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Relatório de Estágio Final

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1. INTRODUÇÃO
O conceito de Defesa Civil no Brasil e no Mundo surgiu durante a Segunda Guerra Mundial para proteção da população em resposta aos diversos ataques de forças inimigas. O primeiro país a se preocupar com a segurança da sua população foi a Inglaterra que instituiu a CIVIL DEFENSE, sendo esse conceito aplicado no Brasil em 1943 sob a denominação de Defesa Passiva Antiaérea, depois alterada para Serviço de Defesa Civil.
O histórico do crescimento urbano rápido, desordenado e seus vetores de ocupação direcionados à áreas verticalizadas, a ausência de planejamento urbano, a falta de percepção da população e de comprometimento do poder público sobre risco e suas variáveis, contribuíram para a ocorrência de diversas tragédias associadas a chuvas intensas e eventos geológicos e hidrológicos por todo o país, trazendo assim uma nova perspectiva às ações de Defesa Civil.
Temos hoje pela Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, uma estrutura baseada em 05 pilares: prevenção, preparação, mitigação, resposta e recuperação. Assim sendo, as ações que antes eram de respostas a riscos e desastres, hoje são prioritariamente na gestão da prevenção e mitigação de riscos e desastres. 
No município de Niterói a Secretaria Municipal de Defesa Civil atua com foco nas suas principais ameaças sendo estas: geológicas (movimentos gravitacionais de massa), estruturais e fogo em vegetação. Tendo em vista a diversidade de ações, a secretaria conta com um quadro técnico multidisciplinar composto por geólogos, geógrafos, engenheiros, técnicos e agentes de defesa civil. 
A Secretaria é dividida em setores conforme discriminado abaixo: 
Operacional – Realização das vistorias técnicas, confecção dos relatórios, realização das atividades de mapeamentos de risco e ações de prevenção e resposta;
Administrativo – Recursos humanos, gerenciamento de processos e demais documentos, arquivamento e atendimento ao público (receptivo);
Minimização – Ações de prevenção e capacitação à população;
Centro de Monitoramento e Operações – Monitoramento das condições meteorológicas, gerenciamento das sirenes, pluviômetros e controle do Sistema de Alerta e Alarme.
No Setor Operacional, destaca-se a demanda de atendimento por diversos motivos, sendo abertas cerca de 1200 solicitações anuais pelos munícipes. As situações que envolvem riscos estruturais e geológicos são as mais representativas. 
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
REALIZAÇÃO DE VISTORIAS TÉCNICAS 
O munícipe entra em contato com a Defesa Civil pelos seus diversos canais de atendimento e solicita a realização da vistoria para identificação do risco. A análise é meramente visual, utilizando-se do conhecimento acadêmico e capacitações anteriormente efetuadas pela Defesa Civil. 
No local analisam-se elementos que indiquem as vulnerabilidades existentes, assim como estabelecemos as ameaças comuns à edificação e a área. Como principais vulnerabilidades em construções verificam-se má conservação, falhas construtivas e uso inadequado de materiais, nas vistorias de risco geológico pode-se citar intervenções antrópicas como taludes de cortes, lançamentos de águas servidas, desmatamento e despejo de resíduos sólidos urbanos (RSU). (Ver apêndice, fig. 01)
 Após a identificação efetuam-se ações imediatas quanto ao risco existente sendo:
Interdição – Procedimento preventivo aplicado em casos onde são observadas condições de riscos incompatíveis com a permanência e/ou trânsito de pessoas em um determinado local; seja pela ocorrência, ou alta probabilidade de ocorrência, de eventos danosos a pessoas e/ou ao meio físico (natural ou artificial), para essa ação é emitida a Notificação de Interdição (Ver apêndice, fig. 02); e
Alerta - Procedimento preventivo aplicado em casos onde são observadas condições de riscos que não comprometem, a curto prazo, a permanência e/ou trânsito de pessoas em um determinado local; entretanto, indicam potencial de progressão a eventos danosos a pessoas e/ou ao meio físico (natural ou artificial), para essa ação é emitido um Alerta de Risco (Ver apêndice, fig. 03).
Em casos onde não se aplicam as medidas acimas dispostas, é feita uma recomendação para manutenção e/ou garantia da segurança do local. 
Após a realização da vistoria é confeccionado um relatório descritivo da análise feita e encaminhado, quando necessário, para os demais órgãos e/ou setores visando a continuidade do atendimento. 
Para esse trabalho foram utilizados os conceitos aprendidos em Mecânica dos Solos, Geologia para Engenharia, Fundações e Contenções, Topografia, Resistência dos Materiais 1 e 2, Materiais de Construção, Instalações Prediais –Elétricas, Instalações Prediais – Hidráulicas e Teoria das Estruturas 1. 
CONFECÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO
Após a realização das vistorias e retorno para base (escritório) realizamos a confecção do relatório técnico utilizando-se do programa Microsoft Word. A Defesa Civil de Niterói conta ainda com programa próprio para gerenciamento das solicitações, o SIDEC, Sistema de Informação da Defesa Civil (Ver apêndice, fig. 04). 
No SIDEC é dado atendimento às solicitações, previamente abertas neste mesmo programa, nele também é gerado o relatório fotográfico e o relatório final, o qual é chamado de “Comunicado” (Ver apêndice, fig. 05). 
Em texto descritivo é relatado os fatores mais importantes para a identificação de eventuais riscos e possíveis danos em caso de alguma ocorrência. 
Em casos de análises em estruturas descreve-se o seu tipo, sua composição, a presença de elementos de amarração/sustentação, as anomalias observadas como trincas, fissuras, oxidação das ferragens e infiltrações; assim como danos gerados como queda de reboco, recalques, colapsos parciais, etc. Em cenários de risco geológico relata-se sobre a altura, inclinação, composição, intervenções antrópicas dos taludes/encosta e alcance do movimento face a proximidade com a edificação e/ou área.
Após a descrição finaliza-se o relatório com uma recomendação, onde o objetivo principal será a garantia da segurança e integridade física das pessoas do local e do seu entorno. No relatório indica-se também as ações de Defesa Civil que se enquadram ao cenário (INTERDIÇÃO/ALERTA) e demais orientações, sendo finalmente realizados os encaminhamentos para resolução/mitigação do risco existente. 
Para esse trabalho foram utilizados os conceitos aprendidos em Mecânica dos Solos, Geologia para Engenharia, Fundações e Contenções, Topografia, Resistência dos Materiais 1 e 2, Materiais de Construção, Instalações Prediais –Elétricas, Instalações Prediais – Hidráulicas e Teoria das Estruturas 1. 
ELABORAÇÃO DE MAPA DE RISCO DE MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA
Outra atividade realizada foi a participação na confecção de mapa de risco de movimentos gravitacionais de massa (deslizamentos e/ou queda/rolamento de blocos etc.), tendo como base o [2] Manual de Treinamento de Técnicos Municipais para o Mapeamento e Gerenciamento de Áreas Urbanas com Risco de Escorregamentos, Enchentes e Inundações. 
O trabalho consiste na identificação de risco em áreas com suscetibilidade a ocorrência de movimentos gravitacionais de massa, sendo levantadas as características geológico-geomorfológico-geotécnicas do terreno, tais como composição, inclinação, distribuição das drenagens, cobertura vegetal; além de elementos de vulnerabilidade como as formas de ocupação e possíveis intervenções antrópicas nocivas como a realização de escavações irregulares, aterros lançados e resíduos sólidos ou líquidos, impermeabilização por concreto/asfalto, etc. A interpretação desses elementos permitem a identificação do risco nessas áreas, e as consequentes ações de defesa civil (Ver apêndice, Tab. 01 e Tab.02).
Ao finalizar a análise no campo os dados são tratados no escritório e com o auxílio dos softwares Quantum GIS e ArcGis é confeccionada a “Carta de Risco de Movimentos Gravitacionais de Massa” (Ver apêndice, fig. 06).
Para esse trabalho foram utilizados os conceitos aprendidos em Mecânica dos Solos,Geologia para Engenharia, Fundações e Contenções e Topografia. 
3. CONCLUSÕES
O estágio na Prefeitura Municipal de Niterói, mais específico, na Secretaria Municipal de Defesa Civil, proporcionou uma visão mais ampla do contexto da engenharia aplicada a realidade da população, com foco na prevenção de risco. A falta de percepção do perigo e ausência muitas vezes de condições de acesso a profissionais habilitados, condicionam cenários mais propensos às ocorrências de acidentes. As análises realizadas auxiliam a população no entendimento do risco e na conscientização para a necessidade de ações seguras, seja na construção/reforma de seus imóveis, seja nas intervenções em seus lotes e/ou terrenos. 
A possibilidade de associar o aprendizado acadêmico à prática, utilizando-se de um conceito de prevenção na engenharia me proporcionou um crescimento pessoal e profissional significante. A rotina de análise, a variedade de cenários e de objetos de avaliação, a interdisciplinaridade e o objetivo final das ações, foram os pontos centrais para o excelente aproveitamento dessa experiência de estágio.
REFERÊNCIAS
[1] Pesquisa de Informações Básicas Municipais - MUNIC realizadas pelo IBGE, em 2014.
[2] Manual de Treinamento de Técnicos Municipais para o Mapeamento e Gerenciamento de Áreas Urbanas com Risco de Escorregamentos, Enchentes e Inundações. Instituto de Pesquisas Tecnológicas, IPT. 2004.
APÊNDICE
FIGURA 1 - Vistoria em imóvel residencial. 
FIGURA 2 - Modelo de Notificação
FIGURA 3 - Modelo de Alerta de Risco.
FIGURA 4 - Interface do Sistema de Informações da Defesa Civil (SIDEC)
FIGURA 5 - Comunicado
FIGURA 6 - Carta de Risco
TABELA 01 - Classificação de risco e ações de defesa civil.
	Classe de Risco a movimentos gravitacionais de massa
	Ação de Defesa Civil
	Alto/Muito Alto
	Notificação de interdição
	Intermediário
	Alerta de Risco
	Baixo
	Recomendação
TABELA 02 – Áreas mapeadas.
	Áreas
	Status
	Santa Bárbara
	Finalizado
	Bento Pestana
	Finalizado
	Sta. Bárbara II
	Finalizado
	Sta. Bárbara III
	Finalizado
	Capim Melado
	Finalizado
	Jurujuba
	Finalizado
	Cocada II
	Em andamento
	Trav. Iara
	Em andamento

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