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PROVA DO DIREITO DO TRABALHO I

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AV1 de Direito do Trabalho I
2018
João, empregado da empresa Beta, sentiu-se mal durante o exercício da sua atividade e
procurou o departamento médico do empregador, que lhe concedeu 15 (quinze) dias de
afastamento do trabalho para o devido tratamento. Após o decurso do prazo, João
retornou ao seu mister mas, 10 (dez) dias depois, voltou a sentir o mesmo problema de
saúde, tendo sido encaminhado ao INSS, onde obteve benefício de auxílio doença
comum.
Diante da situação, responda, justificadamente, aos itens a seguir.
A) A quem competirá o pagamento do salário em relação aos primeiros 15 dias de
afastamento? (Valor: 0,65)
R: Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo
sexto dia do afastamento da atividade, e, no c aso do s demais segurados, a contar da
data do início da incapacidade e enquanto e le permanecer incapaz. (Redação dada pela
Lei nº 9.876, de 26.11.99)
B) Caso o INSS concedesse de plano a João, dada a gravidade da situação, a
aposentadoria por invalidez comum, que efeito jurídico o benefício previdenciário teria
sobre o contrato de trabalho? (Valor: 0,60)
Art. 475 CLT.
3. Poeminha sobre o trabalho
Chego sempre à hora certa,
Contam comigo, não falho,
Pois adoro o meu emprego:
O que detesto é o trabalho.
Millôr Fernandes
Três apitos
Nos meus olhos você lê 
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente Impertinente
Que dá ordens a você.
Noel Rosa
Fábrica
Quero trabalhar em paz
Não é muito o que lhe peço
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão.
Renato Russo
A partir dos textos acima, avalie as afirmações que se seguem.
I. No trecho “gerente / Impertinente / Que dá ordens a você” do texto de Noel Rosa, há
referência indireta a um dos elementos caracterizadores da figura do empregado, que,
conforme os termos da legislação trabalhista vigente, é o pressuposto da subordinação.
II. No texto de Noel Rosa e no de Renato Russo, há referências a temas de ordem
trabalhista e constitucional, especialmente ao princípio da dignidade da pessoa humana e
ao direito a um ambiente de trabalho equilibrado.
III. Todos os textos fazem referência a algum tema do Direito do Trabalho, como jornada e
horário de trabalho, subordinação do empregado às ordens de quem representa a
empresa Próxima questão ()e ambiente de trabalho equilibrado.
IV. O texto de Renato Russo apresenta viés histórico, porque a erradicação do trabalho
escravo e degradante já foi alcançada no Brasil.
É correto apenas o que se afirma em:
I.
II.
III e IV.
II e IV.
I e III.
4. Os princípios exercem um papel constitutivo da ordem jurídica, cuja interpretação leva
em consideração os valores que os compõem. Nesse sentido, o entendimento
jurisprudencial adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho de que o encargo de provar o
término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o
despedimento é do empregador está embasado no princípio 
R: da continuidade da relação de emprego
5. De acordo com a nova redação dada à CLT, por força da Lei n° 13.467/2017, para a
caracterização de grupo econômico e, consequentemente, sua responsabilidade solidária
pelas obrigações decorrentes da relação de emprego, deve ser considerado, dentre
outros requisitos, 
R: existência de personalidade jurídica própria e as empresas estiverem sob a direção
controle ou administração de outra empresa do grupo.
Catarina ficou afastada do trabalho por 120 dias em razão de licença maternidade. Ao
retornar às suas funções, escorregou em uma escada da empresa, sofrendo fraturas que
exigiram seu afastamento do trabalho por 45 dias. Recebeu auxílio doença acidentário.
Após a alta do INNS retornou às suas atividades, mas um mês depois a empresa lhe
concedeu férias, tendo em vista que o término do período concessivo estava próximo. Em
relação ao contrato de trabalho, os períodos de afastamento de Catarina caracterizam,
respectivamente.
R: INTERRUPÇÃO, INTERRUPÇÃO DURANTE 15 DIAS, SUSPENSÃO DURANTE 30
DIAS E INTERRUPÇÃO.
6. Célio e Paulo eram funcionários da sociedade empresária Minério Ltda. e trabalhavam
no município do Rio de Janeiro. Por necessidade de serviço, eles foram deslocados para
trabalhar em outros municípios.Célio continuou morando no mesmo lugar, porque o
município em que passou a laborar era contíguo ao Rio de Janeiro. Paulo, no entanto,
mudou-se definitivamente, com toda a família, para o município em que passou a
trabalhar, distante 350 km do Rio de Janeiro.Dois anos depois, ambos foram dispensados.
A sociedade empresária nada pagou aos funcionários quando das transferências de locais
de trabalho, salvo a despesa com a mudança de Paulo. Ambos ajuizaram ações
trabalhistas.
R: Célio e Paulo não têm direito ao adicional de transferência. 
Questão que causa estranheza a uma primeira leitura, mas, no detalhe, não apresenta
grandes dificuldades. Vamos lá!
Célio realmente não terá direito ao adicional, já que não houve “transferência”
propriamente dita (CLT, art. 469, parte final). No caso de Célio, ele terá direito apenas a
um suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte (SUM-29
TST).Paulo também não terá direito ao adicional. A mudança no seu local de trabalho
ensejou a transferência, mas esta se deu em caráter definitivo, afastando o direito ao
adicional. Portanto, sabendo que o adicional de transferência só é devido nos casos de
transferências provisórias (CLT, art. 469, § 3º, e OJ-SDI1-113, partes finais), Paulo
também não terá direito ao seu recebimento.
7.Com relação à questão apresentada, manifestou-se o Tribunal Superior do Trabalho na
Súmula 386, de 25/04/2014, conforme exposto abaixo: Súmula n.º 386 do TST POLICIAL
MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA
PRIVADA Preenchidos os requisitos do art. 3.º da CLT, é legítimo o reconhecimento de
relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do
eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.
Observado o caso, nota-se que não houve interferência ou prejuízo à atividade de policial
militar, mesmo atuando como segurança para uma empresa privada. Destarte, deve-se
reconhecer o vínculo empregatício existente na atividade do policial militar como
segurança desde que preenchidos os requisitos legais, independente da existência de
penalidade prevista no Estatuto do Policial militar.
R: Eugênio poderá ser reconhecido como empregado, desde que presentes os requisitos
legais, ainda que sofra a punição disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.

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