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Atividades Interdicisplinares

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sumário
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................6
2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................7
 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................................7
 2.2 PROPOSTA DE TRABALHO EM SALA DE AULA......................................9
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................11
4 REFERÊNCIAS ......................................................................................................12
introdução
O planejamento é uma ferramenta que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos e construir um referencial futuro. A proposta docente, é um instrumento que sistematiza todos os conhecimentos, atividades e procedimentos que se pretende realizar em um determinado período, tendo em vista o se espera alcançar no ensino/aprendizagem junto aos alunos. Essa proposta visa criar uma situação didática concreta de aula. 
A proposta deve ter como meta, a motivação e sensibilização dos alunos para que os mesmos se tornem cidadão críticos na nossa sociedade. E deve também levar em conta a tendência da educação contemporânea, onde o educador deve vivenciar a aprendizagem de sala de aula de forma mais dinâmica. 
Ao planejar, devemos enquanto docente considerar a realidade do aluno, bem como o contexto que ele está inserido, levando em conta seu nível social-econômico-cultural, as características de sua faixa etária e seu nível de desenvolvimento. Analisar essas características, faz com que a proposta docente esteja direcionada aos seus interesses e necessidades. 
A proposta docente consiste em um plano de trabalho para as aulas, e deve ser articulada juntamente com o plano do curso e o projeto político pedagógico. Dessa forma, deve conter em sua estrutura, os elementos necessários à sua execução: dados de identificação, cronograma, objetivos específicos, conteúdos, procedimentos metodológicos, recursos, avaliação, referencias e anexos.
A avaliação e o acompanhamento da aprendizagem do aluno, para futuras intervenções permitem verificar o que o aluno aprendeu ou não, quais e onde ocorreu as falhas. 
Dessa forma, depois de avaliar as características de uma proposta docente, podemos ajudar Eduardo a elaborar sua proposta de ensino para a matemática. O trabalho que ele vai realizar no ensino fundamental da rede pública, vai estar articulado nos conteúdos estruturantes (números e álgebras, grandezas e medidas, funções, geometria e tratamento de informações) e seus desdobramentos. Eduardo vai fazer com que os conteúdos ganhem significado partindo das relações estabelecidas com os contextos históricos, sociais e culturais dos alunos.
Dessa forma, como o intuito da proposta de Eduardo deve ser motivar os alunos, que estão cansados da prática de apenas copiar e resolver exercícios. A proposta docente desse trabalho, é fazer com que através de mídias tecnológicas que atualmente dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico, e através de investigações matemáticas e com maior interação da relação aluno/professor. Para atingir esses objetivos, a proposta docente a ser proposta vai ser baseada na modelagem matemática.
 
DESENVOLVIMENTO
Fundamentação Teórica
A educação matemática tem conquistado espaço nos últimos anos como área interdisciplinar, que procura em outras áreas do conhecimento subsídios para enfrentar os desafios que se apresentam na formação do cidadão. Desafios estes que se tornam mais frequentes em uma sociedade cuja produção cientifica e tecnológica cresce cada vez mais.
Eduardo irá adotar uma proposta para o ensino da matemática, baseado na modelagem matemática, visando mostrar aos alunos que essa disciplina está presente na vida deles. Assim, o objetivo é mostrar que a matemática não é um saber pronto e acabado ou um conjunto de técnicas, mas sim conhecimento vivo, dinâmico, produzido historicamente por diferentes sociedades para atender às necessidades concretas da humanidade. 
A partir desses pressupostos, apresento a Modelagem Matemática como alternativa de ensino para o professor Eduardo, com desenvolvimento de atividades que levam o aluno a construir o seu próprio conhecimento por meio de relações concretas e por procedimentos que o valorizam como pessoa. Dessa forma, ao implementar uma prática que leve o aluno a buscar as relações existentes e estabelecidas entre o cotidiano e o mundo matemático, delineei como meta resgatar o gosto e o interesse pela Matemática, que os alunos da escola onde Eduardo foi designado tinham perdido.
Um dos maiores compromissos do professor, é orientar para uma Educação Matemática questionadora e libertadora, preparando o aluno para ser crítico, criativo e autônomo. Logo, proponho Eduardo buscar uma educação mais voltada para o bom desempenho do cidadão no seu cotidiano.
A modelagem matemática, que foi proposta compreende o resultado de uma série de relações, situações e interpretações do mundo real que envolve o cotidiano. Essas situações que o mundo real apresenta relacionam-se tanto com a natureza, sociedade ou cultura, como com os conteúdos escolares das diferentes disciplinas. Esse contexto envolve a resolução de problemas, possível de ser matematizado objetivando descrever, explicar e compreender partes do mundo.
Ao trabalhar Modelagem Matemática, dois pontos são fundamentais: aliar o tema a ser escolhido com a realidade dos alunos e aproveitar as experiências extraclasse, interligando-as com as experiências realizadas em sala de aula.
Há registros de que a Modelagem Matemática traz inúmeros benefícios: 
• Motivação por parte do educando e educador;
 • Facilidade de aprender – o conteúdo matemático passa de abstrato a concreto;
 • Devido à interatividade dos conteúdos, prepara os alunos para futuras profissões nas mais diversas áreas do conhecimento. 
• Desenvolvimento do raciocínio lógico;
 • Oportuniza o aluno a ser um cidadão crítico e transformador de sua realidade;
 • Compreensão do papel sociocultural da Matemática, tornando-a assim, mais importante.
O professor Eduardo, no exercício das suas atividades, deve sempre procurar a melhor metodologia de ensino, envolvendo jogos, brincadeiras, mídias tecnológicas, enfim, usar todos os seus recursos para obter o melhor resultado possível no ensino da Matemática. No entanto, são indiscutíveis os argumentos favoráveis à Modelagem: motivação, facilitação da aprendizagem, preparação para utilizar a Matemática em diferentes áreas, desenvolvimento de habilidades e compreensão do papel sociocultural da Matemática.
Devido à necessidade de busca de novas maneiras de ensinar e aprender, esta proposta busca auxiliar nos processos de ensino e de aprendizagem dos alunos. Serve como uma alternativa no ensino das equações e sistemas de equações, na busca de uma solução para uma determinada situação-problema, a fim de que os alunos passem a enxergar a Matemática em seu cotidiano de uma forma prática e objetiva, não apenas aquela vista nos livros didáticos, sem vida e distante da realidade de seu dia-a-dia. Tais atitudes representam as possibilidades e as rupturas da Modelagem Matemática.
PROPOSTA DE TRABALHO EM SALA DE AULA
	Proposta de Trabalho de Ensino
	Identificação da Escola: Escola Estadual Monteiro Lobato
	Período de Realização: 07/05/2018 a 07/12/2018 (Totalizando 7 meses)
Turma: Sétimo ano verde e sétimo ano amarelo
	Título/Tema: Modelagem Matemática no cotidiano dos alunos da sétima série
Objetivo geral: O objetivo principal é fazer com que os alunos se motivem e tenham mais interesse nas aulas de matemática, fazendo com que eles entendam a matemática a partirde problemas do seu cotidiano. Outro objetivo é fazer com que eles consigam fazer a disciplina ser interdisciplinar, ou seja, inserir a matemática em outras disciplinas que eles estudam.
Objetivos Específicos: 
Utilizar jogos, desafios, problemas curiosos que ajudem o aluno a pensar logicamente, e que faça com que eles entendam o conceito de modelagem matemática;
Trabalhar a matemática por meio de situações-problemas próprios da vivência do aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar, e decidir a melhor solução, trabalhando assim a modelagem;
Trabalhar conteúdos de forma significativa para que o aluno sinta que é importante para a sua vida em sociedade, ou útil para entender o mundo em que vive (trabalhar funções, juros compostos, probabilidade, dados estatísticos, tratamento de informações de forma contextualizada).
	Conteúdos: Propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição e subtração; produtos notáveis; fatoração e equações.
	Cronograma de Atividades: 
07/05/2018 a 07/06/2018 – Aulas com jogos, problemas do cotidiano e desafios para que os alunos entendam a lógica da modelagem matemática;
07/06/2018 a 07/07/2018 – Revisão e introdução da propriedade distributiva da multiplicação em relação á adição e subtração, e depois fazer com que os alunos resolvam problemas práticos; e fazer com que usem a calculadora para conferir os resultados, inserindo assim uma mídia tecnológica, mostrando a eles que sem entender o raciocínio não conseguiriam resolver mesmo com o uso da calculadora. 
07/08/2018 a 24/08/2018 – Introdução a produtos notáveis, e realização de um trabalho de interdisciplinaridade com artes;
27/08/2018 a 05/10/2018 – Explicação da fatoração, e resoluções de problemas do cotidiano dos alunos que dê pra resolver com a fatoração;
08/10/2018 a 07/12/2018 – Foi feito um trabalho de interdisciplinaridade com história, resolução de problemas.
	Percurso Metodológico: 
Revisão da propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição e à subtração e foram mostradas aos alunos representações algébricas de situações simples como:
1) Se x representa o preço de um caderno e y o preço de uma caneta, o preço total de dois cadernos e de três canetas pode ser representado por 2x + 3y; 
2) No bar do colégio, um aluno pede um refrigerante e um salgado. Se x representa o preço do refrigerante e y o preço do salgado, o custo total do lanche pode ser representado por x + y.
Implementação de um trabalho interdisciplinar com Artes, para a introdução de produtos notáveis e fatoração. Nas aulas dessa disciplina, os alunos construíram peças de figuras geométricas com formas, tamanhos e cores diversas. Depois disso, os alunos tiveram que: 
1)Representar, com peças simples, construídas pelos alunos, fórmulas, equações, variáveis e incógnitas;
2) Traduzir para a linguagem algébrica, situações simples e efetuar cálculos algébricos;
3) Criar situações-problema e resolvê-las criando modelos com as peças construídas.
Esperava-se que o aluno conseguisse desenvolver o quadrado da soma e da diferença de dois termos, calcular o produto da soma pela diferença de dois termos e fatorar expressões algébricas por agrupamento.
Para a introdução de equações foi feita uma revisão sobre operações que envolvem valores positivos e negativos. Foi feito depois, um trabalho de interdisciplinaridade com história. A professora dessa disciplina, iria contar uma história e foi perguntado aos alunos se tinham preferência por algum tema. Um aluno disse que gostaria que os personagens fossem animais. Passou-se à história: “Eu e minha família gostamos muito de animais; por isso, temos cachorros e gatos num total de vinte animais”. Já a minha prima, em seu sítio, tem o dobro de cachorros e o mesmo número de gatos, num total de 35 animais. Quantos gatos e cachorros têm cada uma das famílias? ¨ Pensaram um pouco e já responderam: vocês têm tantos animais. Foram feitas várias questões a respeito desse problema chamado história. Assim passou-se a contar mais histórias: os alunos contavam e um ajudava ao outro a descobrir a resposta. Dessa forma, foi estudado as tão temíveis equações. 
	Recursos: Quando negro; giz; cadernos; lápis; caneta; borracha; tesoura; cartolinas coloridas; cola; durex e calculadoras.
	Avaliação:
Com o uso da Modelagem nas aulas de Matemática, a mudança foi significativa. Sanou-se grande parte dos problemas de relacionamento, aprendizagem e de indisciplina. Houve participação e interesse. Os alunos demonstravam gosto pelas aulas, o tempo passava muito rápido e a aprendizagem acontecia. A avaliação foi feita por meio de relatórios, onde os alunos tinham que criar problemas relacionados ao tema estudado e tinham que resolver os mesmos. 
	Referências: 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
 GAZETTA, Marineusa. A Modelagem como Estratégia de Aprendizagem da Matemática em Cursos de Aperfeiçoamento de Professores. Rio Claro/SP, 1989. 
Dissertação de Mestrado. UNESP. GERDES, Paulus. Sobre o despertar do pensamento geométrico. Curitiba: UFPR, 1992.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O objetivo desse trabalho, era ajudar o professor Eduardo a elaborar um plano docente, que conseguisse fazer com que os alunos se motivassem para o estudo da matemática, pois esse aparecia descontextualizado da vida deles. Eram conhecimentos, em sua grande maioria, não direcionados para a prática em sociedade nem pertinentes à vivência cotidiana dos alunos. Baseando, geralmente, em textos de livros didáticos, avaliações e conceitos classificatórios e excludentes.
Reconheço que, nos dias atuais, sempre quando for possível, deve-se trabalhar os conceitos matemáticos a partir da realidade do meio em que vivem os alunos. Desse modo, a Matemática passa a ser mais interessante e sedutora aos olhos dos alunos, pois eles se tornam capazes de realizar a própria construção do saber com o qual estão tendo contato, e a escola deixa de ser algo fora da sua realidade social e começa a fazer parte do seu cotidiano.
Acredito que esta proposta de trabalho é viável por fazer uma representação integrada do campo de atividades cognitivas, porque as atividades estão ligadas à realização de tarefas, orientadas por objetivos e se baseiam em uma representação da situação. São atividades que se encontram sob os termos: compreensão, raciocínio e resolução de problemas. Além disso, ao utilizar a Modelagem Matemática, o professor mantém um clima de certa liberdade e descontração, estimulando a participação e a criatividade individual. Dessa forma, obtém-se resultados satisfatórios em relação ao aprendizado de Matemática.
REFERÊNCIAS bibliográficas
MORAES, Roque. Análises qualitativas: Análise de conteúdo? Análise de discurso? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
PERRENOUD Philippe. Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre, 2000.
VIECILI, Cláudia Regina Confortin; SOUZA, Juliana de. Matemática um bicho de sete cabeças. Chapecó, SC: Univille, 2003.
------------------- Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1988.
GIOVANNI, José Ruy. A conquista da Matemática. São Paulo: FTD, 2002.
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formação pedagógica-Licenciatura em matemática
tHAÍs Pacheco Linhares
ATIVIDADEs INTERDISCIPLINARES
PROPOSTA DE TRABAHO DOCENTE
Divinópolis
2018
ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES
PROPOSTA DE TRABALHO DOCENTE
Trabalho de formação pedagógica - licenciatura em matemática apresentado a Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para obtenção de média na disciplina Atividades Interdisciplinares.
Divinópolis
2018

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