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Ação de Execução de título extrajudicial

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE MADUREIRA – COMARCA DA CAPITAL 
PROC. 0033369-65.2017.8.19.0202
VIRGÍLIO RIVAS ASENSIO, espanhol, autônomo, portador da carteira de identidade nº W516541-1/Cédula de Identidade de Estrangeiro, expedida pela República Federativa do Brasil, inscrito no CPF sob o nº703.733.457-04, residente e domiciliado na Rua Dúlio da Costa, nº 273 – Colégio - Rio de Janeiro/RJ - CEP 21235-270, nos autos do processo em epígrafe, referente à EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL, movida por SUELLEN GONÇALVES RIVAS ASENSIO, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, por intermédio da Defensoria Pública, oferecer:
EMBARGOS À EXECUÇÃO
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente afirma o Requerido, sob as penas da lei, ser juridicamente necessitado, não tendo condições de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento próprio ou do de sua família, fazendo jus aos benefícios da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, na forma do que dispõe o art. 98 do CPC.
II - DA CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO
Antes da análise do mérito dos presentes Embargos, necessária se faz a atribuição do efeito suspensivo à presente ação, com a posterior paralisação da execução até o julgamento final do mérito.
Anuncia o art. 919, § 1 do CPC:
“Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.”
Nesse sentido, é evidente que o prosseguimento da referida execução, sem a concessão do efeito suspensivo, acarretará grave e irreparável prejuízo ao embargante, visto a sua precariedade patrimonial. A efetivação da execução só causaria a privação patrimonial deste, comprometendo não só o seu sustento básico, como o de sua família, configurando, com isso periculum in mora.
No entanto, conforme se restará comprovado, justo se faz os Embargos, suas motivações e o direito que lhe cabe, principalmente no que diz respeito ao título executivo objeto desses autos, haja vista que, conforme documentos anexados aos autos e as próprias alegações do ora Embargado em sua exordial, o título apresentado mostra-se totalmente inepto para qualquer tipo de execução.
Da mesma maneira, deve o dispositivo legal ser interpretado com a absoluta cautela, no sentido de afastar a necessidade jurídica da garantia do juízo para atribuição do efeito suspensivo no caso de hipossuficiência econômica apresentada pelo Embargante, tendo em vista que qualquer entendimento em sentido contrário acarretaria no ferimento ao direito constitucional de acesso a justiça, garantido pelo art. 5, XXXV, da CRFB/88, além da violação do princípio da isonomia das partes, pois disponibilizaria posição vantajosa à aquele detentor de um maior poderio econômico. 
Com isso, não resta outra alternativa a não ser a aplicabilidade do art. 919, § 1 do CPC no presente caso, juntamente com a aplicabilidade dos parâmetros constitucionais apresentados, de modo a liquidar a necessidade da garantia ou caução para atribuição de efeito suspensivo no Embargos apresentado por pessoa economicamente hipossuficiente. 
III – DOS FATOS
Trata-se de Embargos a Execução ajuizado em face de Execução de Título Extrajudicial movida pela sobrinha do Embargante, que tem como objetivo a obtenção do crédito de R$ 12. 228, 96, proveniente da nota promisória emitida neste valor pelo Embargante, em favor da Embargada.
O referido crédito seria referente a compensação acordada entre as partes acerca de diferenças patrimoniais originadas da partilha dos bens deixados pelos Falecidos Agapito Rivas Asensio e Eloisa Asensio, ambos pais do Embargante e avós da Embargada. 
Todavia, como se demonstra, a execução em curso não merece melhor sorte, visto que a realidade dos fatos e as regras do ordenamento jurídico pátrio. 
Cabe ressaltar que a execução por ora apresentada é totalmente nula. Da análise do título executivo que a constitui, percebe-se com extrema clareza que a execução não poderá prosperar, tendo em vista que sequer ocorreu o vencimento do título exeqüendo.
Dado que, como bem se observa, não foi devidamente indicado no referido título de crédito a indicação de uma data de vencimento, apontado somente a observação “de acordo com o atestado”
O referido “Atestado” trata-se de um documento firmado entre as partes em 25/04/2012 e que teria como objetivo a compensação de uma suposta vantagem havida na partilha dos bens havia em razão do falecimento de Agapito Rivas e Eloisa Asensio. 
A partir da leitura do referido “Atestado” observa-se que ficou acordado que o Embargante teria o prazo de 6 meses para realização desta compensação, a contar do ENCERRAMENTO DO FORMAL DE PARTILHA deferido pelo juiz, com a posterior efetivação de seu registro junto ao RGI. O que significa que, portando, que a nota promissória somente poderia ser executada após o registro do formal de partilha na matrícula de todos os bens inventariados.
Acontece que, até a presente data, por motivos totalmente alheios a sua vontade e referentes a pendências oriundas do inventário que tramita sob o nº 1957.001.500413-9, o Embargante não logrou êxito ao registrar a partilha na matrícula do imóvel situado na Rua Anhembi, nº 97 – Irajá.
Assim sendo, deve ser extinta a presente execução embargada, haja vista que o título executivo na qual ela é baseada tão pouco resta vencido. 
(((((((( o título tbm ta prescrito? Perguntar a doutora esse tópico)))
IV– DA PRESCRIÇÃO DA NOTA PROMISSÓRIA 
Ao analisar o título aquisitivo objeto da presente ação, constata-se que o mesmo quedou-se prescrito. 
Como se observa, não foi indicado devidamente no referido título uma data de vencimento, apenas apontando como referencia a observação “de acordo com o atestado”. Deste modo, nos termos do art. 76 da LUG, o título extrajudicial supracitado tem como data de seu vencimento a data de sua emissão, conforme entendimento jurisprudencial consolidado: 
“ TJ-MG - Apelação Cível AC 10517140018261001 MG (TJ-MG)
Data de publicação: 05/05/2017
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO MONITÓRIA - NOTA PROMISSÓRIA - AUSÊNCIA DE DATA DE VENCIMENTO - ART. 76, LEI UNIFORME DE GENÉBRA - PRESCRIÇÃO QUINQUENAL - TERMO INICIAL - VENCIMENTO - SÚMULA 504 DO STJ - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO NÃO PROVIDO. A possibilidade de o credor cobrar quantia descrita em nota promissória, através de ação monitória, prescreve em 05 (cinco) anos, a contar do dia seguinte ao vencimento do título, conforme restou pacificado no julgamento em sede de Recurso Repetitivo e da Súmula 504 do STJ. Não constando da nota promissória a data de vencimento, deve ser considerada, para fins de análise do prazo prescricional, a data de sua emissão, nos termos do artigo 76 da LUG , aplicando-se o contido no art. 206 , § 5º , do Código Civil .”
Assim sendo, resta comprovado que deve ser considerada como data de emissão da nota promissória em questão o dia 25/04/2012, data em que foi assinado o denominado “ATESTADO”, que seguem em anexo, que foi responsável por acordar entre as partes o pagamento indicado na nota promiss[oria a título de compensação na partilha dos bens havia em razão do falecimento de Agapito Rivas e Eloisa Asensio. 
Caso não fosse considerada esta data, haveria de ser considerada a data constate do “Termo de Confissão de Dívida”, documento que também segue em anexo, ou seja, a data de 19/12/2012.
Portanto, independente da data que se considere como certa, o título em questão encontra-se prescrito, tendo em vista que a execução apresentada foi ajuizada em 28/11/2017, tendo em vista que a força executiva da nota promissória ocorre após o prazo de 3 anos, contados a partir do término de um ano para apresentação do título.
Com isso, considerando a data de emissão da nota, ou seja, 25/04/2012, a prescrição da sua força executiva teria ocorrido em 25/04/2016.Ou, caso V.Exa entenda que a data de sua emissão seja a a data da confissão de dívida, ou seja, 19/09/2012, a prescrição teria ocorrido em 10/09/2016, o que é, em ambos os casos, anteriores a propositura da ação
	 
V- DOS PEDIDOS
Isto posto, requer o réu a V.Exa.:
A concessão dos benefícios da GRATUIDADE DE JUSTIÇA;
Seja deferido o efeito suspensivo aos presentes Embargos, com base no art. 919, § 1 do CPC
Que seja extinta a execução pelo reconhecimento da não ocorrência do vencimento da nota. 
Seja acolhida a PRESCRIÇÃO suscitada, devendo o presente feito ser extinto, com o julgamento de mérito na forma do art. 924, V do CPC/2015; 
Seja o exequente condenado nas custas e honorários advocatícios, devendo estes últimos serem revertidos em favor do CEJUR/DPGE, na forma da Lei nº 1146/87;
VI- DAS PROVAS
Protesta, desde logo, pela produção de todos os meios de prova que se fizerem necessários, especialmente, documental superveniente, depoimento pessoal do RL da parte autora sob pena de confesso e cálculo do contador judicial.
Nestes termos,
Pede Deferimento
 Rio, _____ de Abril de 2018

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