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Analise de Investimentos e Orcamento 2018

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GESTÃO DE NEGÓCIOS
Disciplina
ANÁLISE DE INVESTIMENTO E ORÇAMENTO EMPRESARIAL
Prof. Joel Leandro, Msc
										Warren Buffett
 Fevereiro
 2018
APRESENTAÇÃO
O aumento da competitividade acelerou a importância da Gestão Financeira para economia e os agentes econômicos que nela atuam. As empresas necessitam de recursos financeiros para viabilizar investimentos em escala e qualidade, a fim de competir com êxito em um mercado cada vez mais dinâmico e em permanente mudança. 
A tecnologia e as redes digitais são os pilares da integração econômica no mundo atual. É o avanço dessas ferramentas digitais possibilita, entre outros fatores, a existência de transações financeiras internacionais cada vez mais complexas, confiáveis e menos burocráticas, que desafiam os gestores financeiros na arte de tomar decisões precisas.
As instituições financeiras, nesse contexto, necessitam manterem-se no estado da arte no que respeita à análise e gerenciamento de seus clientes, sob o risco de perdê-los para outras instituições mais eficientes; é a chamada competitividade global do mercado financeiro. Neste contexto, oadministrador financeiropassa a ter uma posição de alta relevância na organização, pela importância estratégica da sua função de lidar com as finanças corporativas, tendo o desafio de maximizar os recursos aplicados diariamente no negócio.
Suplantadas as dificuldades iniciais que o aprendizado da Análise de Investimentos e Orçamento Empresarial costuma provocar, descobre-se um ambiente fascinante para se aprender não somente a ganhar dinheiro, mas administrá-lo, com reflexos positivos diretos na vida financeira. A metodologia aplicada basear-se-á em aulas expositivas com a apresentação de conceitos, experiências práticas relacionadas ao assunto e discussão de textos com a turma, visando ampliar o nível de conhecimento sobre o tema, ajudando a desenvolvervisão estratégica fundamentada noplanejamento financeiro, com ações focada na gestão de negócios que gerem resultados consistentes. 
Bem vindo(a) ao curso.
Prof. Joel Leandro Msc
joelml@uol.com.br
“Finanças pertencem aos praticantes e não aos teóricos”.
CURRICULO DO PROFESSOR
Formação
Mestre em Administração de Negócios – Universidade Estácio de Sá. 
MBA em Administração de Negócios - IBMEC;
MBA em Gestão de Negócios Financeiros – FGV;
Pós-Graduação em Comércio Exterior - UFRJ;
Graduação em Contabilidade - Universidade Gama Filho – UGF;
Curso de Especialização em Políticas e Estratégias - ADESG - Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra;
Trade Finance/Mercado Internacional - Grupo Opções Treinamento;
Jornadas de Atualização Gerencial – Controle - Centro de Formação e Treinamento do Banco do Brasil;
Jornadas de Atualização Gerencial – Crédito e Gestão de Risco - Centro de Formação e Treinamento do Banco do Brasil;
Master Banking Game - Desenvolvimento Gerencial;
Certificação de Investimentos Avançados – CPA 20 – da ANBID.
Curso Mercado de Derivativos na BM&F
Atividades Profissionais:
Sócio Diretor da JML Consultoria, empresa especializada em consultoria corporativa nas áreas de restruturação de negócios, valuation, captação de recursos, renegociação de dívidas, desenvolvimento de projetos de investimento, e planejamento tributário.
Professor da Universidade Estácio de Sá, nos cursos de Graduação em Administração e Marketing – Disciplinas: Planejamento Estratégico, Análise das Demonstrações Contábeis, Mercado Financeiro e Administração Financeira.
Professor convidado do Curso de Pós-Graduação em Finanças de Empresas da UNESA;
Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Gestão de Bancos – Disciplina: Análise e Decisão de Crédito; Pós-Graduação em Gestão Empresarial – Disciplina: Estratégica de Negócios; do Programa de Cursos Presenciais da Universidade Cândido Mendes.
Palestrante e Consultor na área corporativa e de finanças comportamental; autor dos livros “Construindo sua Inteligência Financeira” (2007), “Alcançando o Conhecimento Financeiro” (2008) e “Compartilhando a Sabedoria Financeira” (2009), editora Danprewan, selo Habacuc. www.danprewan.com.br
Atuou por quase de 30 anos no mercado financeiro, na área de negócios corporativos, como executivo do maior banco do País.
“Quanto mais você suar na preparação, menos vai sangrar na batalha. A vontade de se preparar tem que ser maior que a vontade de vencer.”
Vince Lombardi
Introdução à Gestão Financeirae Análise Investimentos
“A maioria das pessoas não percebe que na vida o que importa não é quanto dinheiro você ganha, mas quanto você conserva dele”.
Autor desconhecido.
Administração Financeira é uma área que trata dos assuntos relacionados à gestão dos recursos financeiros das empresas e demais organizações. Está diretamente ligada às áreas de Administração, Economia e da Contabilidade. Seus conceitos e fundamentos são totalmente aplicáveis à vida pessoal. 
Deve-se compreender o sentido e o significado de Finanças que, corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados em transações diárias e negócios com transferência e movimentação de dinheiro (caixa disponível). Todavia, há necessidade de se analisarpreviamente a posiçãodo patrimônio da organização a fim de ter a visão real da situação financeira e econômica, com relação aos seus bens, direitos e obrigações, de curto e longo prazo.
Analisando mais apuradamente verifica-se que a Administração Financeira faz parte do cotidiano da empresa, no controle dos recursos para comprar, pagar e receber. Atua diretamentena gestão do negócio, nas diversas áreas da organização, como por exemplo: gestão de pessoas, marketing, produção, compras, vendas, contabilidade e na administração geral,nos níveis estratégico, gerencial e operacional, onde as informações financeiras são usadas diariamentepara a tomada de decisão.
À exemplo do corpo humano, a área Financeira é considerada como o “sangue” da empresa que possibilita o funcionamento de forma sistêmica e sinérgica, passando “oxigênio” para todos os outros setoresque compõem a organização, visando a realização das atividades necessáriasparaagregar valor ao negócio, maximizar o retorno sobre os investimentos e controlar eficazmente a entrada e saída de recursos, podendo ser na forma de investimentos, empréstimos ou captação, com foco sempre no desenvolvimento eperpetuidade do negócio.
Um dos maiores desafios observado no ambiente corporativo é a lidar com a falta de informações financeiras precisas para o correto controle e gestão do negócio. É exatamente por esse motivo, ou seja, pela falta de planejamento financeiro que a maioria das pequenas empresas brasileiras entram em processo falência até o quinto ano de existência, segundo pesquisa do SEBRAE.
A Administração Financeira torna-se a ferramenta ou técnica a ser utilizada para controlar da forma eficaz aspectos que comprometem a continuidade dos negócios e decisões de investimentos como:
Gestão das contas a pagar e receber;
Concessão de crédito para clientes a partir da avaliação de risco;
Planejamento, orçamento e fluxo de caixa;
Analise e decisão sobre as melhores opções de investimentos;
Decisões envolvendo a correta alocação de recursos no negócio.
A Administração Financeira enquanto ciência pode ser subdividida em três grandes segmentos que abrange decisões voltadas para análise de investimentos: 
Finanças Corporativas;
Mercado Financeiro; e
Finanças Pessoais.
Observe a figura abaixo:
Finanças Corporativas estuda os processos financeiros na organização, que ajudem nas tomadas de decisão com ênfase no curto, médio e longo prazo. 
Mercado Financeiro leva a organização a analisar o comportamento desse mercado, as oportunidades de captação oferecidas e como as instituições que atuam nele se posicionam em relação ao setor de atuação e o risco do negócio.
Finanças Pessoais, por sua vez, avalia os financiamentos e investimentos voltados à pessoa física e suas relações com o ambiente de consumoe o Mercado Financeiro. 
A Administração Financeira objetiva, basicamente, determinar o mais eficiente processo empresarial de captação de recursos e alocação de capital. Nesse contexto, é necessário levar em conta a problemática da escassez de recursos e a realidade operacional e prática das organizações. Entretanto, não basta apenas captar e alocar capital, é necessário administrar os recursos de forma gerar resultados financeiros e econômicos que garantam a continuidade da empresa, além de cria valor aos acionistas (proprietários – detentores do capital).
Premissas da Administração Financeira
A administração financeira corresponde aos esforços despendidos objetivando a formulação de estratégia que vise à maximização do retorno dos capitais aplicados pelos proprietários (acionistas), ao mesmo tempo em que possa propiciar a manutenção de um certo grau de liquidez que permita o funcionamento perene do negócio.
A função financeira dentro de uma empresa está diretamente relacionada às decisões de funcionamento e investimento,buscando as melhores fontes de recursos para financiar suas operações, sem esquecer que estas duas funções principais financeiras estão interligadas.
A função financeira abrange outros aspectos, além dosmencionados até aqui. Se fossemos distinguir finanças das outras funções nas empresas, a característica escolhida para diferenciar seria o fatorTempo. Na realidade todas as outras funções da empresa visam contribuir para obtenção dos resultados projetados um melhor aproveitamento das oportunidades que o mercado oferece. Sempre dependente do apoio financeiro para que possa ser implementado e gere resultado.
Administrar é, em última análise, Decidir.A continuidade (sobrevivência) do negócio é diretamente dependente da qualidade das decisões tomadas por seus administradores. A importância de se combater o amadorismo na gestão financeira, contratando profissionais especializados para melhorar a qualidade das decisões financeiras e garantir a continuidade da organização e geração de riqueza aos acionistas, torna-se estratégica.
O processo de tomada de decisão vem assumindo complexidade e risco cada vez maior no ambiente corporativo global. No Brasil, as elevadas taxas de juros, carga tributária pesada, o reduzido volume de crédito de longo prazo, as variações inflacionárias, bem como intervenções do Estado na economia, alterando as regras de mercado, exigem capacidade analítica e velocidade nas decisões por parte dos administradores financeiros. Afinal, neste ambiente, “tempo é dinheiro”. 
Agentes Econômicos e suas Posições Orçamentárias
Os Agentes Econômicos são representados pelas famílias, organizações, governos e outras entidades que operam no mercado. A posição orçamentária de cada um desses agentes pode assumir são:
Situação de Equilíbrio;
Situação Superavitária;
Situação Deficitária.
Para compreendermos as posições orçamentárias dos agentes econômicos, vamos expor os seguintes conceitos:
Dispêndio (D), que é a soma dos gastos em consumo (C) e investimento (I). 
Poupança (S), que é a diferença entre a renda (Y) e consumo (C). Assim, temos:
	D = C + I e S = Y - C
Agentes Econômicos com Orçamento Equilibrado – Esses agentes têm seus gastos correntes com o consumo (C) e investimento (I) iguais as suas rendas correntes (Y).
			 Y = C + I isto é	 Y = D 			
Agentes Econômicos com Orçamento Deficitário – Esses agentes têm suas rendas correntes (Y) inferiores aos gastos correntes com consumo (C) e investimentos (I).
			 Y < C + I isto é	Y < D
Agentes Econômicos com Orçamento Superavitário – Esses agentes têm suas rendas correntes (Y) superiores aos seus dispêndios (D), ou seja, aos gastos correntes com consumo (C) e investimentos (I).
			 Y > C + I isto é	 Y > D 
Instituições Financeiras
Como funcionam as Instituições Financeiras?
É através das participações de Instituições Financeiras que são realizadas as operações de intermediação financeira no ambiente mercado financeiro. Os bancos colocam-se entre os principais agentes econômicos que possuem disponibilidade de caixa para aplicações de recursos captados juntos aos agentes superavitários. Aqueles que necessitam de crédito para financiar suas atividades são denominados agentes deficitários.
As instituições financeiras(bancos) captam recursos no mercado financeiro pagando remuneração(juros) aos investidores. Com os recursos levantados, efetuam operações de crédito, cobrando juros. A diferença entre a taxa de juros cobrada dos tomadores de crédito e a paga aos aplicadores é denominada Spread (custo de captação x custo de aplicação).O spread deve cobrir todas as despesas operacionais e os riscos envolvidos na operação realizada pelos bancos, remunerando a atividade de intermediação financeira.
Divisão do Mercado Financeiro
Mercado Monetário: 
Mercado aberto de títulos públicos (open market) 

Aplicações financeiras e moedas em circulação (papel moedade e plástico) 

Mercado de Crédito: 

Concessão de empréstimos e financiamentos
Mercado de Câmbio:
Compraevendademoedas
Financiamento ao comércio exterior 
Mercado de Capitais: 
Mercados primário e secundário de valores mobiliários 
 
Renda variável: ações e bônus de subscrição; 
 
Renda fixa: debêntures e notas promissórias p/ subscrição pública 

Mercados de derivativos 

“Quando descobri todas as respostas para as questões da vida, mudaram as perguntas”.Charlie Chaplin
Conceito de Finanças
O termo Finanças provém do francês “finance” e refere-se ao compromisso que assume um agente econômico para responder à obrigação assumida com outro agente econômico. O conceito também se refere às posses, ou seja, aos bens e aos recursos disponíveis por outros agentes financeiros como, por exemplo, o Estado, clientes ou fornecedores.
Conhece-se Finanças como o estudo da circulação do dinheiro entre os diversos agentes econômicos existentes. As Finanças surgem como ramo da economia que se dedica a avaliar como são obtidos e geridos os fundos ou recursos disponíveis. Noutros termos, Finanças trata da gestão do dinheiro e a sua correta alocação de forma a maximizar os resultados.
A noção de Finanças Pessoais refere-se, em linhas gerais, ao dinheiro de que precisa uma família ou pessoa para a sua subsistência. As pessoas devem analisar como obter esse dinheiro e como salvaguardá-lo em situações imprevistas (como, por exemplo, em caso de desemprego). Outras aplicações das Finanças Pessoais são possíveis em termos de capacidade de poupança, controla das despesas e opções de investimentos.
As Finanças Corporativas, por sua vez, dizem respeito às formas que têm as empresas para criar valor através do uso de recursos financeiros disponíveis. Investimento, financiamento, benefícios e distribuição do lucro ou dividendos são alguns dos conceitos vinculados a esta área.
Podemos dizer que as Finanças Públicas estão relacionadas com a política fiscal do Estado. O governo obtém fundos através da cobrança de impostos, sendo esse dinheiro reinvestido na sociedade através das despesas públicas (com a construção de hospitais e escolas, cuidados de higiene, saúde, segurança, etc.). No Brasil, dada a má gestão das finanças Públicas a sociedade não conta com os serviços citados no nível de qualidade desejadas, devendo ela mesma buscar supri-los com os seus próprios recursos. É o chamado custo Brasil.
Pode-se definir ainda Finanças como a arte e a ciência de administrar os recursos disponíveis.Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem dinheiro. Finanças ocupa-se de aprimorar o processo junto aos agentes econômicos e os mercados dos diversos instrumentos financeiros envolvidos na transferência de fundos entre agentes superavitários e agentes deficitários, sejam eles pessoas, empresas ou governos.
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos e financeiros objetivando a maximização dariqueza da empresa e do valor das suas ações ou do próprio negócio.
Análise de Investimento e a Maximização da Riqueza
Uma das metas da Análise de Investimento coincide com o objetivo básico dos investidores, agentes detentores do capital, que é maximizá-lo. As decisões financeiras são orientadas para o aumento do valor de mercado da empresa ao longo do tempo, por meio dos recursos ali alocados. Todavia, o objetivo central da Análise de Investimentos, no âmbito corporativo, é criar riqueza ou valor para os acionistas ou investidores, o que constitui algo mais amplo e profundo do que a simples maximização dos lucros.
Empresas Tradicionais – Tendem a focar suas ações na maximização de lucro. Seu objetivo é o lucro. Quando se tem um modelo de maximização de lucro não se considera o diversos Riscos do negócio. A maximização de lucro é um objetivo de curto prazo e é menos importante que a criação de riqueza,pois lucros altos podem ser obtidos num curto prazo e não sustentam uma empresa ao longo do tempo se não forem corretamente investidos no próprio negócio. Erro clássico das pequenas empresas, cujos proprietários desviam a maior parte do lucro obtido com o negócio para aplicá-lo em bens de natureza pessoal.
Empresas Modernas – Busca maximizar riqueza. Seu objetivo é a rentabilidade do negócio. Quando o foco é a maximização de riqueza o capital aplicado vai sendo remunerado, ou seja, cria-se mais valor para a empresa ao longo do tempo, já que a maior parte do lucro é aplicada no desenvolvimento do próprio negócio, gerando mais competitividade.
Quando se tem um modelo voltado só para a maximização de lucro, não se considera os riscos envolvidos na gestão do negócio.Já a contribuição para o valor da empresa a partir da seleção correta dos investimentos que possuem a melhor compensação entre risco e retorno, ajuda a criar valor para o negócio por meio da rentabilidade do capital aplicado corretamente, gerando riqueza para os acionistas ou investidores.
Conceitos Relevantes para Análise de Investimentos
Probabilidade:É a representação em percentual de um determinado evento ocorrer. É a medição das chances de um evento acontecer, levando a empresas a se preparar antecipadamente a partir dessa análise. Usualmente os gestores projetam cenários de eventos prováveis que podem interferir em suas decisões e lhes atribuem probabilidades de ocorrência.
Retorno: Principal balizador das decisões. São ganhos gerados por um ativo em um determinado período de tempo.Compreende as entradas de caixa e valorização do ativo, a partir da análise e decisão de investimento tomada. 
Taxa de Retorno: É a relação percentual entre o retorno obtido e valor do ativo. Representa o ganho em percentual obtido a partir da análise e decisão de investir em um determinado ativo. A taxa de retorno é muito utilizada pelos investidores pois serve de comparativo junto a outros indicadores financeiros.
Premissas básicas do risco
Quanto maior o Risco, maior o Retorno:Maior retorno, maior risco.
O Risco cresce com o Tempo:Tempo muito longo aumenta a incerteza.
Aversão a Risco:Se o risco for muito alto, o investidor exigirá maiores retornos.
E como se define compensação entre Risco e Retorno? 
Em regra geral, o nível de rentabilidade está associado ao nível de risco, ou seja, quanto maior o risco aceito pelo investidor maior deve ser a rentabilidade potencial deste investimento. Naturalmente algumas aplicações financeiras envolvem maior risco, o que exigirá maior conhecimento do investidor para alcançar os resultados esperados com o capital investido.
O investidor somente deve aplicar seu dinheiro em um investimento quando conseguir entender o nível de risco que está assumindo. Não existe de fato investimento sem risco, embora o mercado até trabalhe algumas taxas como se elas não tivessem risco algum, caso dos títulos do Tesouro norte-americano, e da caderneta de poupança no Brasil. Mas ainda assim trazem consigo algum nível de risco pequeno pela sua característica.Nunca diga que um investimento é livre de risco. Isso não existe.
 
Logo, podemos citar que existem três conceitos importantes sobre investimento no mercado financeiro, que são: RETORNO, INCERTEZA e RISCO.
 
Retorno pode ser entendido como apreciação de capital ao final do horizonte de investimento definido pelo investidor. Infelizmente, existem Incertezas associadas ao retorno, variáveis não controláveis, que efetivamente podem ou não ocorrer até o final do período de investimento. E qualquer medida numérica dessa Incerteza, quando é possível medi-la ou calculá-la, é chamada de Risco.
Dado um nível de risco, é a taxa desejada de retorno que justifica a execução ou não de um investimento.Relacionamos abaixo os principais tipos de riscos financeiros: 
Risco de Mercado; 
Risco de Crédito; 
Risco de Liquidez; 
Risco Operacional; 
Risco Soberano; 
Risco País; 
Risco Cambial; 
Risco Legal; 
Risco de Imagem.
Riscos inerentes às Análise e Decisões Financeiras
O risco do negócio e o seu valor de mercado envolve o seu desempenho somados aos riscos financeiros e econômicos. Esses riscos não são independentes, uma vez que uma decisão pode afetar a outra e assim sucessivamente. De forma pragmática, pode se dizer que objetivo da Análise e Decisão Financeira é estabelecer o equilíbrio na relação risco x retorno que possibilite a máxima rentabilidade a um menor nível de risco, com o fito de criar valor de mercado para o negócio. Aí reside a essência do capitalismo, ou seja, fazer mais com menos.
A viabilidade de um negócio é examinado pelo investidor sob duas óticas:
Econômica: Relação retorno x custo total dos recursos aplicados. A viabilidade econômica ocorre quando o lucro operacional é maior que o custo total de capital da empresa. Está ligado à sua rentabilidade ao longo do tempo e a evolução do seu patrimônio líquido. Visão de Longo Prazo.
Financeira: Sincronia entre capacidade de geração de caixa e o fluxo de desembolsos. Quando a sincronia é perdida, surge o desequilíbrio financeiro resultante de decisões de investimento incompatíveis com as decisões de financiamento. São características eminentemente de curto prazo e envolvem diretamente a gestão do capital de giro na empresa.Visão de Curto Prazo.
De maneira similar à viabilidade e os riscos envolvidos na Análise e Decisão Financeira também podem ser de natureza econômica e financeira. Vejamos:
Risco Econômico: Visão voltada para a gestão financeira de longo prazo. Refere-se diretamente a atividade operacional da organização e o seu desempenho no mercado onde opera. Independe da forma como a empresa é financiada e envolve sazonalidade, tecnologia, alterações na demanda, variações macroeconômicas, etc. Tudo isso interfere no seu resultado, com impacto direto na rentabilidade e na perpetuidade do negócio.
Risco Financeiro: Visão financeira de curto prazo. Refere-se diretamente as necessidades e decisões de financiamento. Envolve liquidez e solvência do negócio. Ênfase na gestão do fluxo de caixa e da necessidade de capital de giro. Empresas com baixo endividamento apresentam reduzidos riscos de financiamento e boa liquidez. Entretanto, algum grau de endividamento é necessário, pois permite alavancar mais os resultados. Estamos falando de Capital de Giro para financiar suas atividades.
As decisões financeiras devem considerar o risco econômico com base no lucro operacional (resultado gerado pelos ativos antes das despesas financeiras - EBITDA), e o risco financeiro, isto é, o custo de captação de capital de terceiros (taxas de juros) versus o custo do capital próprio (custo de oportunidade).
O resultado operacional é consequência exclusiva da gestão dos ativos da empresa, ou seja, é o retorno oriundo das decisões de investimento. Com base nele, avaliamos o grau de atratividade econômica da empresa e suas condições de continuidade. O resultado operacional evidencia o seu resultado, ou seja, da atividade principal da organização. Como é calculado antes da deduçãodas despesas financeiras, seu valor não é influenciado pela forma como os ativos são financiados.
Cálculo do Retorno 
Retorno esperado, é a expectativa de ganho do ativo com risco, calculado “ex-ante”. Já o Retorno Real ou observado é o retorno efetivo do negócio, calculado “ex-post”.
Pode ser expresso pela seguinte fórmula:
Rt = Pt – P(t-1) + FCt, sendo:
Rt = retorno esperado no tempo t;
Pt = valor do ativo no final do tempo t;
P(t-1) = valor do ativo no início do tempo (t -1);
FCt = fluxo de caixa gerado pelo ativo no tempo t.
A taxa de retorno no tempo t é: 
	Kt = 
Exemplo:
Compare as empresas “A” e “B” e calcule o retorno e a melhor taxa de retorno.
	Dados				 Empresas 		
					 “A” “B”
Preço inicial do ativo	P(t-1)	R$ 600,00		R$ 650,00
Preço atual do ativo	Pt		R$ 650,00		R$ 700,00 	
Receita líquida no períodoFCt	R$ 700,00		R$ 750,00 
Retorno:
RtA= R$ 650,00 - R$ 600,00 + R$ 700,00 = R$ 750,00. 
RtB = R$ 700,00 - R$ 650,00 + R$ 750,00 = R$ 800,00.
Taxa de retorno:
KtA= R$ 650,00 – R$ 600,00 + R$ 700,00x 100 A = 125%
			 R$ 600,00
	KtB= R$ 700,00 – R$ 650,00 + R$ 750,00 x 100 B = 123,07%
			 R$ 650,00
O retorno da empresa “A” foi de R$ 750,00, e da empresa “B” foi de R$ 800,00.
No entanto, a taxa de retorno da empresa “A” foi maior que da “B”, o que indica que a empresa “A” é mais rentável que a empresa “B”. Isso ocorreu porque, apesar de os investimentos iniciais serem de valores muito próximos, o investimento inicial da empresa “B” foi superior ao investimento da empresa “A”. 
Para série histórica de retornos temos a seguinte fórmula:
	
	K = KJ= média dos retornos, onde:
		n
	K =retorno médio de uma carteira;
	KJ=somatório dos retornos da carteira;
	n = quantidade de períodos dos retornos.
	
Exemplo:
A fórmula acima pode servir para calcular, por exemplo, o retorno médio de uma carteira que durante 4 meses apresentou rentabilidade de 7%, 8%, 6,5% e 7,5% aa.
O retorno médio será:
	K = 7% + 8% + 6,5% + 7,5%= 7,25% aa.
 4
Para série de retornos de investimentos e frequências, temos a seguinte fórmula:
K = KJ. fJ= média ponderada dos retornos
fJ
Exemplo:
Certo cidadão investiu recursos durante dez meses, e verificou que por 2 meses a taxa de rentabilidade foi de 7% aa., por 3 meses foi de 8% aa., por 4 meses a taxa foi de 6,5% aa. e por 1 mês a taxa foi de 9% aa. 
Que retorno médio obteve o investidor na sua aplicação?
Observam-se no exemplo os seguintes dados:
KJ = são as taxas de retorno de 7%, 8%, 6,5% e 9% aa.
	fJ =número de meses em que ocorreu a respectiva taxa (2, 3, 4 e 1) .
	fJ =somatório das freqüências que as taxas ocorreram (2 + 3 + 4 + 1 = 10) .
Assim, o retorno obtido será:	
K = (7% x 2) + (8% x 3) + (6,5% x 4) + (9% x 1)= 7,3%
				10	
Exercícios.
Como criar valor para o negócio e seus investimentos?
A criação de valor é o objetivo máximo da Administração Financeira. O conceito de criar valor é focado no acionista (proprietário). O objetivo é fazer com que o ganho dos investimentos (toda empresa é um investimento) seja superior ao seu custo de financiamento. Em outros termos, a criação de valor ocorre quando o retorno de seus ativos é maior que o custo total de seus passivos e patrimônio líquido. Entretanto, um ganho de investimento superior ao custo de financiamento, por si só não indica criação de valor. 
A real criação de valor ocorre quando os ganhos superam o custo de financiamento (capital de terceiros) e o custo de oportunidade (em termos de oportunidade de investimento renunciada pela utilização do capita próprio). 
Criar valor para o seu dinheiro é responsabilidade sua; para as empresas, é dos gestores financeiros, cada vez mais exigidos diante do mercado globalizado e da concorrência acirrada. A criação de valor exige atenção e cuidado redobrado na interpretação e uso de modelos matemáticos de avaliação financeira. Recomenda-se desenvolver conhecimento nas áreas de Finanças, Contabilidade e Controladoria, pois as decisões financeiras que envolvem a captação e aplicação de recursos requerem, atualmente, capacitação nessas áreas, além de uma visão holística e estratégica com relação ao futuro da empresa. 
Decisões Financeiras
As decisões financeiras levam em consideração todas as atividades exercidas pela empresa. Essas atividades são avaliadas sob a égide econômica e financeira, pois o resultado da empresa é consequência de todas as decisões e ações tomadas pelos gestores do negócio a partir de um conjunto de informações internas e externas.
Envolve três aspectos relevantes:
Decisão Investimentos
A preocupação primordial diz respeito à avaliação e escolha de alternativa de aplicação de recursos nas atividades da empresa que proporcionem o maior retorno com o menor risco e prazo.
Consiste ainda num conjunto de decisões visando dar à empresa a estrutura ideal em termos de ativos – fixos e correntes – para que os objetivos da empresa como um todo sejam atingidos. Nessa área, o enfoque básico é a obtenção do maior resultado (retorno) possível, dado o risco que os proprietários da empresa estão dispostos a correr.
Decisão de Financiamento
O que se deseja fazer é definir e alcançar uma estrutura ideal em termos de fontes de recursos, dada a composição dos investimentos. O custo e os prazos de pagamento são determinantes para a decisão
É preciso compreender, desde já, que a função financeira, cuja finalidade é assessorar a empresa como um todo proporcionando-lhe os recursos monetários exigidos, não determina, por isso mesmo, quais as aplicações a serem feitas pela empresa. Isto decorre dos objetivos e das decisões da administração e/ou dos proprietários da empresa em um nível mais alto. À administração financeira resta conseguir captar os recursos necessários para financiar essa estrutura de investimento sempre com o menor custo possível.
Decisão de utilização ou destinação do lucro líquido
Decisões comumente conhecidas pelo nome de política de dividendos ou distribuição de lucro, que se preocupa com a destinação dada aos recursos financeiros que a própria empresa gerou em suas atividades operacionais e extra operacionais.
É nesta área que surgem as indicações mais claras do relacionamento das áreas de investimento, financiamento e utilização do lucro líquido. Esse relacionamento se deve ao fato de que o lucro retido pela empresa (ou seja, o lucro não pago sob a forma de dividendos em dinheiro) constitui-se numa de suas fontes de recursos que poderão ser utilizados ou não, de acordo com a decisão dos acionistas. 
Também é contingência nas decisões de financiamentos determinar quanto do lucro líquido disponível deve ser retido, com a decisão complementar forçosa a respeito da proporção que deve ser distribuída aos proprietários. Há relações ainda entre decisões de investimento e de utilização do lucro líquido. Nas decisões de investimento, um certo retorno deve ser alcançado: digamos então que seja considerada a utilização de lucros retidos para financiar certas aplicações. 
Essa possibilidade deveria ser admitida apenas quando a alternativa de investimento prometesse um retorno superior aos que os proprietários poderiam conseguir se eles mesmos aplicassem os recursos porventura recebidos em decorrência da distribuição de lucros. As magnitudes relativas dos riscos envolvidos nas aplicações disponíveis à empresa e aos proprietários, fora dela, também precisam ser consideradas.
A definição formal diz que a área finanças corporativas é responsável por tomar todas as decisões financeiras a respeito de um negócio, utilizando as ferramentas contábeis para as análises necessárias visando este fim. Tem como principal objetivo maximizar a valorização dos recursos aplicados na empresa e, simultaneamente, administrar os riscos financeiros existentes.
Decisões financeiras básicas, não envolve apenasa gestão diária de contasa pagar,contas receber e tesouraria da organização, mas busca ampliar o escopo da visão do negócio, incluindo o uso de ferramentas financeiras como fluxo de caixa, necessidade de capital de giro e orçamento empresarial.
O mercado vem passando por várias transformações econômicas e tecnológicas, as quais as organizações não têm controle direto sobre elas. A inflação, por exemplo, foi (teoricamente) controlada e a moeda se estabilizou.O Brasil se abriu um pouco mais para o mundo e a comunicação via rede e sistemas digitais transformou criou novos paradigmas para a gestão do negócio, exigindo muito mais atenção dos responsáveis pela administração financeira das organizações.
Este contexto desafiaas organizações a tomarem uma postura mais competitiva para o negócio. A correta gestão das finanças corporativas torna-se crucial para isso, pois como diz o ditado: “dinheiro não aceita desaforo”. A administração financeira básica é algo que vai muito além de simples departamentos de “contas a pagar e receber”, que a tecnologia da informação e as redes digitais otimizaram.
Osdepartamentos financeiros desempenham tarefas estratégicas na gestão do negócio como:
Apoiar decisões de precificação,
Otimizar dos diversos tipos de custos inseridos no modelo de negócio,
Mudanças na estrutura de capital utilizado no negócio (próprio versus terceiro),
Medir a rentabilidade do patrimônio ao longo do tempo, entre outras.
A própria figura do administrador financeiro e do contador, que devem ter uma atuação mais proativa e participativa nas decisões da empresa é a prova prática de que a área das finanças corporativas passou a ser tratada como prioridade em qualquer modelos de gestão.
Análise de Investimentos e a Visão Contábil
São decisões relacionadas à:
Gestão de Ativos
Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes (circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente). O administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de ativos circulantes. Determina também quais ativos permanentes devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, buscando sempre o equilíbrio entre os ativos correntes e não-correntes. 
Fornece dados para tomada de decisão sobrecomo, quando e quanto investir na aquisição de determinado bem ou direito, sempre evitando desperdícios e gastos desnecessários ou exposição maior ao risco e até mesmo a imobilização dos recursos correntes, com custos elevados que trarão baixo retorno e muita despesascom impacto direto na gestão do Capital de Giro.
Gestão de Passivos
Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da empresa. São operações que necessitam de alocação de capital para a execução dos planos definidos pela direção da empresa. Leva-se em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo prazo e a estrutura de capital a ser utilizada, ou seja, não se tomará emprestado mais do que a empresa é capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto ou a longo prazo – chamado cálculo da capacidade de pagamento.
Deve-se optar por fontes de financiamento confiáveis e viáveis em termos de custo financeiro, com ênfase no equilíbrio entre risco e retornoe capacidade de pagamento. É bem verdade que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até certo ponto a urgência) premente, porém independentemente da situação é necessárioanálise e estudo detalhado dos prós e contras, a fim de obter segurança e respaldo para as decisões a serem tomadas.
Preocupa-seainda com três tipos básicos de questões:
Orçamento de Capital
Processo de planejamento e gestão dos investimentos de longo prazo. Nessa função deve identificar as oportunidades de investimento cujo valor para a empresa é superior a seu custo de aquisição. Em termos amplos, isto significa que o valor do fluxo de caixa gerado por um ativo supera o custo desse ativo.
Estrutura de Capital
Combinação de capital de terceiros versus capital próprio. O administrador financeiro tem duas preocupações, no que se refere a essa decisão. Quanto deve a empresa tomar emprestado? Quais são as fontes menos onerosas para a empresa? Além dessas questões, precisa decidir exatamente como e onde os recursos devem ser captados e, também, escolhera fonte e o tipo apropriado de recurso a ser aplicado no negócio (próprio ou de terceiros). Lembrando que este último sempre terá o custo maior que o primeiro.
Administração do Capital de Giro
Capital de giro são os ativos e passivos circulantes de uma empresa. A gestão do capital de giro é uma atividade diária que visa assegurar que a empresa tenha recursos suficientes para continuar suas operações de curto prazo e evitar interrupções que elevem os seus custos operacionais.
Essas três áreas de administração financeira – orçamento de capital, estrutura de capital e gestão do capital de giro – são muito amplas e relevantes para a empresa. Inclui uma variedade de tópicos a serem considerados. Todos serão abordados ao longo da disciplina.
Objetivos da Análise de Investimentos e a Gestão Financeira
Maximizar a riqueza dos proprietários de capital (investidores capitalistas), conjugando fatores como risco e retorno. Dedica-se ainda, periodicamente,a proceder a avaliação do negócio e a forma como são tomadasas decisões financeiras e o seu impacto na criação de valor. 
O propósito de criar valor, pode ser desmembrado em três objetivos:
Maximizar o lucro: 
O lucro é uma boa medida de eficácia organizacional. Entretanto, está sujeito a diversas restrições e questionamentos. O lucro é determinado por princípios contábeis amplamente aceitos, não evidenciam a capacidade de pagamento da organização, pois se baseia no regime de competência, e não no de caixa. 
Outra crítica é que o lucro contábil não mensura o risco inerente à atividade empresarial, pois as projeções não levam em consideração o risco de variações nos fluxos de rendimento. O lucro, portanto, é uma (e não a única) das medidas de desempenho das empresas. 
Maximizar o valor de mercado da empresa:
O valor de mercado é considerado um dos melhores critérios para a tomada de decisões financeiras. De fato, os benefícios operacionais podem ser expressos em termos de fluxo de caixa, que devem ser descontados a valor presente mediante uma taxa mínima de atratividade. Essa taxa deve refletir a remuneração mínima aceitável para os acionistas diante do risco assumido. 
Duas variáveis são determinantes para o cálculo do valor de mercado da empresa: o retorno de caixa esperado e a taxa de oportunidade envolvida. O que importa aqui é a capacidade de gerar resultado futuro, e não o histórico de resultado acumulado. Portanto, o objetivo é promover a maximização do valor de mercado da ação da empresa.
Maximizar a riqueza e garantir a continuidade do negócio: 
A elevação da riqueza do acionista é conseguida mediante incremento no valor econômico da ação, o que constitui o objetivo principal das empresas. Esse processo envolve a detecção de oportunidades, e a implementação de avanços na gestão, tecnologia e inovação. 
O objetivo de geração de riqueza (objetivo primário) não deve ser visto de forma isolada, mas sim como consequência da consecução dos objetivos secundários. Modernamente, as empresas devem incorporar objetivos ambientais e sociais, visando atender aos anseios da sociedade, o que possibilita a sustentabilidade empresarial.
A sustentabilidade é alcançada quando a empresa busca atender ao conjunto dos seusstakeholders (partes interessadas) com transparência e ética. Desta forma, a sustentabilidade e a maximização da riqueza contribuem para preservar os recursos ambientais e culturais e reduzir a desigualdade social. 
 
Maximizar a riqueza econômica dos acionistas, é perfeitamente coerente com os objetivos da empresa dentro do sistema capitalista que rege o mundo econômico. Um negóciodeve ser lucrativo o suficiente para remunerar adequadamente o capital investido. Ao fazê-lo, a organização garante sua continuidade, eleva suas expectativas de crescimento, paga impostos, gera empregos e trabalhos sociais. 
Não há qualquer conflito entre o objetivo da empresa e os objetivos da sociedade. O empresário, em busca do equilíbrio econômico, contribui para a elevação do número de participantes no mercado, elevação do PIB (soma de toda a riqueza produzida no país), aumento na arrecadação tributária, nível de emprego e melhoria de indicadores macroeconômicos. 
Outra vantagem da busca contínua pela maximização da riqueza é o incremento na eficiência das empresas. Em outros termos, para gerar riqueza é necessário racionalizar custos, melhorar a qualidade dos produtos e serviços, o que beneficia significativamente os consumidores.
Sob a ótica corporativa, podemos inferir ainda que a análise e decisões de Investimentospossui ainda três objetivos básicos:
Manter a empresa em permanente situação de liquidez, como condição básica ao desenvolvimento de suas atividades. Uma empresa apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivos são administrados convenientemente. O importante é manter os fluxos das entradas e saídas de caixa sob controle e conhecer antecipadamente as épocas em que irá faltar numerário.
Obter novos recursos para planos de expansão, com base em estudos de viabilidade econômico-financeira e aos menores custos. A empresa deve ser perpetuada e, para tanto, precisa realizar investimentos em tecnologia, novos produtos, etc., que poderão sacrificar a rentabilidade atual em troca de maiores benefícios no futuro. 
A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado obriga as empresas a se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma pode sentir-se segura em uma boa posição, porque a qualquer momento algum concorrente poderá surgir com um produto melhor e mais barato. 
Deste modo, as empresas são impelidas a desenvolverem continuamente novos projetos e a tomarem decisões sobre a sua implantação. Normalmente isto significa a necessidade de vultuosas somas adicionais de recursos e uma elevação no risco do empreendimento. O retorno deve ser compatível com o risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior retorno.
Assegurar o necessário equilíbrio entre o lucro (resultado) e a liquidez financeira, quantificando os planos de expansão (investimentos) de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos, próprios ou de terceiros.
“Aquele que aprende, mas não pensa, está perdido. Aquele que pensa, mas não aprende, está em grande perigo”. Confucio, pensador Chinês
Mercado de Investimentos
No mercado financeiro existem diversos tipos de investimentos. Alguns são voltados especialmente para que os empreendedores não deixem os recursos parados no caixa da empresa ou na conta bancária e, com isso, aproveitem os juros que esses investimentos geram.
Conheça abaixo alguns dos principais investimentos oferecidos pelo mercado financeiro, lembrando que este assunto não se esgota aqui, é bem mais amplo e complexo:
Caderneta de Poupança
Essa é a mais simples e tradicional aplicação financeira. Segura e que oferece liquidez diária, com rendimento mensal. Atualmente, a remuneração da poupança para Pessoa Física funciona assim:
Enquanto a meta da Taxa SELIC for maior do que 8,5% a.a., a remuneração da poupança continua 0,5% ao mês + TR;
Quando a Taxa SELIC for igual ou menor que 8,5% a.a., a remuneração da poupança será igual a 70% da Taxa SELIC + TR.
Os rendimentos dos depósitos na poupança por Pessoas Jurídicas sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, conforme o tempo da aplicação:
Até 180 dias: 22,5%
De 181 a 360 dias: 20%
De 361 a 720 dias: 17,5%
Acima de 720 dias: 15%
​
Taxa SELIC: (*) SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia): a taxa básica de juros, utilizada como referência no Brasil e estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM).
Certificados de Depósitos Bancários - CDB
Os CDBs são utilizados pelos bancos para captar recursos. Quem investe faz uma espécie de empréstimo ao banco e, ao final do período combinado, recebe os juros por isso.
O dinheiro pode ser resgatado antes do período se o contrato garantir essa possibilidade, liquidez diária. O mercado oferece diversas opções de CDBs e a rentabilidade varia de acordo com o volume de dinheiro aplicado e a modalidade contratada (pré-fixada ou pós-fixada).
Os CDBs podem ser:
Pré-fixados: quando você sabe as taxas de remuneração do seu investimento no momento da aplicação;
Pós-fixados: quando a remuneração dependo do indexador contratado. Ex: CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) ou a TR (Taxa Referencial).
Na prática, comprar um CDB significa emprestar dinheiro para seu banco e serremunerado por esse crédito. Dessa forma, é fundamental analisar a solidez financeira da instituição financeira antes de emprestar dinheiro a ela, ainda que o produto tenha cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), com garantia de até R$ 250 mil.
O tipo mais comum de CDB é o pós-fixado, com um rendimento em percentual do CDI.
Para o investimento valer a pena, procure CDBs que rendam um percentual superior a
100% do CDI. Se não encontrar, dê preferência ao Tesouro Selic, por ter menor risco.
O Imposto de Renda, aplicado na hora do resgate ou do vencimento do CDB, também
segue a tabela regressiva de renda fixa e é retido na fonte.
​Recibos de Depósitos Bancários - RDB
São títulos emitidos pelos bancos que têm características semelhantes às dos CDBs. A diferença é que os RDBs não podem ser negociados antes de seu vencimento e não podem ter transferência de titularidade.
Há também a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para resgates antes de 30 dias.
Fundos de Investimentos
​É a aplicação financeira em que várias pessoas se reúnem para ter acesso a aplicações com custos menores. O objetivo é receber algum ganho financeiro, mas, neste caso, não há garantias de que isso aconteça.
Fundo de investimento é organizado como uma empresa e administrado por uma instituição financeira. Existem diferentes tipos de fundos de investimento que variam de acordo com o prazo ou o risco da aplicação.
O mercado financeiro oferece diversas modalidades de fundos de investimento para todos os tipos de investidores, como Fundos de Renda Fixa, Fundos Referenciados, Fundos Multimercado, Fundos Cambiais e Fundos de Ações.
Para escolher um fundo, é importante ter em mente quais são suas necessidades e objetivos de longo prazo e observar três atributos básicos: 
Rentabilidade,
Liquidez, e
Segurança. 
Antes de contratar um fundo de investimento, é importante conhecer o perfil da instituição bancária e as características do produto (valor da taxa de administração e outras tarifas, condições para novas aplicações e resgates, regulamento), além de verificar se os riscos assumidos são compatíveis com seu perfil de investidor.O prazo para esse tipo de investimento pode ser curto, médio ou longo e, em todos os casos, haverá cobrança de taxas de administração, IOF - Imposto sobre Operações Financeira - e IR - Imposto de Renda sobre a rentabilidade ganha.
Dica: leia sempre o prospecto e os fatores de risco do fundo de investimento em que pretende aplicar o dinheiro seu ou da sua empresa, além da sua composição.
Títulos os Públicos
Este tipo de investimento criado pelo Governo Federal com o intuito de financiar as suas atividades. É uma opção de investimento com oferta de títulos de curto, médio e longo prazo. A venda de títulos públicos geralmente é feita por leilão diário ou diretamente no Tesouro Nacional. Acesse o site www.tesourodireto.gov.br para maiores informações.
Tesouro Direto – É um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a BMF&F Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet.
Qual o valor mínimo que posso investir no TesouroDireto - TD? Quais são os custos?
O valor mínimo para aplicar no TD é de R$ 30,00. O programa cobra uma taxa de 0,30% aoano em cima do valor investido (cobrada semestralmente, equivalente ao período em quevocê manteve o título). Algumas corretoras podem cobrar corretagem — escolha uma quenão cobre nada.
Além de 0,30% ao ano, temos o custo do Imposto de Renda, que é pago somente no
vencimento do título, na venda antecipada ou no pagamento do cupom. A alíquota é
regressiva, de acordo com o período que você manteve o título (tabela abaixo) e incide
apenas sobre a rentabilidade obtida — e não sobre o valor total investido.
Vale lembrar que, mesmo pagando IR, asLetras Financeiras do Tesouro – LFT ainda rende mais que a tradicional poupança. Veja a incidência do IR em relação ao período de aplicação do dinheiro.
	 Período 		Alíquota IR
	Até 180 dias		 22,5%
	De 181 a 360 dias 20%
	De 361 a 720 dias	 17,5%
	Acima de 720 dias 15%
Quais os tipos de títulos disponíveis no Tesouro Direto? Como eles funcionam?
Temos três tipos de otulos disponíveis: os prefixados, os indexados e os pós-fixados. Paraentender como funciona cada um deles, confira:
O que são títulos prefixados?
Sabe-se exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o título até a data de vencimento. Esses títulos são indicados se você acredita que a taxa prefixada será maior que a taxa de juros básica da economia (Selic).Por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal. Isso significa que é necessário descontar a inflação do período para se obter o rendimento real da aplicação.
O que são títulos pós-fixados? e 
Neste caso, os títulos têm seu valor corrigido por um indexador:taxa básica de juros (Selic) ouinflação (IPCA). A rentabilidade da aplicação é composta por uma taxa predefinida no momento da compra do título mais a variação de um indexador. 
O que são títulos indexados à inflação?
Os títulos mais procurados pelos investidores do TD são aqueles indexados à inflação. De acordo com dados do Tesouro Nacional, em abril de 2015, 60,2% dos títulos comercializados pelo Programa eram Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal) e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B).
Os títulos públicos atrelados à inflação são as melhores opções para quem quer investir no longo prazo e manter intacto seu poder de compra. Isso porque eles pagam uma taxa prefixada, definida no momento da compra, mais a inflação do período medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Para quem pretende utilizar constantemente a renda da aplicação, o ideal é optar pelo título Tesouro IPCA + com Juros Semestrais (antiga NTN-B). Já quem só vai usar o valor depois do vencimento pode optar pelo Tesouro IPCA + (NTN-B Principal), que acumula os juros até a data final.
O Tesouro Direto contribuiu para a diversificação e complementação das alternativas de investimento disponíveis no mercado, ao oferecer títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia - Selic), de prazos de vencimento e de fluxos de remuneração. Com tantas opções, fica fácil achar um título indicado para a sua necessidade.
Além de acessível e de apresentar opções de investimento que se encaixam aos seus objetivos financeiros, o Tesouro Direto oferece boa rentabilidade e liquidez diária, mesmo sendo a aplicação de menor risco do mercado. Para mais informações acesse: www.tesourodireto.org.br. 
Além do Imposto de Rensa – IR, existe a cobrança de taxas de administração pelos bancos que operam no TD e do IOF - Imposto sobre Operações de Crédito sobre o rendimento do título.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
LCI e LCA são letras de crédito, títulos privados de renda fixa, lastreados em crédito do mercado imobiliário e do mercado agrícola, respectivamente. São produtos conservadores de baixo risco que reúnem vantagens financeiras e tributárias, como é o caso da isenção do IR e também possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores até R$ 250 mil por CPF, por banco.
Geralmente, as corretoras e os bancos de médio e pequeno portes exigem um aporte inicial superior a R$ 10 mil e estabelecem prazo mais longo para permanência na aplicação, no mínimo 90 dias.
É possível conseguir LCI e LCA que oferecem liquidez diária. Ou seja, você pode resgatar seu dinheiro qualquer dia. Em contrapartida, as taxas de retorno são menores.
Ações
Ações são ativos de empresas com capital aberto, denominadas S.A. – Sociedade Anônima, que são negociados em bolsas de valores, em outras palavras, ações são partes do capital das empresas que são negociadas na bolsa de valores. Quando uma pessoa compra uma quantidade de ações de uma empresa, significa que ela estará se tornando sócia daquela empresa, cuja participação dependerá da quantidade de ações efetivamente compradas.
As ações não são vendidas diretamente na bolsa, mas através das corretoras de valores mobiliários que são empresas credenciadas a operar no mercado de ações. Essas corretas fazem a intermediação entre o investidor e a bolsa.
As ações podem der ordinárias ON ou preferenciais PN.
ON: As ações ordinárias dão o direito a participação nos lucros da empresa e ainda confere o direito a voto nas assembleias da empresa.
PN: As ações preferenciais também permitem a participação nos lucros, porém sem direito a voto.
Como investir no mercado de Renda Variável – Ações
Uma das perguntas mais frequentes que se faz na hora de investir é se “A ação X está com um bom preço? Devo comprar?“.A grande verdade é que na maioria das vezes é quase impossível responder essa pergunta rapidamente.A precificação de uma ação e a análise da oportunidade de compra é bem diferente de como isso é feito com outros ativos financeiros.
Por exemplo: caso queira comprar um novo smartphone, você define as configurações de tela, memória, câmera e outros fatores e então vai nas diferentes lojas e avalia os preços. Pode comparar modelos de marcas diferentes e com configurações parecidas, ou mesmo, conferir a média de preço em sites da internet. Se viu que um celular muito parecido custa R$1.000 em uma loja, e em outra custa R$900, a avaliação de qual o melhor preço é bastante simples. Ou mesmo, se avaliar que até o mês passado esse mesmo celular custava R$1.200, e hoje está mais barato, também indica que é uma boa oportunidade.
Porém, quando falamos de ações na bolsa as coisas não funcionam assim.Vamos pensar na OGX, suas ações chegaram a valer mais de R$20 há alguns anos atrás, quando caíram para R$15 reais isso parecia uma compra óbvia, em seguida elas caíram para R$5 e em um determinado momento para R$1 real. Se você aplicasse a mesma lógica de precificação usada em uma compra cotidiana, comprar por R$1 algo que valia R$20, tempos atrás, seria uma oportunidade imperdível.Ainda assim, as ações da empresa continuaram sofrendo quedas, chegaram a valer menos de 10 centavos.
O histórico de preço de uma ação é um indicador pouco confiável quando visto de maneira isolada, o fato de uma ação já ter tido preço alto no passado, não significa que esse preço irá se repetir e por isso é importante que faça uma análise mais aprofundada da empresa que deseja investir.
Existem dois tipos básicos de análises que podem ser feitas em uma ação: a análise fundamentalista e a análise técnica.
A análise técnica é muito utilizada por traders, e se baseiam no valor de uma ação no momento, eles avaliam aspectos técnicos e gráfico, bem como os volumes de negociação no mercado, para determinar quando comprar e vender.
Os analistas técnicos, também conhecidos por grafistas, confiam que o preço da ação, já está considerando todos os fatores possíveis.
Por outro lado, temos a análise fundamentalista, usada por grandes investidores como Warren Buffett e Luiz Barsi. Nesse tipo de análise os fatores avaliados vão muito além do preço e o volume negociado, uma análise fundamentalengloba o estudo dos resultados financeiros, situação macroeconômica, gestão, governança corporativa e mais uma série de fatores que indicam a solidez que uma empresa possui.
É o tipo de análise focada na construção de valor, e na estratégia de longo prazo, usada pelos gestores mais bem sucedidos da história.
Análise Fundamentalista
Podemos dividir os grandes pontos abordados em uma análise fundamentalista em:
1. Análise macroeconômica
Nesse aspecto é avaliada a conjuntura econômica, perspectivas e cenários futuros para os diversos setores da economia.
O objetivo aqui é analisar quais os cenários mais prováveis para aquele mercado em particular caminhar nos próximos anos com base no que sabemos hoje.
2. Análise qualitativa
Aqui avaliamos o histórico de resultados da empresa, a sua governança corporativa, ou seja, se seu time de gestores é bem qualificado e tem tomado boas decisões, o setor de atuação e outros aspectos.
3. Análise quantitativa
Esse é o momento de se avaliar o resultado financeiro da empresa: margens operacionais, rentabilidade e endividamento são alguns dos fatores avaliados.Existe a análise horizontal, que é a análise do histórico de métrica especifica. E a análise vertical que é a análise de todas as métricas em um determinado período.
4. Valuation
Por fim, o valuation é análise da relação entre preço e valor de negociação de uma empresa, e o quão atrativa essa relação é para um investidor.Existe muita subjetividade em uma análise e no processo de valuation. É possível que mesmo grandes analistas cheguem em conclusões diferentes sobre o mesmo papel.
Em 2016, quase que na mesma época, o megainvestidor Carl Icahn se desfazia de suas ações da Apple enquanto o bilionário Warren Buffett comprava as mesmas ações. Dois dos maiores investidores da história, um na ponta contrária do outro. Por enquanto, Buffett parece estar levando a melhor: as ações da Apple estão negociadas, neste momento, na máxima histórica.
5. Demonstrações Financeiras
O início de uma análise fundamentalista se dá através do estudo das suas demonstrações financeiras, conhecidas como:
Balanço patrimonial;
DRE: demonstração de resultado do exercício.
Para empresas listadas na bolsa, esses documentos são disponibilizados de maneira pública. Só consultar o site da empresa de capital aberto escolhida para análise.
Esse balanço dá uma ideia geral de como está a situação da empresa naquele momento. Seus ativos, passivos, investimentos, ou seja, tudo o que ela efetivamente possui.
Em um segundo ponto, teremos a DRE da empresa, também para o mesmo período.Na DRE podemos acompanhar os resultados financeiros, margens de lucro, custos operacionais, evolução das despesas, e diversos outros fatores que servem de base para a análise.
Dentre os principais indicadores que são avaliados com base nesses dois documentos, podemos destacar:
Retorno sobre os ativos;
Retorno sobre o patrimônio líquido;
Margem líquida da empresa;
Alavancagem financeira e outros.
E isso é somente o início da análise, pois ainda é preciso avaliar uma série de outros fatores, que vão além da análise econômica.
Após analisar o balanço da empresa, você determina se gostou ou não do que viu, caso não tenha, você para por aí, mas mesmo que tenha gostado dos resultados, ainda não é a hora de tomar a decisão de compra.
É importante avaliar como a empresa se comporta em relação às outras empresas do mesmo setor, empresas que possuem uma condição atual e perspectivas ainda melhores e estão sendo negociadas por um preço mais atrativo.Além disso, um analista mais zeloso e experiente, irá estudar fatores como os índices de endividamento e rentabilidade, sempre buscando complementar ao máximo as informações que possui, antes de tomar decisão de compra ou venda.
Conclusão
O processo de avaliação de uma ação, para determinar se ela é ou não uma compra interessante, é bastante complexo, envolvendo muitas variáveis e indicadores que demandam experiência prática e teórica para serem devidamente analisados.
Mesmo tendo poucas empresas na bolsa para o seu potencial, o Brasil tem mais de 400 ações listadas, o que torna praticamente impossível que qualquer pessoa seja capaz de analisar todas as ações com um índice de qualidade ótimo, visto que a análise completa envolveria a necessidade de conhecer a fundo, ou ao menos com uma boa dose de profundidade, os mercados onde cada empresa está inserida. Uma boa dica para alguém que queira realizar as próprias análises e ainda está começando, é se focar em mercados que já possui algum conhecimento prévio, por ter atuado nele.
Um segundo ponto interessante, é buscar análises independentes publicadas na internet sobre a ação, sempre checando se a fonte das mesmas é confiável, e buscando comparar mais de um resultado, e em seguida, debater isso com a sua própria análise.
Por fim, caso não tenha o tempo ou o conhecimento necessário para realizar as análises sozinho, o mais indicado é que busque o apoio profissional, visto que uma análise mal-feita pode significar a perda do seu patrimônio.
Operações de Câmbio
Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras, como o Dólar, Euro ou Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda o investidor espera obter valorização em relação à moeda corrente, o Real, e assim vendê-la por um valor acima do valor de compra. Mas a compra de moeda também poderá ter outras finalidades, como viagens para o exterior onde a mesma será usada ou para investimento de longo prazo.
No caso do Dólar as cotações em relação ao Real podem ser classificadas em:
Comercial: é a cotação oficial usada nas operações comerciais e nas remessas de moeda de empresas com sede no exterior.
Turismo ou Flutuante:  é usado como referência para compra de moeda estrangeira para viagem, tanto em espécie quanto no cartão de débito.
Paralelo: Não é reconhecido pelo mercado, mas é usado em operações do chamado mercado negro, geralmente pelos conhecidos “doleiros”.
Ouro
O ouro é um investimento reconhecidamente seguro e com boa liquidez. A operação de compra e venda pode ser feito através dos bancos. As barras de ouro compradas podem ficar com o comprador ou ele poderá contratar um serviço de custódia ou guarda nos bancos. Diariamente são informados no mercado financeiro os valores do grama do ouro para compra e venda.
Estratégia do Investimento Consistente – VOCÊ S.A.
Como conseguir R$ 1 milhão em 20 anos?
O sonho de virar, de um dia para o outro, um milionário já deve ter passado pela cabeça de todo mundo. O que você faria? O que compraria? Deixaria de trabalhar? Como sabe, não deve contar com a loteria para viver esse sonho. Assim, que tal colocar em prática um projeto mais realista, de transformar seu patrimônio ao longo do tempo em direçãoao primeiro milhão de reais?
A ideia é criar o hábito de investir mensalmente uma parte de seu dinheiro, de forma a alcançar uma reserva financeira lá para frente que garanta uma boa aposentadoria, ou simplesmente faça o dinheiro trabalhar para você. O importante é levar esse plano a sério, com planejamento, disciplina e determinação. Acredite, seuplanejamento financeiro vai gerar frutos e permitir um futuro mais confortável. Estou falando de um período de 20 anos. Você topa?
Vamos a proposta, detalhando passo a passo:
Os recursos devem ser acumulados semanalmente e aplicados no mês ou serem feitos de uma única vez mensalmente.
Para efeito de organização financeira, sugiro que esse dinheiro seja separado da sua conta corrente de movimentação bancária, para não ser confundido com recursos voltados para necessidades diárias.
Considere uma tabela com fluxos de investimentos mensais, progressivos a cada ano. Serão 20 anos de investimentos diretos.
Começamos com aportes pequenos, o que é essencial para uma boa reorganização financeira no primeiro ano.
A partir do segundo ano, os aportes ficarão mais robustos, pois entendo que a vida financeira do investidor estará mais equilibrada e sua capacidade depoupar será maior.
Espero ainda que, com o passar do tempo, sua renda aumente, para que os investimentos não pesem tanto em seu orçamento.
Lembre-se de que quanto maior forem os valores investidos mais rápido alcançará a independência financeira.
No 1º ano, investirá apenas R$ 120,00 ao mês (R$ 30,00 por semana).
No 2º ano, R$ 400,00 ao mês.
No 3º ano, R$ 800,00 ao mês.
No 4º ano, R$ 1.200,00 ao mês.
No 5º ano, R$ 1.700,00 ao mês.
Do 6º ao 10º ano, R$ 2.000,00 ao mês.
A partir do 11º ano, será preciso fazer contribuição mensal de R$ 2.600,00 (R$ 650,00 por semana) até o fim do período planejado.
Até aqui, tudo certo?
Mas onde investir o dinheiro? Seguimos, então, para o ativo escolhido. Tesouro Direto.
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal).
A escolha desse título foi feita com base na preocupação em proteger seu patrimônio. Oativo segue com taxas atrativas, da ordem de 5% ao ano mais a variação do IPCA, e protege seu dinheiro do aumento da inflação.
Atenção! Ao longo dessa estratégia, ao se aproximar de seu vencimento, o ativo deixará de ser ofertado.Esse é um acontecimento normal, já que, a cada ano, o Tesouro Direto atualiza o rol de títulospúblicos para garantir que os prazos de vencimento dos papéis vendidos sejam sempre maiorque dois anos, permitindo a qualquer investidor ter acesso à menor alíquota do Imposto de Renda (15%).Quando chegar em 2035, seu dinheiro será todo devolvido, devidamente corrigido.
Dessa forma, para completar os 20 anos da Estratégia do Investimento Consistente, você pode reaplicar os recursos no Tesouro Selic (LFT), que assegura ganhos acima da inflação, também com liquidez diária.
Se quiser ampliar o prazo da aposentadoria mantendo a estratégia, o ideal é buscar outropapel do tipo Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal), com o prazo de vencimento de acordo com seus objetivos.
Premissas:
Não há como prever exatamente qual será o juro daqui a alguns anos, os cálculos foram feitos com base em uma premissa. Utilizei uma taxa nominal (sem descontar a inflação) de8% ao ano, diante da atual trajetória de queda dos juros básicos da economia, observado nestes 2 últimos anos – 2017 e 2018.Não esqueça que este cenário muda a cada ano.
Lembre-se: cada aporte será contabilizado de maneira independente, ou seja, terá uma taxa de retorno própria. Para a estratégia, considerei que a taxa de retorno se manterá em 8% aoano ao longo de todo período.As taxas de retorno do Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) sofrerão modificações no decorrer do planejamento, como qualquer outro ativo do mercado financeiro.
Como implementar a estratégia?
Essa é a parte mais fácil. Após acumular o valor mensal a ser aplicado seguindo a Estratégia doInvestimento Consistente, basta fazer a transferência dos recursos para sua corretora de investimentos e, via Tesouro Direto, executar a compra do Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-BPrincipal).
Os títulos do Tesouro são vendidos e podem ser recomprados todos os dias. Mas é importantesaber que, até a data de vencimento, o preço do Tesouro IPCA+ vai oscilar conforme amarcação a mercado. Ou seja, quem quiser vender o título antes do vencimento poderá ter ganhos maiores que a taxa contratada, mas também poderá ter prejuízo. Fique atento!Recomendo que mantenha o título até o vencimento, assim receberá exatamente a taxa de retorno contratadano momento da compra.
Tesouro Direto
Ao investir em títulos públicos por meio do Tesouro Direto, você terá, obrigatoriamente, quepagar uma taxa de custódia da BM&FBovespa de 0,30% ao ano. Muitas corretoras isentam osinvestidores da taxa de administração (confira no site do Tesouro Direto a relação de bancos e corretores e quando cada um cobra ou isenta essa tarifa).Dê preferência a essas últimas e Boa Sorte!
Conceito de Orçamento
“Poucos planos empresariais fracassam, mas muitos dos que fracassam, falharam por falta de planejamento.” Eliseu Martins
O orçamento é a etapa do Planejamento Estratégico em que se estima e determina a melhor relação entre receitas e despesas para atender às necessidades, características e objetivos da empresa no período esperado.
A necessidade de orçar é tão antiga quanto a humanidade. Os homens das cavernas previam a necessidade de comida para os longos invernos, desenvolvendo práticas antigas de orçamento. Há vestígios de práticas orçamentárias formais que são até mais antigas que a origem do dinheiro.
No Brasil, o orçamento passou a ser foco de estudos a partir de 1949, mas nem mesmo na década seguinte ele foi muito utilizado pelas empresas. O orçamento só se tornou importante a partir de 1970, quando as empresas passaram a adotá-lo com mais frequência em suas atividades (ZDANOWICZ, 1984).
Uma das principais vantagens do orçamento é obrigar os administradores a pensar sempre à frente do estado atual de sua gestão, prevendo as condições ambientais em transformação e a preparar-se para enfrentá-las. 
É uma AVALIAÇÃO do desempenho dos Administradores, sendo uma das áreas sob a suas responsabilidade.
São projeções operacionais e financeiras, constituindo um dos principais componentes de controle da organização.
É a expressão quantitativa de um plano de ação futuro da administração para determinado período. Abrange aspectos financeiros e não financeiros e funciona como projeto para a empresa avançar.
É uma atividade econômica e financeira que parte da determinação e da análise dos eventos relevantes do PASSADO e das condições empresariais PRESENTES, para realizar uma projeção das responsabilidades FUTURAS de desempenho da organização e todas as suas áreas.
Evolução dos Métodos Orçamentários
Orçamento Empresarial:
Projeção dos recursos baseada nos objetivos e no controle por meio do acompanhamento dos dados contábeis. Este documento detalha/prevê todas as receitas e despesas da empresa ao longo de um período futuro determinado. 
Um fator importante a se considerar aqui é que essa previsão não deve se basear no histórico passado, simplesmente, mas numa análise objetiva das possibilidades futuras. Resumindo, o orçamento é o resultado de um processo que tem como objetivo prover o equilíbrio entre o planejamento estratégico, as iniciativas e os meios financeiros adequados à sua execução.
De modo geral, as fases são três: Inicial, revisões e final. Mas, de maneira mais detalhada, podemos visualizar:
1 - Levantamento dos dados e informações principais;
2 - Análises (do orçamento, dos planos estratégicos e das informações coletadas);
3 - Composição do orçamento;
4 – Elaboração do fluxo;
5 – Finalização.
Orçamento Contínuo:
Voltado para empresas que trabalham com produtos com ciclo de vida reduzido e processos que necessitam de rapidez nas mudanças, ou seja, renovar o período concluído com acréscimo do mesmo período no futuro.
O orçamento contínuo é baseado em um prazo movente que se estende em função de um prazo fixo. Quando um período termina, outro é acrescentado ao final do ciclo. Ele é elaborado geralmente em 12 meses. Quando o mês atual termina, outro é acrescentado no futuro.
Uma vez que a organização tenha decidido executar o planejamento estratégico financeiro, por meio das previsões contínuas, ela deve se preocupar com que o processo de previsão seja focado adequadamente e, não, simplesmente se torne uma extensão do processo orçamentário. Para serem mais eficientes as previsões contínuas devem:
possuir uma clara mentalidade voltada para o planejamento financeiro e estratégico;
ser realizadas resumidamente, em grupos de centros de custos (talvez em nível de departamentos, unidades ou regiões geográficas), de forma que os gestores tenham uma visão ampla da estratégia corporativa;
ser modeladas com métricas e parâmetros operacionais, em vez de atualizações genéricas dos números das previsões anteriores; e
estar intimamente relacionadas ao orçamento operacional.
Elaboração de um orçamento contínuo, todo o sistema começa com a distribuição de relatórios mensais. A criação da cultura própriana entrega dos relatórios orçamentários mensais é essencial para criar um comportamento pro ativo no lugar de relativo, inclusive, além de induzir a uma postura de autocorreção dos problemas orçamentários.
Orçamento de Base Zero:
Projeção dos recursos da estaca zero com justificativa para todos os novos gastos.A expressão "orçamento base zero" é por vezes utilizada em finanças pessoais para descrever a prática de “orçamento de soma zero”, ou seja, a forma de orçar previamente toda a renda recebida e diminuindo algumas despesas sempre que outra for aumentada, de forma a zerar a posição ao final. Trataremos mais a frente deste tema.
Orçamento Flexível:
O objetivo do Orçamento Flexível é de auxiliar os gestores a entender por que os orçamentos não foram cumpridos. É útil quando os gestores estiverem tentando escolher um dentre vários níveis de atividade para fins de planejamento, e no acompanhamento, quando os administradores estiverem tentando analisar os resultados efetivos. Com a utilização do Orçamento Flexível, os desvios das metas são automaticamente divididos em variações de comercialização, de preços de venda dos produtos, de volume, de ociosidade, de desempenho e de preços de aquisição dos recursos.
Os administradores sempre querem relatórios de desempenho que identifiquem melhor algumas variações importantes entre os resultados orçados e os resultados efetivos. Para que possam ter uma base melhor de análise, é utilizado Orçamento Flexível também chamado de orçamento variável. Baseia-se no conhecimento dos padrões de comportamento dos custos e receitas. 
Os orçamentos flexíveis podem ser úteis tanto antes quanto depois do período em questão, principalmente quando os gestores estiverem escolhendo uma dentre várias faixas de atividades para fins de planejamento. Também são úteis no fim do período financeiro, quando estiverem analisando os resultados alcançados.Este tipo de orçamento avalia e controla os custos, despesas operacionais e de fabricação.
Orçamento por Atividades:
O orçamento baseado em atividades é um plano quantitativo e financeiro que direciona a empresa a focalizar atividades e recursos visando atingir objetivos estratégicos.
É a expressão do plano de ação projetado pela empresa, refletindo a previsão dos direcionadores de custo e atividades necessárias para executar o volume dos objetos de custo.É uma ferramenta para obter consenso e compromisso dos colaboradores com o objetivo deguiar a empresa por meio de metas essenciais, que envolvem receita, custo, qualidade, tempoe inovação.
A maioria dos custos e despesas é determinada pelo volume e mix de produção, pelos
serviços prestados ou pelos clientes atendidos. O orçamento referente a tais despesas refletedeterminada expectativa de gastos, com base em previsões de receita e no mix de produtos,serviços e clientes. O orçamento com base em atividades fornece, segundo Kaplan e Norton (1998, p.301), bases sólidas para essa análise operacional.
Antes de iniciar o processo é necessário conhecer bem os objetivos financeiros e qual é o equilíbrio financeiro e operacional da empresa. As etapas iniciais podem serrepetidas tantas vezes quanto for necessário, até atingir o equilíbrio financeiro e operacional esperado.
Pode-se usar uma sucessão de oito etapas, conforme descrito abaixo, na concepção do orçamento por atividades
Acumular o custo total dos recursos estimados para atender a demanda projetada dos objetos de custo.
Converter o total dos recursos requeridos (quantidade) com o custo dos recursos exigidos.
Multiplicar o total das atividades requeridas (quantidade) com a taxa dos recursosconsumidos, para calcular a quantidade de recursos necessários para satisfazer a demanda projetada para os objetos de custo.
Identificar a taxa de consumo dos recursos (direcionador de recursos).
Prever a demanda de atividades.
Multiplicar a demanda projetada do produto pela taxa de consumo da atividade, para então calcular as necessidades de atividade (quantidade) e atender a demanda projetada para objetos de custo.
Identificar a taxa de consumo da atividade (direcionador da atividade).
Determinar a demanda projetada para cada produto (objeto de custo).
Essas etapas do orçamento anual envolvem uma série de atividades queacontecem em período de vários meses. As grandes organizações levam normalmente cinco a sete meses para completar seu ciclo orçamentário. O processo envolve todo o quadrofuncional ou gerentes das unidades, inclusive marketing, engenharia, produção e áreas deserviço. Algumas organizações envolvem também os sócios/acionistas no processoorçamentário.
Essas oito etapas do orçamento por atividades são dividas em três fases distintas:
contextualização, preparação e revisão e aprovação.
Contextualização: Esta fase é o guia na elaboração do orçamento. Ela contempla aavaliação do ambiente operacional atual da organização (por exemplo, se a organização esperar uma baixa taxa de juros para o próximo período, todas asunidades devem preparar seus orçamentos baseados nessa hipótese), a atualização e
planejamento do produto e do lucro de longo prazo para refletir as mudanças doambiente, os objetivos do orçamento anual baseado no plano de longo prazo revisado e as previsões, metas e formatos exigidos a gerentes individuais com responsabilidade
sobre o orçamento.
Elaboração: A fase requer análises detalhadas e estimativas de atividades e recursos
necessários para atender as atividades. O detalhamento também inclui a preparação e
consolidação do orçamento individual da unidade em um formato de demonstração financeira. Embora baseado em dados históricos e expectativas futuras, os números
gerados na fase de preparação devem ser “flexíveis”.
Revisão e aprovação: consiste em colocar a prova as previsões orçamentárias, com a finalidade de identificar problemas potenciais, definir o plano de ação e aprovar os
limites para os gastos. Nessa fase são pedidas revisões do orçamento ou este é
aprovado.
Orçamento Perpétuo:
Sistema de planejamento que prevê custos e uso de recursos fundamentado nas relações de causa e efeito entre os processos correntes, além de permitir clara identificação das inter relações entre atividades da empresa e como essas relações influenciam no desempenho individual e no resultado global. 
O orçamento perpétuo é um sistema de planejamento que prevê custos e uso de recursos fundamentado nas relações de causa e efeito entre os processos correntes, além de permitir clara identificação das inter-relações entre atividades da empresa e como essas relações influenciam no desempenho individual e no resultado global. Qualquer mudança nos eventos chaves desencadeará alterações nas metas orçamentárias, adaptando-as à realidade. Tal premissa proporciona ao sistema orçamentário grande flexibilidade, desencadeando mudanças nas metas a qualquer momento, independentemente do ciclo orçamentário. 
A análise dos eventos por parte dos gestores e empregados permite melhor entendimento dos efeitos, e também permite encontrar a melhor maneira de controlar sua influência positiva ou negativa no resultado. Seus atributos chaves são, entre outros: atualizar os planos quando ocorrem eventoschaves, modelar relatórios de dados de numerosas fontes e usar dados atualizados para validar os processos (BRIMSON, 2000).
 A origem da palavra orçamento é de origem italiana: "orzare", que significa "fazer cálculos".
Principais Objetivos do Orçamenrto
Visão Estratégica
Auxiliar a programar atividades de modo lógico e sistemático que corresponda à estratégia de longo prazo da empresa.
Coordenação
Ajudar a coordenar as atividades das diversas áreas da organização e garantir a consistência dessas ações, sob a ótica econômica e financeira.
Comunicação
Informar, quantitativamente, os objetivos, as oportunidades e os planos da empresa a todos os níveis gerenciais e aos colaboradores.
Motivação
Fornecer estímulo aos gestores para que atinjam as metas pessoais previamente

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