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Princípios Constitucionais Aula 07

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Vejamos alguns desses princípios! 
 
 Princípio da Cidadania: previsto no artigo 1º, I, este princípio aparece 
como fundamento do Estado brasileiro, que deve assegurar a toda população o 
status de cidadão (direitos e deveres). Todos os Movimentos Sociais 
encontram fundamento nos direitos de cidadania. 
 
 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: previsto no artigo 1º, II, 
trata-se de um princípio extremamente valioso. Tem sido muito utilizado por 
movimentos sociais na defesa de direitos violados ou negados e sua aplicação 
é integrativa a outros princípios. Didaticamente pode ser dividido em três 
dimensões: direito à integridade física, à integridade psíquica e ao patrimônio 
mínimo. 
 
 Direito à Integridade Física: corresponde ao direito do 
indivíduo de não sofrer violência sobre o seu corpo. Podemos citar como 
exemplo os Movimentos Sociais em Defesa dos Direitos Humanos contra a 
tortura e a violência policial em presídios e comunidades pobres. 
 Direito à Integridade Psíquica: corresponde ao direito do 
indivíduo de não sofrer violência moral ou psíquica. Ex.: o Movimento Social 
Contra o Racismo. 
 Direito ao Patrimônio Mínimo ou Mínimo Existencial: 
reconhece a necessidade de condições materiais mínimas para que a pessoa 
humana tenha uma existência digna. Ex.: Movimento dos Sem-Teto 
reivindicando o direito à moradia. 
 
 Outros fundamentos constitucionais deste princípio 
relacionados aos Movimentos Sociais dos Direitos Humanos: Art. 5º, 
o III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
o XLIX – “é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral;” 
 
 
o XLII – “a prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”; 
o XLVII - não haverá penas: 
 a) de morte, salvo em caso de guerra 
declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
 b) de caráter perpétuo; 
 c) de trabalhos forçados; 
 d) de banimento; 
 e) cruéis. 
 
 Princípio Democrático: o Parágrafo único do art. 1º da CRFB/88 
afirma: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de seus 
representantes eleitos ou diretamente (...)”. Trata-se de um valor 
fundamental, que consagra a democracia como razão de ser do Estado 
brasileiro. Podemos citar como exemplo, o Movimento Fora Collor, que 
exigiu o impeachment do presidente de Fernando Collor de Mello em 1992. 
Assim, de acordo com este princípio, o mesmo povo que elege tem o poder de 
destituir seus representantes. Esta possibilidade é chamada pelo filósofo 
iluminista John Locke de direito de resistência do povo contra o abuso de 
poder do governante (tirania). Vale lembrar que o direito de resistência 
também legitima muitos movimentos sociais contra as diversas formas de 
opressão praticadas por ação ou omissão do Estado. Ex.: ditaduras militares 
ou negativas de aplicação de direitos de cidadania. 
 
 
 
 
A democracia pode assim ser compreendida em dois aspectos 
fundamentais: a democracia representativa e a democracia participativa. 
 Democracia Representativa ou Indireta: corresponde ao 
modelo liberal-burguês de democracia, em que o povo escolhe representantes 
para exercer o poder político. Ex.: eleições diretas. 
 Democracia Participativa ou Direta: possui uma essência 
social, pois afirma que o próprio povo deve exercer o poder político 
diretamente. Ex.: Movimentos Sociais Contra a Globalização Neoliberal 
reivindicando Plebiscitos ou para elaboração de Projetos de Lei por Iniciativa 
Popular (art. 14, I e III e da CRFB/88). 
Outro fundamento constitucional importante é o Art. 14., que declara: “A 
soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - 
plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular;” 
 Princípio da Isonomia: o artigo 5º, caput, afirma que “Todos são iguais 
perante a lei (...)”. O seu inciso I confirma que “homens e mulheres são 
iguais em direitos e obrigações (...)”. Trata-se de consagrar o direito à 
igualdade. Esta, por sua vez, pode ser considerada em duas dimensões: formal 
e substancial. 
 Igualdade Formal: é aquela formalmente reconhecida 
pela lei, mas que muitas vezes não é assegurada na realidade concreta das 
relações sociais. Por exemplo, o Movimento Social Contra Homofobia alega 
que a igualdade geral prevista no ordenamento jurídico não é reconhecida aos 
homoafetivos como no caso da união civil. 
 Igualdade Substancial ou Material: é aquela garantida nas 
situações fáticas da vida, em que se reconhece a desigualdade para 
compensá-la. Neste aspecto, o princípio da isonomia constitucional consiste 
em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais a fim de se 
atingir a verdadeira igualdade. Como exemplos, podemos citar as demandas 
dos Movimentos Negro, Feminista e outros por políticas afirmativas ou por 
leis específicas para certas categorias sociais, como a Lei Maria da Penha, os 
Estatutos do Idoso e da Criança e do Adolescente, etc. 
 
 
 
 
 Outros fundamentos constitucionais relacionados: 
 Os Direitos Sociais previstos no Art. 6º. “São 
direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. 
 A Assistência Social prevista no Art. 203. “A 
assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente 
de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à 
infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes 
carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de 
trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas 
portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; 
 
 
V - a garantia de um salário mínimo de 
benefício mensal à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir 
meios de prover à própria manutenção ou de tê-
la provida por sua família, conforme dispuser a 
lei.” 
 Princípio da Liberdade Religiosa: trata-se de mais um exemplo de um 
Direito Constitucional Fundamental, previsto expressamente no artigo 5º, VI e 
VII: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e (...) a proteção aos locais de culto e a 
suas liturgias;” e que “ ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa (...); Ex.: Movimentos em Defesa da Liberdade Religiosa. 
 
 Princípio da Função Social da Propriedade: este princípio dialoga 
diretamente com o princípio liberal da propriedade privada, previsto no art. 
5º, XXII: “é garantido o direito de propriedade”. Contudo, o inciso seguinte 
(XXIII), do mesmo art. 5º, consagra um valor socialista ao estabelecer uma 
condição ao exercício do direito de propriedade: “a propriedade atenderá a 
sua função social”. Assim, o sistema constitucional busca a harmonia entre o 
interesse privado e o interesse público, relativizando o primeiro em favor do 
segundo. O melhor exemplo de Movimento Social neste caso é o Movimento 
dos Sem-Terra em defesa da Reforma Agrária. 
 
 
 
 
 
 Princípio do Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado: trata-se de 
um valor contemporâneo, que se integra ao princípio do desenvolvimento 
sustentável em contraposição à tese de máximo desenvolvimento econômico. 
A questão ambiental transcende a clássica dicotomia da luta de classes e 
encontra fundamento no interesse difuso e transgeracional, que iremosestudar posteriormente. Ex.: os Movimentos Ambientalistas são a melhor 
expressão dos Novos Movimentos Sociais. 
 
O principal fundamento constitucional deste princípio é o Art. 225 da 
CRFB/88, “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se 
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações.”

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