
Requer o Auto r, n os termos da lei nº 1.060 de 1 950 e do s artigos 98 e seguintes do CPC e 5º,
LXXIV da CF/88, que lhe seja deferido os bene fícios da justiça G ratuita, tendo em vista de que o
mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo
do sustento próprio.
I.III. DA C OMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente este foro p ara a propositura da presente ação, tendo em vista que, embora a
contratação tenha sido feita na cidade de Niteroí-RJ, a prestação do serviço se d eu n a cidade do
Rio de Janeiro/RJ, conforme é exposto nos autos e assim preleciona o artigo 651 da CLT. Vejamos-
lo: Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e J ulgamento é determinada pela localidade
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) (CLT) Portanto,
resta-se nítido a competência deste juízo para apreciação do caso em tela.
II. DOS FATOS
Ocorre que Tício, o ra reclamante, fora admitido como auxiliar admin istrativo, em contr ato firmado
com a empresa ALFA LTDA , or a r eclamada, p ar a trab alhar na filial desta localizada no Município
do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2016. Tício cumpria jornada de tr abalho das 8 às 17h, com
1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Percebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois
mil reais). Acontece que em 26 d e janeiro d e 2017, com mais de um ano de prestação de serviços, o
autor fora imotivadamente dispensado, sem pr évio aviso, e pe rcebimento algum das verbas
resilitórias, tampouco pode -se dizer das férias, jamais usufruídas. Tício hoje encontra-s e
desempregado, vivendo as amarguras de uma vida com direitos violentamente extirpados.
III. DO MÉRITO
III. I. DA D IREITO A PE RCEPÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS
Excelência, desde logo, convém registrar que o Autor possui o di gno direito de re ceber as suas
verbas resilitórias, não por tão somente terem sido todas elas olvidadas e injustificadamente não
pagas, mas, a bem verd ade, por serem o primeiro socorro alimentício de um t rabalhador quando se
encontra repentinamente sem os provimentos as suas mínimas condições de existência.
Percebe-se, no c aso em tela, que o Sr. Tício f oi obstado de receber os valores do aviso prévio (no
caso, indeniz ado), saldo de salário, férias vencidas integrais acrescidas do terço constitucional, o
décimo terceiro salário, os depósitos referentes ao fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS)
com a respectiva multa dos 40% do saldo do aludido fundo.
Como se vê, nobre magistrado, resta -se claro a p roporção da s everidade na vida do trabalhador e
nos mandamentos d a lei, que f oram sumariamente feridos por um empregador sem escrúpulos.
III. II. DA DESCRIÇÃO DAS VERBAS RESILITÓRIAS DEVIDAS
Nobre julgador, por motivos aclaratórios, faz-se necessário discriminar de modo específico os
valores e os fundamentos legais de todas as verbas devidas.
Como já explanado em alhures, são os valores referentes:
da CF/88 e o artigo 1º da Lei
12.506/2011);
constitucional (Art. 7º/CF88, XVII. CLT - Art. 129,
CLT -Art. 146, súmul a 328 do TST);
– Art. 7º VIII, Lei 4090/62 Art. 1º e Art. 3º);
serviço (Lei 8036/90 Art. 20. ) Com a
respectiva multa dos 40% do saldo do aludido fundo (Lei 8036/9 - Art.18.)
III. III. D A APLICAÇÃO DA MULTA DISPOSTA NO ART IGO 477, § 8º, DA C LT