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Definição da metodologiaProjetos de Pesquisa

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Definição da metodologiaProjetos de Pesquisa – Elaboração, redação e apresentação
Maria Lucia Seidl de Moura
Maria Cristina Ferreira
O que pretende fazer: objetivos, problemas, questões e hipóteses da pesquisa.
Como pretende fazer: método que utilizará para atingir seus objetivos.
Devem ser especificados todos os procedimentos necessários para se chegar aos participantes da pesquisa, obter deles as informações de interesse e analisá-las.
Pesquisador: deve definir a amostra, ou o grupo de participantes, e as técnicas de coleta e análise de dados a serem empregadas no estudo.
A partir dos objetivos da pesquisa o pesquisador deve especificar o conjunto de pessoas que lhe interessa estudar (população) e, não sendo possível considerar o grupo total, definir o subconjunto de casos ou elementos (amostra) que irá efetivamente abordar em seu estudo.
Estudos quantitativos é fundamental que a amostra seja representativa da população que reflita de forma mais fiel possível suas características. Finalidade: generalizar as conclusões para a população.
Estudos de natureza qualitativa a preocupação maior não é a generalização dos resultados obtidos numa amostra, mas a caracterização, compreensão e interpretação dos fenômenos observados num grupo específico.
Definição dos participantes
Descrição minuciosa dos participantes do estudo: suas principais características, locais onde podem ser encontrados e número de pessoas a serem abordadas.
Descrição minuciosa dos procedimentos a serem adotados em sua seleção.
Na etapa de definição do tamanho e do tipo da amostra o pesquisador deve se perguntar se a representatividade da amostra é ou não crucial para a realização de seus objetivos. 
Escolha da técnica de coleta de dados
A adoção de qualquer instrumento de pesquisa deve levar em conta suas qualidades, no que diz respeito à validade e fidedignidade.
Fidedignidade refere-se ao grau de exatidão dos dados fornecidos, isto é, do quanto constituem uma reprodução fiel das características dos participantes da pesquisa que deseja estudar.
Validade diz respeito ao fato de o instrumento estar realmente avaliando aquilo que se pretende avaliar.
Técnicas de coleta de dados mais utilizadas: a observação, a entrevista, os questionários, as escalas e os testes psicológicos.
Escolha da técnica de coleta de dados
OBSERVAÇÃO
	Técnica para colher impressões e registros sobre um fenômeno por meio de contato direto com as pessoas a serem observadas ou de instrumentos auxiliares (câmeras de vídeo, filmadoras...), de modo a abstraí-lo de seu contexto para que possa ser analisado em suas diferentes dimensões.
Observação artificial ou naturalista
	Observação artificial ocorre no contexto da pesquisa experimental, em que o pesquisador intervém na situação.
	Observação naturalista se dá em ambientes reais, sem que haja a intervenção do observador no fluxo de acontecimentos, interações e comportamentos naturalmente emitidos pelos indivíduos, em sua vida diária.
b) Observação participante e não-participante
	
	Observação participante ocorre grande interação entre observador e os participantes da pesquisa. O observador assume um determinado papel no grupo e participa das atividades que o caracterizam.
	Observação não-participante caracteriza-se pelo não envolvimento do observador com o contexto a ser observado, isto é, ele realiza suas observações a distância, sem participar como membro da situação.
c) 	Observação sistemática e assistemática
	
	Observação sistemática (padronizada ou estruturada) implica a adoção de uma série de decisões prévias sobre os elementos e situações a serem observados e a forma de registro desses dados, que se articulam em roteiros, fichas ou catálogos de observação prefixados.
	Ganhos: validade e fidedignidade são maiores.
	
	Observação assistemática (não-estruturada ou livre) não envolve o estabelecimento de critérios prévios para orientar o registro do fenômeno a ser observado. Utiliza-se de narrativas de formato flexível, que descrevem minuciosamente, e do modo mais fiel possível, as diferentes facetas e modalidades que caracterizam os sujeitos, grupos ou situações observados.
	Ganhos: profundidade e abrangência
O fato de as pessoas saberem que estão sendo observadas pode levá-las a alterar seu comportamento, cabendo ao observador decidir o quanto isso poderá interferir nos objetivos da pesquisa.
d) Processo de observação livre ou assistemática
Deve fazer referência explícita a participantes, interações, rotinas, rituais, elementos temporais, interpretações e organização social presentes na situação observada.
Ocorre em tempo real e de forma contínua, sem que haja prévia especificação dos elementos a serem observados, e fornece, como resultado, descrições acerca dos aspectos verbais, não-verbais e espaciais da conduta, bem como impressões do observador a respeito dos fenômenos observados.
	
e) Processo de observação sistemática ou estruturada
A classificação ou codificação dos comportamentos ocorre à medida que a observação se realiza, o que implica a definição prévia dos aspectos a serem observados.
Inicia-se com a escolha de um dado de observação, isto é, do que observar.
Os registros obtidos podem ser submetidos a análises estatísticas que permitirão ao pesquisador responder às questões da pesquisa e interpretar os dados à luz do referencial teórico que orientou o estudo.
Escolha da técnica de coleta de dados
Vantagens e limitações das técnicas observacionais
Principal vantagem reside no fato de elas serem eminentemente diretas, ou seja, o observador, em vez de fazer perguntas a respeito dos sentimentos, opiniões e atitudes das pessoas, vê e escuta o que elas dizem.
Uma das críticas elas estão mais sujeitas a erros provenientes de interpretações subjetivas das situações, na medida em que ao fazer uso das mesmas o observador se apóia exclusivamente em suas próprias percepções.
Escolha da técnica de coleta de dados
ENTREVISTA
	Técnica de coleta de dados que supõe o contato face a face entre a pessoa que recolhe e a que fornece informações, em geral sobre si própria, muito embora tais informações possam se referir a outras pessoas e eventos relevantes.
Tipos de entrevistas
	Estruturadas apresentam um formulário previamente elaborado de perguntas, redigidas em consonância com os objetivos do estudo, contendo um número limitado de opções de respostas. É a que menos consome tempo e menos exige do entrevistador, já que sua tarefa consiste apenas em percorrer o roteiro, do qual não há possibilidade de se afastar para aprofundar as respostas fornecidas pelo entrevistado.
Inestruturadas ou livres não requerem um roteiro prévio de perguntas, sendo compostas apenas de estímulos iniciais, ditados pelos objetivos da pesquisa. O entrevistado é livre para conduzir o processo, enquanto o entrevistador limita-se ao recolhimento da informação, à estimulação da comunicação e a manter o fluxo de informações.
	Semi-estruturada situa-se num ponto intermediário entre as duas técnicas anteriores e se apresenta sob a forma de um roteiro preliminar de perguntas, que se molda à situação concreta de entrevista, já que o entrevistador tem liberdade de acrescentar novas questões com o intuito de aprofundar pontos considerados relevantes aos propósitos do estudo.
b) Etapas na realização da entrevista
	* Definir o que se deseja avaliar e elaborar um roteiro, que irá variar em função do grau de estrutura da entrevista;
	* Treinamento dos entrevistadores;
	* Breve apresentação de si e de seus objetivos;
	* Estabelecimento de rapport (evitando manifestações de dúvidas ou de ansiedades por parte do entrevistado);
	* Especificação e clarificação dos diferentes tópicos; 
	* Dados podem ser gravados e transcritos;
	* Registro simultâneo não é aconselhável (prejudica o curso natural e espontâneo da entrevista);
	* Agradecer a colaboração e informar que os resultados serão disponibilizados;
Grupos focais
 Entrevistas em profundidade realizadascom um pequeno grupo de pessoas cuidadosamente selecionadas para discutir determinados tópicos.
Moderador deve manter os indivíduos focados nos tópicos pertinentes aos propósitos da pesquisa e assegurar-lhes uma discussão rica e proveitosa.
Número ideal: 6 a 12 participantes
Grupos pequenos são facilmente dominados por um ou dois membros, enquanto os muito grandes correm o risco de perder em coesão, com os membros se dispersando em conversas paralelas,...
Importante: habilidades do moderador
Vantagens e limitações da entrevista
Vantagem fornecer informações bastante detalhadas sobre os tópicos de interesse para a investigação, pois o entrevistador, por estar face a face com o entrevistado, pode deter-se em aspectos que não se mostrem suficientemente claros nas respostas iniciais dos sujeitos.
No entanto a entrevista consome muito tempo. A presença do entrevistador pode inibir os sujeitos, principalmente quando as perguntas se referirem a aspectos de natureza mais íntima ou polêmica, levando-os a se recusar a responder ou a fornecer respostas distorcidas.
QUESTIONÁRIOS
	São instrumentos compostos de um conjunto de perguntas elaboradas, em geral, com o intuito de reunir informações sobre as percepções, crenças e opiniões dos indivíduos a respeito de si mesmos e dos objetos, pessoas e eventos presentes em seu meio.
	Administração por meio de entrevista pessoal; por meio de entrevista telefônica; auto-administração em grupos; auto-administração via correio postal; administração por meios eletrônicos.
Tipos de perguntas
	Abertas permitem ao respondente expressar livremente sua opinião sobre o que está sendo perguntado
	Fechadas apresentam um número limitado de alternativas de resposta, tais como sim e não; concordo e discordo; verdadeiro e falso, etc.
	Restringem a possibilidade de o indivíduo expressar sua verdadeira opinião.
	Múltipla escolha nível intermediário do contínuo, cujos pólos são perguntas abertas e fechadas questões com várias opções de respostas, que devem ser construídas de forma a representar as diversas possibilidades de opiniões dos respondentes.
ESCALAS
	São instrumentos nos quais as pessoas são solicitadas a assinalar, num contínuo ordenado, o grau em que determinada situação se aplica a elas ou terceiros.
Exemplo:
Discordo totalmente (1)
Discordo em parte (2)
Nem concordo, nem discordo (3)
Concordo em parte (4)
Concordo totalmente (5)
TESTES PSICOLÓGICOS
	Instrumento de medida padronizado, isto é, possibilita a comparação de resultados obtidos em amostras que apresentam características distintas.
	Mais comum o pesquisador lançar mão de testes já industrializados.
Definição da técnica de análise de dados
Escolha das operações a serem empreendidas com o objetivo de fornecer respostas às questões de pesquisa ou verificar as hipóteses previamente formuladas.
Análise de dados qualitativos
	Apresentam-se sob a forma de descrições narrativas, resultantes, em geral, de transcrições de entrevistas inestruturadas ou semi-estruturadas e de anotações provenientes de observações livres ou assistemáticas
	Técnica mais frequente de geração de categorias é a análise de conteúdo no qual se procura encontrar padrões nos dados e, posteriormente, alocá-los dentro desses padrões, mediante o exame de porções do texto.
Análise de dados qualitativos (cont.)
	São criados rótulos ou códigos (categorias) que em seguida são aplicados às partes do texto que a eles se associam.
	Categorias podem surgir do referencial teórico que norteou estudo, ser desenvolvidas indutivamente durante a fase de análise dos dados ou ser fornecidas pelos próprios participantes do estudo
Análise de dados quantitativos
	São aqueles que se apresentam sob forma numérica ou podem ser diretamente convertidos a ela, como os registros provenientes de observações sistemáticas, as respostas a perguntas fechadas ou de múltipla escolha de questionários, as respostas aos itens de testes e escalas, etc.

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