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* * Plasticidade dos Solos Aracaju-SE Disciplina: Mecânica dos Solos * * Introdução Solos grossos areias e pedregulhos, com pequena quantidade ou sem a presença de finos a quantidade de água presente tem um efeito secundário em seu comportamento pode classificar os solos grossos utilizando-se somente: a sua curva granulométrica, o seu grau de compacidade e a forma de suas partículas. - areias ou pedregulhos de iguais curvas granulométricas comportam-se, na prática, de forma semelhante * * Isso não acontece nos solos finos O conhecimento da curva granulométrica de tais solos não é suficiente para prever o seu comportamento na prática. Siltes, argilas e solos argilosos de mesma curva granulométrica cujos comportamentos não sejam semelhantes. Nos solos finos, intervém, além do tamanho, a própria forma das partículas. A forma das partículas nos solos finos é tão importante, na definição do seu comportamento, quanto as suas dimensões. Pedregulhos e areias são arredondados ou angulosos, sempre de forma aproximadamente esférica. Já nas argilas os grãos têm forma lamelar, escamosa ou outras ainda mais diferentes. * * As partículas dos solos finos estarão ligados entre si e à água por forças que lhes emprestarão uma resistência intrínseca, a qual é chamada coesão. Por isso os solos finos são chamados coesivos. Sendo lamelares as formas das partículas sólidas de tais solos, eles poderão deslizar umas sobre as outras, quando o solo é deformado por ação de uma força externa, e a resistência a tal deformação, que acima foi chamada de coesão, dependerá do teor de umidade do solo. * * É a propriedade de certos sólidos, que consiste na maior ou menor capacidade de serem moldados sob certas condições de umidade, sem variação de volume. Definição de Plasticidade A plasticidade de certas argilas existe porque a forma lamelar de seus grãos permite um deslocamento relativo das partículas, sem necessidade de variação de volume, e essa propriedade dependerá também do teor de umidade da argila. As partículas que apresentam plasticidade são, principalmente, os argilo-minerais. Os minerais como o quartzo e o feldspato não desenvolvem misturas plásticas, mesmo que suas partículas tenham diâmetros menores do que 0,002mm. * * A plasticidade de um solo é devida aos argilo-minerais, às micas e ao húmus existentes. O teor de argilo-minerais na fração argila dos solos é, quase sempre, muito superior aos de mica e de húmus e, portanto, o estudo dos argilo-minerais deve merecer destaque. Os argilo-minerais são, fundamentalmente, silicatos hidratados de alumínio, que apresentam plasticidade, permuta catiônica, dimensões geralmente inferiores a 2 mícron e forma lamelar e alongada. * * Estados de consistência x Limites de Consistência (Atterberg) * * Estado líquido – solo com umidade muito elevada, se apresenta como um fluido denso, não apresentando resistência ao cisalhamento. Estado plástico – devido à evaporação da água, o solo endurece e, para um certo h = LL (limite de liquidez) ele perde a capacidade de fluir, porém pode ser moldado e conservar sua forma. Estado semi-sólido – com a continuação da perda de umidade, o estado plástico desaparece até que, para h = LP (limite de plasticidade) o solo se desmancha ao ser trabalhado. Estado sólido – continuando a secagem, ocorre a passagem gradual para o estado sólido, a partir de h = LC (limite de contração). Um solo está em um estado de consistência sólido quando o seu volume “não varia” por variações em sua umidade. * * No estado plástico, o solo apresenta uma propriedade denominada de plasticidade, caracterizada pela capacidade do solo se deformar sem apresentar ruptura ou trincas e sem variação de volume. A manifestação desta propriedade em um solo dependerá fundamentalmente dos seguintes fatores: Umidade: Existe uma faixa de umidade dentro da qual o solo se comporta de maneira plástica. Valores de umidade inferiores aos valores contidos nesta faixa farão o solo se comportar como semi−sólido ou sólido, enquanto que para maiores valores de umidade o solo se comportará preferencialmente como líquido. Tipo de argilo−mineral: O tipo de argilo−mineral (sua forma, constituição mineralógica, tamanho, superfície específica, etc.) influi na capacidade do solo de se comportar de maneira plástica. Quanto menor o argilo−mineral (ou quanto maior sua superfície específica), maior a plasticidade do solo. * * Determinação experimental dos limites de consistência Limite de Liquidez (LL) É a quantidade de umidade do solo no qual o solo muda do estado líquido para o estado plástico, ou seja, perde a sua capacidade de fluir LL é a quantidade de água na qual um corte padrão na amostra remoldada irá fechar à distância de 13 mm com 25 golpes. * * * * * * Ensaio de Determinação do Limite de Liquidez (LL): Equipamentos Os principais equipamentos e utensílios utilizados nos ensaios são: aparelho de Casagrande, calibrado para a altura de queda da concha de 1cm; Obs.: Calibra-se o aparelho de forma que o ponto da concha que entra em contato com a base se encontre a 1 cm desta, quando aquela estiver no ponto mais alto de seu curso. cinzéis próprios; balança com capacidade 200g, sensível a 0,01 g; estufa metálica de 105o.C a 110o.C; cápsulas de porcelana com capacidade de 500ml; cápsulas de alumínio com tampa (recipientes que permitam guardar amostras sem perda de umidade antes de sua pesagem); espátula de aço flexível com 8 cm de comprimento e 2 cm de largura; cronômetro; pinça para retirar objetos da estufa. * * Procedimento Experimental O ensaio para a determinação do limite de liquidez do solo é realizado com a amostra de 70 g, seguindo-se o procedimento experimental seguinte: a) Toma-se a amostra que passou na peneira no. 40 (0,42 mm) de cerca de 70 g, coloca-se na cápsula de porcelana. Junta-se aos poucos água destilada (5 a 10 ml) e mistura-se com a espátula até obter uma pasta plástica homogênea. Deve-se adicionar água aos poucos, misturando-se continuamente com a espátula, até completa homogeneização da massa; b) Transfere-se com a espátula uma porção da pasta para a concha do aparelho de Casagrande. Molda-se com a espátula de modo a ocupar 2/3 da concha e apresentar na parte central a espessura máxima de 1 cm; c) Com o cinzel mais adaptável ao tipo de solo, abre-se uma ranhura na massa – dividindo-se a massa de solo em duas, segundo o plano de simetria do aparelho de Casagrande, ao longo do eixo a partir da porção média da concha, mantendo sempre o cinzel perpendicular à concha no ponto em que a toca; d) Com a concha no aparelho, aciona-se a manivela à razão de 2 voltas por segundo, contando-se o número de golpes até que as bordas inferiores da ranhura se unam em 1,0 cm de comprimento; anotam-se os números de golpes; OBS: A ranhura deve se fechar por escoamento e não por escorregamento do solo sobre a concha. e) Retira-se uma pequena quantidade do material no local onde as bordas da ranhura se tocaram, coloca-se numa cápsula, pesada anteriormente. Pesa-se a cápsula mais o solo e leva-se para a estufa para a determinação da umidade. f) Transfere-se a massa restante para a cápsula de porcelana e, com adições de água destilada gradativamente crescentes (1 a 3 ml), repete-se os itens – b,c,d,e – até quatro teores de umidade correspondentes a quatro números de golpes nos intervalos de 25-35, 20-30, 15-25, 10-20, ou próximos a 50, 30, 20 e a 10 golpes; g) Com a constância de peso (dia seguinte), retira-se da estufa e pesam-se as cápsulas. O peso obtido será o peso seco do solo + o peso da cápsula. A diferença com o peso inicial será o peso da água. As pesagens são feitas com a aproximação de 0,01g. OBS.: O cinzel com volume é usado para solos argilosos, o achatado é usado em solos arenosos. * * Resultados Para determinação do LL,constrói-se um gráfico relacionando teores de umidade em escala logarítmica e número de golpes em escala decimal. Pelos pontos lançados no gráfico através dos pares de valores, será traçada uma reta tão próxima quanto possível de, pelo menos, três pontos lançados. O limite de liquidez é obtido por ajuste linear dos pontos experimentais e equivale ao teor de umidade correspondente a 25 golpes. Caso os pontos obtidos não se alinhem numa reta ou aproximadamente a uma reta, repete-se o ensaio. * * * * Limite de plasticidade (LP) É o teor de umidade no qual o solo começa a se fraturar, quando se tenta moldar com ele um cilindro de 3mm de diâmetro e aproximadamente da largura da mão (10 cm) * * Ensaio de Determinação do Limite de Plasticidade (LP): Equipamentos Os principais equipamentos e utensílios utilizados nos ensaios são: cápsula de porcelana com capacidade de 500ml; espátula de aço flexível com 8 cm de comprimento e 2 cm de largura; placa de vidro de superfície esmerilhada; cilindro de comparação de 3 mm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento; recipiente que permita guardar amostra sem perda de umidade antes de ser pesada – cápsulas de alumínio com tampa; balança com capacidade 200g,sensível a 0,01 g; estufa metálica de 105o.C a 110o.C; * * Procedimento Experimental O ensaio para a determinação do limite de plasticidade do solo é realizado com a amostra de 50g, seguindo-se o procedimento experimental seguinte: a) Coloca-se a amostra em uma cápsula e homogeneiza-se com adição de água destilada aos poucos até se obter uma massa plástica. Deve-se adicionar a água aos poucos (5 ml), misturando-se continuamente, com a espátula até completa homogeneização da massa; b) Com uma parte da massa plástica – cerca de 2,0 g - faz-se uma pequena bola elipsoidal, que se rola sobre a face esmerilhada da placa de vidro, com pressão suficiente para lhe dar a forma de cilindro de diâmetro uniforme. O número de rolagens é de 80 a 90 por minuto, considerando uma rolagem como o movimento da mão para frente e para trás, retornando ao ponto de partida; Quando o diâmetro de cilindro de solo atingir 3 mm, quebra-o em seis ou oito pedaços; amassa-se, a seguir, com os dedos, os referidos pedaços até se obter uma massa de forma elipsoidal. Procede-se novamente à rolagem até formar um cilindro de 3 mm de diâmetro, juntando, amassando e rolando, repetidamente, até que o cilindro de solo desagregue sob a pressão requerida para a rolagem e não seja mais possível formar um novo cilindro com o solo. A desagregação pode ocorrer quando o cilindro de solo apresentar um diâmetro maior do que 3 mm. Este deve ser considerado um estágio final satisfatório, tendo em vista que o solo foi antes rolado até atingir a forma de um cilindro de 3 mm de diâmetro. A desagregação se manifesta diferentemente conforme o tipo de solo. Dificilmente o operador poderá produzir a desagregação do cilindro exatamente com 3 mm de diâmetro, a não ser reduzindo o número de rolagens, a pressão da mão, ou ambas e continuando a operação, sem deformação posterior até que o cilindro se desagregue. É permitido, entretanto, reduzir a quantidade total de deformações, no caso de solos pouco plásticos, fazendo com que o diâmetro inicial da massa de solo de forma elipsoidal se aproxime dos requeridos 3 mm de diâmetro final; c) Ao se fragmentar o cilindro, este é cortado em quatro partes. Coletam-se os fragmentos fissurados desta massa de solo em um recipiente para a determinação da umidade; d) Repetem-se as operações anteriores – itens b e c – até que se obtenham 3 (três) valores que não difiram da respectiva média de mais de 5%. * * Resultados O LP é obtido pela média dos valores de umidade encontrados durante o ensaio, sendo que estes valores de umidade não devem diferir da média em mais de 5% (para mais ou menos). * * Limite de contração (LC) Teor de umidade a partir do qual o solo não mais se contrai, não obstante continue perdendo peso. * * Ensaio de Determinação do Limite de Contração (LC): Equipamentos Os principais equipamentos e utensílios utilizados nos ensaios são: cápsula de porcelana com cerca de 10 cm de diâmetro; espátula de aço flexível com 8 cm de comprimento e 2 cm de largura; cápsula cilíndrica metálica de cerca de 4 cm de diâmetro e 1 cm de altura, denominada “cápsula de contração”; régua de aço de cerca de 30 cm de comprimento; cuba de vidro de cerca de 5 cm de diâmetro e 2,5 cm de altura; placa de vidro graduada com três pinos de metal para mergulhar as pastilhas de solo no mercúrio; proveta de vidro graduada em 0,2 ml, capacidade de 25 ml; balança com capacidade 200g, sensível a 0,01 g; mercúrio suficiente para encher a cuba de vidro. estufa metálica de 105o.C a 110o.C; pinça metálica para estufa. * * Procedimento experimental O ensaio para a determinação do limite de contração do solo é realizado com a amostra de 50 g, seguindo-se o procedimento experimental a seguir: a) Coloca-se a amostra na cápsula de porcelana, homogeneiza-se a amostra com adição de água destilada, aos poucos, até resultar uma amostra fluida (quase líquida), homogênea, facilmente trabalhável com a espátula e sem inclusões de ar; b) Pegam-se as cápsulas de contração e as pesa (o ensaio é feito com duas amostras). c) Pegam-se as cápsulas de contração, lubrificam-se as paredes internas com vaselina para evitar a aderência do solo, preenche-se até aproximadamente 1/3 do volume, batendo-se, em seguida, de encontro a uma superfície firme, de modo que o solo escoe e ocupe todo o fundo da cápsula. Essa operação deve ser repetida mais duas vezes até encher a cápsula, obtendo-se uma superfície plana. Rasa-se o excesso de material com a régua de aço, até resultar uma superfície plana. Pesa-se a cápsula + o solo úmido; d) Seca-se ao ar até mudar de cor. Seca-se depois em estufa a 105o.C - 110o.C até constância de peso, pesa-se a cápsula + o solo seco e depois se determina o peso do solo seco contido na cápsula; e) Determina-se o volume da pastilha seca: - dentro de uma cápsula de porcelana de maiores dimensões, coloca-se a cuba de vidro cheia de mercúrio, removendo-se o excesso de mercúrio pressionando com a placa de vidro; - retira-se a pastilha de solo de solo da cápsula de contração e a coloca cuidadosamente sobre o mercúrio que enche a cuba de vidro; faz-se pressão com a placa de vidro, com os três pinos sobre a pastilha, obrigando-a a mergulhar inteiramente no mercúrio. O volume do mercúrio deslocado pela pastilha será recolhido numa proveta de 25 ml e anota-se como Vs = volume do solo seco. OBS.: As pesagens são feitas com aproximação de 0,1g. * * Resultados O limite de contração de um solo é o teor de umidade nele contido, expresso em percentagem do peso do solo seco, abaixo do qual não haverá decréscimo de volume da massa de solo com a perda de umidade. O limite de contração, LC, é obtido pela fórmula: LC = ( _Vs_ x γa - _1_ ) x 100 Ps δ onde: Vs = volume da pastilha de solo seco em cm3; Ps = peso da pastilha de solo seco em g; γa = peso específico da água em g/cm3; δ = densidade real do solo ( = γg = peso específico dos grãos em g/cm3) Como foram usadas duas cápsulas, o resultado do LC será a média dos dois valores obtidos. * * Índice de Plasticidade (IP) IP = LL – LP os solos poderão ser classificados em: - não plásticos IP = 0 ou NP - fracamente plásticos 1 < IP ≤ 7 - medianamente plásticos 7 < IP ≤ 15 - altamente plásticos IP > 15 O índice de plasticidade (IP) corresponde a faixa de valores de umidade do solo na qual ele se comporta de maneira plástica. * * IP é a quantidade de água necessária a acrescentar a um solo (com uma consistência dada pelovalor de LP) para que este passasse do estado plástico ao líquido. IP é uma maneira de avaliarmos a plasticidade do solo. Por ser máximo para as argilas e nulo para as areias, fornece um critério para se julgar o caráter argiloso de um solo, assim quanto maior for o IP, tanto mais plástico será o solo. * * ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA (IC) Consistência refere-se sempre a solos coesivos. É definida como a maior ou menor dureza com a qual uma argila é encontrada na natureza. IC = LL - h , sendo h = umidade natural do solo IP De acordo com o IC as argilas podem ser classificadas com: argila de consistência vaza ou muito mole ----------- IC < 0 argila de consistência plástica mole ------------------- 0 < IC < 0,5 argila de consistência plástica média ------------------ 0,5 < IC < 0,75 argila de consistência plástica rija --------------------- 0,75 < IC < 1 argila de consistência dura ------------------------------ IC > 1 * * Conceitos complementares COESÃO é a resistência que a fração argilosa empresta ao solo, tornando-o capaz de se manter coeso em forma de torrões ou blocos, ou capaz de ser cortado em formas diversas e manter esta forma. Os solos que têm esta propriedade chamam-se coesivos. Os solos não coesivos esborroam-se facilmente ao serem cortados ou escavados. ATIVIDADE É a propriedade, que algumas argilas têm, de poder transmitir ao solo, em maior ou menor grau, um comportamento argiloso, isto é, uma maior ou menor plasticidade e coesão. A superfície das partículas dos argilo-minerais possui uma carga elétrica negativa, cuja intensidade depende principalmente das características do argilo-mineral considerado. As atividades físicas e químicas decorrentes desta carga superficial constituem a chamada "atividade da superfície do argilo-mineral“. Dos três grupos de argilo-minerais apresentados aqui, a montmorilonita é a mais ativa, enquanto que a caulinita é a menos ativa. * * AMOLGAMENTO É a operação de destruição da estrutura original do solo, com a conseqüente perda de sua resistência, mantido seu teor de umidade original. A influência da estrutura do solo em suas propriedades é pesquisada através de ensaios realizados com amostras indeformadas. As estruturas, quando mais complexas, menos estáveis são e, uma vez destruídas, não poderão mais ser recompostas. O efeito do amolgamento é o de destruir qualquer aglutinação nos pontos de contato dos grãos e, portanto, a estrutura, de forma a transformar o solo numa massa de grãos dispersos. Uma série de efeitos eletroquímicos, envolvendo a atração entre os grãos, dá lugar, então, a uma redução da coesão aparente. * * SENSIBILIDADE É a perda de resistência do solo devido a destruição de sua estrutura original. A sensibilidade de um solo é avaliada por intermédio do índice de sensibilidade (St), o qual é definido pela razão entre a resistência à compressão simples de uma amostra indeformada e a resistência à compressão simples de uma amostra amolgada, remoldada no mesmo teor de umidade da amostra indeformada. A sensibilidade de um solo é calculada pela equação: Onde St é a sensibilidade do solo e RC e R’C são as resistências à compressão simples da amostra indeformada e amolgada, respectivamente. Quanto maior for o St, tem−se uma menor coesão, uma maior compressibilidade e uma menor permeabilidade do solo. * * TIXOTROPIA O termo tixotropia é usado, na prática da Mecânica dos Solos, para descrever o restabelecimento da resistência num solo remoldado. Essa recuperação só muito raramente atinge 100% do valor primitivo. A explicação do fenômeno seria possível admitindo-se que a remoldagem, diminui as distâncias entre as partículas, desequilibra o campo atrativo entre elas, levando-o a um estado que não é estável; quando o solo é deixado em repouso, ou sobre ele atuam pressões de adensamento ou trocam-se as condições coloidais do meio, à distância entre as partículas tende a um nível de energia de repouso que será maior que o anterior.
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