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Legislação Brasileira República até 1937 resumo

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Legislação
A proclamação da República em 1889, trouxe mudanças para a educação, atreladas à Constituição de 1891. A nova Carta Magna notabilizada pela laicização do Estado, não mencionava a gratuidade da educação, que seria uma responsabilidade a ser assumida pelos Estados da federação. E analfabetos não teriam direito ao voto, assim, a educação se tornou condição essencial para garantir a cidadania. Porém, o Estado não iria oferecer mais nem sequer o ensino primário gratuitamente.	 O artigo 78 permitia que as escolas já instituídas continuassem existindo custeadas pela União, mas extinguia a obrigação do Estado de oferecer educação gratuita a população. A questão educacional foi entregue aos coronéis, que passaram a oferecer ensino primário em suas fazendas, para que pudessem se qualificar como eleitores, acontecendo o chamado voto de cabresto. Uma série de decretos modificaram a estrutura do sistema educacional brasileiro. O Colégio Pedro II foi transformado em Ginásio Nacional, convertido em modelo para a criação de novas escolas públicas.									Houve um cuidado mais apurado para com o ensino superior, também a reforma Benjamin Constant, e a substituição das disciplinas literárias pelas cientificas, e a transformação da escola primária em gratuita e voltada a preparar os alunos para o ingresso no ensino superior, fomentando a industrialização do país. Proposta nunca aplicada, novas mudanças tiveram que esperar até 1911, com a chamada reforma Rivadário Corrêa. A educação estava subordinada à pasta, não gozando de Ministério próprio. Em 1911, a Lei Orgânica do Ensino Superior e Fundamental, propunha a formação do cidadão ao invés de uma educação preparatória para o ensino superior, até porque este foi elitizado. Uma reforma, em 1915, extinguiu os privilégios dos concluintes do Ginásio Nacional. A lei instituiu os “exames vestibulares” como forma de ingresso nas faculdades, exigindo o certificado de conclusão do curso ginasial. Já na Constituição de 1934, o Estado Novo de Getúlio Vargas trouxe inúmeros avanços para a educação brasileira, dentre os quais uma legislação especifica. Em 1937 o Ministério da Educação e Saúde; desmembrado em dois em 1953, quando, ao lado do Ministério da Saúde, nasceu o Ministério da Educação e Cultura (MEC). Embora um novo desmembramento tenha acontecido em 1985, que criou o Ministério da Cultura, transformando a pasta em Ministério da Educação, mas mantendo a abreviação MEC.				Vargas acabou promulgando uma nova Constituição em 1934, esta sofreu forte influência do “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, em 1932, que defendia a educação como pública, gratuita, obrigatória, laica e única, desde o jardim da infância até a universidade, dos quatro anos aos dezoito anos de idade). O Estado deveria “traçar as diretrizes da educação nacional”, admitindo a necessidade de uma legislação especifica sobre a educação, dando origem a LDB. O artigo 148 afirmava que todas às instancias administrativas deveriam favorecer o desenvolvimento “das ciências, das artes, das letras e da cultura em geral. Seria obrigatório e gratuito somente o ensino primário, o ingresso aos níveis superiores ao primário era condicionado a “limitação da matricula a capacidade didática” de cada estabelecimento, com “seleção por meio de provas de inteligência e aproveitamento, criando peneiras. Em seguida institui-se o fornecimento de material escolar gratuito, bolsas de estudo, assistência alimentar, dentária e médica. Em seguida, a isenção de tributos para as escolas particulares primárias e profissionalizantes. O ensino religioso como facultativo, a institucionalização da profissão docente, padronizou o acesso a carreira no ensino público por meio de concurso público.					Na Constituição de 1937 e a reforma Capanema, mantinha o ensino primário como obrigatório e gratuito, mas relativizava a gratuidade, pois exigia da família do educando uma declaração alegando “escassez de recursos”, exigindo caso contrário, “uma contribuição mensal para o caixa escolar”. Porém, ficou instituído que, nos locais onde não houvesse escolas particulares, passaria a ser “dever da Nação, dos Estados e dos Municípios assegurar, pela fundação de instituições públicas (...) ensino em todos os graus”, inclusive acesso ao superior. A educação física, o ensino cívico e o de trabalhos manuais se tornaram obrigatórios (...) nas escolas primárias, normais e secundárias”.	Dentro do âmbito da Constituição de 1937, o Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, tentou reformar a educação por meio de uma série de decretos promulgados entre 1942 e 1946, inseridos nas denominadas Leis Orgânicas do Ensino. Em 1942, o secundário passou a englobar novamente o ginásio, com duração de quatro anos, e o colegial com duração de três anos. A lei recomendava encaminhar as meninas para estabelecimentos de ensino exclusivamente femininos.					 A carência de mão de obra nas indústrias fez também a legislação favorecer o ensino técnico profissionalizante, com a criação do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em 1942. Depois da queda de Vargas, em 1946, foi fundado também o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). Igualmente em 1946, foi instituído o ensino supletivo de dois anos, pela mesma altura foi criada a Escola Normal, equivalente hoje ao ensino médio e ao que foi o magistério, com duração de três anos, destinada a formar professores para o primário.						
http://www.fasete.edu.br/revistarios/media/revistas/2011/politica_educacional_no_brasil.pdf

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