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FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

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FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Marcello Vinícius 
Nascimento dos Santos
FRATURAS/ LUXAÇÕES E ENTORSES
CONCEITOS DE FRATURA, LUXAÇÃO E ENTORSE:
° FRATURA (FECHADA OU ABERTA= EXPOSTA/ COMPOSTA)- É a interrupção da continuidade de um osso. (GREENSPAN, 2001)
Fechada: Não há comunicação entre a fratura e o ambiente externo. 
Aberta= Exposta: É o mesmo que fratura composta e ocorre quando a extremidade do osso ou algum objeto perfura a pele, sendo causa de exposição aos microorganismos, podendo levar a infecção do osso (Osteomielite) (PORTER, 2005).
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA (images)- 
Considerações- Local e Extensão da fratura, tipos (incompleta e completa), alinhamento, direção da linha de fratura, aspectos especiais e anormalidades associadas. 
° LUXAÇÃO- É a ruptura completa de uma articulação, quando as superfícies articulares não estão mais em contato e subluxação é a pequena ruptura de uma articulação, onde permanece algum contato articular. (GREENSPAN, 2001) 
° ENTORSE- É o mecanismo de ação que leva a uma luxação ou subluxação articular, podendo ou não levar à lesão de tecidos moles e ossos. 
TIPOS ESPECIAIS DE FRATURAS: 
° ESTRESSE e PATOLÓGICA 
° ENVOLVIMENTO DA PLACA DE CRESCIMENTO 
CONSOLIDAÇÃO (FATORES QUE INFLUENCIAM NA CONSOLIDAÇÃO) 
o PRIMÁRIA 
o SECUNDÁRIA- FASES INFLAMATÓRIA, REPARATIVA E REMODELAGEM
 
Obs: Como saber se já está consolidado ao ponto de suportar as cargas cotidianas? Como saber se já foi restaurada a função mecânica do osso?
 
COMPLICAÇÃO DAS FRATURAS (NÃO CONSOLIDAÇÃO) 
PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS DOS DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO
o APARELHO GESSADO
o HASTES E PINOS INTRAMEDULARES 
o PLACAS DE COMPRESSÃO 
o PLACAS DE CONTRAFORTE 
o PINOS, FIOS E PARAFUSOS 
o BANDA DE TENSÃO
o PARAFUSOS DE COMPRESSÃO 
o PLACA E PARAFUSO DESLIZANTE PARA O QUADRIL 
o PLACA DE COMPRESSÃO CONDILAR DE 95º 
o FIXADOR EXTERNO (WAGNER E ILIZAROV) ALONGAMENTO ÓSSEO 
DOENÇAS ÓSSEAS 
o OSTEOMIELITE- Infecção do Osso que acomete o canal medular, o osso esponjoso e a cortical óssea. 
- Classificação (Hematogênica Aguda, Pós-traumática, Crônica e Abscesso Ósseo/Brodie) 
-Fisiopatologia:
BACTÉRIA=> CONTAMINAÇÃO DA METÁFISE DOS OSSOS LONGOS=> RESPOSTA INFLAMATÓRIA=> ISQUEMIA LOCAL (FORMAÇÃO DO ABSCESSO INTRA- ÓSSEO)=> DIFUSÃO DA INFLAMAÇÃO PARA OUTROS LOCAIS DO OSSO PELOS CANAIS DE HAVERS E VOLKMAN=> PODE HAVER EXTENSÃO ATÉ O PERIÓSTEO OU PARTES MOLES COM FORMAÇÃO DE FÍSTULAS=> DESCOLAMENTO DO PERIÓSTEO AUMENTA A NECROSE ÓSSEA FORMANDO O SEQUETRO ÓSSEO=> FASE CRÔNICA (10 DIAS APÓS A INFECÇÃO INICIAL)
 
-Diagnóstico (história clínica, quadro clínico e exames complementares=> Colonização ou Contaminação) 
-Tratamento (drenagem da osteomielite, antibióticoterapia, contas de PMMA​-> Polimetilmetacrilato de aminoglicosídeo; e sequestrectomia na osteomielite crônica) 
-Complicações (septicemia, amputações e morte, cronificação e artrite séptica). 
- Tratamento fisioterapêutico (Contra indicação absoluta- Calor)
o OSTEOPOROSE- Conceito- Síndrome caracterizada pela perda de massa e deteriorização da microarquitetura do tecido ósseo, levando à fragilidade óssea e conseqüentemente ao aumento do risco de fraturas (CONSENSUS DEVELOPMENT CONFERENCE, 1993), Epidemiologia (2,5 milhões de mulheres pós menopausa sofrerão fraturas do colo do fêmur), Etiopatogenia (80% de osso cortical e 20% de osso trabecular, que tem o ritmo metabólico 8 vezes mais “acelerado”, 10% da massa corporal total sofre remodelação anual, para substituir o osso “velho” pelo (Endócrinas, Gastrintestinais, Medulares, do Tecido Conjuntivo e Miscelânea) - Densitometria Óssea= Normal, Osteopenia, e Osteoporose Grave ou Severa (OMS, 1994), (perda de massa óssea que é assintomática, dores osteoarticular ou músculoligamentar provocada por fraturas, hipercifose torácica, alterações respiratórias, incontinência urinária, dor lombar associada a degeneração discal e síndrome facetária, “novo” e para regular o metabolismo mineral do corpo. Após a menopausa os ovários diminuem a produção do estrógeno que estabiliza o turnover ósseo, Fatores de risco (baixa massa óssea e a deficiência estrogênica pós menopausa), doenças que predispõe Critérios de DiagnósticoSinais e Sintomas Risco de quedas (Intrínsecos: Visual, Equilíbrio, Força; Extrínsecos: Mobiliários, estruturas arquitetônicas, Uso medicamentoso e calçados, Avaliação Fisioterapêutica (Subjetiva= Anamnese e Exame físico= Cinético-funcional) e Tratamento fisioterapêutico. 
o RAQUITISMO (Crianças) e OSTEOMALÁCIA (Adultos) 
Mineralização deficiente do tecido ósseo, na criança com interrupção neste processo na placa de crescimento e no adulto, na mineralização do osso cortical e esponjoso maduro. 
• Fatores Etiológicos (Deficiência de vitamina D, Distúrbio Gastrointestinal, Distúrbios do metabolismo da Vitamina D, Insuficiência Renal e distúrbios tubulares, Depleção de Fosfato e Defeitos primários da mineralização) 
• Fisiopatologia: (Cristalização da fase mineral do osso= Cálcio+ fosfato no líquido Extracelular; Papel da Vitamina D na manuteção de cálcio e fosfato e a exposição ao Ultravioleta (pró vitamina D);No fígado e depois no Rim farão a manutenção da homeostase da mineralização óssea, No Intestino, provoca absorção de cálcio e fosfato e no Osso, promove a mineralização da matriz orgânica. 
Manifestações Clínicas- 
Raquitismo: Irritabilidade e apatia; Achatamento do Crânio; Alargamento das suturas; Dentinogênese retardada ou defeituosa; Articulações costocondrais proeminetes (rosário raquítico); Pectus Carinatum; Fraqueza muscular e hipotonia; Encurtamento dos ossos longos; Baixa estatura; Cifoescoliose; Suscetibilidade a fraturas; Achados radiográficos (osteopenia, encurvamento dos ossos longos, irregularidade na placa de crescimento, aspecto de “taça” da placa de crescimento). 
Osteomalácia: Dor óssea difusa e hipersensibilidade óssea, fraqueza muscular e achados radiográficos (pseudofraturas ou zonas de Loose)
Fistola => Caminho feito para a retirada das bactérias feita pelo corpo só que o caminho pode ser para a pele ou até para outros órgãos.
• ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DA CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR (CLÍNICA E ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA)
o CINTURA ESCAPULAR 
° Fratura proximal do Úmero: Epífise proximal, colo anatômico, colo cirúrgico, tubérculo maior e menor (lesões nervosas associadas) 
•Mecanismo de trauma 
•Quadro clínico (dor, edema, crepitação local, impotência funcional, equimose a partir de 24 a 36 horas, braço em rotação interna e abdução (apoiando-se no tórax). 
• Diagnóstico: Avaliação neurovascular da extremidade; Exame radiológico e T.C. 
• Classificação de Neer (5 tipos): 
- Fratura com deslocamento mínimo 
- Fraturas e fratura-luxação em 2 partes 
- Fraturas e fratura-luxação em 3 partes 
- Fraturas e fratura-luxação em 4 partes 
- Fraturas Especiais-fratura impactada da cabeça do úmero 
• Tratamento Fisioterapêutico 
􀂃 Fratura diafisária do Úmero: Peitoral maior e crista supracondiliana 
• Mecanismo do trauma 
• Classificação AO (3 tipos): 
- Tipo A: Fraturas Simples 
- Tipo B: Cominutivas com fragmentos grandes (em cunha) 
- Tipo C: Cominutivas Complexas 
• Avaliação dos nervos Radial, Ulnar e Mediano; Pulso radial; Radiografia 
• Tratamento Ortopédico: Em “U”, pinça de confeiteiro ou tipo colarinho-punho; 8 a 10 semanas e imobilização 
• Complicações 
• Tratamento fisioterapêutico
 
􀂃 Capsulite Adesiva do Ombro= CAO (“Ombro Congelado”): Descrição da patologia (cápsula articular espessada, inelástica e friável com fibrose e infiltração perivascular, volume articular diminuído em torno de 3 a 15 ml e normal de 20 a 25 ml), quadro clínico (dor mal localizada de início espontâneo, redução da mobilidade articular em todas as direções, principalmente rotações interna e externa), predomina em mulheres de 40 a 60 anose diagnóstico (evolução acima de 4 semanas antes do diagnóstico definitivo e predomina no lado dominante, fases (dolorosa, de rigidez e de descongelamento), exame radiológico e tratamento ortopédico e fisioterapêutico. 
o COTOVELO 
• Fraturas do Úmero Distal (Intra e Extra-articulares)- Mecanismos do trauma (forças indiretas; compressão-> cabeça do rádio; flexão e distração-> olecrano; extensão e distração-> luxação.
 􀂃 Supra e Intercondiliana (Mais grave do cotovelo), Classificação: 
- Tipo I- Sem desvio 
- Tipo II- Com desvio, mas sem rotação dos fragmentos 
- Tipo III- Com desvio e com rotação 
- Tipo IV- Com desvio e com cominuição intra-articular
 
A maioria destas fraturas é com desvio e acomete mais as mulheres com idade média de 55 anos (osteoporose dificulta a cirurgia). Tratamento Ortopédico (redução e fixação), Complicações (28% dos casos).
Tratamento Fisioterapêutico.
• Fratura dos Côndilos Lateral ou Medial- Pouco comuns nos adultos porém quando existe a fratura poderá vir acompanhada de lesão do ligamento colateral do lado oposto ao da fratura. 
• Fraturas do Olécrano- Todas as idades, Mecanismo do trauma, Tratamento Ortopédico cirúrgico (ultrapassado cirúrgico com posterior utilização de aparelho gessado por 6 semanas) 
• Luxação do Cotovelo- 2ª luxação mais freqüente na 3ª década de vida, Diagnóstico, Complicações (Nervos Mediano e Ulnar) e envolvimento simultâneo com fratura da apófise Conóide e cabeça do rádio, instabilidades crônicas Tratamento Ortopédico (redução com imobilização por 3 semanas e/ou reconstrução ligamentar), Tratamento Fisioterapêutico. 
o ANTEBRAÇO 
• Fraturas dos Ossos do Antebraço- Apresentação Clínica (Acidentes automobilísticos, Quedas, Fraturas Patológicas-> Incomuns), Classificação (Isoladas, Ambos os Ossos, Monteggia->1814, Galeazzi->1934), Classificação das Fraturas Isoladas ou de Ambos os Ossos (1/3 Proximal, 1/3 Médio e 1/3 Distal), Classificação da AO (A->Traço Simples, B-> Traço em Asa de Borboleta, C-> Fraturas Complexas= Cominutivas), Tratamento Ortopédico (Grande Chance de Desvio-> São Fraturas Instáveis, Imobilização Axilopalmar em crianças e adolescentes de 8 a 16 semanas, Cirúrgico em Fixação por Placa e Parafuso), Complicações (Síndrome Compartimental, Lesões Vasculares= raras, Lesões Nervosas= raras, Infecções e Pseudoartrose. 
• Fratura de Monteggia- Conceito, Classificação, segundo Bado (1967): 
􀂃 Tipo I- Luxação Anterior da Cabeça do Rádio com fratura da diáfise da Ulna, em qualquer nível, com deslocamento anterior (a mais comum em crianças)- Frequência de 60%. 
􀂃 Tipo II- Luxação Posterior ou Póstero-Lateral da cabeça do Rádio e fratura da diáfise da Ulna, com angulação posterior- Frequência de 15%. 
􀂃 Tipo III- Luxação Lateral ou Antero-Lateral da cabeça do Rádio com fratura da metáfise da Ulna- Frequência de 20%. 
􀂃 Tipo IV- Luxação Anterior da Cabeça do Rádio com fratura do terço proximal do Rádio e Fratura da Ulna ao mesmo nível, Frequência de 5%.
Mecanismo do Trauma (queda com hiperextensão ou pronação forçada), Diagnóstico (antebraço, cotovelo e punho), Tratamento Ortopédico (< de 13 anos redução fechada e se não for bem sucedida redução aberta), Complicações (perda da redução e rigidez articular), Tratamento Fisioterapêutico.
• Fratura de Galeazzi- Conceito (1/3 distal do Rádio com luxação da Ulna distalmente, mais comum em adultos e mais frequente entre o terço médio e distal do Rádio). Mecanismo do Trauma (cotovelo em extensão, punho hiperextendido e antebraço pronado), segundo Hugston (1957), 92% de maus resultados por tratamento conservador.
o PUNHO E MÃO 
• Fratura do Terço Distal do Rádio (COLLES)- No M.S. as fraturas de maior incidência se localizam no punho.
 
􀂃 Fratura- Extensão- Compressão (POUTEAU-COLLES) 
􀂃 Fratura por Flexão- Compressão com deslocamento Volar (GOYRAN- SMITH)
Mecanismo do Trauma (Flexão Dorsal e Antebraço Pronado) -> Considerações Específicas: posição da mão e do antebraço; qualidade do osso; quantidade da força aplicada e tipo de movimento. Quadro Clínico (dor intensa na região distal do antebraço, deformidade anatômica visível com aspecto típico em “dorso de garfo” e desvio radial do punho), verificar possibilidade de lesão do Nervo Mediano. Diagnóstico (Radiografia em A.P., perfil e oblíqua; Raramente T.C. -> Intra-articulares, ocultas e articulação Rádio-Ulnar distal. Tratamento Ortopédico (Conservador-> Redução e Aparelho Gessado; Cirúrgico-> Fixação Percutânea, Placa ou Parafuso), Complicações: Distrofia Simpático Reflexa (= Atrofia de Sudeck -> Dor espontânea, rigidez e parestesia), Pseudo-artrose, Consolidação Viciosa (+ freqüente), Ruptura do Extensor Longo do Polegar. Tratamento Fisioterapêutico.
• Fratura do Escafóide- Mecanismo do Trauma (queda com hiperextensão do punho), Característica Específica do Escafóide (pobre em vascularização com 80% da irrigação sanguínea ocorrendo por vasos que penetram na sua porção distal e dorsal e 20% pelo Tubérculo do Escafóide, Diagnóstico (Idade, Mecanismo de lesão, Dor e Aumento de Volume na Tabaqueira Anatômica) -> Radiografias: A.P. com flexão dos dedos e desvio ulnar; Perfil absoluto; Oblíquas com 30º de pronação e 30% de supinação. Classificação (Localização do traço de fratura em Terços Proximal, Médio e Lateral) ou de Russe (Tipo de traço de fratura em Transverso, Oblíquo Vertical e Oblíquo horizontal), Tratamento Ortopédico (Imobilização Axilopalmar e após 5 semanas libera-se o cotovelo, com um período próximo aos 90 dias totais), para fraturas instáveis (redução e osteossíntese), Complicações (Necrose, Consolidação Viciosa e Pseudoartrose), Tratamento Fisioterapêutico. 
• Fratura dos Metacarpos e Falanges- Mecanismos de Trauma (Direto, Torções e Poderosas Contrações Musculares), Tratamento Ortopédico (Maioria simples e as outras com Osteossíntese com Fios- K) Complicações (Rigidez Articular levando a perda da capacidade funcional).
- Fratura dos Metacarpos: Fratura da Cabeça dos Metacarpos; Fratura do Colo; Fraturas de Diáfise e Fraturas da Base.
-> Fraturas Especiais:
-Fraturas do 1º Metacarpo: Fratura-Luxação de Bennett (Intra-articular da base do 1º Metacarpo com luxação radial e dorsalmente do componente maior, pela tração do músculo Abdutor Longo do Polegar; Tratamento Ortopédico-> Redução e Fixação); Fratura de Rolando (Intra-articular em T ou Y da base do 1º Metacarpo em luxação; Tratamento Ortopédico-> Redução Cirúrgica); Fratura Extra-Articular e Fratura com deslizamento epifisário.
-Fratura das Falanges: Distal (Estável e o tratamento ortopédico deverá ser com tala de alumínio acolchoada por 2 semanas e se houver hematoma subungueal doloroso, deverá ser feita a drenagem) Média e Proximal (Intra e Extra-articulares, as articulações são revestidas pelos tendões dos músculos extensores dorsalmente e dos músculos flexores ventralmente, favorecendo a aderência no foco da fratura, dificultando o deslizamento e limitando a movimentação e por isso a mobilização precoce é indicada).
• Contratura de Dupuytren- Conceito (Espessamento e retração da aponeurose palmar com contratura em flexão dos dedos). Predomina em homens brancos em uma proporção de 5:1 e é mais freqüente acima de 40 anos. Etiopatogenia (Marcante proliferação de fibroblastos e hiperplasia vascular, seguida pela deposição desordenada de colágeno). É frequente a predisposição genética. Doenças Associadas (Traumatismo; Dedo em Gatilho; Síndrome do Túnel do Carpo; Etilismo; Epilepsia e Diabetes Mellitus), Diagnóstico (Considerar as 3 fases: Proliferativa, Involutiva e Residual). 
- Proliferativa-> Formação de nódulos na região palmar das mãos e posteriormente a formação de “cordas fibrosas” que irradiam para os dedos. 
- Involutiva-> Achatamento e contração dos nódulos, responsável pela retração da pele e contratura em flexão das Metacarpofalangeanas.
- Residual-> Com a involução completa, os nódulos desaparecem permanecendo apenas os focos de aderênciae as “cordas fibrosas” reacionais. É caracterizada pela contratura em flexão das mãos, atrofia dos músculos das mãos e antebraços, rigidez e incapacidade funcional.
Esta contratura afeta principalmente o lado Ulnar das mãos, sendo o 4º, 5º e 3º dedos acometidos em ordem decrescente de frequência, a R.N.M. (ressonância magnética núclear) pode ser útil em abordar a extensão da celularidade e por verificar ainda o grau de atividade da lesão.
Tratamento Ortopédico e Fisioterapêutico (depende do grau de progressão e a gravidade das lesões, sendo indicativo tratamento conservador, pela Fisioterapia ou cirúrgico, que também apresenta bons resultados, com a Ortopedia.
• Tenossinovite Estenosante de De Quervain- Conceito (É o acometimentos dos tendões do abdutor longo e extensor curto do polegar, na região que atravessam uma espessa bainha fibrosa- retináculo dos extensores- próxima ao processo estilóide do Rádio) Epidemiologia (Prevalece em mulheres de 30 a 50 anos), Etiopatogenia (associada a trauma crônico secundário a sobrecarga das atividades diárias das mãos e punhos, também pode ser causada pela Artrite Reumatóide, Artrite Psoriática, Trauma Agudo, Gravidez e Período Pós Parto), Diagnóstico (Clínico-> Dor na região do processo estilóide radial e fraqueza à preensão com o polegar e indicador; Exame Físico-> Dor à palpação dos tendões, tumefação e crepitação na tabaqueira anatômica, Teste de Finkelstein positivo), Tratamento Ortopédico (Conservador-> Uso de Órtese, Alteração das atividades manuais e uso de AINH; Cirúrgico-> Quando apresentar os sintomas recorrentes ou persistentes por mais de 6 meses-> Descompressão cirúrgica do 1º compartimento extensor), Tratamento fisioterapêutico.
• Síndrome do Túnel do Carpo- Definição: É uma neuropatia compressiva do nervo mediano ao nível do túnel do carpo no punho; Epidemiologia: Prevalece em mulheres (3:1), adultas, entre os 40 e 60 anos, sendo 50% dos casos bilaterais; Etiopatogenia: O túnel do carpo é um espaço no punho limitado anteriormente pelo retináculo flexor e dorsalmente pela superfície de oito ossos do carpo, onde passam o nervo mediano e os tendões dos músculos flexores.
Existem dois mecanismos básicos de compressão do nervo mediano: elevação da pressão no interior do túnel ou aumento no volume do conteúdo do túnel. A compressão provoca a redução da perfusão microvascular do nervo mediano.
Patologias Associadas: Lesões que ocupam espaço (Ex: cisto sinovial, espessamento do lig. Transverso do carpo, tenossinovites, tumores, etc.), doenças do tecido conjuntivo (Ex: artrite reumatóide, osteoartrite, polimiosite, etc.), artrites microcristalinas (Ex: gota), doenças ocupacionais (Ex: músicos, chaveiros, operários, costureiras, etc.), doenças endócrinas e metabólicas (Ex: diabetes, hipotiroidismo, etc), miscelâneas (Ex: gravidez, fraturas, obesidade, etc) Diagnóstico: Quadro Clínico (dor em queimação e/ou formigamento na região tênar da mão e nos três primeiros dedos da mão e face radial do quarto dedo, mais intensa à noite, com frequente irradiação para o antebraço e braço; e Exame Físico (Testes de Tínel, de Phalen, de força dos músculos tênares e pesquisa de hipoestesia); Eletroneuromiografia (normal, isquemia nervosa transitória e sem lesão permanente da bainha de mielina); Outros Métodos (radiografia do punho, exames laboratoriais para investigar doenças sistêmicas e avaliação de neuropatia periférica); R.N.M. (anatomia do túnel, edema, distorção do nervo mediano, inflamação da bainha dos flexores, presença de cisto sinovial, tecido cicatricial) ; Critérios de Birmingham para o diagnóstico da S.T.C. (Critério Maior- Dor ou Parestesia ou Alteração sensorial na distribuição do N. Mediano; Critério Menor- Tínel +, Phalen +, Exacerbação noturna dos sintomas, Perda motora com atrofia do músculo abdutor e Tempo de Condução Neural alterado); Tratamento Ortopédico (Conservador-> Órtese em posição neutra e Cirúrgico-> Descompressão cirúrgica e liberação do retináculo flexor); Tratamento fisioterapêutico.
• Dedo em Gatilho- Definição (Impossibilidade de extensão completa do dedo após flexão máxima como resultado da tenossinovite estenosante do tendão do flexor superficial sob a cabeça dos metacarpos), Etiologia (Artrite Reumatóide,Diabetes Mellitus, Hipotiroidismo, Traumas Locais ou Microtraumas em atividades ocupacionais)., Tratamento Ortopédico (Conservador e Cirúrgico), Tratamento fisioterapêutico.
TRAUMATOLOGIA DA CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR
CINTURA PÉLVICA
Fraturas da Cintura Pélvica- Mecanismos do Trauma (Acidentes Automobilísticos, Quedas, Soterramentos e Esmagamentos), Complicações (choque hipovolêmico, rupturas de vasos nobres como as artérias ilíacas interna e externa, raízes de L5 a S4, uretra, bexiga, consolidação viciosa e pseudoartrose), são raras as fraturas do Anel Pélvico em crianças pelos componentes cartilaginosos que dão certa flexibilidade e elasticidade. Diagnóstico (Radiografia em A.P., podendo ser necessário as incidências em Outlet View e Inlet View), (Tomografia Computadorizada-> posição dos fragmentos e extensão dos afastamentos das articulações sacroilíacas e sínfise púbica. Classificações da fraturas (Estáveis ou Instáveis-> (Ver Imagens)-
Avulsão ou Arrancamento-> EIAS pelo Sartório, EIAI pelo Reto Femoral, Tuberosidade Isquiática pelos músculos isquiotibiais, comum em jovens que ainda tem a linha de crescimento da apófise ainda aberta, sendo frequente em velocistas; Padrão de forças traumatizantes -> Compressão Lateral, Compressão AP, Cisalhamento Vertical e Movimento Combinado, que é classificado por TILE em 3 tipos: A-> Estáveis, sem comprometimento do Anel Pélvico; B-> Instabilidade Rotacional e Verticalmente estável; C-> Rotacional e Verticalmente Instáveis), Tratamento Emergencial (Por ser geralmente politraumatizado, Manejo das Vias Aéreas, Reposição sanguínea e outros líquidos, Manejo do SNC, Manejo do Aparelho Digestivo, Manejo do Aparelho Urinário e Manejo das Fraturas), Tratamento Ortopédico Emergencial (Clamp de Ganz, reaproxima a fratura e controla a hemorragia)
Tratamento fisioterapêutico
Fraturas do Acetábulo- Mecanismos de Trauma; Divisão por Colunas (Anterior e Posterior); Complicações (Lesão de tecido mole e osteoartrite secundária) Diagnóstico (Radiografias em AP da Pelve e do Quadril, Oblíquas anterior e posterior= Judet); Tratamento Ortopédico (Primário-> Tração por 3 a 4 dias com no máximo 10 kg e a espera não deve exceder 7 dias; Fraturas Anteriores e Posteriores deve-se tentar a redução sob anestesia geral e manter por 6 dias, se não tiver boa redução o tratamento deverá ser pela redução cirúrgica com a fixação interna com parafusos); Tratamento fisioterapêutico 
Luxações do Quadril- Mecanismo do Trauma; Complicações (Lesões Abdomino-pélvicas e com a demora para a redução da luxação poderá levar a necrose avascular da cabeça do fêmur, que aparece após a 6ª semana radiologicamente e artrose pós-traumática; a lesão do Nervo Isquiático ocorre em 5 a 18% dos casos, a presença de miosite ossificante pode ser encontrada se ficar sob tração por muito tempo e realizar movimentos contra-resistência); Podem ser Classificadas em: Centrais (Associadas as fraturas Transversais ou de Ambas as colunas do Acetábulo); Anteriores (12 a 15% dos casos) e Posteriores (+comuns); Diagnóstico (Radiografia AP, Oblíquas e T.C.)Tratamento Ortopédico (Conservador-> Redução fechada e Cirúrgico -> Redução Aberta); Tratamento fisioterapêutico
Fraturas Proximais do Fêmur- Intracapsular (Capital-incomum; Subcapital-comum; Trans ou mesocervical-rara e Basicervical-incomum e Extracapsulares (Intertrocantérica e Subtrocantérica); Características da Irrigação da cabeça femoral; Classificação Intracapsular de Pawels (Imagem); Análise Trabecular (Triângulo de Ward); Classificação de Garden para as Fraturas Subcapitais (Imagem); Classificações Intertrocantéricas (Imagens); Classificações Subtrocantéricas de Fielding e Zickel; Tratamento Ortopédico (Conservador e Cirúrgico de acordo comcada fratura); Tratamento fisioterapêutico
Artroplastias do Quadril- Substituição da articulação do quadril por uma prótese. Próteses Totais (Componentes femoral e acetabulares); Parciais (Apenas um componente);=> Cimentada; Não Cimentada e Híbridas; Principais Indicações (Doenças degenerativas como Artrose, Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante, Fraturas do Colo Femoral, Necrose Avascular da cabeça femoral).
- Artroplastia Parcial-> Indicações (Acima dos 70anos; Sem prévio comprometimento do quadril; Estado geral debilitado com necessidade de rápida mobilização e portadores de patologias neurológicas ou fraturas patológicas); Vantagens (Mobilização precoce com carga total e tempo cirúrgico menor); Desvantagens (Não exclui necessidade de nova cirurgia).
- Artroplastia Total-> Indicações (Acima de 60 anos, Fratura complexa; Afecção Prévia do Quadril).
Complicações das Artroplastias: Fraturas no Fêmur; Luxações da Prótese; Infecção; Dor persistente; Soltura dos componentes (Má técnica e má qualidade do osso); Ossificação Ectópica; Tromboembolismo.
Cuidados na Artroplastia Total-> Não utilizar calor profundo; Flexão acima de 45º e adução excessiva deverão ser evitadas na 1ª semana; As rotações Interna e Externa nunca deverão ser forçadas passivamente; Evitar sentar em sanitários baixos; Utilizar travesseiro em forma de pirâmide entre as coxas para evitar a adução forçada na primeira semana. 
Tratamento fisioterapêutico
Fraturas Diafisárias do Fêmur- Mecanismo do Trauma, Diagnóstico, Lesões Associadas (Vasos, Nervos, Patela e/ou Quadril no Trauma contra o painel do Carro), Verificar Pulso pedioso e sensibilidade da extremidade, Classificação da A.O.: 
Grupo A->Fraturas simples, onde o traço é único.
 B->Fraturas com cunha.
 C->Fraturas complexas (Cominutivas e Segmentares)
Tratamento Conservador-> Quando os pacientes não apresentarem condições clínicas para a cirurgia.
Tratamento Cirúrgico-> Osteossíntese com Placa e Parafusos, Haste Intramedular ou Fixador Externo.
Tratamento Fisioterapêutico.
Fraturas Distais do Fêmur- Mecanismo do Trauma para Jovens e Idosos, Diagnóstico (Radiografia-> A.P., Perfil e/ou T.C.; Exame Físico-> Pulso distal, por causa da Artéria Poplítea e estado do Nervo Isquiático), Classificação, segundo a A.O.: Grupo A-> São as Extra-articulares; Grupo B-> São as articulares parciais, envolvendo apenas um dos côndilos; Grupo C-> São as articulares totais, envolvendo os 2 côndilos.
Tratamento Conservador (Aparelho Gessado-> Apenas quando houver Osteoporose ou a fixação interna não for possível); Tratamento Cirúrgico (Fixação interna rígida quando possível, possibilita a mobilização precoce); Tratamento Fisioterapêutico.
Fraturas da Patela- Mecanismo do Trauma Direto e Indireto (Entre 20 a 50 anos), Classificação de acordo com o traço de fratura e desvio (Transversais-> + comuns; Longitudinais; Cominutivas e Osteocondrais, todas elas com ou sem desvio. Diagnóstico (História do trauma; Características Clínicas-> Dor, Edema, Hemartrose e perda da Capacidade de Extensão do Joelho; Radiografia-> A.P., Perfil com flexão moderada, Axial- para fraturas Longitudinais e Artrografia, T.C. e R.N.M. são importantes para as fraturas osteocondrais). Os principais objetivos do Tratamento Ortopédico são: Restabelecer ao máximo a função do mecanismo extensor e Minimizar as possibilidades de complicações; Por Osteossíntese, Patelectomia Parcial e Total. Complicações: Limitação da Flexão, Necrose Avascular, Artrose Secundária e Infecção; Tratamento Fisioterapêutico (Deve priorizar a mobilização precoce).
Fraturas do Platô Tibial- Articulares e Extra-articulares, Mecanismo do Trauma, Complicações (Rigidez do joelho e lesões ligamentares), Diagnóstico (Radiografia-> A.P., Perfil, Oblíquas Interna e Externa, R.N.M, Cintilografia Óssea, T.C. Axial computadorizada com reconstrução digital pode auxiliar no planejamento cirúrgico. Tratamento Ortopédico (Deve-se considerar a ocorrência ou não de desvio dos fragmentos ou a instabilidade), Tratamento Fisioterapêutico.
Artroplastias do Joelho- Menos satisfatória do que a do quadril (1º-> A estabilidade depende das integridade dos ligamentos; 2º-> Complicações mais freqüentes por ser mais superficial; 3º-> A falha é mais desastrosa e o procedimento alternativo é a artrodese), Indicações (Dor, Rigidez, Deformidade, Idade e Expectativas do paciente), Patologias Prévias (Artrose, Artrite Reumatóide e Artrite Psoriásica), Contra-indicações (Infecção Ativa, Joelho Recurvatum, Fraqueza Grave do Quadríceps, Obesidade, Articulação Neuropática, Pacientes Jovens, Patelectomia Prévia)
- Substituições Parciais (Unicompartimentais)- Indicações (+ de 60 anos, Massa Corporal Menor que 82 kg, Atividade Limitada, Dor mínima em Repouso, ADM para flexão > ou = a 90º, Doença Articular Restrita a um Compartimento).
- Substituição de Superfície (Bi ou Tetracompartimental)- Indicações (a-> Evitam o contato entre as 2 superfícies desgastadas; b-> Recuperam a estabilidade através da manutenção da articulação “separada”, restaurada a tensão dos ligamentos, raramente destruídos, porém frouxos pela destruição óssea e cartilaginosa).
- Articulações “Vinculadas” (Tricompartimental)- Fornecem estabilidade e permitem a rotação. Uma quantidade maior de osso é removida, atrapalhando nova reconstrução, se necessária, Indicação (Deformidade e Instabilidade consideráveis).
- Articulações “Articuladas” (Confinadas)- Usadas quando as articulações foram destruídas e a estabilidade foi perdida ou paciente clinicamente ruim. Provê estabilidade, porém impede a rotação imposta pelos músculos, ficando passíveis de distensão, rompimento ou erosão das diáfises tibiais e femorais. 
Complicações- Infecção e afrouxamento da prótese.
Tratamento fisioterapêutico
Fraturas Diafisárias da Tíbia e Fíbula- A tíbia é o osso longo que mais se fratura devido a sua posição subcutânea na face ântero-medial, ficando vulnerável às exposições do foco de fratura. A fíbula que participa ativamente do tornozelo e é ligada a tíbia pela membrana interóssea, tornando-a um importante elemento de estabilidade da perna. Mecanismo da trauma (direto e indireto), Tipos de traço de fratura (transversal e cominutivo-> Direto; oblíquos ou em espiral-> Indireto), Quadro Clínico (Dor, Aumento da Mobilidade, Deformidade do Membro, Dor à Mobilização do foco de fratura, podem ocorrer lesões do tecido mole, Nervo Fibular e Artéria Tibial Anterior), Complicações (Pseudoartrose, Infecção, Consolidação Viciosa, Encurtamentos, Perdas Cutâneas, Lesões Vasculares e Nervosas, Síndromes Compartimentais e Rigidez Articular), Tratamento Ortopédico (Conservador-> Nas fraturas fechadas, Cirúrgico-> Placa e Parafusos, Haste Intramedular e Fixador Externo), Tratamento Fisioterapêutico. 
Fraturas do Tornozelo- Mecanismos doTrauma (Quedas em terrenos irregulares, Quedas de altura, Acidentes automobilísticos e nos esportes). As fraturas mais comuns são as maleolares acompanhadas de subluxações ou luxações da articulação tíbio-talar. Complicações (Instabilidade, Limitações de mobilidade, Incongruência Articular e Artrose secundária), Classificação descrita por Dannis Weber_ AO em 1989 (Grupo A-> Fratura Infra-sindesmal; Grupo B-> Fraturas no nível da Sindesmose; Grupo C-> Fratura Supra-sindesmal), Tratamento Ortopédico (Tem sempre o objetivo de fazer a reconstituição anatômica mais perfeita possível), Conservador=> Simples imobilização ou Imobilização após redução permanecendo de 8 a 10 semanas; Cirúrgico-> Placas, Parafusos e Fios de Kirschner.
Fraturas do Pilão Tibial- Mecanismo do trauma (Com o pé fixo, sofre Rotação ou flexão simultânea e também pela impactação longitudinal). O trauma produz constantemente lesões das cartilagens da tíbia e do tálus, levando à rigidez articular. Diagnóstico (Radiografia em A.P. e Perfil). Os objetivos do tratamento ortopédico serão iguais as fraturas do tornozelo citadas anteriormente, objetivando a reconstituição anatômicaperfeita, seja conservador ou cirurgicamente. Tratamento Fisioterapêutico.
Fraturas do Calcâneo- Mecanismo do trauma (75% ocorre por queda em pé de uma certa altura e por ter a estrutura trabecular não muito densa e a cortical fina), Quadro Clínico (Dor no retropé, agravada pela palpação, tentativa de mover o pé; Nos casos mais graves, aspecto de pé plano e alargamento do calcâneo; Após algumas horas, aumento do volume do pé e aparecimento de flictenas), 
Diagnóstico (Oblíqua dorsoplantar do retropé, Perfil e Axial do calcâneo), Tratamento Ortopédico (Recuperar função anatômica. Sem desvio ou com desvio mínimo-> Conservador; Com depressão articular-> Redução cirúrgica com fixação interna), Complicações (Dor persistente, mesmo após a consolidação da fratura, decorrente da lesão de cartilagem e do seio do tarso, anquilose espontânea). Em caso de dor persistente por período longo, é recomendada a artrodese subtalar ou tríplice), Tratamento Fisioterapêutico.
Rupturas do Tendão Calcaneano- Acometem adultos sedentários (+ ou – 35 anos) durante atividades recreacionais como futebol e basquete ou após história prévia de injeção de corticóide após inflamações no tendão ou secundárias a tendinopatias ou alterações do colágeno. Mecanismo do trauma (Dorsiflexão inesperada e com carga ou trauma direto). Também conhecida como “síndrome da pedrada”. Ocorre 2 a 6 cm próximo a inserção calcaneana (zona hipovascularizada), Diagnóstico (Sinais e Sintomas= Estalido Audível, Dificuldade de realizar flexão plantar, Defeito visível no tendão >GAP <, Teste de Thompson positivo; Imagem= U.S., T.C. ou R.N.M.), Tratamento Ortopédico (Conservador-> Imobilização gessada por 10 semanas=> sendo 6 semanas com flexão de joelho e flexão plantar + 4 semanas com bota gessada, com recidiva de 10 a 35% dos casos; Cirúrgico-> Tenorrafia, porém existem diferentes técnicas descritas na literatura, porém para praticantes de atividade física, sutura do tendão com o reforço pelo tendão do Fibular Curto), Tratamento Fisioterapêutico.
Neuroma de Morton- É um Neuroma Interdigital (aderência perineural) que provoca dor em queimação na região plantar irradiando-se para a ponta dos dedos, predominando o espaço entre o 3º e 4º dedos. Diagnóstico (Exame Físico através do Teste de Mulder positivo- Compressão da Cabeça dos Metatarsos. Tratamento Ortopédico (Órtese-> bolha subcapital; Modificação do tipo de calçado além do combate aos sintomas; Em alguns casos, liberação das aderências cirurgicamente), Tratamento Fisioterapêutico.
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DA COLUNA CERVICAL
Cervicalgia e Cervicobraquialgia – 
Dor cervical ou dor cervical com irradiação para o membro superior. As causas de dor cervical com irradiação ou não, são diversas.
A dor cervical é descrita como profunda e pouco definida, sem muita gravidade, mas está constantemente presente podendo piorar com os movimentos súbitos ou atividades físicas que envolvam o pescoço. A dor é sentida de modo difuso no pescoço, na região interescapular ou no ombro e comumente associada à rigidez. 
Quadro Clínico (Dor aos movimentos cervicais; Alteração de equilíbrio; Náusea e vômito; Cefaléia-> Occipital e região periorbitária;
 Dor à palpação do trapézio, ECOM e escalenos; Presença de tender points ; Dor e parestesia ou paresia nos membros superiores), Diagnóstico (História Clínica-> Ocupação; Atividades físicas; Início dos sintomas; Questionamentos como: A dor influencia no sono? Dorme bem? Acorda mal? Exame físico-> Postura global; Postura da cabeça; AM ativo e passivo; Palpação da musculatura cervical; Exame de força muscular; Reflexos do tríceps, bíceps e estilorradial; Sensibilidade; Testes específicos => Teste de Spürling; Teste de Adson; Teste de compressão dos escalenos; Teste de compressão Axial).
	Raízes
	Dermátomo
	Miótomo
	Reflexo
	C4
	Região clavicular
	
	
	C5
	Deltóide anterior
	Bíceps
	Bíceps
	C6
	Face lateral do antebraço
	Extensores do punho
	Estilorradial
	C7
	3º dedo
	Extensores do cotovelo
	Tríceps
	C8
	Borda medial da mão
	Flexão do 3º dedo
	
	T1
	Borda medial do antebraço
	Interósseos
	
Espondilose Cervical- Degeneração discal com diminuição da altura do disco, esclerose óssea, barras osteocartilaginosas rígidas e crescimento osteofítico nas articulações facetárias, que diminuem o tamanho do forame intervertebral e podem comprometer as raízes nervosas. Manifesta-se com alterações medulares (Mielopatia), irritação das raízes nervosas com sintomas radiculares aumentados, pode haver comprometimento da artéria vertebral e de órgãos, como o esôfago, provocando disfagia em casos de osteófitos anteriores.
Hérnia Cervical- Podem causar dor radicular. Porém o que gera o comprometimento do nervo não é a irritação mecânica e não só o processo inflamatório mediado por uma irritação química (substâncias químicas presentes no disco intervertebral como a fosfolipase A2), mas também a alteração do fluxo sanguíneo intraneural. Formas de hérnia: Protrusão, Prolapso, Extrusão e Seqüestro.
DIFERENÇAS ENTRE RADICULOPATIA E DOR RADICULAR
- Radiculopatia– Qualquer condição que provoque a compressão das raízes espinhais, alterando a condução do impulso nervoso pelos axônios das raízes espinhais. Não provoca dor e manifesta-se por alterações neurológicas como: Hipoestesia ou anestesia; Hiporreflexia ou arreflexia; Diminuição da força muscular; Hipotrofia. 
Diversas são as causas que radiculopatia, como a estenose do canal vertebral, cisto intramedular, cisto da bainha do nervo, hérnia de disco. 
-Dor radicular – Surge como resultado da irritação do nervo espinhal. Pode ou não estar associada a radiculopatia. Manifesta-se por dor lancinante, não constante, que surge ao estiramento do nervo acometido, e que segue o dermátomo correspondente.
AS LESÕES TRAUMÁTICAS CERVICAIS PODEM SER DIVIDIDAS EM:
- ALTA-> Fratura do Côndilo Occipital; Fratura do Atlas; Fratura do Processo Odontóide; Luxação de C1- C2 e Fratura do “Enforcado”.
- BAIXA-> Podem ser divididas em 6 tipos: Compressão- Flexão; Compressão Vertical; Distração- Flexão; Compressão- Extensão; Distração- Extensão e Flexão Lateral. 
- CERVICAL ALTA:
 Fraturas do Côndilo Occipital- São raras e freqüentemente negligenciada, não sendo evidente na radiografia simples e havendo a necessidade de realizar a T.C.
Fraturas de C1 (Atlas) – Mecanismo do Trauma (Uma compressão axial=> vertical, do crânio sobre o Atlas, força-o sobre o Áxis, determinando a sua ruptura nos pontos mais fracos #Arcos anterior e posterior#, com conseqüente afastamento das massas laterais ( Fratura de Jefferson, podem ocorrer fraturas isoladas do arco posterior, onde a compressão é feita com a cabeça em extensão. A pressão também pode romper o ligamento transverso, que tem como principal função, a estabilidade anterior desta vértebra. 
Diagnóstico (Radiografia Convencional, porém quando a fratura ocorrer no arco anterior e não for vista pela radiografia convencional, será necessária a TC.), Tratamento Ortopédico (Redução por tração craniana e a imobilização por 3 à 4 meses, em certos casos em que há ruptura do ligamento é necessário o tratamento cirúrgico com artrodese). 
Fratura de C2 (Dente do Áxis)- 
Estas fraturas podem ou não apresentar desvios. Clinicamente o paciente tem poucas queixas, como cervicalgia discreta e alguma dificuldade de movimentação do pescoço, em poucos casos ocorrem dor aguda com limitação importante de movimentos e sinais neurológicos. 
É importante localizar a fratura para o seu prognóstico (classificação de Anderson e D’ Alonso):
Tipo I ( fratura do ápice do dente do Áxis
Tipo II ( fratura da base do dente do Áxis
Tipo III ( fratura atingindo o corpo do Áxis
As fraturas do tipo II são as mais difíceis de obter uma consolidação satisfatória. O tratamento consiste na redução e imobilização, caso não haja consolidação satisfatória está indicado a artrodese de C1-C2.
Luxação Atlas-Áxis- Geralmenteessas luxações não são compatíveis com a sobrevida dos pacientes. As luxações C1-C2, sem fratura do processo odontóide, são raras, pois terá que haver mecanismo de flexão violento com ruptura do ligamento transverso, com projeção do dente do Áxis para o canal, com traumatismo medular geralmente incompatível com a vida. São mais freqüentes as subluxações desse local. Diagnóstico (Radiografia convencional em perfil), Tratamento Ortopédico (Sempre cirúrgico).
Fratura do “Enforcado”= Espondilolistese Traumática do Áxis – Mecanismo do Trauma (Hiperextensão e Distração, na qual há fratura dos pedículos de C2 com deslizamento do corpo desta vértebra sobre C3. Geralmente esta lesão leva a um alargamento do canal espinhal), Tratamento Ortopédico (Conservador- Redução por tração e imobilização; Cirúrgico- Artrodese, quando não há consolidação da fratura).
- CERVICAL BAIXA:
Fratura por Explosão (De C3 a C7)- São estáveis, porém dolorosas e os fragmentos ósseos se encontram próximos a medula (sendo prudente restringir a movimentação), a fratura mais ameaçadora é a “Em Gota de Lágrima”, causando lesão medular e freqüentemente, quadriplegia, necessitando de tração craniana por 6 semanas com técnica de Crutchfield, com utilização posterior de colar de polietileno por mais 6 a 12 semanas.
 
 Tratamento Ortopédico (Cirúrgico após explosão com técnica de Harrington- Luque após explosão)
Tratamento Fisioterapêutico
CURVAS PATOLÓGICAS DA COLUNA VERTEBRAL
Hiperlordoses Cervical e Lombar. 
Hipercifose Torácica
Escoliose- Tipos de Escoliose:
- Estrutural: Uma curva lateral irreversível da coluna com rotação das vértebras fixas (Ex: Idiopática; Neuromuscular; Congênita; Neurofibromatose; Doenças Reumáticas;Trauma; Contraturas Extra-Espinhais; Osteocondrodistrofias; Infecções Ósseas; Doenças Metabólicas; Relacionada a Art. Lombosacra e Tumores). 
- Não Estrutural: Curvatura lateral reversível na coluna que tende a ser de natureza dinâmica ou de posicionamento (Ex: Postural; Histérica; Irritação Nervosa; Inflamatórias; Assimetria do Comprimento dos MMII e Contraturas ao redor do quadril). (HEBERT et al, 1998) 
Órteses para a coluna vertebral (Milwalkee e OTLS)- 
MILWALKEE
 
BOSTON MODIFICADA E OTLS
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DA COLUNA LOMBAR
Espondilólise- Fratura do istmo da vértebra (pars interarticularis).
Espondilolistese- Deslizamento anterior da vértebra, sendo mais freqüente entre L4/L5 e L5/S1, Classificação (Grau I – deslizamento de até 25% do corpo vertebral; Grau II - deslizamento de até 50% do corpo vertebral; Grau III - deslizamento maior que 50% do corpo vertebral; Grau IV - deslizamento maior que 75% do corpo vertebral), Etiologia (Aumento da lordose lombar; Degeneração do disco intervertebral-> degenerativas; Espondilólise; Ações musculares; Atividades físicas como ginástica e remo e algumas atividades laborais que envolvam hiperextensão; Pós-traumática; Displásica-> alteração no desenvolvimento), Diagnóstico (Radiografia oblíqua da coluna lombar=> imagem do cachorro com coleira na espondilolistese e cachorro sem cabeça na espondilólise; TC).
Hérnia Discal- Formas de hérnia: protrusão, prolapso, extrusão e seqüestro; Avaliação (Investigação semelhante a cervical + Avaliação dos reflexos profundos do membro inferior; Testes específicos para irritação da raiz espinhal: Lasegue, Bragard, Slump test).
	Raízes
	Dermátomo
	Miótomo
	Reflexo
	L2
	1/3 proximal da coxa
	Psoas
	
	L3
	Joelho
	Quadríceps
	
	L4
	Face medial da perna e pé
	Tibial anterior
	Patelar
	L5
	Face dorsal do pé
	Extensor do hálux
	
	S1
	Face lateral do pé
	Tríceps sural
	Aquileu
-Dor sacro-ilíaca- A dor sacro-ilíaca caracteriza-se por uma dor bem localizada sobre a espinha ilíaca póstero superior (EIPS) podendo haver irradiação para a região glútea e posterior da coxa. Geralmente é unilateral, mas em alguns casos pode ser bilateral. Está presente em algumas doenças reumáticas como a espondilite anquilosante, mas com características inflamatórias e degenerativas, além da presença de rigidez. 
No exame físico deve constar o teste de flexão de pé (TFP), o teste de FABERE ou Patrick. O primeiro avalia a mobilidade da sacro-ilíaca sendo indicado para avaliar as disfunções dos movimentos desta articulação e o outro avalia a presença de processo inflamatório na articulação. Alguns pacientes podem apresentar também a dor a palpação da EIPS.
Síndrome do Piriforme- É uma neuropatia por aprisionamento do nervo isquiático pelo músculo piriforme-> Broadhurst (1990); Os sintomas podem ser semelhantes aos do prolapso do disco intervertebral lombar, mas sem dor na região lombar. O nervo isquiático geralmente corre abaixo do músculo piriforme, mas em cerca de 10% da população irá cursar entre as fibras do músculo podendo ficar aprisionado. Esse aprisionamento ocorre como uma condição de uso excessivo com atletas corredores ou pode surgir em decorrência de um trauma; Quadro clínico (Coluna lombar preservada; Dor na flexão, adução, rotação interna passivamente-> teste do piriforme; Dor ao permanecer muito tempo sentado; Dor em atividades físicas; Dor na região glútea e posterior da coxa), Exame físico (Dor a palpação do piriforme, Teste de encurtamento do piriforme positivo; Teste para irritação do piriforme positivo=> Flexão + adução + rotação interna). 
AMPUTAÇÕES
Amputações do Membro Superior- A principal causa de amputação dos membros superiores envolve os traumas como esmagamento; Níveis de amputação (Dedos, Transmetacarpal, Desarticulação carpometacarpal, Desarticulação do punho, Transradial, Desarticulação do cotovelo, Transumeral, Desarticulação do ombro, Interescapulotorácica.
As próteses do membro superior muitas vezes são de difícil adaptação para o paciente e passam a desempenhar papel estético apenas.
Amputações do Membro Inferior- Principais causas de amputações dos membros inferiores (Neoplasias-> crianças e adolescentes; Traumas-> adultos; Vasculopatias-> idosos; Infecção-> osteomielite; Pé anestésico); Níveis de amputação do membro inferior (Dedos, Metatarsofalangeana, Transmetatarsal, Lisfranc, Chopart, Pirogoff, Syme, Transtibial, Desarticulação do joelho, Transfemoral, Desarticulação do quadril, Hemipelvectomia)
A protetização do paciente amputado vai depender das condições do coto (forma, cicatriz, sensibilidade); das condições psicológicas do paciente; das condições físicas do paciente como força no membro inferior, controle de tronco, equilíbrio e da adaptação do paciente ao uso da prótese.
A forma ideal do coto (Evitar a “orelha de cão”) e realizar o enfaixamento em 8 com atadura elástica para permitir a sua modelagem e não podem haver deformidades posturais como a contratura em flexão nas amputações transtibiais, e as contraturas em flexão ou abdução nas amputações transfemorais. As próteses desempenham função estética, sustentação de peso e favorecem a locomoção (Próteses exoesqueléticas– exterior confeccionado de material rígido; Próteses endoesqueléticas- podem ser tubulares ou modulares, mas em abas a sustentação é feita por meios de tubos).
As próteses KBM, PTB e PTS são utilizadas para as amputações transtibiais e tem o mesmo princípio que é o apoio sobre a região do ligamento patelar, côndilos femorais e fossa poplítea.
PTB (Patellar tendon Bearing), EUA – 1956.
PTS (Prothèse Tibiale Supracondylien) FRA– 1958.
KBM (Kondilen Bettung Münster), ALE – 1970.
Para as amputações transfemorais as próteses apresentam o soquete CAT-CAM.
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