Emenda Constitucional - PEC (Projeto de Emenda Constitucional) for rejeitada? Resp: Ela só pode ser apresentada na próxima Sessão Legislativa. A Sociedade pode apresentar iniciativa popular (abaixo assinado) pode apresentar uma PEC? Resp.: Não, pois tem que ser com procedimento acima. Durante o estádio de sítio ou intervenção pode fazer essa PEC? Resp: Não, vide o caso concreto da intervenção no estado do RJ, teve que tirar da pauta o projeto de reforma da previdência. Limitação: Formal/ circunstancial-estado de sítio, estado de defesa/intervenção. Não há limitação temporal para reforma através de emenda somente na revisão que pode ocorrer com 5 anos; O que são cláusulas pétreas: São temas dentro da constituição que não posso abolir. Pode mexer para ampliar, mas não posso abolir. Implícita ● São esses 4 temas: Separação de poderes, federação, direitos individuais e voto direto, secreto para todos; Página 16 Direito Constitucional I Se quisermos criar pena de morte no Brasil? Resp: Não pode, porque viola o parágrafo 4º da CF, neste caso, não posso abolir os direitos individuais; Pq não posso incluir a cláusula de morte? Resp: Porque o artigo 60; parágrafo 4º, você tem as cláusulas pétreas e não posso fazer emendas tendentes a abolir os direitos individuais Posso acabar com o Artigo 60? Quem disse isso? Resp: Não podemos acabar com o artigo 60, porque é uma cláusula pétrea implícita. Dito pelo Supremo. Os direitos fundamentais são todos relativos. Podemos mudar a constituição? Através de que? Resp: Sim, por meio de emendas constitucionais. Quem ocupa o papel de poder constituinte? Resp: O congresso nacional. Deputados e Senadores da República votam para alterar a constituição se transformando em poder constituinte derivado. Câmara e o Senado Federal que ocupam o papel de constituinte derivado. Quem aprova a emenda é a mesa do senado. Direitos fundamentais são relativizados! Posso criar uma nova revisão emendando o ADCT? Resp: Não, porque essa é uma norma exaurida. Será que posso fazer uma alteração no art. 60 criar novos parágrafos 7º e 8º ao artigo? Resp: Sim, pois estou ampliando e não estou abolindo nenhuma norma. ● Plebiscito é uma consulta da sociedade pela sim ou pelo não. Parlamentarismo, Presidencialismo e Totalitarismo; Posso criar uma nova revisão pelo ADCT? Resp. Não. Norma exaurida. Nossa constituição podemos fazer mutação constitucional? Resp: Podemos fazer uma nova interpretação através de um novo texto constitucional - Poder Constituinte Difuso. STF diz podemos fazer mutação da nossa constituição Controle de Constitucionalidade individual. Página 17 Direito Constitucional I STJ pede ao senado que as decisões conflitantes de cunho constitucional seja aplicado o efeito erga omnes e atinja toda a sociedade, evitando assim que inúmeras decisões chegue ao STF. . Art. 52º Súmula vinculante Página 18
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