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Relatório Prática Ens.Estágio Sup. Doc. Anos Iniciais Ed.Fundamental 2017.3

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
RAQUEL DA SILVA MARQUES
Macaé/2017
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental sob a orientação da Professora: Angela Maria Paiva Gama.
 
Curso: Pedagogia
Macaé/2017
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por ter me dado saúde е força para superar as dificuldades.
A esta universidade, em especial a coordenadora Ana Pujol, que me deu a oportunidade de abrir uma janela por onde consigo vislumbrar um novo horizonte profissional centrado na confiança, no mérito е ética aqui presentes.
E a Escola de Educação básica SESI (Serviço Social da Indústria), pela oportunidade de fazer о estágio em suas dependências, me proporcionando um ambiente criativo е amigável.
EPÍGRAFE
Ninguém educa ninguém - ninguém se educa a si mesmo - os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.
PAULO FREIRE
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Sumário
61. INTRODUÇÃO	�
72. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA	�
72.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA	�
102.2 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DO TRABALHO DO PROFESSOR	�
153. DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS	�
214. CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
23Referências Bibliográficas:	�
25Anexos	�
25Fotos:	�
26ATIVIDADE PRÁTICA:	�
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1. INTRODUÇÃO
Este relatório destina-se a relatar experiências adquiridas durante o Estágio Supervisionado em Docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, realizado no período de Setembro a Outubro de 2017, na Escola SESI Macaé situada na Alameda Etelvino Gomes, 155 - Riviera Fluminense, Macaé/RJ. 
Analisamos neste relatório, o comportamento dos alunos, a conduta do professor e o espaço mediador do processo de ensino-aprendizagem, a fim de consolidar a aprendizagem do formando em relação à prática das competências analisadas teoricamente durante o curso. 
Cumprimos a carga horária de 66 horas estabelecida pela Universidade Estácio de Sá e orientação da professora tutora da disciplina Angela Maria Paiva Gama, sendo estas utilizadas na observação, levantamento de informações e ampliação de conhecimentos necessários à formação do estagiário no curso de Pedagogia. 
O objetivo deste estágio é enriquecer a prática pedagógica do futuro educador em formação, vivenciando a realidade de práxis junto a um profissional atuante e experiente a fim de oportunizar um contato direto e sistemático com a realidade, consolidando pressupostos teóricos, associados a determinadas práticas específicas, aplicando os conhecimentos obtidos no curso. 
A expectativa deste estágio refere-se à oportunidade de ampliar competências profissionais adquiridos na vivência acadêmica, com auxílio de um profissional experiente e comprometido com sua prática. Enfim, o real sentido do estágio é aprender e contribuir. Segundo FREIRE, Paulo (2002, p. 12): “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
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2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
O estágio supervisionado em educação em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tendo como orientadora a Professora Angela Maria Paiva Gama, foi realizado numa Instituição de ensino particular situada na Rua Alameda Etelvino Gomes, 155 - Riviera Fluminense, Macaé/RJ. 
A Escola SESI Macaé, atende crianças da Educação Infantil, Ensino Fundamental I (1º ano ao 5º ano), Ensino Fundamental II (6º ano ao 9º ano) e o ensino médio profissional. É uma escola que tem como objetivo, trabalhar a interdisciplinaridade do saber de uma forma prazerosa, lúdica, fazendo com que o educando se sinta à vontade de estar em suas dependências, convivendo com todos os integrantes e atividades que a envolvam. Cada aluno é considerado um sujeito ativo, capaz de construir seu conhecimento por meio das interações tornando-se um agente de transformação social. Sua administração é formada pela Diretora/Coordenadora de Educação Básica Gleisa Pereira Vilella e as pedagogas Roberta da Rocha Sales e Ana Paula Cosenza de Paula que trabalham em equipe com todos os professores, semanalmente para planejamento educacional, assim como a secretaria, inspetoria, bibliotecária e o pessoal de limpeza.
A década de 40 significou para o Brasil um período de adaptação às mudanças no cenário interno e externo: a deposição do presidente Getúlio Vargas, o fim da Segunda Guerra Mundial e o fortalecimento da industrialização do país. Foi uma época com perspectivas de liberdade e democracia, quando afloraram novos desafios relacionados à mudança do modelo econômico exportador de matérias-primas e de base agrária para o modelo de substituição de importações, com forte tendência à urbanização. Esse período foi marcado por reivindicações relacionadas à criação de políticas sociais, à universalização da educação, melhoria do atendimento à saúde e dos sistemas de transporte e habitação.
Entre os empresários brasileiros havia o consenso de que o Brasil precisava de um instrumento de ação social, que complementasse a atuação do Estado. Em 1946, o Decreto-Lei nº 9.403, assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, atribuiu à Confederação Nacional da Indústria (CNI) a tarefa de criar, organizar e dirigir o Serviço Social da Indústria (SESI). Para isso, foi decisiva a liderança dos empresários Roberto Simonsen, em São Paulo, e Euvaldo Lodi, no Rio de Janeiro, que se mobilizaram em torno da bandeira da promoção e integração e a solidariedade entre capital e trabalho. 
Criado em 1º de julho de 1946, o Serviço Social da Indústria (SESI) é uma instituição aliada das empresas no esforço para melhorar a qualidade da educação e elevar a escolaridade dos brasileiros, auxiliando na criação de ambientes de trabalho seguros e saudáveis e a aumentar a qualidade de vida do trabalhador. O SESI atua nos 26 estados e no Distrito Federal. Em todos esses anos, tem se dedicado a atender as demandas da indústria com ações que aumentam a produtividade e a competitividade, assim como promover o bem-estar do trabalhador. A instituição realiza suas atividades por meio do Departamento Nacional e das unidades regionais presentes em todos os estados brasileiros. O SESI promove diversos programas nas áreas de Educação e Qualidade de Vida, eventos, cursos, prêmios e mantém parcerias com várias instituições, empresas e organismos internacionais.
Em 1994, o SESI Rio passou a fazer parte do sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), uma organização privada e sem fins lucrativos, com mais de 7.500 empresas associadas. Sua missão é promover a competitividade empresarial, educação e qualidade de vida do trabalhador da indústria e de toda a sociedade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do estado do Rio de Janeiro. O Sistema FIRJAN é composto por cinco instituições que trabalham de forma integrada para o crescimento da indústria fluminense. Juntas, FIRJAN, CIRJ (Centro Industrial do Rio de Janeiro), SESI Rio, SENAI Rio e IEL Rio, promovem ações nos níveis econômicos, político e social para garantir uma posição de destaque para o estado no cenário nacional. Todas as instituições se caracterizam hoje fortemente como prestadoras de serviço às empresas e à sociedade. 
 A instituição conta com uma completa infraestrutura voltada para as crianças que atende: salas de aulas amplas, arejadas, bem ventiladas e com ar condicionado para os dias maisquentes; quadra esportiva; piscina, teatro (apresentações profissionais e de alunos, eventos diversos) parque infantil na área externa e pátio livre para desenvolvimento de atividades coordenadas ou livres; sala de informática e Biblioteca; banheiros masculinos e femininos (com louças adequadas ao atendimento de cada seguimento da educação que atende) e bebedouros industriais. Sua localização é de fácil acesso à população, numa região residencial onde o transporte coletivo passa em frente às suas dependências. 
Ainda quanto sua estrutura física, a escola é constituída cinco blocos térreos, sendo divididos entre: Educação Infantil, fundamental I, Fundamental II, Ensino Médio, Secretaria/Coordenação Pedagógica, administração/Financeiro, laboratório de informática, biblioteca, atendimento e saúde.
Além da estrutura física a escola conta com um grupo de funcionários comprometidos com a qualidade de ensino da escola, dentre eles a diretora/coordenação pedagógica, orientador pedagógico, professores mediadores e bibliotecário, técnicos responsáveis pelo laboratório de informática, professores de educação física e artes, além de enfermeiros e dentistas. 
Na sala de aula, as prateleiras com livros, revistinhas em quadrinhos e brinquedos ficam na altura adequada para que as crianças tenham acesso, assim como os materiais utilizados em atividades como giz de cera, cola, massa de modelar, papel para pintar, canetinhas, etc. As atividades realizadas pelas crianças ficam em exposição, fazendo parte da organização e ornamentação da sala, assim como o calendário do ano e dos aniversariantes montados e organizados pela professora. 
Os projetos pedagógicos e/ou continuidades didáticas, por serem flexíveis, permitem que, toda a organização física da sala seja sempre alterada conforme as necessidades da turma. A professora Narcisa, gosta de trabalhar com seus alunos divididos em equipes de no máximo cinco crianças a fim de desenvolver a afetividade, interatividade e cooperatividade nas equipes e entre elas. É trabalho diário propiciar um excelente espaço de convivência, com oportunidades para que os alunos assumam pequenas responsabilidades, autonomia, tomada de decisões, discutir pontos de vista, fazer escolhas, expressar pensamentos e sentimentos através de diversas linguagens. 
Existem quatro turmas de 1º ano (Alfabetização) na escola SESI Macaé: Duas pela manhã e duas à tarde, além das demais do ensino fundamental I (1º ano ao 5º ano), Ensino fundamental II (6º ano ao 9º ano) e ensino médio profissional SESI/SENAI. 
Na turma de 1º ano (Alfabetização) do ensino fundamental I observada, a média de alunos por professor era de 25 alunos para um professor titular e um auxiliar (periódico). Todos os profissionais (professores) são pedagogos formados ou em formação, sendo os titulares com experiência mínima de 2 anos na profissão e os auxiliares são estagiários remunerados com contratos renováveis a cada seis messes. A escola possui dois turnos – manhã e tarde – com professores distintos para cada turno/ano, tendo cada um seu armário em sala de aula com todo o material disponível para o desenvolvimento de seu trabalho. Os docentes possuem uma sala de descanso, um refeitório e um banheiro adequados a suas necessidades.
A comunicação é essencial na relação entre a escola e a família, podendo ocorrer através de breves momentos na chegada e na saída dos alunos, por intermédio de reuniões periódicas, por telefone e por meio da linguagem escrita. Na modalidade escrita entram em cena os bilhetes que manifestam as mais variadas formas de comunicação utilizadas pelo SESI através da agenda do aluno, criando uma parceria harmoniosa com a família. É com ela que eventos ou qualquer outra informação são transmitidos nessa parceria. 
2.2 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DO TRABALHO DO PROFESSOR
A escola SESI trabalha seus projetos pedagógicos e/ou continuidades didática baseados nos parâmetros Curriculares Nacionais do 1º ao 5º ano. Os PCN’s, voltados ao Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano, foram divididos em áreas conforme a função instrumental de cada uma, possibilitando uma integração entre elas. Estas estão distribuídas em Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Arte, Educação Física, História e Geografia, todos separados em livros. 
Os objetivos dos PCN’s são de nortear os educadores em sua tarefa educativa para a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Através desses norteadores, os professores podem rever objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento das atividades, expectativas de aprendizagem e maneiras de avaliar. Da mesma forma, os parâmetros podem auxiliar o educador, ajudando-o a refletir sobre a prática pedagógica, de forma coerente com os objetivos propostos. 
Algumas questões sociais também são abordados como norteadores. A exemplo, podemos citar a ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural que assim como os PCN’s são separados em livros. Quanto ao modo de incorporação desses temas no currículo, propõe-se um tratamento transversal, em que as questões sociais se integram na própria concepção teórica das áreas e de seus componentes curriculares.
O planejamento é uma ação fundamental para o processo de ensino-aprendizagem na escola. É através dele que podemos estruturar as ações educativas, avaliar e reavaliar a práxis a fim de adequar se necessário todo processo de ensino-aprendizagem. Segundo a professora titular da turma observada, o início do ano letivo começa com uma semana de antecedência com o planejamento Anual. A escola realiza sua primeira reunião pedagógica onde toda a discussão é concluída com um tema para projeto pedagógico e/ou continuidade didática.
Nesta etapa os referenciais educativos são trabalhados em cadernos de planejamentos individuais distribuído pela instituição aos docentes, onde devem planejar suas atividades de acordo com o projeto ou continuidade proposta. A escola permite a flexibilidade do planejamento que deve ser alterado segundo as necessidades da turma. No Caderno de planejamento constam os objetivos, conteúdo programático e estratégias didáticas a serem trabalhadas de forma reflexiva, proporcionado ao docente liberdade para conversar sobre “dicas para atividades” entre eles, com a coordenação pedagógica e a direção. Todos estão unidos para garantir a qualidade educacional da instituição. Após o primeiro bimestre, o tema do projeto pedagógico e/ou continuidade didática é selecionado a partir do interesse da turma.
O planejamento é atualizado anualmente, com base em análise bimestral dos resultados dos alunos, nas reuniões da equipe técnica-pedagógica com os docentes nos conselhos de classe e conforme as necessidades reais da escola. 
A escola SESI proporcionou o estágio supervisionado em docência dos anos iniciais do ensino fundamental, em uma turma de 1º ano (alfabetização), a saber: 
Turma: 3352 – 1º ano (Alfabetização) do ensino fundamental I. 
Professora Titular: Narcisa Amado da Silva 
Formação: Pedagoga/psicopedagoga
Na chegada de todas as tardes, As funcionárias da portaria recepcionam os alunos na hora da entrada, com cordialidade, sorrindo e desejando que todos tenham uma boa tarde. As crianças são chamadas por seus nomes criando um ambiente de afetividade e respeito entre todos proporcionando um primeiro acolhimento e segurança. Na porta da sala de aula, a professora os espera em sinal de boas vindas (acolhida) todos os dias. Quando chegam, retiram seus lanches de geladeira e colocam na bandeja que será levada pela equipe de apoio para cozinha, após 20 minutos da entrada. É solicitado pela professora Narcisa, neste momento que seus alunos retirem da mochila: a agenda de comunicação da escola/família e o caderno de atividades de casa. Estes devem ser colocados na mesa da professora para conferência de recados, no caso da agenda, e das atividades de casa do caderno de atividades.
A turma é divida em equipes de no máximo cinco alunos e ao chegarem já devem copiar os temas de aula do dia. Estemomento costuma ser bem tranquilo para a maioria dos alunos, devido ao condicionamento trabalhado diariamente na turma. Enquanto copiam as propostas de trabalho do dia, antecipada pela professora no quadro, esta confere as agendas e prepara os cadernos, colando as atividades que deverão ser realizadas em casa. Geralmente, Narcisa já traz as atividades previamente planejadas para trabalhar com a turma. 
Os conceitos de aprendizagem são desenvolvidos interdisciplinarmente (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Arte, Educação Física, História e Geografia, assim como os temas transversais (ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural, etc.). 
Observamos no estágio, o projeto titulado: Quem são nossos super-heróis. Neste projeto trabalhava-se o conceito de profissões e suas especificidades, assim como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Arte, Educação Física, História, Geografia, ética, saúde, meio ambiente e pluralidade cultural.
Outras atividades são desenvolvidas mediante o interesse da turma. Estes são avaliados e trabalhados mediante as necessidades reais dos alunos. A professora titular é flexível a inovações e sugestão proporcionando excelente oportunidade de aprendizado mútua entre professor, alunos, estagiários e todos que trabalham na escola.
 É um trabalho constante na turma as questões relacionadas à responsabilidade, organização e tempo. Os alunos são levados à reflexão sobre suas atividades e o tempo necessário de finalização, assim como em toda a atividade rotineira como lanche, brincadeiras, etc. 
Nas intervenções de atividades, a professora titular proporciona momentos de reflexão ao utiliza o erro das crianças como oportunidade de aprendizagem direcionando-as a construção do conhecimento. Porém, como a turma é numerosa e os estagiários são direcionados quase que integralmente a educação infantil, as intervenções, por vezes, precisa ser da seguinte forma: Numa atividade de leitura e escrita, não há tempo e auxílio necessário para intervenções individuais, por este motivo, a professora escreve as palavras ou frases numa tira de papel, com o que o aluno deseja saber que transcreve para suas atividades. Para outros, ela faz a intervenção individual em suas equipes e alterna esta ação nas atividades seguintes para conseguir concluir a mediação e intervenção com todos os alunos. 
Para explicação de novos conceitos aos alunos, são utilizadas na maioria do tempo, aulas expositivas, quadro e pilot (pincel para quadro branco). Quando foi conversado, com o estagiário, sobre a possibilidade de desenvolver uma atividade diferente, mais atrativa e divertida para os alunos, a professora aceitou e permitiu que este desenvolvesse uma atividade com sua turma. Foi um momento importante, pois a professora aproveitou essa oportunidade e resolveu dar continuidade a outra forma de trabalho, seguindo o exemplo proposto proporcionando aos alunos momentos educativo mais interessante. Narcisa costuma trabalhar leitura e escrita com rótulos e embalagens de produtos relacionados à realidade das crianças, contextualizando a aprendizagem da turma.
A chamada é realizada tradicionalmente como em qualquer turma do ensino fundamental, mas, um item chamou atenção nesse momento. Narcisa confeccionou o nome dos alunos e colou em seus estojos para ajudar na visualização e aprendizagem no inicio do ano. Outra atividade importante trabalhado nesse contexto é a leitura de histórias infantis que devem ser recontadas pelas crianças oralmente e registradas através da escrita (pintura ou desenho e escrita) sendo essa atividade parte da ornamentação da sala. 
Os combinados é outra atividade construída com a turma, escrito e colado na parede da sala. Nesse “documento” consta tudo que os alunos devem ou podem fazer e tudo o que não devem ou não podem fazer colaborando com o desenvolvimento de importantes temas transversais como meio ambiente, ética, saúde, pluralidade cultural, afetividade, etc. 
Outra forma de trabalhar temas transversais observadas foi através de atividades relacionado ao projeto super-herói. Nele foi desenvolvido nos alunos conceitos de respeito mútuo, ética, meio ambiente, saúde, etc., quando consideram seus heróis aquelas pessoas que trabalham para a segurança e o bem estar social (bombeiros, policiais, médicos, padeiros, pedreiro, enfermeiro, professor, etc...). É um momento reflexivo com discursões e formulações de teorias formuladas pelos alunos com mediação da professora que são registradas em atividades escritas pelas crianças e pela professora a fim de avalição do processo.
Infelizmente as brincadeiras não são um trabalho constante na turma, mesmo sendo considerada uma ferramenta importante e fundamental em todo processo de ensino-aprendizagem. A importância dessa ferramenta se deve, entre outras, a oportunidade de se proporcionar o estabelecimento de regras constituído pela criança e pelo grupo afim de que se aprendam respeito mútuo, contribuindo para orientações sociais e comportamentais objetivando a integração social, além de conceitos de matemática, geografia (exemplo: caça ao tesouro), etc. A música também não é uma prática constante no ambiente da turma observada. 
No lanche, são ensinados aos educandos, os cuidados que se deve ter com a saúde e com o corpo. A higiene é feita antes e depois da refeição, onde os alunos lavam as mãos (cada um respeitando a sua vez), as frutas que são consumidas com cascas e forram a mesa com suas toalhas previamente solicitadas aos responsáveis via agenda. É um momento de socialização com a liberdade de conversarem sobre qualquer tema, mas são alertados a todo o momento da importância do tempo e as atividades a serem desenvolvidas no dia. Ao término do lanche, os alunos são orientados a irem ao banheiro para escovar os dentes, lavar as mãos e demais necessidades acompanhadas pela professora e eventual auxiliar. 
Todos os professores da escola são orientados a avaliarem seus alunos como um ser integral que estão em constante processo de aprendizagem e desenvolvimento. A avaliação deve ser a todo o momento e de todo o processo educativo considerando uma eventual alteração da prática se necessária.
Na educação física, a brincadeira é utilizada como ferramenta fundamental nos anos iniciais da educação fundamental, ao proporcionar o estabelecimento de regras, respeito mútuo, dentre outros, visando à integração social da criança. Essa atividade é utilizada para orientações sociais e comportamentais, assim como conceitos de lateralidade, coordenação motora, etc. 
A professora titular tem grandes dificuldades em trabalhar com tecnologias em sua turma. É difícil a observação de uma aula trabalhada com projetor, computador, internet, etc.
As aulas de artes são trabalhadas como disciplina desvinculada da aula titular. As professoras não conversam sobre seus respectivos trabalhos não havendo um trabalho de equipe nesse sentido.
A turma é muito participativa, assídua, criativa e também muito agitada. Gostam de realizar as atividades propostas e são carinhosos com as professoras e os colegas. Alguns têm facilidade em aprender os conteúdos propostos, mas precisam de intervenções e mediações da professora na maior parte do tempo. É uma turma boa de trabalhar, mas a agitação atrapalha um pouco o desenvolvimento das capacidades e conhecimentos necessários neste período. 
Ao realizar seu planejamento a professora tem o cuidado de avaliar o desenvolvimento de seus alunos a fim de que todos aprendam satisfatoriamente. Aproveita os momentos de oficina (aulas de inglês, artes e educação física) para planejar nas dependências da escola, suas propostas de atividades e o que não consegue, complementa em casa. 
A conduta da professora com os alunos é uma mista de carinho e rigidez. Seu domínio dos conteúdos é indiscutível. Embora rígida, interage bem com seus alunos mantendo pleno domínio da turma. No horário do recreio, a professora não realiza atividades recreativas com a turma, utilizando este tempo para planejamentos oucorreções de caderno de atividades. 
Quanto à avaliação, esta é trimestral por meio de avaliações, do desenvolvimento das atividades diárias, pelo projeto desenvolvido, nas observações e relatórios feitos pela professora com frequência.
3. DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
O estágio teve a duração de 66 horas obrigatórias cumpridas como proposta da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental que o estudante, sob a orientação da Professora Angela Maria Paiva Gama participe da rotina diária em sala de aula. Dessa forma observamos e participamos das atividades desenvolvida na escola o que possibilitou não só observar a teoria na pratica como também desenvolver e aprender com o mais experiente o trabalho em docência em educação possibilitando uma excelente experiência. 
Aprendemos com o estágio, que é de fundamental importância conhecer as necessidades do grupo de crianças que formam a turma de trabalho para organizar seu cotidiano e estabelecer uma sequência diária. Sem essa informação é praticamente impossível oferecer uma educação de qualidade em qualquer instituição. Segundo BAROSA E HORN (2001, p.67):
Organizar o cotidiano das crianças na Escola... pressupõe pensar que o estabelecimento de uma sequência básica de atividades diárias é antes de mais nada, o resultado da leitura que fazemos do nosso grupo de crianças, a partir, principalmente, de suas necessidades..... Este conhecimento é fundamental para que a estruturação espaço-tempo tenha significado. 
Nesse sentido a escola SESI está voltada para o trabalho pedagógico sócio interacionista na educação básica. Essa abordagem científica sobre aquisição da linguagem escrita, não se pode deixar de dar o merecido apreço às contribuições e progressos alcançados nessa área por intermédio das pesquisas do autor soviético Lev Semenovich Vigotsky. A abordagem vigotskyana, é conhecida como abordagem histórico-cultural do desenvolvimento humano. Significa que o desenvolvimento humano acontece de acordo ao contexto cultural no qual o indivíduo se insere e à influência que o ambiente exerce sobre a formação psicológica do homem. Para tanto é necessário que o docente faça uma leitura de seu grupo de crianças e perceba suas reais necessidades conforme o contexto em que está inserido.
Nascido em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, na Rússia, filho de uma família culta, Lev Vygotsky teve desde muito cedo uma riqueza intelectual que o fazia questionar-se sobre o homem e a criação de sua cultura. Passou a adolescência na cidade de Gomel e mostrava-se, desde então, interessado por literatura, poesia e filosofia. Foi educado em casa até os 15 anos, quando ingressou no curso secundário. Em 1914, matriculou-se em Medicina na Universidade de Moscou e, paralelamente, estudou Direito. Cursou, ainda, Filosofia, Psicologia, Literatura e História na Universidade Popular de Shanyavsky. 
Em 1917, em plena Revolução Russa, forma-se em Direito e volta para Gomel, onde começa a lecionar Literatura, História da Arte e onde funda um Laboratório de Psicologia, na escola de professores. Em 1924, apresenta-se casualmente no Congresso Panrusso de Psiconeurologia, quando foi convidado a trabalhar no Instituto de Psicologia de Moscou. Em 1925, embora estando gravemente doente (tuberculose), inicia um período de intensas produções, conferências e pesquisas direcionadas principalmente às crianças portadoras de deficiências visuais e auditivas.
Vygotsky morreu precocemente, aos 37 anos de idade, em 11 de junho de 1934, deixando uma grande herança teórica. Suas inquietações sobre o desenvolvimento da aprendizagem e a construção do conhecimento perpassavam pela produção da cultura, como resultado das relações humanas. Por conta disso, ele procurou entender o desenvolvimento intelectual a partir das ralações histórico-sociais, ou seja, buscou demonstrar que o conhecimento é socialmente construído pelas e nas relações humanas. Para Vygotsky a convivência social é fundamental para transformar o homem de ser biológico a ser humano social, e a aprendizagem que brota nas relações sociais ajuda a construir os conhecimentos que darão suporte ao desenvolvimento mental dando um caráter valorativo e significados sociais e históricos.
Pensando nisso o SESI escola, propõe uma metodologia baseada na cultura do “faça você mesmo”. Segundo a escola, é importante o uso da tecnologia para gerar conhecimento e desenvolver a autonomia e o senso crítico dos alunos. Toda proposta de trabalho tem por objetivo de estimular o potencial individual de cada estudante, ensiná-lo a pensar, fazer suas próprias escolhas e, assim, assumir o protagonismo de sua vida. 
A interdisciplinaridade é um fator importante visando que as quatro áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e humanas) estejam conectadas, permitindo ao aluno ampliar a sua visão, analisando uma mesma questão sob diferentes perspectivas, com conhecimento adquirido, conectando conhecimento a sua realidade. Esta metodologia deve ajudar na construção de um ambiente propício à experimentação e colaboração, com o desenvolvimento de trabalhos e projetos em que os alunos são estimulados a interagir, sempre com a facilitação de um professor.
Uma das mais recentes maneiras de oferecer à criança a oportunidade de expressar múltiplas linguagens tem sido o trabalho com projetos pedagógicos. Os projetos são planejados para serem desenvolvidos por meio de atividades com significado, que permitam a construção diária de novos conhecimentos, bem como a aquisição de novas habilidades. Na educação fundamental o projeto pedagógico oferece um conhecimento de mundo significativo permitindo a participação ativa da criança. “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” Paulo Freire (2003, p. 47).
Nesse sentido como mencionado, na página 13 deste relatório, o projeto super-herói, as crianças participam ativamente do processo de ensino-aprendizagem, desenvolvendo conceitos de respeito mútuo, ética, meio ambiente, saúde, etc., quando consideram seus heróis aquelas pessoas que trabalham para a segurança e o bem estar social (bombeiros, policiais, médicos, padeiros, pedreiro, enfermeiro, professor, etc...), num momento reflexivo com discursões e formulações de teorias formuladas pelos alunos com mediação da professora. 
Os combinados são um conjunto de regras de convivência, organização do espaço e dos materiais escolares, etc., estabelecidos pela educadora junto com as crianças. Segundo o MEC: 
A partir da roda de conversa e da leitura do livro, dialogue com o grupo sobre ações que podemos realizar na escola e as que não podemos. Professor é importante que também faça parte dessa conversa, a explicitação dos motivos pelos quais determinados comportamentos e ações “não podem” ser realizadas na escola, pois não contribuem para uma boa convivência social. Discuta também com o aluno sobre o que fazer quando “o combinado” não for respeitado. Essa definição também é muito importante para uma boa convivência. Na sequência, registre junto com os alunos, em um painel, coisas que podemos e coisas que não podemos fazer na escola para que possamos ter uma boa convivência entre os colegas. Relembre o que eles disseram na roda de conversa através das suas anotações. 
(Portal do Professor-MEC - Bibliografia). 
As atividades lúdicas são ideais para o desenvolvimento integral da turma 3352 1º ano do ensino fundamental. Certamente é uma atividade que os motiva, contribuindo para a construção do conhecimento e trabalhando o comportamento de forma prazerosa. A ludicidade das atividades contribui  para o desenvolvimento do aluno colaborando em sua formação, autonomia, desenvolvimento  pessoal e consequentemente no desenvolvimento da autoestima. Brincando  a   criança   aprende  a   conviver, a  esperar  por sua vez, aceitar  regras (independente  do  resultado)e lidar com frustrações sem deixar  que  isso interfira na sua vida. Além disso, o educando desenvolve sua linguagem, pensamentos, atenção, concentração e a capacidade de solucionar problemas, sendo ativo na construção do seu conhecimento. As relações cognitivas e afetivas que são trabalhadas, a partir da  ludicidade promovem o amadurecimento emocional, o desenvolvimento da inteligência e da sensibilidade do aluno. 
O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que merece atenção por parte dos educadores. Cada criança é um ser  único, por tanto, nem sempre um método de ensino consegue atingir a todos eficazmente. O sucesso no processo de ensino-aprendizagem pode ser alcançado através da utilização dos variados mecanismos de ensino, entre eles as atividades lúdicas. Segundo MORAES�: “No modelo tradicional, o aluno é sujeito passivo, reprodutor e repetidor do processo de aprendizagem”, diz. “Com as atividades lúdicas, ele se torna sujeito ativo, construtor de seu conhecimento.”
A experiência lúdica oferecida na atividade supervisionada de estágio, conforme anexo, alcançou às expectativas relacionadas à teoria estuda e mencionadas neste relatório. A atividade medida tempo – Que horas são? Foi perfeitamente capaz de demonstrar na integra as teorias discutidas sobre a importância do lúdico no processo de ensino aprendizagem. 
Na atividade, construímos um relógio artesanal analógico e através de um jogo, equipe x equipe, desenvolvemos conceitos de Matemática, Língua Portuguesa, ética, saúde e consequentemente Geografia e História, conforme plano de aula em anexo. Percebemos que a educadora se sensibilizou com a atividade dando continuidade, construído outras atividades lúdicas a partir da proposta do estágio. Era preciso, na atividade, que cada equipe fosse capaz de responder as solicitações, demonstrando a marcação em seus relógios. Ganhava a equipe que fizesse o “maior ponto” consolidando seu aprendizado. 
Não podemos deixar de mencionar que é fundamental nessa forma de trabalho que o educador planeje atividades variadas que favoreçam ao lúdico de diferentes formas, oferecendo contação de histórias (dramatização), música (bandinha musical, construção de instrumentos), arte (pintura, desenho, modelagem, colagem). Segundo Vygotsky (1998, p.122): 
Frequentemente descrevemos o desenvolvimento da criança como o de suas funções intelectuais; toda criança se apresenta para nós como um teórico, caracterizado pelo nível de desenvolvimento intelectual superior ou inferior, que se desloca de um estágio para o outro. Porém, se ignoramos as necessidades da criança e os incentivos que são eficazes para colocá-la em ação, nunca seremos capazes de entender seu avanço de um estágio de desenvolvimento para outro, porque todo avanço está conectado com uma mudança acentuada nas modificações, tendências e incentivos. Aquilo que é de grande interesse para um bebê deixa de interessar uma criança um pouco maior.
Outro fator importante é avaliar o desenvolvimento dos alunos desde o principio do processo de ensino-aprendizagem. Vale lembrar que é no dia a dia, ao longo de cada jornada que acontecem saltos qualitativos no desenvolvimento da criança e a escola deve respeitar suas singularidades, seus movimentos e necessidades. O lanche é um bom exemplo dos alunos aprendem sobre a importância da alimentação saudável, da higiene do corpo ao lavar as mãos antes e depois das refeições. Aprender que deixar de atender a uma necessidade como a de beber água, pode causar malefícios à saúde. A criança faz descobertas vivendo experiências a partir de tudo que é oferecido a sua volta e cabe ao professor fazer o planejamento do que acontece durante a rotina diária, valorizando alguns aspectos fundamentais tais como:
Reconhecer os cuidados com o corpo, envolvendo a higiene e a alimentação como parte importante do processo educativo das crianças;
Valorizar a educação das emoções e do afeto como parte tão importante quanto à construção de conhecimentos;
Identificar a organização da rotina e do ambiente para estimular e favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem, a autonomia e a criatividade das crianças, etc.;
Observamos como é fundamental um planejamento flexível que permita a participação ativa da criança onde a convivência mecânica seja evitada a fim de motivar o processo de desenvolvimento, assim como a valorização do conhecimento prévio, como peça importante na construção de conhecimentos. 
É relevante mencionar a importância em considerar as variações emocionais individuais, pois os indivíduos são diferentes e apresentam formas de manifestar suas emoções que acentuam essas diferenças. É importante observar com atenção o comportamento da criança respeitando a individualidade, buscando formas afetuosas de intervir durante momentos emotivos, pois a criança poderá viver situações difíceis que irão refletir em seu comportamento. Com relação a esse assunto, ARRIBAS (2004, p.47) destaca que:
No processo educativo, uma das metas a alcançar é a do equilíbrio e do controle emocional. As experiências relativas à vida emocional da criança nas primeiras etapas de sua existência têm uma importância fundamental para ela. Um clima familiar sereno, tranquilo, de aceitação incondicional, com afeto sentido e manifestado de maneira adequada, constitui o marco apropriado para o desenvolvimento de uma personalidade saudável e equilibrada.
Quanto à avaliação, todos os professores da escola são orientados a avaliar os alunos como um ser integral em constante processo de aprendizagem e desenvolvimento. O que se avalia é o processo educativo e a eventual necessidade de alteração de práxis durante todo o processo de ensino-aprendizagem. Avaliar é mais que mapear sucessos e insucessos do grupo, é dar voz e voto aos alunos em relação ao que aprenderam, aos acontecimentos cotidianos e, principalmente, à dinâmica do trabalho, ou seja, significa colaborar com a construção da autonomia moral do aluno e da aprendizagem. Portanto:
O momento de avaliação implica numa reflexão do professor sobre o processo de aprendizagem e sobre as condições oferecidas por ele para que ela pudesse ocorrer. Assim, caberá a ele investigar sobre a adequação dos conteúdos escolhidos, sobre a adequação das propostas lançadas, sobre o tempo e ritmo impostos ao trabalho, tanto quanto caberá investigar sobre as aquisições das crianças em vista de todo o processo vivido, na sua relação com os objetivos propostos. A avaliação não se dá somente no momento final do trabalho. É tarefa permanente do professor, instrumento indispensável à constituição de uma prática pedagógica e educacional verdadeiramente comprometida com o desenvolvimento das crianças.
MEC. PCN Educação Infantil. Vol3 – p.191. 
Embora o sistema Firjan seja composto pelas cinco instituiçoes (FIRJAN, CIRJ, SESI, SENAI e IEL) cada escola possui seu Projeto Político Pedagógico que é atualizado anualmente por cada coordenação/direção responsável. Este documento passa por vistoria e assessoria, sendo amplamente divulgado. Mas sua composição não é participativa, sendo elaborada e divulgada somente pelos elementos da direção, deixando este documento de ser uma ação democrática das escolas. É um documento com objetivo de proporcionar uma educação integral do indivíduo onde o conhecimento deva ser construído a partir do aluno e não centralizado no professor. Todos na escola conhecem e trabalham esse objetivo, embora não tenham participado de sua elaboração. 
O projeto político pedagógico (PPP) é um documento que deve conter todos os aspectos que envolvam a organização de uma instituição de educação de qualidade e deve favorecer a integração da família e de toda a comunidade que esteja envolvida na condução do processo de educar as crianças que frequentam a instituição. Segundo a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo: 
O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento elaborado anualmente por cada unidade escolar que traduz suas convicções, define a identidade da escolae indica o caminho que deverá ser seguido. Cada escola tem a responsabilidade de elaborar o seu Projeto Político Pedagógico (PPP), considerando as características que lhe são próprias, a realidade à qual está inserida, a legislação e diretrizes em vigor. Ele é o norteador da ação educativa da escola, e seu ponto de partida é sempre a realidade presente, o contexto real de vida dos alunos. Sua elaboração é um trabalho coletivo que conta com a participação de toda a comunidade educativa, tem objetivos, metas e prioridades claramente definidas e centradas nos alunos, visando à melhoria da qualidade de ensino e do processo de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento das atividades de formação dos educadores e intervindo na ação curricular e na organização do espaço e tempo escolares.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola é o lugar, por natureza, em que a aprendizagem da leitura e da escrita é sistematizada, nas práticas de alfabetização e letramento, processos indissociáveis que devem, no entanto ser entendidos na sua singularidade e complementaridade... Nesse contexto, pensar sobre a importância da inclusão das crianças de seis anos nos sistemas de ensino, com a consequente ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, é urgente e significativo.
MEC – portal do professor 
A escola SESI proporcionou o estágio supervisionado em docência dos anos iniciais do ensino fundamental, em uma turma de 1º ano (alfabetização) a pedido do estagiário. Este pedido foi de grande importância na formação do estagiário por considerar importante a observação e atuação que o estágio supervisionado proporciona, ou seja, observar na pratica a teoria estuda é fundamental na construção e consolidação de uma futura práxis de qualidade almejada. 
O estágio foi uma excelente oportunidade de observação da teoria sócio interacionista na prática, sendo possível perceber como é trabalhada esta teoria na construção do conhecimento, levando em consideração a realidade e conhecimento prévio do aluno. Através dessa metodologia, na troca de experiências, o educando tem a oportunidade de executar, avaliar, criticar, refletir sobre suas atividades construindo significativamente seu saber. Segundo Pimenta (1995, p.24) “a atividade teórico-prática de ensinar constitui o núcleo do trabalho docente.” Por tanto, é importante que o pedagogo se baseie na teoria para fundamentar a sua prática.
Minha expectativa quanto ao estágio foi a de poder vivenciar o que aprendemos em aula, de ter a oportunidade de refletir sobre as práticas que um dia exerceremos na educação nos anos iniciais do ensino fundamental. É nesse período que conhecemos o cotidiano da prática, que analisamos e experimentamos a rotina de uma escola deste segmento. Portanto, o objetivo do estágio não pode ser outro senão relacionar teoria e prática a fim de observar a realidade profissional por meio da participação de situações reais de trabalho que envolve professores, auxiliares, coordenadores pedagógicos, apoio e estudantes. 
Foi excelente a oportunidade de observar, vivenciar e refletir sobre a pratica docente titular, pois isso proporcionou minha auto-avaliação, o conhecimento de minha real aptidão como futuro educador. Sinceramente, foi muito rico ter a chance de poder conversar e analisar minha futura pratica mediante o conhecimento adquirido nesse período. É claro que a experiência desenvolve o profissional, mas acredito que ter em mente a necessidade de crítica e analise da própria pratica me fará um educador melhor, algo valorizado e naturalmente reconhecido pelos docentes da instituição de ensino de educação dos anos iniciais da escola SESI.
Foi gratificante ter a oportunidade conhecer pessoas e aprender a cooperar com elas a fim de se ter melhor aproveitamento e rendimento do trabalho. Realmente foi excepcional. Acredito que durante esse período pude obter um amadurecimento tanto profissional quanto pessoal que será extremamente importante como futuro educador.
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Referências Bibliográficas:
Texto com autoria: Oliveira, Andréa. PCN: Parâmetros Curriculares Nacionais do 1º ao 5º ano. Disponível em: https://www.cpt.com.br/pcn/pcn-parametros-curriculares-nacionais-do-1-ao-5-ano. Acesso em 01/11/2017.
Texto sem autoria: Mais bem-estar no dia a dia, mais produtividade na indústria. Disponível em: http://www.firjan.com.br/sesi/. Acesso em 01/11/2017.
Texto sem autoria: Metodologia Diferenciada: Motiva o aluno a investigar caminhos, levantar hipótese e construir conhecimento. Disponível em: http://www.escolasesi.com.br/metodologia-sesieduca/. Acesso em 01/11/2017.
Texto sem autoria: Sócio-interacionismo de Vigotsky. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/socio-interacionismo-de-vigotsky/34160. Acesso em 02/11/2017.
Texto com autoria: Almeida, Aline Marques da Silva. A importância do lúdico para o desenvolvimento da criança. Disponível em: http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/A-import%C3%A2ncia-do-l%C3%BAdico-para-o-desenvolvimento-da-crian%C3%A7a.aspx. Acesso em 02/11/2017.
Texto com autoria: SIAULYS, Mara O. de Campos. Brincar para todos. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf. Acesso em 02/11/2017.
Texto sem autoria: Atividades Ludicas Aliadas no Processo de Ensino e Aprendizagem. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/222-537011943/18889-atividades-ludicas-sao-aliadas-no-processo-ensino-aprendizagem. Acessado em 02/11/2017.
Texto sem autoria: Anos iniciais do Ensino Fundamental. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012182.pdf . Acessado em 02/11/2017.
Texto com autoria: Duarte, Vânia. Comunicação entre Família e Escola: Transparência nas Informações. Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-professores/comunicacao-entre-familia-escola-transparencia-nas-informacoes.htm. Acessado em 03/11/2017.
Texto sem autoria: Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf. Acessado em 03/11/2017.
Texto sem autoria: Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192 . Acessado em 03/11/2017.
3º Período: Conteúdo Metodologia e Pratica de Ensino nas Creches e Ed.Infantil 
Aula 05 - O Brincar na Educação Infantil
Aula 08 - Aspectos Pedagógicos Fundamentais
Aula 10 - Projeto Político Pedagógico
Metodologia e Pratica de Alfabetização e Letramento.
Aula 03 - Teorias de Conhecimento Formação de Leitores e Escritores
Aula 07 - Letramento e Alfabetização Como Alfabetizar Letrando
Aula 08 - Planejamento de um Ambiente Alfabetizador
4º Período: Prática de Ensino E Estágio Supervisionado em Doc.de Educação Infantil
Aula 5 - Projetos Pedagógicos e a Organização de Atividades Significativas
5º Período – Pesquisa e prática em educação IV
Aula 4 – Procedimento Cientifico II o Levantamento Bibliográfico 
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Editora Cortez, 1989.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981.
Anexos
Fotos:
	
	
	
	
	
	
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 ATIVIDADE PRÁTICA: 
	PLANO DE AULA
I Dados de Identificação:
Escola: Escola SESI
Ano: 1º ano do ensino fundamental I. 
Turma: 3352
Professor (a): Narcisa Amado da Silva
Professor (a) estagiário (a): Raquel da Silva Marques
Disciplina: Matemática, Alfabetização, Natureza e Sociedade.
Data: 11/10/2017
Tempo estimado: Aproximadamente 90 minutos.
	II. Tema: Medidas de tempo: Quantas horas são?
	III. Objetivo Geral: Diálogo, Processos de leitura, Língua oral: valores, normas e atitudes, Gêneros de texto, Números e operações e Grandezas e medidas;Ao nível de conhecimento Prévio: é necessário que já tenham sido trabalhadas com os alunos leitura e escrita de diferentes gêneros textuais; identificação dos números, através de diferentes estratégias, a fim de que sejam capazes de ler as horas. 
Ao nível de solução de problemas: Desenvolver habilidades de leitura e de escrita; Verificar corretamente as horas, através de atividades propostas; Reconhecer diferentes instrumentos para medir o tempo; Identificar hora e meia hora; Utilizar o relógio para ler as horas e os minutos; Perceber a importância das horas para as pessoas se programarem durante o dia; Identificar às 24 horas do dia, relacionando-as com o seu cotidiano; Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos.
	IV. Desenvolvimento do tema: 
Comentar que os relógios de ponteiros, os números aparecem de 1 a 12 e que para indicar a hora exata o ponteiro maior deve apontar para o número 12 e o menor para o número que corresponde à hora marcada. Explicar a correspondência dos números inteiros para minutos (1=5min, 2=10 min, 6= 30min, etc...), solicite que os alunos indiquem essa equivalência a lápis em seus respectivos relógios. Utilizando o material (relógio montado pelo professor ou pelo aluno) o aluno poderá manusear e marcar os horários comentando e contextualizando o aprendizado: 
Divida a turma em equipes de no máximo 4 alunos;
Divida o quadro em partes e peça que os alunos nomeiem suas equipes;
 Através de um jogo simples de equipes e pontuação, solicite aos alunos que respondam as questões e faça intervenções nas equipes antes de completar uma rodada; 
As questões podem ser as seguintes. Exemplo: Observe o mostrador do relógio!
Quais são números que aparecem nesse mostrador?
Para que serve o ponteiro grande do relógio? E o pequeno?
Se o ponteiro pequeno está no 1 e o grande no 12, que horas está marcando?
Se você entra na escola a 01h00min hora da tarde, que horas você deve chegar para não se atrasar? 
Em que horário você lancha na escola?, etc.
Em todas as quentões acima, as crianças devem marcar no relógio confeccionado suas respostas e estas devem ser mediadas pelo professor afim de consolidar sua práxis analisando todo o processo de ensino –aprendizagem da turma.
Para casa o professor poderá enviar uma questão de pesquisa em que o aluno deverá investigar o horário de seu nascimento, consolidando os objetivos desta aula e iniciando uma nova proposta temática: Qual a sua História?
Obs.: A nova proposta pode ser a que melhor se adequar a turma trabalhada!
	V. Recursos didáticos: 
Internet: retirar o mostrado e ponteiros: Fonte: Sítio: Cantinho das atividades – H.Q. sobre horas e relógio para montar. Disponível em: <http://professoracarina.blogspot.com.br/2010/11/h-q-sobre-horas-e-relogio-para-montar.html>.Acesso em: 19 de set. 2017.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=57468 
	VI. Avaliação: 
É de suma importância observar se os alunos estão participando e realizando as atividades propostas, com objetivo de auxiliá-los no processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação será feita em todos os momentos da aula, visando verificar se os alunos conseguiram: Desenvolver habilidades e capacidades propostas no objetivo do educador. 
	VII. Bibliografia:
 http://professoracarina.blogspot.com.br/2010/11/h-q-sobre-horas-e-relogio-para-montar.html>. Acesso em: 19 de set. 2017.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=57468. Acesso em: 19 de set. 2017.
	Observações:
Esta atividade proporcionou aos alunos da turma da professora Narcisa a construção do conhecimento objetivado pelo estagiário. O trabalho proporcionou outras temáticas como a construção de relógios com numerais romanos e sua equivalência com os números naturais. Além de atividades continuadas de pesquisa sobre a importância do tempo e medida para a organização pessoal e social dos alunos.
Confeccionando um relógio: 
Materiais: pincel, tinta-guache, lápis, tesoura, colchetes, papel colorido e muita imaginação e criatividade.
	
	
	
	
	
	
Comentário da atividade prática: 
Esta foi uma atividade real de estágio, muito significativa, tanto para o estagiário quanto para a professora titular e sua turma, possibilitando que analisássemos, dentre outras, o desenvolvimento cognitivo, social, físico, cultural, afetivo e emocional da criança em todo momento em que utilizou o material. Além disso, proporcionou uma atividade significativa, pois pode ser trabalhada dentro da realidade da turma, de acordo com suas reais necessidades.
A ideia foi possibilitar que a criança se comunicasse consigo e com o mundo, estabelecendo relações sociais, construindo conhecimentos, desenvolvendo a capacidade de formular hipóteses e resolver problemas reais.
� Eliana Moraes de Santana – Professora de química (portal de notícias do MEC, 12 de julho de 2013)
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