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RESUMO CRIMES CONTRA ADMINISTRAÇÃO

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
- Crimes contra a Ordem Tributária, Econômica e Relação de Consumo
- Lavagem de Capitais e Crimes de Colarinho Branco
 
Turma nº 3002 
Professor: NELISSE DE FREITAS JOSINO VASCONCELOS
Aluno: Moisés Alex de Araújo Silva
Matricula: 201602622361
Aluno:Dinamerico Augusto de Medeiros Junior
Matricula: 201802438051
Natal/RN
2018
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, ECONÔMICA E RELAÇÃO DE CONSUMO.
- RESUMO DA LEI Nº 8.137/1990:
A Lei n° 8.137, de dezembro de 1990versa sobre aoscrimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências, na época, sancionada pelo Presidente da República Fernando Collor. Visto que, esta lei é fragmentada pelos capítulos de I ao IV, do artigo 1º ao 23º da lei vigente.
De modo que,a lei é definida pelocapítulo I, que tratados crimes contra a ordem tributária, seção I, os crimes praticados por particulares, artigo 1º constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas, com inciso I ao V, pena de reclusão de 2 a 5 anos, e multa; parágrafo único; e a seção IIdos crimes praticados por funcionários públicos e, artigo 3º constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I), com inciso de I ao III.
Já o capítulo II, descrimina os crimes contra a economia e as relações de consumo, artigo 4º constitui crime contra a ordem econômica, inciso de I e II, pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa; mas também o artigo 7º constitui crime contra as relações de consumo, inciso I ao IX, pena de detenção de 2 a 5 anos, parágrafo único.
Logo, o capítulo IIIretrata das multas, artigo 8º crimes definidos nosarts. 1° a 3° desta lei, a pena de multa será fixada entre 10 (dez) e 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, parágrafo único; além do artigo 9ºcita apena de detenção ou reclusão poderá ser convertida em multa de valor equivalente, inciso I a III, já o artigo 10ºcaso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação econômica do réu, verifique a insuficiência ou excessiva onerosidade das penas pecuniárias previstas nesta lei, poderá diminuí-las até a décima parte ou elevá-las ao décuplo.
E, por último, o capítulo IVdescreve as disposições gerais, artigo 11ºparágrafo único. Ademais, contam com oartigo 12º, inciso I ao III, artigos 15º e 16º, parágrafo único, artigos 17º, 19º ao 23º, uma vez que, este capítulo discorre sobre a redação concernente a ação do código penal. Portanto, vale salientar que a lei em questão está suprimida para melhor compreensão e discussão da temática.
- RESUMO DA LEI Nº 8.078/1990:
A presente lei nº 8.078, de setembro de 1990, dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Tendo em vista, o detalhamento no que diz respeito aos Direitos do Consumidor. Posto que, o referido código apresentam as normas de proteção e defesa do consumidor, numa ótima de interesse público e social e suas relações de consumo.
No que tange, a Política Nacional das Relações de Consumo tem a finalidade de atender as necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como transparência e harmonia das relações de consumo, atendimentos em consonância aos princípios descritos no art. 4º, além da efetivação desta política.
Dessa maneira, é salutar registrar aqui os direitos basilares dos consumidores, sendo eles: proteção a vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas de fornecimentos de produtos e serviços considerados perigosos e nocivos; informação adequada sobre os produtos e serviços; proteção contra publicidade, métodos comerciais, práticas e cláusulas abusivas e enganosas; modificação das cláusulas contratuais com prestações desproporcionais; efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais, morais, individuais, coletivos e difusos; acesso aos órgãos judiciários e administrativos; facilitação da defesa de seus direitos, bem como adequada e eficaz prestação de serviços públicos em geral.
Em síntese, é primordial que os consumidores e fornecedores tenham o conhecimento mínimo dos seus direitos e deveres como forma de prevenção e proteção à saúde, à segurança, a vida, além de exercer o direito de cidadaniacom responsabilidade individual, social e política. 
LAVAGEM DE CAPITASI E CRIMES DE COLARINHO BRANCO
- RESUMO DA LEI Nº 9613/1998:
A lavagem de dinheiro possui âmbitos nacional e internacional. Nacionalmente, possibilita a corrupção em larga escala e o financiamento das mais diversas atividades criminosas, como o tráfico de entorpecentes, significando fomento à atividade do crime organizado. No âmbito externo, a lavagem de dinheiro do tráfico internacional de entorpecentes e do terrorismo preocupa toda a comunidade internacional. A globalização econômica trouxe para a pauta das discussões transnacionais a criminalidade econômica. Ainda notamos que a lavagem de dinheiro atinge a ordem econômica nacional e internacional, pois a livre concorrência depende de condições igualitárias de obtenção de capital. Ora, o dinheiro obtido com a lavagem de dinheiro não tem o custo do dinheiro obtido licitamente (juros, impostos, contratações de funcionários com direitos trabalhistas e previdenciários etc.), o que torna a concorrência desleal.
Podemos conceituar a lavagem de dinheiro como as operações destinadas a ocultar a origem criminosa de dinheiro ou bens, dar-lhes aparência lícita e integrá-los no sistema econômico ou financeiro, como se fossem obtidos de maneira lícita. Dessa forma, o legislador efetivou a Lei n. 9.613/98, que tipifica criminalmente as atividades de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. 
O art. 1.º da Lei n. 9.613/98 condicionou a existência do crime de lavagem de dinheiro à proveniência dos bens e valores de determinados crimes antecedentes, enumerando rol taxativo em seus incisos. Podemos afirmar, assim, que o pressuposto do crime de lavagem de dinheiro é a existência de crimes antecedentes determinados pela lei. 
O rol legal aponta para os seguintes delitos: tráfico de entorpecentes, terrorismo e seu financiamento, contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção, extorsão mediante seqüestro, delitos contra a administração pública, contra o Sistema Financeiro Nacional, delitos praticados por organização criminosa e por particular contra administração pública estrangeira. O art. 2.º, II, da referida lei dispõe que o processo pelo crime de lavagem de dinheiro não depende de processo e julgamento dos crimes antecedentes. Assim, ainda que o crime precedente seja pressuposto do crime de lavagem, este permanecerá crime autônomo em relação àquele. Bastam indícios da existência do crime antecedente para o oferecimento da denúncia, nos termos do art. 2.º, § 1.º, da Lei n. 9.613/98, o qual também dispõe que a lavagem de dinheiro será punida, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime antecedente. 
A primeira fase da praticado crime é a da ocultação, quando os agentes procuram se desfazer materialmente das importâncias em dinheiro que obtiveram com suas atividades ilícitas, saindo do país com o dinheiro, depositando-o em entidades financeiras de modo fracionado, misturando fundos lícitos com ilícitos, por exemplo. Essa conduta está tipificada no art. 1.º, caput, da Lei n. 9.613/98, quando caracteriza a conduta de ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores, provenientes dos crimes relacionados. 
A segunda fase é a do mascaramento, na qual ocorre o desaparecimento da origem dos bens “lavados”. O agente pretende fazer desaparecer o vínculo existente entre o crime praticadoanteriormente e o bem procedente do ilícito, realizando sucessivas operações financeiras, transferência eletrônica de fundos, comprando bens com dinheiro em espécie, por exemplo. Essa conduta está tipificada no art. 1.º, § 1.º, e seus incisos, da Lei n. 9.613/98. 
A terceira fase é a de integração, quando o capital ilicitamente adquirido já conta com aparência de legalidade e pode ser utilizado no sistema econômico financeiro como se fosse lícito. O dinheiro pode, então, ser usado, por exemplo, na bolsa de valores, na compra de imóveis, na abertura de empresas. Essa conduta significa o exaurimento do crime, pois o dinheiro já está “lavado”. 
A competência está estabelecida no art. 2.º, III, da Lei n. 9.613/98 e pode ser tanto da Justiça Federal quanto da Justiça Estadual. Será da Justiça Federal, nos termos do citado artigo, quando o crime for praticado contra o sistema financeiro ou a ordem econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas; ou, ainda, quando o crime antecedente for de competência da Justiça Federal. Nas demais hipóteses, a competência será da Justiça Estadual.
A ação penal pelos crimes de lavagem de dinheiro, previstos na Lei n. 9.613/98, não depende de processo anterior pelos crimes praticados que originaram a vantagem ilícita, pois são crimes autônomos. O art. 2.º, § 1.º, da Lei n. 9.613/98 dispõe que a denúncia será instruída com indícios suficientes da existência do crime antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nessa lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor daquele crime. Esse artigo demonstra que bastam os indícios da existência do crime anterior que originou a vantagem ilícita para a propositura da ação penal por lavagem de dinheiro.
- RESUMO DA LEI Nº 7492/1986:
A Lei nº 7.429/86 trata dos crimes contra o sistema financeiro nacional, como, por exemplo, a da evasão de divisas, em que a pena prevista é a de reclusão de dois a cinco anos. E no artigo 25 expressamente estabelece a responsabilidade penal de todos os responsáveis, controladores e administradores de instituição financeira, assim como seus diretores e gerentes. Vale salientar que a Lei nº 7.429/86 é conhecida como Lei dos crimes de colarinho branco.
Os crimes contra o sistema financeiro nacional estão previstos na Lei nº 7.492/86. O sistema financeiro compreende o conjunto de instituições, sejam monetárias, bancárias e sociedades por ações, e o mercado financeiro de capitais e valores mobiliários. Cumpre expor que a Lei º 7.492/86 em seu artigo 1º compreende como instituição financeira, in verbis:
Artigo 1º Considera-se como instituição financeira, para efeito desta lei, a pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros (vetado) de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários. 
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira: 
I- a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio, capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros; 
II- a pessoa natural que exerça quaisquer das atividades referidas neste artigo, ainda que de forma eventual. 
As condutas penais inseridas na Lei º 7.492/86 lesam o sistema financeiro nacional. Vale ressaltar que a Lei nº 7.492/86 possui 35 artigos, organizados da seguinte maneira: o primeiro artigo conceitua, para fins penais, instituição financeira; os artigos 2º ao 24º, estabelecem “os crimes contra o sistema financeiro nacional“, entretanto o artigo 24 foi vetado; e os artigos 25 ao 35 cuidam “da aplicação e do procedimento criminal”, tendo o artigo 32 sido vetado. 
Assim, vigentes constam 33 artigos, pois dois foram vetados. As condutas previstas são: impressão ou publicação não autorizada; divulgação falsa ou incompleta de informação; gestão fraudulenta ou temerária; apropriação indébita e desvio de recursos; sonegação de informação; emissão, oferecimento ou negociação irregular de títulos ou valores mobiliários; exigência de remuneração acima da legalmente permitida; fraude à fiscalização ou ao investidor; documentos contábeis falsos ou incompletos; contabilidade paralela; omissão de informações; desvio de bem indisponível; apresentação de declaração ou reclamação falsa; manifestação falsa; operação desautorizada de instituição financeira; empréstimo a administradores ou parentes e distribuição disfarçada de lucros; violação de sigilo bancário; obtenção fraudulenta de financiamento; aplicação irregular de financiamento; falsa identidade; evasão de divisas; prevaricação financeira. Alguns desses crimes são punidos com penas severas, visando assim coibir a pratica de condutas que causem lesão ao sistema financeiro nacional, como exemplos, os artigos 2º e 3º da Lei nº 7.492/86 , in verbis: 
Art.2º Imprimir, reproduzir ou, de qualquer modo, fabricar ou pôr em circulação, sem autorização escrita da sociedade emissora, certificado, cautela ou outro documento representativo de título ou valor mobiliário. Pena - reclusão, de 2(dois) a 8(oito) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem imprime, fabrica, divulga, distribui ou faz distribuir prospecto ou material de propaganda relativo aos papéis referidos neste artigo.
Art. 3º Divulgar informação falsa ou prejudicialmente incompleta sobre instituição financeira: Pena - reclusão, de 2(dois) a 6(seis) anos, e multa.
Cumpre esclarecer que o artigo 25 da Lei nº 7.492/86 estabelece que são penalmente responsáveis o controlador e os administradores de instituição financeira, assim compreendidos os diretores, gerentes. Acrescenta o §1º do referido dispositivo que se equiparam aos administradores de instituição financeira o interventor, o liquidante ou o síndico. Importante informar que os crimes previstos na Lei nº 7.492/86, quando cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de 1(um) a 2/3(dois terços). Portanto, pode-se dizer que é aplicável o instituto da delação premiada, observando o que versa o artigo 25, §2º, da referida lei. Interessante esclarecer que a Lei nº 7.492/86 não estabelece responsabilidade penal à pessoa jurídica.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe em seu artigo 173, § 5º que: Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta da atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definido em lei. 
§5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-se às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular. Assim, observa-se que não há crime contra o sistema financeiro nacional praticado pela pessoa jurídica, pois ela não responde penalmente. O artigo 26 da Lei nº 7.492/86, dispõe que os crimes nela previstos são de ação penal será promovida pelo Ministério Público Federal, perante a Justiça Federal. Assim a competência para o julgamento destes crimes cabe a justiça federal, que já dispõe de varas especializadas em alguns Estados da Federação objetivando punir esses crimes.
Vale ressaltar que o artigo 28 da Lei nº 7.492/86 estabelece que o Banco Central do Brasil ou a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, no exercício de suas atribuições legais, verificando a ocorrência de crime previsto na referida lei, deverá informar ao Ministério Público Federal, inclusive enviando-lhe os documentos necessários à comprovação dos fatos.

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