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Miryan Buzetti Educação Especial Sumário 03 CAPÍTULO 4 – Como o professor pode se preparar?..........................................................05 Introdução ....................................................................................................................05 4.1 A formação do educador especial ..............................................................................05 4.1.1 A formação do professor do ensino regular em uma escola inclusiva .....................06 4.1.2 A formação do professor do Atendimento Educacional Especializado ....................08 4.2 Apontamentos da legislação nacional .........................................................................10 4.2.1 O professor da Educação Especial e a legislação................................................11 4.2.2 Escola Inclusiva e formação de professores ........................................................13 4.3 A formação continuada ............................................................................................14 4.3.1 A formação continuada do professor do Atendimento Educacional Especializado ....14 4.3.2 A formação continuada a distância ...................................................................15 4.4 A postura dos gestores da escola ...............................................................................16 4.4.1 A escola democrática.......................................................................................16 Síntese ..........................................................................................................................18 Referências Bibliográficas ................................................................................................19 05 Capítulo 4 Introdução No processo de implantação da política de educação inclusiva no Brasil, muitos desafios e dificuldades ocorreram e ainda ocorrem até hoje. Dentre eles, podemos destacar a formação de professores. Qual a formação mais adequada para esse professor? O curso de Pedagogia é suficiente para formar esse profissional? O curso de Especialização é o mais indicado? Existe Graduação específica na área? Percebemos que muitas são as questões que envolvem o preparo do professor. O sucesso da inclusão escolar depende muito da formação e da atuação desse profissional. Diante da grande variedade de possibilidades em relação ao ensino e à aprendizagem do aluno com deficiência, a preparação desse educador tem grande peso em sua prática. Tenha em mente que matricular o aluno com deficiência na rede regular de ensino não garante a sua inclusão escolar. Incluir exige adequações e adaptações para todos os alunos, como é o caso da presença do professor especialista (MANTOAN, 2011). Diante da importância do preparo do professor, iremos estudar neste capítulo como se dá a for- mação do educador de Educação Especial em nosso país e o que diz a legislação. 4.1 A formação do educador especial A Educação Especial é uma modalidade que está presente em todos os níveis de ensino. Realiza o Atendimento Educacional Especializado (AEE), disponibilizando orientações e recursos adequa- dos para as diferentes deficiências (MANTOAN, 2011). Maria Teresa Mantoan é professora na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pedagoga, Mestre e Doutora em Educação pela mesma instituição, tem estudos rele- vantes sobre a formação de professores e sobre o acesso e a permanência do aluno com deficiência na escola. Possui vários livros publicados na área, entre eles, Inclusão Escolar. O que é? Por quê? Como fazer? e O desafio das diferenças nas escolas. VOCÊ O CONHECE? A formação do professor que trabalha com os alunos da Educação Especial deverá oferecer a esse profissional um direcionamento didático-pedagógico e um suporte técnico para uma prática eficiente. Mas se a escola é inclusiva, quem trabalha com o aluno com deficiência? Como o professor pode se preparar? 06 Laureate- International Universities Educação Especial Figura 1 - Incluir exige adequações e adaptações para atender todos os alunos. Fonte: Batshevs, Shutterstock, 2016. Se o sistema educacional segue a proposta inclusiva, o professor da sala regular é o responsável pela aprendizagem do aluno com deficiência, precisando adaptar o currículo e desenvolver es- tratégias pedagógicas para trabalhar com ele. Além do professor da sala regular, hoje, no Brasil, o aluno deficiente poderá ser acompanhado pelo professor do Atendimento Educacional Espe- cializado e/ou por um professor especialista na deficiência específica do estudante, que atuará em sala juntamente com o professor regular. Vejamos um exemplo: um aluno surdo poderá ser acompanhado por um intérprete de LIBRAS, que não necessariamente possui uma licenciatura. Qual a formação desses professores? Vamos entender a diferença! 4.1.1 A formação do professor do ensino regular em uma escola inclusiva A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) tem como objetivo garantir a escolarização no ensino regular dos alunos com deficiência, transtornos glo- bais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Orienta os sistemas de ensino em relação a aspectos como aprendizagem, participação da família, acessibilidade arquitetônica, comunicação e informação, oferta do Atendimento Educacional Especializado e formação de professores para o atendimento dos alunos, entre outros aspectos, buscando garantir a inclusão escolar para todos. De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001), a formação dos professores deverá atender as necessidades educacionais nas escolas, fazendo parte da formação inicial do professor orientações sobre como trabalhar com o aluno com deficiência. Os profissionais precisam saber avaliar e adaptar o conteúdo para suprir as necessidades do aluno. Lembrando que todos os professores devem estar preparados para trabalhar com esses alunos. As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica expõem uma aborda- gem pedagógica de trabalho na Educação Especial, criticando a ideia de homogeneização do ensino regular. Apresenta alternativas pedagógicas de trabalho com a heterogeneidade, valorizando o potencial de cada aluno. A ênfase não é dada à deficiência, mas às capacida- des do educando. Confira em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf>. VOCÊ QUER LER? 07 Trabalhar com alunos com deficiência implica em adaptar o currículo e as práticas pedagógicas para atender as necessidades de cada aluno, respeitando suas diferenças e limites. Os professo- res precisam, então, estar preparados para atuar de forma competente. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, em seu artigo 59: Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais professores com especialização adequada, em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. Lima (2002) destaca que muitos dos futuros professores se sentem inseguros ou não preparados, diante da possibilidade de trabalhar com crianças com deficiência em sala de aula. Em seus estudos, Marchesi (2004) acrescenta que para termos escolas inclusivas precisamos muito mais do que boas intenções, declarações e documentos. São necessárias condições adequadas para oferecer uma inclusão de qualidade para todos. Para auxiliar o professor da sala de aula no ensino do aluno com deficiência, hoje existem algumas alternativas, como o trabalho colaborativo ou o trabalho da dupla docência. Nos dois casos, o professor especialista trabalha conjuntamente com o pro- fessor da sala de aula. Exemplo: o professor da sala de aula desenvolve o trabalho em parceriacom o intérprete de Libras para atender um aluno surdo. VOCÊ SABIA? A Lei 10.436 (BRASIL, 2002) estabelece que todos os cursos de formação de professores (licencia- turas) oferecidos no país deverão capacitar para receber em salas de aula alunos com deficiências/ transtornos. Mas será que estamos preparados? Será que os cursos fornecem subsídios necessários para garantir uma escola inclusiva? Podemos perceber que é muito difícil pensar na efetivação da inclusão escolar sem pensar na formação do professor. É muito complicado avançar na inclusão, se os professores que estão na sala regular não recebem uma formação adequada, uma capacitação que os prepare para ensinar de maneiras diferentes, desenvolvendo várias competências. VOCÊ QUER VER? O filme Gênio Indomável conta a história de um garoto dotado de grande inteligência. Um jovem carente, com pouca instrução formal, e que trabalha como faxineiro em uma universidade. Ele vive se metendo em encrencas. Depois de uma briga, é preso, mas um professor pede que a polícia o solte sob a condição de que estudará matemática com ele, além de garantir que faça terapia. O professor ajuda o jovem a potencializar sua inteligência, fazendo a diferença em sua vida. Percebemos, com esse filme, que o professor precisa ter um olhar diferenciado para o seu aluno, buscando os pontos positivos, trabalhando para fortalecê-los. A sala de aula regular poderá ser um ambiente rico de estímulos, se o professor tiver uma formação ade- quada e também interesse em desenvolver um bom trabalho, criando, assim, condições favoráveis para todos os alunos se apropriarem do conhecimento. Quando o professor entende que a deficiência não é apenas uma carência ou dificuldade; que nesse contexto também há possibilidades, potenciais, sendo plenamente possível desenvolver aspectos positivos do aluno, ele consegue oferecer recursos mais apro- priados e uma prática mais significativa. É necessário não ficar preso ao “rótulo”, ao termo que define a deficiência do aluno. Em vez disso, conhecê-lo para saber das suas potencialidades e seus interesses. 08 Laureate- International Universities Educação Especial 4.1.2 A formação do professor do Atendimento Educacional Especializado A Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, além de definir o público alvo da Educação Especial, estabelece características sobre a formação dos professo- res que irão trabalhar com o Atendimento Educacional Especializado (BRASIL, 2008, p. 17-18). De acordo com o documento: [...] o professor deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilitará a sua atuação no Atendimento Educacional Especializado e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de Educação Especial. Esta formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema educacional inclusivo, tendo em vista o desenvolvimento de projetos em parceria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, os atendimentos de saúde, a promoção de ações de assistência social, trabalho e justiça. Dessa maneira, o presente documento afirma a necessidade de o profissional ter uma formação geral sobre o trabalho docente e também conhecimentos específicos relacionados a deficiências e aos transtornos atendidos pela Educação Especial. A elaboração e a execução do plano e cur- rículo do atendimento especializado são de total responsabilidade do professor que trabalha na sala de recursos multifuncionais, em colaboração com os professores do ensino comum. Devem ter participação direta também a família e os profissionais da saúde que acompanham o aluno. Figura 2 - Pela complexidade do trabalho, o professor do AEE requer uma formação sólida. Fonte: Olga Rosi, Shutterstock, 2016. Desenvolver atividades adequadas aos alunos do Atendimento Educacional Especial, de acordo com a necessidade de cada um, implica que o professor tenha, entre outros, os seguintes co- nhecimentos: Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS); ensino da comunicação alternativa; ensino do sistema Braille; uso do sorobã; trabalho com informática e recursos de tecnologia assistiva; ensino de Atividades de Vida Diária (AVD); enriquecimento curricular e acesso a diferentes formas de aprendizagem para alunos superdotados. As atividades do AEE na sala de recursos multifuncionais devem se diferenciar das realizadas em salas de aula regular, sendo fundamental que tenham um caráter complementar ou suplementar para favorecer a inclusão do aluno no sistema educacional. A resolução nº 4, de 2009, direciona as atribuições do professor que trabalha no Atendimento Educacional Especializado. São elas: 09 • organizar e elaborar recursos pedagógicos de acessibilidade, de acordo com as necessidades de cada aluno do Atendimento Educacional Especializado; • orientar os professores da classe regular e os familiares sobre a utilização de recursos pedagógicos variados; • trabalhar com a tecnologia assistiva como aliada do ensino, oferecendo possibilidades diferentes de aprendizagem, promovendo autonomia e participação; • auxiliar os professores da sala de aula regular a adaptar o currículo, promovendo assim uma inclusão escolar mais efetiva. Figura 3 - O trabalho do profissional do AEE é diversificado e sempre desafiador. Fonte: FoxyImage, Shutterstock, 2016. Diante da complexidade das tarefas e da variedade de procedimentos do professor do Atendimento Edu- cacional Especializado, é necessária uma formação sólida, mais complexa, proporcionando a esse pro- fessor um rol de possibilidades de trabalhos, métodos e técnicas. De acordo com Saviani (2009, p. 153): Será necessário instituir um espaço específico para cuidar da formação de professores para essa modalidade de ensino. Do contrário, essa área continuará desguarnecida e de nada adiantarão as reiteradas proclamações referentes às virtudes da educação inclusiva que povoam os documentos oficiais e boa parte da literatura educacional nos dias de hoje. Cabe ressaltar, segundo Manzini (2011), que o professor do AEE não se restringe apenas à sala de aula, mas a todos os espaços nos quais o aluno com deficiência se articula - e, às vezes, até fora do ambiente escolar. Assim, diante da complexidade do trabalho, o professor poderá ter várias posturas, procedimentos e atitudes, levando em consideração diferentes correntes teóricas, metodológicas e procedimentais. Por isso, é necessário que esse profissional tenha uma boa formação e, principalmen- te, se mantenha em formação, seja a oferecida pela rede de ensino ou por organizações particulares. Bergamo (2012) aponta que é necessário que o professor esteja qualificado para oferecer um aten- dimento adequado ao aluno. Temos que tomar cuidado, no entanto, para não retomarmos as prá- ticas de integração ou segregação do aluno. É fundamental um planejamento inclusivo, buscando trabalhar o mesmo conteúdo com todos os alunos, respeitando os limites e as particularidades de cada um. A autora reforça ainda a necessidade da capacitação docente, que poderá ser pontual, focada por exemplo no uso de LIBRAS, ou uma especialização que trate de uma deficiência, como autismo ou deficiência visual. Esse preparo impactará muito positivamente na prática docente, ga- rantindo ao aluno um ensino mais adequado. Juntamente com o professor da sala de aula, o pro- fissional do AEE poderá desenvolver um trabalho colaborativo ou um trabalho de dupla docência. 10 Laureate- International Universities Educação Especial4.2 Apontamentos da legislação nacional Quando falamos em legislação para a formação de professores, vale destacar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), que dedica um capítulo inteiro para a formação de professores, apontando diretrizes e fundamentos metodológicos, os tipos e modalidades de ensino, e também indicando as instituições que serão responsáveis por essa formação. A LDB, em seu título VI, apresenta diretrizes para a formação de professores da Edu- cação Básica, delineando as exigências para desempenhar o papel docente, diante da diversidade de níveis de ensino e das características dos alunos. Confira em: < http:// secon.udesc.br/leis/ldb/ldb6.html>. VOCÊ QUER LER? Vejamos, então, como a Educação Especial está descrita na LDB. No capítulo V, no artigo 58, está descrito que: Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. Haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. O artigo 59 prossegue dizendo que: Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: currículo, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; terminalidades específicas para aqueles que não puderam atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. Dessa maneira, o professor do ensino regular da escola inclusiva é, na verdade, o professor da Educação Básica, enquanto que o professor que trabalha com o Atendimento Educacional Espe- cializado é o professor formado em Educação Especial. Os professores da classe comum têm como formação o curso inicial (em sua grande maioria, o curso de Pedagogia) e, muitas vezes, esse professor não se sente preparado para trabalhar com o aluno com deficiência, precisando, então, ter a iniciativa de recorrer a cursos de formação conti- nuada. Historicamente, no Brasil, a formação dos professores em Educação Especial registra-se das seguintes maneiras: • especialização nos Cursos Normais (antigo magistério de 2º grau); • curso de Graduação em Pedagogia; • programas de Pós-Graduação Lato Sensu (cursos de Especialização com mais de 360 horas); • programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado). 11 Cursos de Formação Continuada enfatizam a formação, a profissão, a avaliação e as competências profissionais. Realizados após a formação inicial (no caso do professor, após o magistério ou a licenciatura), são atualizações contínuas, que poderão ser feitas em instituições de ensino públicas ou privadas ou até mesmo dentro do local de traba- lho, e oferecidas pela Secretaria de Educação ou pelo Ministério da Educação. VOCÊ SABIA? A legislação estabelece as funções do professor do AEE a serem levadas em conta nos cursos de formação: mediar e orientar o ensino dos alunos, direcionando seu processo de aprendizagem, sabendo trabalhar com a diversidade e enriquecendo o currículo com práticas diversificadas; adaptar e executar projetos e currículos; recorrer a tecnologias e comunicações alternativas, desenvolvendo atividades colaborativas com os demais profissionais 4.2.1 O professor da Educação Especial e a legislação Um dos eixos fundamentais na formação do professor é conhecer a legislação vigente do país; saber os direitos e deveres. Isso auxilia o professor na orientação de suas condutas. Vivemos constantes alterações, seja nas nomenclaturas, definições, conceitos, direitos ou pro- cedimentos. Essas mudanças são frutos de estudos, análises, mapeamento, demonstrando que estamos constantemente nos adequando e buscando oferecer a todos um ensino com melhor qualidade. No Brasil e em muitos países, existe uma legislação específica que rege e orienta o trabalho da Educação Especial e da escola inclusiva, tratando sobre aspectos relacionados ao atendimento de alunos e à formação de professores, entre outros aspectos. De acordo com o Parecer CNE/CEB nº 17/2001, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2001, p. 14): São considerados professores especializados em educação especial aqueles que desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais especiais, definir e implementar respostas educativas a essas necessidades, apoiar o professor da classe comum, atuar nos processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, desenvolvendo estratégias de flexibilização, adaptação curricular e práticas pedagógicas alternativas, entre outras, e que possam comprovar: a) formação em cursos de licenciatura em educação especial ou em uma de suas áreas [...] b) complementação de estudos ou pós-graduação em áreas específicas da educação especial [...]. Em 2001, a formação de professores para a Educação Especial no Brasil tinha as seguintes possibilidades: • formação inicial em nível médio; • professores normalistas habilitados em Educação Especial; • professores normalistas habilitados em Educação Especial, por meio de cursos de especialização. Na perspectiva da Educação Inclusiva, a resolução CNE/CP nº/2002, que estabelece as Dire- trizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, define que as instituições de ensino superior devem prever em sua grade curricular uma formação voltada para a diversidade, contemplando conhecimentos sobre as deficiências/transtornos e práticas pedagógicas para trabalhar com diferentes alunos. 12 Laureate- International Universities Educação Especial Figura 4 - O professor precisa estar preparado para trabalhar com a diversidade. Fonte: Dawn Hudson, Shutterstock, 2016. A Resolução nº 1, de 15 de maio de 2006, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, extinguindo as habilitações oferecidas, gerando um desafio maior para a formação do professor de Educação Especial. Dois anos depois, a Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 2008) trouxe grandes contri- buições para a Educação Especial. A partir dessa política, a Educação Especial passou a ser vista como um caráter complementar - e não mais substitutiva - à formação do aluno com deficiência. O Plano Nacional de Educação (PNE), ao contrário dos documentos anteriores, não se refere apenas ao professor especialista, mas traça a base necessária para a formação do professor (BRASIL, 2008). O PNE tem algumas metas para serem cumpridas entre os anos de 2011-2020. A meta “4” está relacionada à universalização do Atendimento Educacional Especializado para alunos entre quatro e 17 anos. Algumas estratégias foram traçadas pelo Governo para se atingir esse objetivo. Entre elas, podemos citar o investimento na adequação dos prédios escolares; transporte acessível; material didático adequado e a implementação da rede nacional de forma- ção continuada de professores de Educação Especial pela Universidade Aberta do Brasil (UAB). Desde a aprovação do Plano Nacional de Educação, outros documentos já foram elaborados buscando direcionar e orientar a implantação de uma escola inclusiva de qualidade, com pro- fessores mais preparados para trabalhar com tais alunos. A realidade educacional nacional, a tendência dospareceres da área e as pesquisas publicadas nos últimos anos evidenciam que precisamos avançar em relação a programas de formação de professores preparados para traba- lhar com a diversidade, principalmente no que diz respeito à inclusão de alunos com deficiência, transtornos e superdotação na escola pública regular. 13 4.2.2 Escola Inclusiva e formação de professores A ideia central da escola inclusiva está presente no Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2000), que aponta a necessidade da integração entre o professor especialista e o professor da sala regular como uma ação fundamental para o sucesso da escola inclusiva. O Plano, em seu artigo 8, apresenta que: As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes: I – professores das classes comuns e da educação especial capacitados e especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos; II – condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com protagonismo dos professores, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/possibilidades surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio de colaboração com instituições de ensino superior e de pesquisa. A pesquisadora Mantoan (2011) comenta que a proposta de incluir os alunos na rede regular de ensino vem encontrando, ao longo dos anos, muitas barreiras. Destaca, entre elas, a cultura assistencialista e terapêutica e o discurso nas políticas públicas. CASO Luciana é uma professora que leciona no Ensino Fundamental I há 10 anos. Nos últimos três anos, suas turmas tinham alunos com deficiência. No primeiro ano, Luciana resistiu ao trabalho com inclusão. Com o tempo, estudando um pouco mais sobre o assunto e lendo sobre a legis- lação nacional, ela entendeu que estar no ensino regular é um direito de todos e, portanto, os professores precisam se capacitar para trabalhar com esses alunos. No ano seguinte, Luciana iniciou um curso de formação continuada na área de Educação In- clusiva e participou de palestras oferecidas pelo município sobre o assunto. Ela percebeu que, com essa formação e a parceria com o professor especialista do Atendimento Educacional Espe- cializado, está conseguindo adaptar o currículo e realizar atividades mais significativas para os alunos incluídos. Luciana concluiu que a formação continuada é fundamental para desenvolver um trabalho com maior qualidade e também que a inclusão escolar é uma realidade, que requer dos professores adequação e capacitação para que ocorra de fato. A política da Educação Inclusiva diz que os alunos com deficiência devem estudar na classe regu- lar de ensino, sendo atendidos adequadamente para um processo de ensino-aprendizagem. Ro- drigues (2006) aponta que a política da Educação Inclusiva não é uma evolução da integração, pois a escola integrativa separava os alunos em dois grupos: “normais” e “deficientes”. Nela, os alunos sem deficiência tinham um currículo a ser desenvolvido, enquanto que os deficientes recebiam condições adaptadas, nem sempre seguindo um currículo para o desenvolvimento. Era um modelo no qual o aluno precisava se adequar à escola, ao contrário da Escola Inclusiva, onde a escola é que precisa se adaptar às necessidades de cada aluno. A formação teórica e prática do professor poderá contribuir para implementar a legislação vi- gente, oferecendo uma Escola Inclusiva de qualidade. De acordo com Freire (1996), a formação do docente deve causar indagação, questionamento, incentivando o professor a aprimorar sua prática. Ainda segundo Freire (1996, p. 44), “por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática, de maneira que se pense na prática de hoje ou de ontem para melhorar a próxima”. Diante dos dados apontados até o momento, notamos que apenas a conclusão de um curso supe- rior de graduação não é suficiente para uma prática efetiva. Faz-se necessário buscar por oportuni- dades de aperfeiçoamento, indo além da formação inicial e perseguindo uma formação continuada. 14 Laureate- International Universities Educação Especial 4.3 A formação continuada A formação continuada é um tema atual e muito presente, quando falamos em Educação Especial e Escola Inclusiva. É possível visualizar um discurso educacional que defende o currículo por com- petência e a eficiência e a eficácia do ensino, visando a atender as demandas da sociedade atual. A Secretaria de Educação Especial, em 2007, iniciou um processo de formação continuada de pro- fessores para o AEE, em nível de aperfeiçoamento, na modalidade de Educação a distância. Houve um grande investimento do MEC para a formação de professores (BRASIL, 2009). Em 2010, havia em torno de 15 instituições de ensino superior em parceria com a Secretaria da Educação Especial. Em uma Escola Inclusiva, o repertório de cada professor é fundamental para enriquecer a prática e aperfeiçoar a qualidade do ensino. Mantoan (2006, p. 60) destaca que: Todo plano de formação deve servir para que os professores se tornem aptos ao ensino de toda a demanda escolar. Dessa forma, seu conhecimento deve ultrapassar a aceitação de que a classe comum é, para os alunos com necessidades educacionais especiais, um mero espaço de socialização. Dessa maneira, a formação do professor deverá ser vista como um pilar para a Escola Inclusiva, atendendo a diversidade dos alunos. A formação continuada apresenta ao professor uma visão mais completa do seu aluno, atentando para as peculiaridades e os novos recursos e práticas. 4.3.1 A formação continuada do professor do Atendimento Educacional Especializado No estabelecimento da política de Escola Inclusiva, houve uma demanda maior na implantação das salas de recursos multifuncionais (ambientes contendo equipamentos e mobílias adaptadas, materiais pedagógicos e didáticos para a acessibilidade). Essa expansão no programa Salas de Recursos Multifuncionais gerou um aumento na necessidade da formação de professores para atuar nele (MANTOAN, 2011). A política de formação continuada de professores tem gerado ações de formação do MEC, pautadas em cursos de caráter compensatório, voltados para pro- fessores leigos em exercício. São cursos oferecidos a distância, em parceria com universidades e instituições de ensino. Sendo assim, a Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Edu- cação, em conjunto com a Secretaria de Educação a Distância, oferece formação continuada a distância para esses professores. Figura 5 - A formação continuada do professor é importante para que atue com qualidade. Fonte: Africa Studio, Shutterstock, 2016. 15 É fundamental ampliar a formação dos professores para atuarem com maior qualidade no AEE, usando a tecnologia como aliada. Mostra-se imprescindível investir no ensino de teorias de aprendizagem e na revisão do papel do professor, frente às novas demandas da educação. Dian- te da realidade de tempo e da grande demanda de atividades realizadas pelos professores, fazer uso de ferramentas e plataformas online poderá ser uma boa opção. 4.3.2 A formação continuada a distância A universidade tem uma grande contribuição para colocar em prática as políticas públicas de inclusão escolar, a partir de três frentes: ensino, pesquisa e extensão. Glat e Pletsch (2010) desta- cam a extensão como fundamental para aprimorar a inclusão, por oferecer aos professores cur- sos, seminários, consultorias, projetos desenvolvidos e orientados pela universidade, entre outros. A maior contribuição dos cursos na modalidade a distância está na democratização do ensino, ao permitir que o conhecimento chegue a localidades e a professores distantes geograficamente de universidades e instituições educacionais. O uso da internet também possibilita uma maior interatividade de aprendizagem, por meio do uso de chats,fóruns, ferramentas de produção de texto coletiva, entre outros recursos. Figura 6 - A capacitação a distância pode ter um peso grande na formação continuada. Fonte: rvlsoft, Shutterstock, 2016. O momento é de transformação no cenário educacional, tanto na demanda dos alunos quanto na formação dos professores. A tecnologia está presente no nosso cotidiano e deve ser utilizada como aliada para suprir a demanda na formação continuada do professor especialista. Muitas universidades públicas oferecem cursos de capacitação ou extensão para os professores da rede pública de ensino. Esses cursos têm carga horária variando entre 30 e 180 horas. Cursos com carga horária maior (360 horas) são considerados especialização - em sua grande maioria, exigem um investimento financeiro, mesmo sendo em universidades públicas. Para favorecer essa formação, o Governo investiu na Universidade Aberta do Brasil, uma parceria realizada com grandes universidades para oferecer ao professor da rede pública uma formação - em nível de especialização ou outras modalidades - de maneira gratuita. Dessa maneira, atualmente, a for- mação a distância tem um peso grande na formação continuada do professor especialista, sendo um diferencial na preparação do profissional. 16 Laureate- International Universities Educação Especial 4.4 A postura dos gestores da escola A Escola Inclusiva busca implementar práticas educacionais acessíveis a todos os alunos, aco- lhendo o educando em todos os sentidos e buscando adaptar-se às suas necessidades. Um dos caminhos para uma inclusão total é o envolvimento de toda a comunidade escolar (secretaria, limpeza, direção, coordenação, agentes escolares, entre outros). Para isso, é imprescindível uma gestão escolar democrática e participativa, que envolva todos no processo de inclusão dos alu- nos. O gestor escolar é fundamental para realizar as adequações necessárias que tornarão a escola efetivamente inclusiva. É importante que esse gestor participe ativamente de reuniões pedagógicas; apóie adaptações curriculares de pequeno e principalmente de grande porte (que, muitas vezes, exigem um investimento financeiro) e possibilite também a interação com profissio- nais de suporte externo, como psicólogos, médicos, fonoaudiólogos, entre outros. Para que esse gestor tenha sucesso na construção de uma Escola Inclusiva, alguns apontamentos são importantes: valorização dos professores; formação continuada com palestras; cursos para todos da comunidade acadêmica; trabalho em equipe; adaptações curriculares e acessibilidade física e de mobiliário, atendendo assim a necessidade de todos. De acordo com Rodrigues (2006), o desafio do diretor, diante da proposta de Educação Inclu- siva, exige uma grande versatilidade, para que o agente da mudança seja capaz de delinear e desenvolver planos e projetos com condições diversificadas. 4.4.1 A escola democrática Por escola democrática podemos entender uma escola participativa, que procura estabelecer uma gestão que favoreça a presença e o ensino de todos; um ambiente que persegue mecanismos para assegurar o direito à educação a todos. A escola é um espaço privilegiado que contribui para o exercício da cidadania, preparando as pessoas para uma ação efetiva e consciente. O papel assumido pela escola privilegia o ensino para todos. De acordo com o MEC (BRASIL, 2004, p. 7) a escola deve ser considerada: O espaço no qual se deve oferecer, a todos os cidadãos, o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade de apreensão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade e de sua utilização no exercício efetivo da cidadania. É no dia a dia escolar que crianças e jovens, enquanto atores sociais têm acesso aos diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser organizados de forma a efetivar a aprendizagem. Para que este objetivo seja alcançado, a escola precisa se organizar de forma a garantir que cada ação pedagógica resulte em uma contribuição para o processo de aprendizagem de cada aluno. Dessa forma, o MEC acredita que, para uma Escola Inclusiva, é necessário que haja transforma- ções no contexto educacional, mudanças de atitudes e da prática; tanto no aspecto pedagógico, político e administrativo. Uma gestão democrática aposta na expressão de liberdade e diversidade, sabendo lidar com as diferenças, buscando a formação contínua e a troca de experiências para aprimorar sua prática. Deve também, é claro, interagir com a comunidade escolar e adequar o projeto político-pedagógi- co para a inclusão de todos, criando assim condições favoráveis para a democratização do ensino. Além da postura do diretor da escola, o projeto político-pedagógico é um instrumento fundamen- tal para a efetivação da escola inclusiva. De acordo com o MEC (BRASIL, 2004, p. 11-12) para elaborar o projeto pedagógico é necessário: [...] iniciar por algumas reflexões filosóficas e sociopolíticas [...]. Estas reflexões têm por objetivo favorecer, à comunidade escolar, a compreensão da função social da escola, [...] no passo seguinte, o coletivo precisa analisar a situação da escola, tal como ela se encontra. [...] Nesta fase, mais importante que descrever a prática, é refletir sobre sua sistemática e consequências, à luz dos princípios e objetivos adotados para a escola [...]. O próximo passo [...] é identificar o que deve ser feito para se ajustar o fazer da escola, de forma que os objetivos para ela postos possam ser alcançados [...]. O produto desse processo coletivo de construção deve ser registrado em documento formal, norteador da vida escolar durante o ano letivo. 17 Figura 7 - A escola deve ter uma gestão democrática e inclusiva. Fonte: wavebreakmedia, Shutterstock, 2016. Um ambiente democrático de ensino possibilita a todos os envolvidos sentirem-se autores, respon- sáveis pelo resultado, se comprometendo efetivamente com o modelo de Escola Inclusiva. A gestão democrática constrói relações sociais mais justas e humanas, valorizando as iniciativas e traba- lho dos agentes, envolvendo todos na construção do projeto político-pedagógico e na efetivação da Escola Inclusiva. Uma gestão democrática empenhada em promover a inclusão requer ações práticas que possibilitem a qualidade do ensino de todos. A proposta deve ser viável e requer o comprometimento da equipe, sendo necessárias transformações políticas do sistema de ensino. É também fundamental a defesa de uma prática inovadora, de uma postura diferenciada do gestor, que motive a sua equipe, para que todos se engajem e realizem efetivamente os seus trabalhos. SínteseSíntese Neste capítulo vimos que: • a Educação Especial é uma modalidade presente em todos os níveis de ensino; • se o sistema educacional segue a proposta inclusiva, o professor da sala regular é o responsável pela aprendizagem do aluno com deficiência; • a formação dos professores deverá atender as necessidades educacionais nas escolas, sendo fundamental que na formação inicial do profissional haja orientações sobre como trabalhar com o aluno com deficiência; • trabalhar com alunos com deficiência implica em adaptar o currículo e as práticas pedagógicas para atender as necessidades de cada aluno, respeitando as suas diferenças e os seus limites; • diante da complexidade das tarefas e da variedade de procedimentos do professor do Atendimento Educacional Especializado, ele precisa ter uma formação sólida; • a formação teórica e prática do professor poderá contribuir para colocar em prática a legislação vigente, oferecendo uma escola inclusiva de qualidade; • a formação continuada é um tema atual e muito presente, quando falamos em Educação Especial e Escola Inclusiva; • a tecnologia integra o nosso cotidiano e deve ser utilizada como aliada para suprir a demanda na formação continuada do professor especialista; • alémda postura do diretor da escola, o projeto político-pedagógico também é um instrumento fundamental para a efetivação da Escola Inclusiva. 19 Referências BERGAMO, R. 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