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NACIONALISMO AFRICANDER

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NACIONALISMO AFRICANDER- FORMAÇÃO DA ÁFRICA DO SUL	
 
Chegada dos holandeses no Cabo da Boa Esperança – 1652
Objetivo era estabelecer um povoado no qual se produziria alimentos para suprir as necessidades dos navios holandeses da Companhia das Índias Orientais que por ali se deslocavam. Assim, construíram um forte que deu origem a cidade do Cabo. 
O isolamento dos holandeses nessa região causou um distanciamento da cultura dos países – baixos, com o passar do tempo, os descendentes desses primeiros colonizadores desenvolveram uma cultura distinta e passaram a se auto-identificar como “africânderes”, sendo sua língua o “africânder”, nota-se ai o do embrião do nacionalismo que estava por surgir mais fortemente no século XX. 
A “Grande Marcha” Africânder e a “Guerra dos Bôeres” 
Com a ocupação dos Países Baixos pelas tropas napoleônicas, a Inglaterra antecipou-se na ocupação da Colônia do Cabo, antes que Napoleão o fizesse. Os africânderes, ou bôeres como eram chamados pelos ingleses, para não se submeterem a colonização inglesa empreenderam a “Grande Marcha” em busca de uma terra onde pudessem constituir sua nação sem influência dos ingleses. Assim fundaram três cidades: Transvaal, Orange e Natal. Essa peregrinação foi comparada aos dos judeus para a terra prometida e será uma das bases para se considerarem povo escolhido por deus.
Em 1867 descobriu-se ouro na região da Colônia do Cabo, mais tarde descobriu-se na confluência dos rios Vaal e Orange, o que despertou o interesse inglês por essa região, pertencente aos bôeres, iniciando um conflito em 1880 entre estes e os ingleses. Em 1899, Tranvaal e o Estado Livre de Orange declararam guerra aos britânicos. A guerra durou até 1902. Os bôeres lutaram até enquanto puderam, mas como salientou Wagener (2007), seus 25 mil homens não podiam se impor diante do contingente de 250 mil britânicos. Ao final, morreram vinte e dois mil soldados britânicos e sete mil bôeres.	 
Os bôeres ou africânderes ainda tentaram resistir a dominação cultural inglesa tentando impor-se através do melhor conhecimento que tinham sobre a região, mas aos poucos foram perdendo sua força, não podiam resistir contra a estrutura organizacional criada pela Inglaterra. O nacionalismo africânder, porém não morreu, ao contrário, muitos africânderes migraram para cidades interioranas onde continuavam a crer em sua superioridade, crença agora fortalecida pois a guerra acentuou o sentimento de pertença e de homogeneidade entre os integrantes da nação. 
Fortalecimento Do Nacionalismo 	
Em 1910 é formada a União sul-africana (África do Sul) entre quatro cidades que já haviam conquistado a sua autonomia, Cabo, Natal, Transvaal e a Cidade Livre de Orange, nascia então um país independente dentro do território britânico e que foi aceito na Comunidade Britânica das Nações. A partir disso se constitui, paulatinamente, o nacionalismo sul-africano, que torna-se legítimo com a criação do Partido Nacional em 1913. 	
Em 1913, também foi instituída a Lei da Terra, que impedia que o negro possuísse mais de 13% da área total do país, obrigando-os a deixar o campo e se dedicarem ao setor secundário ou terciário. As duas nações aproveitam-se da religião para a unificação e auto- identificação do seu povo. As bases para a política segregacionista estavam fundadas.
TAREFA: Faça uma pesquisa sobre o apartheid na África e relacione o seu surgimento com as informações do texto acima.
ATIVIDADES- 2º BIMESTRE		UC-História da África
1) A partir do texto O imperialismo e o darwinismo social – quais são os efeitos destes pensamentos nos dias e hoje? 	
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2) A política imperialista consistia na busca, principalmente, de novos mercados consumidores para os países industrializados e foi assim que vários países da África e da Ásia sofreram com a prática da neocolonização nos séculos XIX e XX. Portanto, sobre a justificativa construída pelas potências europeias para invadir as nações do continente africano e asiático é correto dizer que:
A) As potências europeias justificavam a invasão nos países periféricos afirmando que essa ação contribuiria para o desenvolvimento industrial e que incentivaria a adoção de um regime socialista nos países asiáticos.
B) As principais alegações utilizadas na prática do Imperialismo foram as teorias darwinistas que defendiam a superioridade cultural dos países europeus, sendo eles os países que levariam o progresso e o desenvolvimento social para os países da África e da Ásia através da missão civilizadora.
C) Uma das justificativas era que os europeus aprenderiam técnicas industriais com os africanos e asiáticos, o que acarretaria no desenvolvimento econômico e científico dos países desenvolvidos. 
D) O fardo do homem branco era uma das legitimações europeias durante a política imperialista. Esse fardo consistia numa missão que contribuiria para o desenvolvimento industrial dos países africanos e asiáticos, gerando assim o crescimento da burguesia local, fazendo com que os países não desenvolvidos tivessem suas próprias indústrias.
3) A expansão capitalista no século XIX ficou conhecida como imperialismo, e o domínio dos países europeus sobre a África e a Ásia foi denominado neocolonialismo. Sobre o resultado da junção desses dois fenômenos – o imperialismo e o colonialismo – na África e na Ásia, é correto afirmar que:
A) O imperialismo e o neocolonialismo ajudaram os povos africanos e asiáticos a saírem de seu atraso secular, possibilitando-lhes o acesso ao progresso.
B) A segunda Revolução Industrial, o capitalismo monopolista e os ideais de progresso estão associados ao imperialismo, ao neocolonialismo e ao completo domínio dos Estados Unidos, no final do século XIX.
C) A maior beneficiária de todo o domínio imperialista e do neocolonialismo na Ásia e África foi a classe operária, em face do pleno emprego da indústria.
D) Através do imperialismo e do neocolonialismo, as elites econômicas e políticas inglesas construíram a
4) Qual das alternativas abaixo traz a definição correta do Imperialismo do século XIX?
a) Visão de mundo que consiste em colocar a cultura europeia como superior a todas as outras
b) Movimento de expansão territorial, cultural e econômica de nações europeias sobre outras
c) Denominação dada aos africanos de origem holandesa e francesa.
d) Denominação dada aos soldados indianos que lutavam no exército inglês
e) imagem de que eram o modelo de cultura e civilização a ser imitado em todo o mundo. 
5) O colonialismo europeu exercido na América e África a partir do século XVI caracterizou-se pelo mercantilismo e pela expansão da religião católica. A partir das discussões em aula, aponte as justificativas para o período conhecido como neocolonialista com início no século XIX.
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6) Qual das alternativas abaixo traz o verdadeiro conceito de Missão Civilizadora?
a) Conflito anticolonialista que ocorreu na África do Sul, entre 1880 a 1902, porque os ingleses desejavam se apoderar das minas de diamante do território dos bôeres.
b) Reunião de países europeus, feita em 1884, para delimitar as fronteiras da África e estabelecer normas a serem obedecidas pelos países imperialistas.
c) Justificativa do Imperialismo, baseada na ideia de que a missão dos povos europeus era civilizar os povos africanos e asiáticos, levando a eles sua cultura, progressoe religião.
d) Denominação dada à tentativa de aplicar a teoria da evolução de Charles Darwin para explicar as sociedades e enquadrá-las em mais ou menos evoluídas.
7) Darwinismo Social pode ser definido corretamente como:
a) o estudo da vida biológica em sociedade, como as sociedades das abelhas, das formigas etc.
b) a tentativa de igualar, a nível de organização social, os animais superiores, como os mamíferos, e a sociedade dos homens.
c) o período da atividade intelectual de Charles Darwin em que o naturalista inglês dedicou-se à criação da Sociologia, ao lado de nomes como August Comte.
d) a transposição da teoria da evolução das espécies e da seleção natural do terreno da ciência natural para a realidade sociocultural.
e) a tentativa de estabelecer relação entre o comportamento animal e o comportamento humano a partir de experimentos psicológicos.
8) Podemos dizer que uma das consequências da doutrina do Darwinismo Social, elaborada no século XIX, foi:
a) o aperfeiçoamento das sociedades democráticas e a evolução tecnológica ocidental.
b) as lutas pelos direitos civis e pela “igualdade racial”.
c) as políticas de segregação racial do século XX.
d) as leis de segregação racial implementadas no Brasil durante o período republicano.
e) a segregação racial nos Estados Unidos na primeira metade do século XX.
9) Considerando o processo histórico africano, assinale V nas características verdadeiras ou F nas falsas. 
( ) A África adquiriu grande importância para a Europa no século XIX, devido às matérias-primas e alimentos que podia fornecer.
( ) Muitos exploradores contribuíram para a expansão do poder europeu na África, ao efetivarem o que eles entendiam como missão civilizadora nas terras africanas. 
( ) A expansão do cristianismo na África contribuiu para humanizar o colonialismo europeu e proteger os povos nativos da ganância dos empresários. 
( ) A partilha da África em 1884-1885 representou um pacto das potencias europeias para a preservação da integridade dos povos e das culturas nativas. 
A sequência correta 
a) F-V-F-V 	 b) V-F-V-F 	 c) F-F-V-V d) F-V-V-F 	 e) V-V-F-F
GABARITO
	2
	3
	4
	6
	7
	8
	9
	
	
	
	
	
	
	
O imperialismo e o darwinismo social
O imperialismo da Europa em relação aos demais continentes sempre existiu, mas ganhou uma força extra com a o advento da revolução industrial ocorrida no século XIX. As colônias espalhadas pelo mundo tornaram-se pontos de investimentos, visando o aproveitamento das terras, recursos minerais e mão de obra praticamente escrava. A América latina logo foi perdida para o predomínio dos Norte-Americanos, mas ainda puderam explorar alguns pequenos espaços pelo “Novo” mundo. A base principal fixou-se pela África, e com grande penetração pela Ásia e Oceania. 
 A forma de impor e manter esta dominação passou por várias estratégias, como a imposição da pobreza aos habitantes das regiões colonizadas, tornando-os extremamente dependentes. Mantendo nas colônias apenas a produção de bens primários, permanecendo a produção de bens manufaturados em seus próprios territórios. Isso reflete até os dias de hoje, onde as mais novas tecnologias estão sempre em poder dos europeus e norte-americanos. Se ainda assim uma colônia se mostrasse insubordinada, era implantada a virose da guerra, criando combates sangrentos entre colônias vizinhas ou mesmo internamente. Para enfraquecer ainda mais os povos, houve a descaracterização de territórios e etnias, que foi muito sentida na África, onde os atuais países são reflexos da colonização europeia e não de suas origens históricas. O Racismo, ou simples eliminação dos nativos, foi ação determinante para manter sobre controle as populações locais. 
 Para a população europeia era vendida a ideia de que os países europeus estavam fazendo um favor ao resto do mundo, levando-os a um processo civilizatório, e a sorte.
O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.
O darwinismo social se caracterizou como outra teoria que legitimou o discurso ideológico europeu para dominar outros continentes. O darwinismo social compactuava com a ideia de que a teoria da evolução das espécies (Darwin) poderia ser aplicada à sociedade. Tal teoria difundia o propósito de que na luta pela vida somente as nações e as raças mais fortes e capazes sobreviveriam.
A partir de então, os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo, ou neocolonialismo, seria uma missão civilizatória de uma raça superior branca europeia que levaria a civilização (tecnologia, formas de governo, religião cristã, ciência) para outros lugares. Segundo o discurso ideológico dessas teorias raciais, o europeu era o modelo ideal/ padrão de sociedade, no qual as outras sociedades deveriam se espelhar. Para a África e a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato com a civilização europeia.
Hoje sabemos que o evolucionismo social e o darwinismo social não possuem nenhum embasamento ou legitimidade científica, mas no contexto histórico do século XIX foram ativamente utilizados para legitimar o imperialismo, ou seja, a submissão, o domínio e a exploração de continentes inteiros.
FONTES: 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/darwinismo-social-imperialismo-no-seculo-xix.htm
http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_sob_encomenda_redacao_00102.html

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