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A importância do ensino da Fonética na aprendizagem de Língua Estrangeira Antonio Sergio C. Pinto - Licenciado em Letras, atua como docente de língua inglesa (adjunto III) na UFPA, Especialista em Linguística aplicada ao ensino/aprendizagem de língua inglesa pela Unama, Mestre em linguística (Fonologia de Geometria de Dados) pela UFPA, Doutorando em Estudos da Tradução pela UFSC. sergiop@ufpa.br ou sergio.pinto@globo.com O ensino da Fonética no Ensino/Aprendizagem de Língua Estrangeira Nos últimos anos, o ensino de língua inglesa tem se voltado, não exatamente à promoção de se falar um inglês “perfeito”, tal qual um falante nativo, e sim fazer-se entender no novo idioma. There’s a big difference the way words are spelled in English and the way they are pronounced. English spelling patterns are inconsistent and are not always a reliable guide to pronunciation. Let’s check the seven different sounds of the letter A. GAME- FATHER- BAD- ANY- SAW- PRIVATE - ABOUT eɪ a æ ɛ ͻ ɪ ə Símbolos de segmentos consonantais e vocóides tʃ dʒ ð ɵ ʃ ʰ ŋ i I e ɛ æ ͻ ʌ O U u ə A importância do ensino da Fonética Cagliari (1978), As noções de fonologia devem ser introduzidas desde o início da aprendizagem até que o aluno consiga internalizar e analisar fonologicamente os fatos que lhe são apresentados para saber controlar sua pronúncia adequadamente. FORMAÇÃO DO PROFESSOR De acordo com Cagliari (1978), É importante que o professor apresente uma pronúncia correta da língua que ensina, uma vez que, do contrário, fará com que o aluno reproduza e internalize formas “erradas” e tenha dificuldade em reconhecer a mesma palavra ou locução quando dita corretamente, por falta de empatia fonética. Para o ensino da pronúncia, o professor deve ter um conhecimento sólido da fonética e da fonologia da língua materna do aluno e da língua estrangeira que ensina, e um conhecimento prático de transcrição. Can you tell me the time? Back in the 50’s and 60’s, language-teaching methodology focused the spoken language, and classrooms full of students could be heard performing their oral drills. Listening first hit the spotlight in the late 70’s with James Asher’s (1977) work on Total Physical Response which was soon followed by the Communicative approach in the 1980’s, since then, Professionals give great importance to pronunciation as a major component to be developed together with oral production for a satisfactory communication in the target language. Redução de acento Falar inglês com sotaque estrangeiro é bem visto pelos estudiosos; é uma forma de marcar a sua identidade cultural e de mostrar ao seu interlocutor que você fala no mínimo duas línguas. Segundo Dale e Poms (1994) a desvantagem seriam os eventuais acidentes de compreensão. Docentes precisam divulgar a seus alunos que é possível ser bem entendido mesmo que não se “atinja” o sotaque nativo de alguma das diversas variações do inglês. Relação vogais x consoantes O Inglês é rico na ocorrência de consoantes enquanto que o português é abundante na ocorrência de vogais e combinações de vogais (ditongos e tritongos além de sequências CV obedientes ao padrão silábico preferencial do Português). Ex: December is the twelfth month of the year. / Eu vou ao Uruguai e o Áureo ao Piauí. / Eu sou europeu. Bete prefere abacatada a bananada. Número de fonemas Devido à economia no uso de sílabas, o inglês precisa de um número maior de sons vogais para diferenciar as inúmeras palavras monossilábicas. Enquanto que português apresenta um inventário de 7 vogais (não incluindo as variações nasais), no Inglês norte-americano identifica-se facilmente a existência de 14 segmentos vocoides. Ritmo O português é uma língua syllable-timed, onde cada sílaba é pronunciada com clareza, o inglês é stress-timed, resultando numa compactação de sílabas, produzindo contrações e exibindo um fenômeno de redução de vogais como consequência. SUBSTITUIÇÃO Num processo de aprendizagem de língua estrangeira, é natural que o aluno tenda a transferir para o “novo” idioma a fonologia de sua língua materna. Isso ocorre não apenas com relação aos aspectos fonológicos, mas também com respeito à sintaxe, à morfologia e até mesmo ao uso de itens lexicais. (LIMA, 2009, p.54) Cuidados no excesso de correções O aspecto mais importante do ensino de “speaking” é a inteligibilidade fonológica. Portanto, os professores devem estar preparados para corrigir quando necessário, devem evitar correções desnecessárias. Conforme Lemos e Lima (2009), “o professor não deve ter medo de corrigir, pois há sim o que corrigir na pronúncia dos nossos alunos. A questão é o que e em que medida”. REFERÊNCIAS BROWN, H. Douglas. Teaching by Principles: An Interactive Approach to Language Pedagogy. 3rd edition. New York: Pearson Longman. CAGLIARI, Luiz Carlos. A fonética e o ensino de língua estrangeira. Campinas, UNICAMP, 1978. DALE, Paulette; POMS, Lillian. English Pronunciation for International Students. Hemel Hempstead, UK: Prentice Hall, 1994. LIMA, Diogenes Candido de (org.). Ensino e aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas / - Sao Paulo: Parabola Editorial, 2009 SOUZA, Marcela Ortiz Pagoto de; A Fonética Como Importante Componente Comunicativo Para o Ensino de Língua Estrangeira. (UNESP/FCL) R e v i s t a P r o l í n g u a – I S S N 1983-9979 P á g i n a | 33 Volume 2 Número 1 – Jan./Jun de 2009 STEINBERG, Martha. Pronuncia do Inglês: Norte-americano. 2a ed. São Paulo: Editora Atica S.A., 1986.
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